quinta-feira, dezembro 03, 2009

Olha quem vem para o jantar, os mesmos de sempre!

Tenho acompanhado através dos jornais e dos blogs as últimas contratações de nossas equipes para o campeonato estadual de 2010: “nada de novo no front”; é a dança dos mesmos, é o fico de quem não tinha mesmo para onde ir...


Mas não considerem a frase acima como uma critica, não é!


É apenas a constatação de nossa extrema fragilidade econômica.


É a prova de que nosso estadual serve apenas de intervalo, como um lanche consumido às pressas, na tentativa de aplacar a fome que se antecipou ao horário do jantar.


Por falar nisso, Paulo Moroni vai treinar o América – bom sujeito, letrado e capaz, mas por razões que desconheço, ainda não conseguiu decolar – sua “praia” se resume ao Piauí e ao Rio Grande Norte.


É outro que fica sempre na “gaveta” onde nossos dirigentes guardam os nomes para as entressafras.

Franz Beckenbauer em 1967, brincando de piloto de Kart...

Imagem: Imago

A LDU, mais uma vez dobra o Fluminense no Maracanã...

A vitória do Fluminense ontem frente à LDU (Liga Deportiva Universitária) do Equador por 3x0, de nada serviu em relação à Taça Sul Americana de Futebol – a LDU é a campeã!


Insisto e repito, faz tempo que equipes brasileiras não assustam mais ninguém...


Vivemos da velha e boa seleção.


Mas, os 3x0, mostraram que o tricolor carioca, tem feito das tripas coração em busca do tempo perdido e que, conseguir evitar o rebaixamento para a Série B, é possível e merecido.

Depois dessa, é melhor começar a pensar numa boa desculpa...

Imagem: Picture Alliance

O projeto é válido, mas precisa conseguir apoio junto ao empresariado...

O projeto “Fábrica de Craques” do América Futebol Clube, é uma ótima idéia, mas não é para mim, nenhuma novidade...


No saudoso TVU Esporte, o Professor (com maiúscula por ser ele maiúsculo) Horacio Accioly costumava falar sobre a possibilidade de clubes, secretarias, federações e entidades esportivas, conseguirem aprovar projetos iguais...


Aqui mesmo nesse blog, fui o primeiro a tocar no assunto – postei sobre projetos idênticos que clubes grandes como São Paulo, Santos, Minas Tênis Clube e tantos outros haviam encaminhado ao Ministério dos Esportes e que, ou estavam em andamento, ou já rendiam frutos – o projeto “Meninos da Vila” é um deles.


Aliás, foi quando tomei conhecimento que o América estava seguindo o mesmo caminho e que, a direção do clube estava empenhada em repassar todas as informações possíveis para viabilizar a idéia.


Ponto para o América!


Porém, antes que torcedores e leitores desatenciosos, comecem a imaginar rios de dinheiro vertendo para os cofres dos clubes por causa do projeto, é bom esclarecer que a aprovação pelo Governo Federal, através do Ministério dos Esportes, apenas concede a renuncia fiscal e não, o repasse de dinheiro público para nenhum clube ou entidade.


Para conseguir o dinheiro, o América terá que vestir sua melhor roupa, passar um perfume, procurar as empresas, apresentar o projeto e esperar que os empresários procurados, se sensibilizem com o projeto e faço aquilo que todos esperam: ao invés de “dar” o dinheiro para o governo, através dos impostos, dêem para os clube e depois, abatam junto a Receito Federal.


Portanto, funciona assim: o América saí para vender a idéia, o empresário ouve, analisa e se achar que vale a pena, “compra” – então, no fim do ano, apresenta o recibo ao fisco e tudo está resolvido.

Deve ter sido o máximo - Basta olhar o minutos para perceber quanta emoção.

Imagem: Imago

Maurício Pantera, só descobriu agora...

O atacante Mauricio Pantera declarou ao Jornal de Fato de Mossoró, que o Baraúnas não paga a ninguém...


Declarou também, que João Dehon, homem forte do clube, não atende as suas ligações, evitando assim, a cobrança por parte do jogador...


Pantera que já é veterano, só agora descobriu a pólvora...


O duro é saber quem paga, pois quem não paga é fácil: a maioria absoluta.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Vamos esquecer tudo o que o treinador disse; assim, vamos poder vencer!

Imagem: Picture Alliance

Publicado no blog do Juca Kfouri - Airton Gontow, um jornalista gaúcho que honra a profissão e respeita seu clube...

Por AIRTON GONTOW*


Aconteceu na manhã de ontem, 29 de novembro, no mercado ver-o-peso, na bela Belém do Pará.


No último dia de uma rápida viagem a trabalho, encontrei tempo para fazer compras pessoais e, claro, procurar alguns presentinhos para a família.


Ao chegar a uma banca de bolsas, vi que havia duas interessantes.


Uma era colorida e muito bonita.


E tinha a cara da minha mulher!


A outra, embora também tivesse lá a sua beleza, era menos encantadora e, definitivamente, não fazia o estilo da minha esposa!


Infelizmente, um jornalista – o jovem repórter Rafael Seixas, do jornal "A Crítica", de Manaus, chegou um pouco antes.


O rapaz descobriu as duas bolsas e decidiu que levaria uma. Olhou para mim e disse: "Eu não tenho bom gosto para este tipo de coisa.


Qual você acha mais bonita?"


Meu coração bateu forte.


Pensei em dar a resposta errada.


Dizer que a mais bela era justamente a bolsa que eu não queria levar.


O presente era para a mulher!


Olhei para o repórter amazonense e disse, ainda que com dor no coração: "a mais bonita, sem dúvida, é a colorida."


Por que eu disse a verdade?


A resposta é simples e até óbvia: porque era o correto, independente do meu desejo.


Penso nesta pequena história vivenciada ontem diante do dilema de qual deve ser a atitude do meu Grêmio no decisivo jogo de domingo, contra o Flamengo, no Maracanã: o Grêmio deve entrar com o time titular contra a equipe carioca, lutar com todas as suas forças para empatar ou ganhar e, indubitavelmente, dar o título de campeão brasileiro ao grande e tradicional adversário?

Ou deve entregar o jogo para não ajudar a dar mais uma glória ao terrível e centenário rival?


Para mim não há discussão.


O Grêmio deve jogar com toda a sua tradicional garra e matar-se em campo em busca da vitória, ainda que o Inter conquiste pela quarta vez o título brasileiro.


Não importa que o Inter tenha jogado com o time reserva no ano passado contra o São Paulo, ainda que em contexto completamente diferente, já que disputava simultaneamente a taça sul-americana; não importa que o diretor Fernando Carvalho, não bastasse à trapalhada que fez no ano passado, com a história do vídeo denúncia, já tenha voltado a falar bobagens; não importa que, com mais essa conquista, o colorado gaúcho aumentará consideravelmente o seu já espantoso número de associados, venderá mais camisetas e diminuirá a desvantagem que tem em número de torcedores em relação ao Grêmio.


Não importa nem mesmo a opinião momentânea da maioria da torcida gremista, que é favorável à entrega da partida.


O Grêmio deve buscar a vitória ou empate contra o Flamengo porque – apenas isso – essa é a atitude correta.


Independentemente dos nossos desejos e sentimentos.


Como gremista, só detesto o Internacional porque o respeito como adversário.


E certamente há apenas um time que respeito mais que o grande rival.


Este time é o Grêmio.


E por respeitar o meu imortal tricolor exijo a dedicação total na partida do Maracanã.


Além disso, convenhamos, mesmo com o quarto título brasileiro os colorados não vão poder se vangloriar por estarem em vantagem em relação ao Grêmio.


Terão quatro Brasileiros e uma Copa do Brasil contra dois títulos do Brasileiro e quatro Copas do Brasil gremistas.


E uma Taça Libertadores contra duas do Grêmio.


Os colorados gostam de tripudiar em cima das quedas gremistas para a segunda divisão do país, mas é justamente aí que mora a principal diferença entre os dois grandes clubes do Rio Grande do Sul.


Por maior que seja, o Internacional não tem a dimensão épica gremista.


Não tem a incrível história do goleiro Eurico Lara.


Não tem títulos importantes conquistados no estádio dos adversários.


Não tem a Batalha dos Aflitos.


O que poderia ser desonra, para nós, gremistas, é motivo de filme!



Que outra torcida no mundo tem, no fundo, mais orgulho de uma inacreditável conquista na Segunda Divisão arrancada com sangue, suor e lágrimas, com sete jogadores, em um acanhado de Recife, que do título mundial, conquistado em Tóquio?


O jogo do Maracanã, com todos seus dilemas, poderá ser uma nova Batalha dos Aflitos na memorável e história gremista.


Vencer e dar o título ao maior adversário, apesar da maior rivalidade do país, segundo votação recente entre jornalistas esportivos de todo o Brasil.


A dor de ser digno e dar o título ao inimigo.


A tristeza de ouvir os rojões colorados infernizando durante toda a noite o sono dos gremistas.


A tristeza – e o orgulho – de ser um Cirano de Bergerac.


Ajudar o rival na conquista da mulher amada.


Com digna e bela melancolia.


É preciso lutar – com garra e espada mosqueteira no Maracanã.


É melhor não dormir devido ao barulho ensurdecedor dos vermelhos, do que ter o sono estragado pela vergonha de não ter jogado com dignidade.


É melhor aguentar o rival que sucumbir aos nossos mais primitivos anseios, como o de "entregar" a partida.


Que atender ao grito desesperado e irracional da maioria.


Vamos fazer o que é certo, Grêmio!


Melhor assim, que ver-o-peso doendo na nossa consciência e manchando nossa história épica e inigualável.



Upa, upa cavalinho...

Imagem: Val Dragu

O bloco do eu sozinho...

Nos meus tempos de Rio de Janeiro, existia uma frase que era muito usada para identificar uma pessoa que abraçava uma causa, sem contar com nenhum apoio, ou que saia para as noitadas absolutamente “alone”...


Quem assim agisse, era logo identificado como membro do “bloco do eu sozinho”...


Muitas vezes na minha vida, “saí nesse bloco” e ainda hoje costumo fazê-lo.


No colégio Dom Bosco em Brasília, vivi minhas primeiras experiências no tal bloco...


Como era de se esperar, tínhamos duas vezes por semana aulas de religião, ministradas pelo Padre “Bututinha” – apelido carinhoso que os alunos que por ele passaram lhe deram e que, era confirmado a cada ano, pelas turmas subseqüentes.


Padre “Batutinha” era franzino, pequenino, de origem belga e que mesmo estando a mais de cinqüenta anos no Brasil, não havia perdido seu sotaque pesado e arrastado da valônia francófona, que ele orgulhosamente grafava no quadro negro como Wallonië, ao se apresentar a cada início de ano.


Culto, competente, eficiente e dono de uma bondade e de uma paciência santa, Padre “Batutinha” foi meu primeiro amigo, apesar de nossas divergências quando o assunto era fé.


O velho costumava me chamar em sua sala e me ajudar em matérias como matemática (minha eterna e incansável inimiga) e não raro, usava o recreio para corrigir meus enganos em história e geografia, matérias que sempre me fascinaram...


Mas também, me passava violentos carões, acompanhados de um gestual nervoso e melodramático, quando minhas freqüentes perguntas sobre questões religiosas o deixavam constrangido.


Lembro de uma vez, quando ele falava da vida eterna e eu o interrompi e perguntei: “Padre, se a morte é o único meio de todos nós chegarmos ao reino celestial, por que é que as pessoas a temem tanto”?


Silencio...


Inadvertidamente continuei: “Se morrer é ir para junto de Deus, por que as pessoas choram ao invés de comemorar e se alegrar com isso”?


A régua partiu-se sobre a mesa, após a forte pancada dada por ele e à aula foi encerrada.


Quando me levantei para sair, fui parado pela ordem: fique!


Sentei e antes mesmo que pudesse dizer qualquer coisa, o céu desabou sobre mim – começou num tom conciliador e dito num português afrancesado, mas logo se transformou numa tempestade de palavras gritadas que felizmente não consegui entender, pois nervoso e descontrolado, Padre “Batutinha” só conseguia se expressar em francês.


Dali em diante, abstive-me de perguntar e quando ele fazia qualquer questionamento e me olhava, eu balançava a cabeça em sinal de concordância – era inútil discutir com ele, e depois, não valia à pena, passar pro intermináveis e torturantes minutos de violenta e ameaçadora verborragia, numa língua estrangeira.


Hoje, me lembro dele com saudade...


Lembro que ele me defendeu ardorosamente na reunião de diretores e mestres, quando o colégio decidiu que era impossível conviver com um rapazola que contestava constantemente os ensinamentos das aulas de religião – foi voto vencido, mas não temeu contrariar seus superiores, na defesa do seu aluno “problema”.


Padre “Batutinha” nos ensinou o que significava “onisciência” – sempre sabia quem colava nas provas...


Mostrou a força da onipresença – sempre descobria os lugares onde nos escondíamos para fumar...


Soterrou-nos com sua onipotência – seus nãos eram irrevogáveis e suas decisões inquestionáveis.


Quando ele morreu aos 90 anos, eu já tinha 20 anos e haviam se passado três anos de minha “mudança forçada” de colégio, mas fui ao seu velório, toquei suas mãos, beijei sua testa e chorei por um longo tempo segurando suas mãos – havia perdido um grande amigo e um bom conselheiro.


Hoje, seu corpo repousa em Namur, na Bélgica, ao lado de seus ancestrais.


É dele uma frase que acho adorável e que define seu caráter – uma vez numa conversa na lanchonete, Robério, em tom de provocação perguntou: “Padre o senhor é Belga, o símbolo da seleção da Bélgica é o Diabo, como o senhor não se aborrece com isso”?


Padre “Batutinha” sorriu e depois, sério disse: “nós o convertemos há muitos anos, ele só mantém aquele aspecto e aquela cara feia, para assustar os pagãos do leste e do norte...


Ele se referia aos alemães e aos holandeses.


Pois bem, seguindo a mania do bloco do eu sozinho e da contestação, vou opinar sobre os destaques do ano no futebol do Rio Grande do Norte...


Ah, mas dessa vez no bloco vão dois: eu e Lupercio Luiz, ambos abraçamos a mesma causa.


ASSU e Alecrim são os clubes...


Centenário de Pau dos Ferros merece a menção honrosa...


Hugo Sales, o treinador – venceu os grandes na primeira divisão e não tomou conhecimento dos pequenos na segunda.


Francisco Diá divide as honras com Sales – Transformou um time comum, montado com jogadores parados, em uma equipe aguerrida e competitiva e, depois, pegou um barco furado, sem rumo e sem comando, e injetou um mínimo de dignidade num grupo dividido e, os fez recuperar o que propositalmente haviam jogado fora, quando decidiram derrubar um treinador.


José Vanildo é o dirigente – Vanildo deu respeitabilidade e decência à federação, excluiu os filiados fantasmas, aboliu o rastejar na CBF, pelo pleitear, defendeu o futebol numa solenidade, diante de uma prefeita atônita pela franqueza e crueza de suas palavras, investiu na modernidade e queiram ou não, foi o responsável direto pela costura que resultou na vitoriosa campanha do Alecrim na Série D.


Por fim, Vanildo deve conseguir o que muitos tentaram e não conseguiram: trazer a ALE/SAT, para dentro do futebol do Rio Grande do Norte.


Como?


Com um projeto consistente e com o apoio certo.


Ah, antes que alguém diga que minha posição em relação a José Vanildo se deve ao fato de eu estar à frente da editoria do site da federação, digo o seguinte: o que recebo para tal serviço, não me permite viajem mais longa que ir e voltar a Mossoró no mesmo dia, pois se ficar para dormir terei que pedir abrigo na casa do Lupercio ou do Accioly, pois não dá para pagar o hotel.


Sobre os craques, nada a declarar...


Como chamar de craques aqueles que rebaixaram um time e quase rebaixaram outro?

terça-feira, dezembro 01, 2009

O título já diz tudo...

Imagem: Blog do Paulinho

Para quem usa como fonte de inspiração, cuidado, muito cuidado!

Abaixo, os leitores podem dar uma passada d’olhos num um trecho da matéria sobre o treinador Francisco Diá, publicada no prestigioso, bem informado e confiável site, “Futebol Interior”...


Pois bem, para quem nunca ouviu falar em Diá e no Rio Grande do Norte (deve ser o caso do autor da matéria) a parte dedicada ao histórico do treinador, será “digerida” como verdade e repassada boca a boca como tal...


Infelizmente, é tudo mentira, tudo obra de um inepto que comandado por um editor tosco, levou os milhares de incautos que lêem o site a crer em invencionices desnecessárias.


Diá não precisa disso, não necessita de um currículo fantasioso e nem tão pouco, merece desembarcar em São Paulo, apoiado numa farsa.



Histórico


Muito conhecido principalmente no Rio Grande do Norte, Diá acumula títulos no Nordeste. No Rio Grande do Norte, ele conquistou os campeonatos estaduais de 2000, com o Corinthians, de 2006, com o Baraúnas e de 2009, com o Assu, e também a Copa RN de 2009, com o Santa Cruz.



Na Paraíba, sagrou-se campeão estadual em 2004, com o Campinense. Também já conquistou o Campeonato Cearense, com o Fortaleza. No futebol paulista, Diá também já obteve glórias. Em 1999, ele foi campeão da Série C do Campeonato Brasileiro, comandando o União Barbarense.

Esta é capa do jornal oficial do Corinthians... Nojo!

Imagem: Blog do Juca Kfouri

domingo, novembro 29, 2009

Ibrahimovic 1x0 Real Madrid...

Imagem: Marca

Dificilmente, o Flamengo vai deixar escapar...

Os executivos da Globo Esportes devem estar murchos e, pior ainda, devem estar aqueles que apoiaram ou apóiam a estúpida idéia do retorno do mata – mata...


Tudo isso, por causa de tudo que aconteceu hoje na penúltima rodada da Série A.


- O São Paulo entrou em campo comas duas mãos na taça, mas não contava com o brio, o profissionalismo e o empenho dos jogadores do Goiás...


Resultado: o tricolor que era o virtual campeão desabou para o quarto lugar e agora, só um bom milagre para salvar o que a equipe deixou escorregar entre os dedos.


- O Palmeiras enfrentou o Atlético, venceu e de quebra, Diego Souza, marcou para o palestra um gol sensacional – o goleiro Carini, dividiu com Vagner Love e conseguiu cortar, mas o que nem ele e nenhum dos presentes ao estádio podiam esperar é que Diego Souza, de primeira devolvesse a bola direto para o gol atleticano.


- Na Ilha do Retiro em Recife, o Sport ia aprontando para cima do Internacional – disse ia, pois além de sair perdendo, o goleiro Lauro do Internacional empurrou claramente um jogador do Sport dentro da área – pênalti!


Sim!


Mas, o árbitro não marcou...


Ai, o Internacional virou para 2x1 e está no páreo.


Ah, eu esqueci que o Internacional é ferrenho rival do Grêmio e que, por coincidência, enfrentará o Flamengo na última rodada em pleno Maracanã...


Entenderam?


Bem, para quem não entendeu, deixo a declaração de Souza, jogador do Grêmio sobre o fato de o Internacional depender da vitória do rival para tentar ser o campeão: “nenhum jogador quer ficar marcado por ter ajudado o rival a conquistar um título”...


Souza ou é mal profissional ou é idiota, ou é ambos!


Você decide!


- Por fala em mau caráter, o goleiro do Corinthians, Felipe, deveria ganhar o prêmio mau caráter do ano...


Declarou ser flamenguista, deu o canto para o primeiro gol do Flamengo e no pênalti, deixou a bola entrar.


Ronaldo o “gorducho”, outro que também declarou ser rubro negro, levou um tranco no ombro e saiu de campo com vinte minutos, alegando uma contusão na coxa...


A medicina deve ter uma boa explicação.


Como o Flamengo nada tinha haver com o mau caráter vestido de goleiro e a ligação direta ombro/coxa do Ronaldo, fez o seu papel, sapecou 2x0 nos meninos do Parque São Jorge e só deixará de ser campeão se os maragatos fizerem um churrasco e seus convidados de honra forem os pica-paus e os chimangos.


- Na parte de baixo da tabela, o Santo André, adiou sua “execução”, vencendo o Náutico por 5x3.


Agora, o Santo André, depende da chegada de um possível perdão, assinado pelo juiz, mas...


Acontece que alguém foi ainda tentar conseguir a cem quilômetros de distancia...


O perdão, deve ser entregue até a meia noite...


O problema é que quem foi tentar convencer o magistrado, foi de bicicleta.


- Quem está saindo do coma é o Fluminense, o tricolor de quase morto, passou a condição de quase vivo, mas para que isso se confirme, terá que “matar” o Coritiba, enquanto a equipe paranaense, vai torcer para que o Botafogo seja devidamente “atropelado” pelo Palmeiras...


O Botafogo, tem que vencer...


Porém, tem um detalhe: o Palmeiras espera por um milagre vindo dos pampas, um tropeço do Internacional diante do Santo André e uma sacanagem do esporte no Morumbi...


Que coisa mais fúnebre e mais complicada!

Grama macia, uniforme bonito, estádio cheio, grana boa e ainda tem gente que quer que eu volte....

Imagem: Picture Alliance

Se decemos a mesma atenção a política que damos ao futebol, seríamos uma suíça (comentário deixado por um leitor que infelizmente não se identificou)!

Por José Cruz (http://blogdocruz.blog.uol.com.br/)


O primeiro grande escândalo político-esportivo da era “Copa do Mundo 2014” foi revelado ontem e tem, entre outros personagens acusados de atos ilegais, o presidente da Federação Brasiliense de Futebol, Fábio Simão.


Homem forte do futebol candango, Simão acumulava outros dois cargos no primeiro escalão distrital: era o chefe de gabinete do governador José Roberto Arruda e dirigia o escritório que prepara a cidade para o Mundial de 2014.


A operação da Polícia Federal foi deflagrada por determinação do Superior Tribunal de Justiça e Ministério Público Federal, com o objetivo de investigar um suposto pagamento de propina para parlamentares da base de Arruda – já apelidado de “mensalinho” – na Câmara Legislativa do Distrito Federal.


Futebol


Fábio Simão, que na gestão passada era o homem forte do então governador Joaquim Roriz, manteve o prestígio com José Roberto Arruda, a ponto de conquistar o disputado cargo para dirigir as ações da cidade rumo ao Mundial de 2014.


Era de Simão a responsabilidade pela licitação para construir o novo estádio Mane Garrincha, na capital da República, orçado em R$ 700 milhões.


Ontem mesmo, o governador divulgou o afastamento de quatro assessores, entre eles Fábio Simão de sua chefia de gabinete. Porém, não mencionou se o mesmo continuará à frente das ações da Copa 2014.


Prestígio


O prestígio de Fábio Simão ultrapassava as fronteiras do Distrito Federal, e chegou aos gabinetes da poderosa CBF, dirigida por Ricardo Teixeira, que é amigo íntimo de Arruda (aquele que, como senador, fraudou o painel eletrônico).


Em maio deste ano entrevistei Fábio Simão, dois dias antes de sua viagem para Nassau, nas Bahamas.


Convidado de Ricardo Teixeira, ele participou da 59ª reunião da Fifa, quando foram divulgadas as cidades-sedes do Mundial no Brasil.


Simão sabe muito sobre o assunto que dirigia. Tinha resposta para todas as perguntas e informações detalhadas das ações em andamento.


Mais: conhecia as particularidades de cada uma das 17 cidades-candidatas à sedes do Mundial de Futebol.


Desafiado a citar as 12 capitais que seriam escolhidas, Fábio Simão arriscou, com argumentos prós e contras de cada uma. Acertou todas.

sábado, novembro 28, 2009

Ceará 0x0 América...

Imagem: IG



O jogo...


O jogo foi bom durante o primeiro tempo, depois, todo mundo tratou de não correr nenhum risco desnecessário.


E aí, o empate em 0x0 acabou agradando a gregos, troianos, cearenses, potiguares, candangos, mineiros e goianos, mas definitivamente, magoou profundamente os gaúchos.


Pois bem, encerro por aqui o comentário sobre o jogo em si, porém, faço questão de dizer que Diá, mais uma vez, mudou e mudo para melhor – digo isso, em relação à postura da defesa rubra no segundo tempo, que totalmente diferente do primeiro, foi segura, eficiente e contribuiu para o sossego do goleiro Rodolfo.


Mas vamos falar do que importa...


A torcida americana pode mesmo comemorar?


Claro que sim, só um néscio, seria capaz de dizer o contrário.


O torcedor tem todos os motivos para vibrar, comemorar e chutar o balde, afinal, apesar de amanhã tudo ter caído no esquecimento, foi uma semana de apreensão e foram noventa minutos de respiração suspensa – só depois do apito final em Campinas é que o fluxo de oxigênio voltou ao normal.


Por outro lado, o torcedor rubro está feliz, não só pela permanência, mas também, pela queda do seu maior adversário e isso, para um torcedor, é tudo o que de melhor poderia acontecer.


Fosse o contrário, a alegria seria a mesma ou talvez, maior.


Então, que comemorem os americanos, mesmo que o final feliz tenha acontecido, minutos antes de o carrasco ligar a tomada.


E Francisco Diá?


Sinto-me bem à vontade em falar de Diá – não mantenho contato com ele, não somos próximos e nem tão pouco o endeusei ou critiquei (desconfiei, mas desconfiar, não significa excluir ou execrar, desconfiar significa manter-se alerta, pronto para o que der e vier).


O que fiz, e que está documentado no blog – foi afirmar numa postagem que em seu lugar agradeceria e ficaria no Alecrim.


Disse por achar que a oportunidade que estavam dando a ele, era muito mais por falta de dinheiro que qualquer outra coisa – disse na época e reafirmo agora: caso houvesse sobra de caixa, não teria sido Diá (segundo o próprio Diá, na entrevista que concedeu ao final do jogo para a rádio Globo, Paulinho Freire bateu o pé e o fez técnico do América).


A segunda vez que escrevi sobre Diá, foi quando coloquei uma foto do treinador Mourinho com os olhos fechados e a mão na testa e fiz a seguinte brincadeira: “Mourinho tenta um contato telepático com Diá”.


Na verdade a intenção era criticar o excesso de paparicação ao treinador.


Estavam errados aqueles que derramavam elogios a Diá?


Em parte não, em parte sim...


Erram aqueles que afirmam que Diá está consagrado...


Não está!


Diá está sim, na confortável posição de poder dizer: “eu existo, eu conheço futebol e fiz o que dificilmente alguém teria feito”.


Isso é inegável!


E por que Diá pode afirmar isso?


Diá este ano, pegou um time comum, arrumado com as sobras de todas as séries e montou uma equipe competitiva – o resultado, foi o Alecrim na Série C depois de muitos anos a obscuridade.


Mas, quando todos achavam que Diá iria buscar o titulo de Campeão Brasileiro da Série D, Diá deu uma guinada de 180 graus e aceitou dirigir um time caindo aos pedaços, em décimo nono lugar e precisando vencer um monte de partidas para escapar da degola...


Diá chegou, viu, conversou, recebeu apoio, foi à luta e conseguiu o que parecia impossível.


Esse é outro fato inegável!


Por que Diá conseguiu isso?


Por algumas razões que estão além campo, mas que em muito colaboraram para o resultado final.


Diá conhece o mundo da bola e a linguagem do boleiro, sabe quem é quem e quando chegou ao América, teve a seu lado Souza, outro que é capaz de identificar o fogo, antes mesmo de ver a fumaça.


Além do apoio total de Souza, Diá levou Romildo, seu auxiliar no Alecrim e a comissão que com ele trabalhou na Série D – não tinha o que temer, todos eram aliados e os chefes de grupo do elenco, ficaram sem ter o que fazer, a não ser se render.


Por outro lado, direção do América já havia feito sua cota de besteira, quando permitiu a saída de Gilberto de Nadai, demorou a demitir Guilherme Macuglia e impossibilitada de mudar o elenco, se viu refém de um bando, que para derrubar o treinador desafeto, foi capaz de fazer corpo mole e perder cinco jogos seguidos – era apoio total a Diá, ou naufragar.


Por fim, Diá conhece futebol, conhece as variantes e principalmente, conhece a melhor maneira de usar as características de cada jogador a sua disposição – a única coisa que ninguém nunca duvidou de Diá, foi a sua capacidade de identificar um bom boleiro.


E isso por si só, não o consagra?


Não!


Diá abriu uma porta, aliás, uma porteira, mas ao que parece, terá a grande oportunidade agora...


Caso aceite dirigir o Mogi Mirim de Rivaldo e César Sampaio, Diá sairá da província e desembarcará no centro do furacão e aí, vamos saber se ele está pronto para o grande salto.


Em São Paulo, Diá vai estar só, sem seus amigos – só poderá contar com seu conhecimento e sua capacidade de sobreviver no hostil mundo da bola.


Se mantiver o Mogi Mirim na primeira divisão, e de quebra, conseguir complicar a vida de algum dos “mitos” que por lá habitam, aí sim, Diá estará consagrado.


Por enquanto, Diá pode dormir com a cabeça em paz e com a certeza de que soube aproveitar a chance na hora em que ela apareceu.


O futebol do Rio Grande do Norte pode comemorar?


Sim e não...


Sim, por ter conseguido colocar uma equipe na Série C em 2010...


Ano que vem, o Alecrim estará disputando o torneio mais importante de sua história e, se conseguir Deus sabe como, os recursos necessários, poderá quem sabe, sonhar com o paraíso.


Não, por ter perdido uma vaga na Série B e visto um grande despencar para a C...


Essa conversa de que a Série C não é mais um inferno, é conversa fiada, pergunte a que dirige o ABC, se é fácil conseguir bons patrocínios para quem joga uma divisão que ninguém vê e se existem muitos jogadores com alguma qualidade, dispostos a disputar a terceira divisão.


Por fim, a campanha do América foi pífia, escapar na décima sexta posição, não é nenhum motivo de orgulho.


Será preciso uma profunda reflexão.


Essa foi a segunda vez consecutiva e talvez, na terceira, a sorte resolva sair para passear.