Com Eurico, Vasco se torna maior
devedor da CBF: R$ 16 milhões
Por Rodrigo Mattos
No início de sua gestão, o
presidente Eurico Miranda transformou o Vasco no maior devedor da CBF: um total
de R$ 16 milhões.
Os dados constam dos balanços
financeiros dos clubes e da confederação.
O aumento da dívida tem relação
com empréstimo feito pelo clube no final do ano passado já sob sua presidência
para pagar débitos fiscais.
A confederação tem como prática
dar dinheiro a clubes com a cobrança de juros – principalmente no caso de times
cariocas.
Tanto que, nos últimos cinco
anos, a dívida das agremiações praticamente dobrou, saltando de R$ 36 milhões
para R$ 69,1 milhões ao final de 2014.
A entidade não gosta de detalhar
os números, nem falar das negociações.
O diretor financeiro da CBF,
Rogério Caboclo, disse que não sabe especificar quanto cada clube deve.
Mas esses números podem ser
obtidos nos balanços deles.
Entre os cariocas, Fluminense,
Flamengo e Botafogo reduziram suas dívidas com a confederação.
O Botafogo, que tinha o maior
passivo, teve uma queda de R$ 15,9 milhões para R$ 12 milhões ao final de 2014.
No Flu, houve uma redução de
cerca de R$ 1,7 milhão: ficou em R$ 11,2 milhões.
E o Flamengo diminui quase pela
metade o débito: está em R$ 6,8 milhões.
Enquanto isso, o Vasco teve um
acréscimo de mais de R$ 5 milhões no total de sua dívida.
Eurico negociou o empréstimo no
final do ano passado.
“Não tenho nenhum comentário
sobre isso'', esquivou-se Caboclo ao ser questionado sobre o empréstimo.
O blog procurou Eurico que não
atendeu os telefonemas.
A assessoria do clube informou
que só ele poderia falar do assunto.
Mas a verdade é que a CBF foi
generosa: o dinheiro terá de ser pago a longo prazo pelo balanço vascaíno.
Do total do débito do clube, só
R$ 1,2 milhão terá de ser quitado em 2014, sendo o restante de R$ 14,8 milhões
nos anos seguintes.
Uma parte dessa dívida foi
adquirida pelo ex-presidente Roberto Dinamite, que também tinha o costume de
pegar empréstimo com a CBF.
Chegou a levantar R$ 8 milhões
para pagar a folha salarial, e tentou nova ajuda no final do ano passado.
Adversários políticos, Dinamite e
Eurico têm um ponto em comum: no aperto, recorrem à confederação.