Imagem: Autor Desconhecido
Irmãos Moreira Salles precisariam injetar R$ 200 mi para 'salvar'
Botafogo
Por Rodrigo Mattos do UOL Esporte
O Botafogo precisa de uma injeção
de em torno de R$ 200 milhões para resolver suas pendências mais urgentes e
poder ter finanças saudáveis.
É o que aponta estudos
encomendados pelos irmãos Moreira Salles para o projeto para sanear o clube e
possivelmente transformá-lo em clube-empresa.
João e Walter Salles já deixaram
claro em carta a Juca Kfouri que não pretendem comprar o Botafogo.
Iniciado no ano passado, o
projeto tem o objetivo de tornar viável o clube financeiramente.
Há alguns modelos em discussão
como a formação de uma empresa para gerir o futebol.
O estudo foi encomendado pelos
Moreira Salles à Ernst & Young.
No levantamento inicial,
constatou-se que seriam necessários em torno de R$ 200 milhões para quitar as
dívidas de curto prazo do Botafogo, mais urgentes.
Esse é o valor próximo do débito
circulante do clube ao final de 2017 que se alterou pouco ao final de 2018,
segundo apurou o blog.
O total do débito do clube é de
R$ 750 milhões.
Mas a maior parte desse valor é
fiscal e, portanto, negociado em parcelas dentro do Prout.
Já a dívida de curto prazo é
composta por empréstimos com bancos e terceiros, dívidas relacionadas a
futebol, adiantamentos, entre outros compromissos, que estrangulam as receitas
do clube.
Os irmãos Moreira Salles têm
fortuna avaliada em R$ 11 bilhões, segundo a Forbes.
A decisão de investir para pagar
a dívida do clube, no entanto, dependerá de que seja feito um modelo que
funcione para gerir o clube.
Uma das opções é separar o
futebol em uma empresa em que eles tenham voz.
Outra alternativa citada por João
Moreira Salles em sua carta é um fundo patrimonial associado ao clube ainda sem
fins lucrativos.
Além do dinheiro para dívida, os
irmãos teriam de decidir se haveria mais investimentos para o futebol para
tentar enfrentar rivais.
A proposta ainda precisa ser
moldada antes de ser levada ao Conselho Deliberativo do Botafogo.
O presidente do clube, Nelson
Mufarrej, ainda é cauteloso sobre o tema.
"Eles (irmãos Moreira Salles) manifestaram a intenção. Eles estão
levantando, estão vendo. Esse é um assunto que temos que deixar um pouquinho de
lado e pensar no futebol. No momento, se eles vierem, serão bem recebidos,
tenho certeza disso. Agora, vamos esperar um modelo", disse Mufarrej.
O dirigente botafoguense está acompanhando
discussões do governo relacionados ao projeto de clube-empresa.
Se a lei fosse aprovada, poderia
facilitar o investimento dos irmãos Moreira Salles na agremiação.
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