“A Bandeira Inviolável”
Por Wlamir Marques.
Pinçado do blog Alberto Murray
Olímpico - Blog sobre o Movimento Olímpico
No ano de 1964 foi realizada em
Tokio a 18ª olimpíadas da era moderna.
Seria a minha terceira
participação.
Antes já havia participado de
(Melbourne-56 e Roma-60) e após, (México- 68).
A olimpíada de Tokio ficou
marcada em minha vida com inesquecíveis momentos.
Explico:
Voltando ao alojamento após um
treino matinal em Tokio, recebi um aviso para que eu me apresentasse no bureau
central da delegação brasileira pois queriam conversar comigo. Ansioso pela
mensagem, mesmo uniformizado, fui ao encontro daquele inusitado pedido.
Lá chegando, fui recebido pelo
Major Silvio de Magalhães Padilha presidente do COB.
De pronto me foi dito que eu
seria o porta bandeira da delegação brasileira para o desfile de abertura.
Naquele momento eu fiquei mais
receoso do que emocionado.
Era muita a responsabilidade.
Confesso que fiquei preocupado,
mas logo comecei a lembrar que eu já tinha uma certa experiência com a bandeira
ao ser o condutor da mesma no tiro de guerra 36 em Piracicaba SP.
Aos poucos a ficha foi caindo e
eu fui me sentindo cada vez mais emocionado com aquela distinção.
Em princípio, participei do
treinamento para o desfile com o estádio nacional de Tokio completamente
lotado.
Ali estava eu e o Major Padilha,
os outros eram jovens japoneses simulando a delegação brasileira.
Ali comecei a sentir a emoção
maior, era quase surreal.
Durante o desfile ouvi do Major
Padilha uma frase que jamais esqueci em minha vida. Ao ver algumas bandeiras
passarem e se curvarem perante as autoridades, perguntei se eu deveria fazer o
mesmo?
Com a voz muito séria o major me
disse: “Wlamir, a bandeira brasileira não se curva pra ninguém”.
Ali começamos a ganhar a medalha olímpica.
Wlamir Marques (na foto com a bola nas mãos)
Um comentário:
Até parece uns idiotas que tem por aí... Desculpe a comparação sem lógica meu caro basquetebolista!
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