Imagem: Juanjo Martin/EPA
Neymar fica mais rico.
E mais pobre também
Por Menon, do Blog do Menon
O PSG pagou a multa em torno de
R$ 800 milhões e Neymar vai a Paris.
Em troca de muito dinheiro,
torna-se o responsável pela mudança de patamar do clube francês.
A primeira parte da equação está
feita.
A segunda, dificilmente se concretizará.
Neymar não tem capacidade para
liderar nada.
Nem sua vida e nem um time de
futebol.
Apesar de ser um dos grandes
jogadores de futebol do mundo.
Ele vai receber aproximadamente
400 mil por dia.
16 mil por hora.
280 reais por minuto.
Se fizer um xixi, ganha 140
reais.
É um dinheiro inacreditável, que
eu não questiono.
Se alguém quer pagar, é porque
ele merece receber.
Me parece lógico também pensar
que é uma escalada, uma bola financeira que não se sustenta na realidade.
Esse dinheiro vem de um
bilionário do Catar e o fato de estar no PSG não é, evidentemente, pelo amor ao
futebol.
Diante de tanto dinheiro, capaz
de causar inveja ao Tio Patinhas, onde está a pobreza de Neymar?
No fato de não conseguir deixar
um clube com elegância e sem mácula.
Sua saída do Santos foi um
escândalo, um escárnio.
O Santos foi ''roubado''
(ludibriado) por Neymar pai, Neymar filho e Sandro Rosell.
O clube brasileiro ficou com o
equivalente a uma comissão de venda.
Como se fosse empresário e não o
clube.
A DIS, que tinha parte nos
direitos de Neymar e o Santos foram à Justiça.
Agora, sai do Barcelona também
deixando portas fechadas.
Inocência minha, no mundo do
dinheiro, nada impede que volte um dia.
Se não há dúvidas sobre a lisura
do caso – o PSG pagou o estabelecido – fica o mal estar pelo silêncio de
Neymar.
Como no caso do Santos, ele não
se posiciona sobre sua vida.
Não fala.
Não abre a boca.
O papai é que resolve tudo.
Aos 21, quando deixou o Santos.
Aos 25, quando deixou o
Barcelona.
Não houve crescimento algum, em termos
de liderança, em termos intelectuais.
Neymar é o mesmo menino que entrou na Justiça para não pagar pelo parto do filho.
Neymar é o mesmo menino que entrou na Justiça para não pagar pelo parto do filho.
Esse mutismo em questões
essenciais de sua vida mostra um alheamento da realidade que vem acompanhado de
incapacidade de reagir à pressão.
Foi assim na sua expulsão na Copa
América de 2015, quando estava sob fogo do fisco.
Foi agora, na briga com Semedo em
um treino do Barcelona.
Neymar se cala, Neymar explode.
Que tipo de líder é esse?
Um líder técnico, apenas.
É o que o PSG pode esperar dele.
Mas é disso que o PSG precisa, apenas?
Neymar é capaz de unir um grupo,
preso a uma liga medíocre, na tomada da Europa?
O PSG quer a Liga dos Campeões.
É difícil, por ser um time sem
tradição.
Neymar conseguirá unir corações e
mentes em torno de um ideal transformador?
Não, amigos.
Quem faz isso é Diego Simeone no
Atlético.
Neymar vai unir sua patota, seus
áulicos, sua tchurma em baladas.
Com o papai do lado. Ele se ausentou
na Copa América, após a expulsão.
Foi jogar pôquer, foi curtir as
férias.
Neymar não cria laços de amor. E
nem de liderança.
E nem de respeito.
É um pobre menino rico,
riquíssimo, dominado por um pai que faz apenas sinapses financeiras.
Cada neurônio é um cifrão.
O PSG contratou um craque, um
gênio bola.
Se quiser um líder, precisa
gastar mais.
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