Caracas, 10 de agosto de 1969...
“A diferença técnica entre as
duas Seleções era muito grande, o que apontava para uma vitória de goleada do
Brasil. Só que o time não conseguiu se encontrar no primeiro tempo, jogou um
futebol abaixo de suas possibilidades, e por isso a expectativa de muitos gols
se viu frustrada no 0 a 0 com que o jogo se encerrou na primeira fase.
À beira do campo, furioso com a
atuação da equipe, João Saldanha esperava impaciente que os jogadores se
dirigissem ao vestiário. Quando isso aconteceu, encontraram a porta fechada –
as chaves estavam nas mãos de Saldanha, que foi logo gritando.
– Não vou dar instrução nenhuma.
Para jogar esse futebolzinho que vocês jogaram, nem adianta. Voltem lá e façam
o que vocês sabem!
Os jogadores reagiram.
Argumentando que precisavam beber água, utilizar o banheiro, insistiram para
Saldanha abrir o vestiário.
– Não tem água, não tem nada! No
vestiário ninguém entra – falou Saldanha.
O time voltou direto para o
campo, como confirma o capitão Carlos Alberto Torres.
– Ele não abriu mesmo, apesar dos
pedidos. Ainda disse que os venezuelanos não jogavam nada e que a gente tinha
obrigação de vencer por goleada”.
Fonte: Site da CBF
Fonte: Site da CBF
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