A noite em que o ABC ficou no quase e foi castigado no final.
Por Dyego Lima para a Página do Universidade do Esporte no Facebook
Nos embalos de sábado à noite, a
faixa da torcida alvinegra, além do protesto, dava o tom do valor da partida.
“Viemos pela camisa”.
Com o ABC já sem pretensões e o
Atlético-AC já classificado, as equipes vieram para o campo com os 11 quase que
inteiramente reservas.
O jogo tinha tanta importância
que ambos os times nem se incomodaram de iniciar a partida sem uma das torres
de iluminação, que apagou-se durante a execução do Hino Nacional.
Mas a equipe da frasqueira queria
a vitória.
Uma maneira de retribuir a
presença de seu torcedor, além de encerrar de forma positiva a sua participação
na Série C.
No entanto, o alvinegro não só
veria que a noite não era dele, como também seria finalizada com resquícios de
crueldade.
Não dá para dizer que o ABC não
tentou.
Dominou a partida e sofreu
pouquíssimo.
Na primeira etapa o goleiro Edson
sequer trabalhou.
Porém a bola teimou em não
entrar.
Nos primeiros 25 minutos, deu
tempo para Rafinha e Henrique acertarem o travessão.
O zagueiro ainda faria um gol de
cabeça, mas foi pego em impedimento.
O tempo restante foi sem grandes
emoções.
O 2° tempo começou morno,
truncado… sem qualidade.
Talvez pela falta de ritmo da
maioria dos jogadores.
Vendo isso, Vinícius tratou de
mudar esse cenário.
O defensor abecedista recebeu o
segundo amarelo e foi expulso, deixando sua equipe com um a menos.
A partir daí, o time acreano até
equilibrou mais o jogo, porém sofria para transformar a posse de bola em
chances de gol.
Outra vez os sinais viriam a
indicar que a partida não estava para o ABC: Rodrigo Rodrigues manda mais uma
bola na trave.
Para desespero do torcedor, que
reclama da “zica” que impedia a bola de entrar.
“O futebol não tolera desaforo”.
“A bola pune”.
Essas são algumas das máximas
futebolísticas que ilustram bem o que seria o final da partida.
Numa das raras chances do
Atlético-AC, já no finzinho do jogo, Igor cruza e Rafael Tanque aparece sozinho
na pequena área para completar para o gol.
1X0.
“Devolvam o meu ABC” foi o grito
de um dos presentes nas arquibancadas após o apito final.
Se isso acontecerá… bem, só
descobriremos no próximo ano.
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