segunda-feira, dezembro 02, 2019

O dia 1 de dezembro marcou o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS... O Universidade do Esporte relembra dois casos com desfechos muito diferentes de atletas brasileiros diagnosticados com HIV/AIDS.


O dia 1 de dezembro marcou o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, e o Universidade do Esporte relembra dois casos com desfechos muito diferentes de atletas brasileiros diagnosticados com HIV/AIDS

Por Tais Viviane/Universidade do Esporte

Imagem: Gazeta Press
  
Gerson da Silva foi o primeiro caso de um atleta brasileiro diagnosticado com HIV.

Formado pela base do Santos, foi artilheiro do Peixe na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1984.

Passou por Guarani de Campinas e Paulista de Jundiaí, até chegar ao Atlético Mineiro onde conquistou, além de dois Campeonatos Mineiros, a artilharia da Copa do Brasil em 1989 e 1991, neste ano, inclusive, ajudou o Galo a aplicar a maior goleada da competição até hoje, quando o Alvinegro venceu o Caiçara Esporte Clube por 11 a 0, e Gérson marcou cinco dos onze gols da partida.

Se transferiu para o Internacional em 1992, e em maio do mesmo ano recebeu a notícia que seu teste de HIV havia apontado positivo.

Apesar disso, fez uma temporada excepcional com o Colorado e conquistou o Campeonato Gaúcho e a Copa do Brasil, quando na competição nacional marcou 9 dos 18 gols do Internacional.

Acabou dispensado pelo Internacional em 1993, e não voltou a jogar profissionalmente.

Gérson faleceu aos 28 anos, em 1994, no Hospital Santo Amaro, no Guarujá, vítima de toxoplasmose.

O jogador e sua família nunca reconheceram o diagnóstico e sempre tentaram abafar qualquer menção a doença.

Imagem: Getty Images

Eduardo Esídio passou por União São João, Juventus, Paulista e Uberlândia até ir defender o Alcides Vigo, no Peru, onde se destacou e chamou a atenção do Club Universitario de Deportes do Peru, que o contratou para a temporada de 1998.

Em maio, ao fazer os exames para se apresentar ao novo time foi diagnosticado com HIV.

O clube tentou rescindir seu contrato ao saber do seu diagnóstico, mas Esidio, amparado pela lei peruana, recorreu aos tribunais para não ser demitido por ser portador do vírus e ganhou.


Ainda enfrentou muito preconceito, até mesmo dos companheiros de time, mas o HIV não o impediu de ter uma carreira vitoriosa que ostenta um tetracampeonato peruano, três vezes pelo Club Universitario de Deportes, e uma vez pelo Alianza Lima, além de ter sido destaque da temporada de 2000, quando marcou 37 gols pelo Universitario e levou a bola de prata pela vice artilharia das ligas nacionais.

Esidio voltou ao Brasil em 2002 e se aposentou em 2006, com a camisa da União Barbarense.

Segundo o Ministério da Saúde, 135 mil brasileiros são portadores do vírus HIV e não sabem.

Desde 2010, o índice de pessoas infectadas pelo HIV cresceu em 22,1% no Brasil, número que vai na contramão mundial, já que no resto do mundo houve uma redução de 16% nos casos de infecção de HIV.

Previna-se e, em caso de dúvida, não demore para procurar uma Unidade de Saúde para fazer o teste de HIV.

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