terça-feira, maio 29, 2018

A morte de J. Hawilla não zera sua dívida com a Justiça dos Estados Unidos...

Imagem: Autor Desconhecido


J. Hawilla o homem que delatou o caso FIFA admitindo ter pago propinas ex-dirigentes da CBF e CONMEBOL, morreu na última sexta-feira, vítima de pneumonia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo...

Porém, sua morte não encerra o caso.

Segundo advogados a morte de Hawilla deixa em aberto uma dívida milionária em restituições que ele tem de pagar à Justiça dos EUA por conta dos casos de corrupção em que se envolveu...

O débito terá que ser pago pelo espólio porque serve de restituição para os prejudicados por suas ações.

Junto com a confissão, Hawilla acertou os termos do acordo de pagamento de restituição...

No documento definitivo ficou acertado que o empresário pagaria US$ 151,7 milhões (R$ 550 milhões, que seria o total do lucro obtido pelo executivo com corrupção).

Desse total, Hawilla já tinha pago U$ 25 milhões (R$ 91 milhões) ...

O estante, teria que ser quitado com as vendas das duas empresas pertencentes ao empresário – a Traffic Sports USA e a Traffic Sports International, ambas sediadas nos Estados Unidos, e ligadas à matriz brasileira.

segunda-feira, maio 28, 2018

O América vence e termina a primeira fase líder de seu grupo...

Imagem: Rafael Reis para o Universidade do Esporte



América vence Imperatriz/MA e garante primeiro lugar do grupo

Por Mateus Fernandes para o Universidade do Esporte

Pelo último jogo da primeira fase da Série D, o América derrotou o Imperatriz/MA por 2 a 1, na Arena Barretão, em Ceará Mirim, com dois gols do atacante Adriano Pardal.

Precisando apenas do empate para garantir a primeira colocação do Grupo A6, o alvirrubro definiu a partida logo no primeiro tempo, quando saiu com o placar de 2 a 0.

Os primeiros minutos foram de dois times se estudando, jogo morno, até que aos 14, o baixinho Adriano Pardal completou cruzamento da esquerda, abrindo o placar no Barretão.

Com o gol, o time de Natal pareceu mais tranquilo em campo e logo dominou as ações ofensivas da partida.

Lucas Silva chegou a marcar outro gol, mas estava impedido.

Aos 35 minutos, valeu, o defensor do Imperatriz perdeu a bola e a deixou dominada para Pardal carregar e bater cruzado de canhota para fazer o 2 a 0.

As melhores chances vinham pelo lado esquerdo do ataque, por lá o América poderia ter ampliado ainda mais o resultado, no entanto o primeiro tempo acabou assim.   

Na segunda etapa, com o resultado adverso, o clube maranhense teve que se lançar mais ao ataque, porém chegava sem grandes perigos à meta do goleiro Daniel.

A partida já ia para o final em clima de tranquilidade, quando aos 41 minutos, em boa jogada trabalhada desde o campo de defesa, a bola chegou no centroavante Júnior Chicão, que driblou o zagueiro Negretti e bateu para o gol, descontando a diferença para o Imperatriz.

O duelo esquentou um pouco e o América ainda perdeu a oportunidade de fazer o terceiro.

Em jogada da dupla Pardal-Danilo, o atacante enfiou a bola em profundidade para o lateral, que chegou na frente do goleiro, ficou indeciso entre chutar e tocar, acabou rolando a bola para trás, mas não havia ninguém lá.

Felizmente para a torcida americana o tento não fez falta.

Final de confronto: América 2 X 1 Imperatriz/MA.

O clube de Natal enfrenta o próprio Imperatriz na próxima fase.

A primeira partida acontece no dia 3 de junho, no Maranhão.


Roger Piantoni - 1931/2018 - o atacante Piantoni foi um dos maiores em seu tempo... terceiro colocado no Mundial de 1958 com a seleção francesa.

Imagem: Universal - Corbis/VCG/Getty Images

O que foi dito sobre a contusão de Mohamed Salah...

Imagem: Autor Desconhecido


A repercussão da contusão de Mohamed Salah provocada por Sergio Ramos...

- “Sergio Ramos não deve ter feito amigos no Egito”
Jürgen Klopp, treinador do Liverpool.

- “Não foi um ato fortuito, e sim, uma conspiração do lobby sionista.”
Sheik egípcio Jaled al Yundi em um programa do canal DMC do Cairo.

- “Que Deus se encarregue de Ramos.”
Jornal Al Watan, do Cairo.

- “Uma noite em que os egípcios choraram, Ramos, o carniceiro (gazar em árabe), deslocou o ombro de Abu Salah.”
Jornal Al Masry al Youm

Raheem Sterling versus Pickford...

Imagem: Carl Recine/Action Images via Reuters 

Salto, empurrão e coice...

Imagem: Paul Childs/Action Images via Reuters 

Alemanha, a seleção que mais jogou e a que mais marcou gols em Copas do Mundo...

Imagem: Autor Desconhecido

Atual campeã, a Alemanha estará pela décima nona vez em um Mundial...

Nas Copas, os germânicos fora os que mais jogaram (106) e os que mais marcaram (224).

Na Copa de 2014 os alemães marcaram 18 gols, desempenho abaixo apenas do apresentado em 1954 (25) ...


Com quatro títulos, a Seleção Alemã acumula 66 vitórias, 20 empates e 20 derrotas ao longo dos Mundiais como Alemanha Ocidental e Alemanha. 

Eu sou inocente...

Imagem: Vincent Michel/Icon Sport via Getty Images

O Globo perde para o Náutico em Recife e cai para a zona de rebaixamento...

Muito felizes...

Imagem: Charlotte Wilson/Offside via Getty Images

Loris Karius sofre ataques nas redes sociais e a polícia inglesa investiga os agressores...

Imagem: Mundo Deportivo/Ina Fassbender/GTRES


A polícia de Merseyside* confirmou neste domingo ao diário The Telegraph que está investigando as centenas de ameaças de morte e mensagens de ódio enviadas a Loris Karius, goleiro do Liverpool...

Uma das mensagens dizia: “Matarei sua filha, matarei sua filha”.

Outra afirmava: “Teus filhos merecem morrer de câncer. Espero que toda sua família morra de câncer”.

Um porta voz da polícia de Merseyside afirmou: “Nós tomamos muito a sério as mensagens vindas das redes sociais e aquelas que forem identificadas, os responsáveis irão responder”.

“Que fique bem claro para os usuários das redes sociais que qualquer mensagem maliciosa ou que sejam ameaçadoras serão investigadas”, assegurou o representante da polícia.

* Merseyside é um condado, localizado no Noroeste da Inglaterra...
 
O nome deriva do rio Mersey e compreende uma área urbana formada por cidades e vilarejos que foram surgindo e se desenvolvendo lado a lado pelo estuário do Mersey ao lado de Liverpool - em 1974, Merseyside foi transformado num condado metropolitano.

Tottenham Hotspurs... partida disputada no White Hart Lane, em 1972.

Imagem: Popperfoto/Getty Images 

O legado da Copa sonegado pela CBF...


Imagem: Ricardo Stuckert - Divulgação


O legado da Copa sonegado pela CBF

Há quatro anos, a entidade máxima do futebol brasileiro se comprometeu a proteger crianças e adolescentes.

Não cumpriu.

Mas há quem a descreva como “um exemplo de gestão para o mundo”

Por Breiller Pires para o El País

O relógio na sede da CBF, no Rio de Janeiro, marcava 12h40.

Há exatos quatro anos, os dois últimos mandachuvas do futebol brasileiro assinavam um pacto com o Congresso Nacional comprometendo-se a adotar medidas para combater o abuso sexual, o trabalho infantil e o tráfico de crianças nas categorias de base.

Hoje, às vésperas de outra Copa do Mundo, José Maria Marin está preso e condenado por formação de quadrilha, suborno e lavagem de dinheiro.

Marco Polo Del Nero, seu sucessor, banido pela FIFA.

E a CBF ainda não cumpriu a promessa de proteger milhares de jovens atletas que pelejam com a bola nos pés.

Pelo acordo assinado em 2014, a entidade máxima do futebol nacional deveria implementar 10 ações a fim de evitar violações dos direitos de crianças e adolescentes em clubes e escolinhas.

No entanto, no ano passado, o Congresso constatou que apenas duas medidas haviam saído parcialmente do papel.

O acordo foi fechado após desdobramentos da CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que apurou dezenas de casos de abuso relacionados ao futebol cometidos por treinadores, olheiros, empresários e dirigentes.

A ideia era aproveitar a ocasião da Copa em solo nacional para deixar um legado em favor de meninos e meninas que praticam o esporte mais popular do país.

Legado que virou descaso.

Inicialmente, a CBF ignorou o chamado da Câmara dos Deputados para prestar contas sobre o pacto em setembro de 2017, mas, no último dia 15 de maio, o secretário-geral da confederação, Walter Feldman, respondeu aos questionamentos dos parlamentares em audiência pública promovida pela Comissão do Esporte.

Ele reconheceu que a situação das categorias de base no Brasil é “dramática” e que sua entidade pouco fez para combater abusos e violações de crianças no futebol.

Entretanto, criticou o acordo assinado em 2014, qualificando-o como “um ato político, proselitista e de impossível execução”.

Deixou explícito que o trato não foi cumprido devido aos escândalos de corrupção que levaram ao indiciamento dos três últimos presidentes eleitos da CBF.

Apesar da justificativa constrangedora, a maioria dos deputados presentes na audiência se eximiu de cobrar a confederação.

Pelo contrário.

Alguns congressistas, integrantes da famigerada “bancada da bola”, fizeram questão defenderam um “voto de confiança” à entidade, como Vicente Cândido – que acumula as funções de deputado federal pelo PT com o cargo de diretor de assuntos internacionais na CBF.

A única que não engoliu as desculpas de Feldman foi a deputada Erika Kokay, também do PT, que presidiu a CPI da Exploração Sexual.

Ela indagou o secretário: “Quer dizer, então, que a CBF assinou um pacto que não pode cumprir? A instituição que o senhor representa queria enganar o parlamento?”.

Na época da assinatura do pacto, estavam sentados à mesa o então presidente da confederação, José Maria Marin, seu vice Marco Polo Del Nero e a ex-deputada Liliam Sá, do Democratas, que era relatora da CPI.

Ela rasgou elogios a Marin, que, no fim daquele ano, passaria o bastão da presidência a Del Nero.

“O senhor está deixando um grande legado na sua administração. Isso é muito importante. Eu sei que o Dr. Marco Polo vai fazer também um excelente trabalho. Já vai pegar a casa pronta, não é, doutor?”, declamou Liliam Sá.

Coincidência ou não, dois anos antes, a convite de Marin, ela havia sido chefe da delegação feminina de futebol na Olimpíada de Londres.

Esse é o modus operandi da CBF.

Distribuindo cargos, mimos e agrados a políticos e empresários, a confederação defraudada por negociatas ilícitas constrói uma poderosa rede de poder que blinda seus cartolas de responder pelos atos da instituição.

Ao debochar do pacto firmado por Marin e Del Nero, sugerindo que parlamentares perseguem e adotam discurso de “culpabilização da CBF”, o secretário Feldman copia uma estratégia comumente utilizada pelos patrões: a terceirização de responsabilidades.

Foi assim que Del Nero não hesitou em atribuir a culpa pelo 7 a 1 a Felipão e Parreira depois do fiasco na última Copa.

Foi assim que Ricardo Teixeira, antes de ser indiciado pelo FBI, culpou o mau humor dos jornalistas pelo atraso do futebol brasileiro.

Feldman prometeu reformular as medidas propostas pelo Congresso, disse que o combate ao abuso sexual nas categorias de base é um “compromisso consistente da CBF” – imagine se não fosse – e jurou que os clubes que não respeitarem integralmente os direitos básicos de crianças e adolescentes atletas serão impedidos de disputar competições oficiais.

Qual é a garantia de que uma confederação que não honrou obrigações assumidas por dirigentes corruptos, mas que agora se vende como instituição moderna afeita à governança corporativa e ao compliance, irá, enfim, colocar o discurso em prática?

O secretário Feldman se recusou a estabelecer prazos para cumprir as promessas.

Porém, não ruborizou ao cravar categoricamente que “a CBF é um exemplo de gestão para o mundo”.

Por enquanto, sob o afã de que uma boa campanha na Copa da Rússia sirva de cortina de fumaça para o descrédito popular que a acompanha nos últimos anos, a CBF é só um exemplo de como escândalos de corrupção dilapidaram ainda mais nosso futebol.

Por causa dos dirigentes corruptos que fizeram carreira na confederação, a FIFA bloqueou um fundo de legado da Copa superior a 300 milhões de reais.

Fundo este que, entre outros projetos, deveria ter bancado medidas de proteção para que jovens atletas não tivessem seus sonhos arruinados por violências tão cruéis como o abuso sexual.

Nesses quatro anos entre uma Copa e outra, entre a assinatura e o descumprimento do pacto, foram registrados 79 casos de abuso contra crianças e adolescentes no futebol brasileiro.

Diante do cenário dramático, como admitiu o secretário, a CBF responde com passividade, ironias e mais promessas.

O legado da Copa, pelo menos para os futuros jogadores do Brasil, foi um mero acordo de fachada, que, segundo a confederação, não deveria nem ter existido porque seus cartolas, pobrezinhos, eram corruptos demais para cumpri-lo.

domingo, maio 27, 2018

Fulham vence o Aston Villa por 1 a 0, com o gol de Tom Cairney e está de volta a Premier League...

Imagem: Anna Gowthorpe/BPI/Rex/Shutterstock

Série C... ABC derrota o Remo por 2 a 1 e ocupa a terceira posição no Grupo A.



O ABC derrotou o Remo por 2 a 1 e voltou a ocupar a terceira posição na zona de classificação do Grupo A...

Mas não foi uma partida fácil.

No primeiro tempo Remo deu trabalho...

No segundo, o ABC dominou, marcou os gols que lhe deram a vitória e quando o Remo diminuiu e foi em busca do empate, soube segurar o ímpeto dos paraenses.

Em tese, hoje, o alvinegro só pode ser superado pelo Santa Cruz que joga logo mais, em Sergipe, contra o Confiança...

Apesar do futebol ser “uma caixinha de surpresas”, não vejo como o Santa Cruz possa surpreender o Confiança e derrubar o ABC para a quarta colocação.

Sergio Ramos, me desculpe, mas vou levar essa dúvida para sempre...

Imagem: Tom Jenkins/Observer

Treze vezes campeão da Europa, o Real Madrid não deixa margem para nenhuma contestação...



A final em Kiev pode ser resumida em três momentos... 

A contusão de Salah, o golaço de Gareth Bale e as falhas terríveis de Karius. 

Para o Liverpool, o jogo acabou quando Mohamed Salah abandou o campo em lágrimas... 

Naquele momento o Real Madrid sentiu que nada o impediria de conquistar sua décima terceira taça continental.

sábado, maio 26, 2018

Liverpool e Real Madrid estão prontos para decidir quem manda na Europa...

 Imagem: Tom Jenkins for The Guardian 


Imagem: Tom Jenkins for The Guardian 

O árbitro da final da Copa do Uruguai descreve sua participação no Mundial de 1930...

Imagem: Autor Desconhecido


Meu nome é John Langenus.

Nasci em Berchem, na Bélgica, no distante ano de 1891.

Quando eu era criança, adorava futebol.

Mas a bola não tinha nenhuma simpatia por mim.

Batia-me na canela, fugia dos meus pés, acertava o meu nariz.

Resultado: troquei a bola pelo apito. Virei juiz de jogos escolares.

Chegava a fazer três partidas por domingo.

E fui aprendendo os segredos da coisa.

Mas não passei no meu primeiro teste para ser árbitro oficial.

Os dois ingleses que me aplicaram o teste, juízes de juízes, me perguntaram:
- O que você deve fazer quando a bola bater num avião voando baixo?
Eu não soube responder e fui reprovado.

Três meses depois fiz novamente a prova e me fizeram perguntas decentes.

Aí passei.

Tive um único apito na vida.

Custou-me trinta centavos.

Levei-o comigo quando fui chamado para apitar a Copa do Mundo de 1930.
A viagem peguei um trem de Antuérpia até Paris, depois outro até Barcelona e lá embarquei no Conte Verde, um navio luxuoso que também levaria as delegações da Romênia, da França, da Bélgica e da Fifa.

O Jules Rimet, por sinal, não largava o troféu que entregaria ao país vencedor.

Naquele tempo, a estatueta ainda se chamava Vitória.
Foram catorze dias muito divertidos até o Rio de Janeiro.

Cantamos, bebemos e rimos muito.

Os romenos eram os mais animados.

Até fizeram um número de balé.

 No Rio demos uma carona para a seleção do Brasil e para o Gilberto Rego, que seria o juiz brasileiro daquela Copa.

Ficamos muito amigos.

Quando paramos em Santos, ele até me comprou um cacho de bananas.

Deve ter custado uma fortuna.

Gilberto me explicou que naquela cidade pegaríamos o único jogador paulista da seleção brasileira, o Araken Patuska.

A seleção só tinha jogadores cariocas, pois os dirigentes de São Paulo, como não foram chamados para compor a delegação, não aceitaram ceder seus jogadores.

Só o Araken, que estava sem clube, é que pode ir.

Meu amigo explicou que aquilo era uma pena, pois o goleiro Athié e o atacante Feitiço certamente seriam titulares.

E um tal de Friedenreich, mesmo com 38 anos, ainda devia ser o melhor jogador do mundo.

Finalmente, no dia 4 de julho chegamos a Montevidéu.

Dez mil uruguaios nos esperavam no porto.

Que festa!

Pontapé inicial Só treze equipes aceitaram o convite para participar da Copa.

Assim formaram dois grupos com quatro equipes e dois com três.

Só os primeiros colocados passariam às semifinais.

O jogo de estreia foi França x México.

E meu amigo Gilberto atuou como um dos bandeirinhas.

Nevava quando o Lucien Laurent fez o primeiro gol das Copas do Mundo.

Foi um belo voleio.

Ele nem sabia que estava entrando para a história.

No dia seguinte, eu e Gilberto assistimos ao jogo entre Iugoslávia e Brasil. 2 a 1.

O Brasil parecia intimidado.

Só Fausto e Preguinho mostravam alguma atitude.

Aliás, o Preguinho fez o primeiro gol do Brasil em Copas do Mundo.

O Gilberto me contou que o garoto era campeão em oito esportes: futebol, natação, remo, polo aquático, saltos ornamentais, atletismo, basquete e vôlei.

Ah, que inveja os juízes têm dos atletas...

Logo eu apitaria meu primeiro jogo naquela Copa: Uruguai x Peru.

Coloquei minhas calças bufantes, minhas meias longas, uma camisa social branca, minha gravata e, é claro, meu paletó.

Elegância é fundamental.

Foi uma partida nervosa, que o time da casa acabou vencendo por 1 a 0, marcando só no segundo tempo, com Héctor Manco Castro.

Depois assisti com o Gilberto ao segundo jogo do Brasil.

A seleção estava mais solta e ganhou de 4 a 0 da Bolívia, gols de Moderato e Preguinho.

Mesmo assim, como a Iugoslávia havia vencido a Bolívia uns dias antes, o Brasil estava fora do campeonato.

- Talvez esse negócio de Copa do Mundo não seja para nós - disse o Gilberto, conformado.

Fui escalado como juiz no jogo entre Argentina e Chile.

Quem vencesse iria à semifinal.

Desconfio que estes países não se dão muito bem, porque houve uma tremenda briga entre os atletas.

Normalmente eu expulsaria um monte de cada lado, mas as autoridades pediram e fui condescendente.

A Argentina venceu por 3 a 1 e foi à semifinal contra os Estados Unidos.

Também apitei este jogo.

Logo aos dez minutos, um norte-americano se contundiu.

Não havia substituição e o time ficou só com dez jogadores.

Aí foi um passeio: 6 a 1 para a Argentina.

Nesta partida houve um fato curioso: depois que marquei uma falta, o médico norte-americano entrou em campo para tirar satisfação.

Ao chegar perto, intimidado pelo meu um metro e noventa, ele desistiu de brigar e apenas atirou sua maleta no chão com raiva.

Todos os frascos se quebraram, inclusive um de clorofórmio.

O sujeito desmaiou e teve que ser levado de maca.

Ou seja, o médico é que precisou de atendimento médico.

A outra semifinal foi entre Uruguai e Iugoslávia.

O juiz foi o Gilberto Rego.

E o placar também foi 6 a 1.

A decisão seria entre Uruguai e Argentina.

Um jogo de sair faísca.

Estava passeando em Buenos Aires quando me deram a notícia: eu tinha sido escolhido para apitar a partida decisiva e deveria retornar imediatamente.

Não mesmo!

Aquele seria um jogo de vida ou morte.

E a morte poderia ser minha.

Então fiz três exigências para entrar na arena.

Queria um seguro de vida para mim e para os meus dois assistentes.

Uma escolta policial deveria me levar até o porto depois do jogo.

E o navio Duílio, que partiria às 15h00 para a Europa, deveria me esperar, pois o jogo só terminaria às 17h00.

Só quando eles me garantiram que as três exigências seriam cumpridas é que atravessei o Rio da Prata de volta para o Uruguai.

O barco estava repleto de argentinos.

Foi uma invasão.

Muitas armas foram apreendidas na alfândega e houve várias brigas entre as torcidas nas praças de Montevidéu.

Viver é perigoso.

Ainda mais para um juiz de futebol.

Quando entrei no Centenário, meu queixo quase caiu.

Nunca tinha visto um estádio tão cheio.

Pensei que ele se chamava Centenário porque o país festejava o centenário de sua constituição.

Mas acho que era porque cabiam cem mil pessoas.

Antes de apitar o início do jogo já surgiu o primeiro problema: os argentinos queriam a bola argentina, os uruguaios só aceitavam a uruguaia.

Apelei para a diplomacia.

Usaríamos uma bola no primeiro tempo e a outra no segundo.

Começou a partida.

Os uruguaios marcaram logo aos 12’, com Dorado.

Oito minutos depois, Peucelle empatou.

E aos 37’, Stábile, o artilheiro do campeonato, virou o jogo: Argentina 2 a 1.

Neste momento ouvimos um tiro na arquibancada.

Acho que foi de comemoração, mas fiquei assustado do mesmo jeito.

Na etapa final, os uruguaios voltaram enlouquecidos.

Logo aos 12’ igualaram a partida, com Cea.

E, aos 23’, num chute de fora da área, o grande Iriarte revirou o placar: 3 a 2 para o Uruguai.

Foi a vez dos argentinos atacarem.

Houve uma chuva de cruzamentos, chutes batendo nos beques, bolas na trave e o guardião Ballestrero fazendo milagres.

O empate parecia inevitável.

Mas, num contra-ataque, o pequeno Manco Castro subiu como se tivesse molas nos pés e deu uma cabeçada certeira: 4 a 2.

Os argentinos alegaram toque de mão, mas como Manco era maneta, fiz-me de surdo.

Alguns minutos depois soprei o apito final.

O Uruguai era o primeiro campeão do mundo.

A festa no estádio foi imensa.

Mas nem fiquei para ver.

Saí correndo para o porto.

Para minha surpresa, não havia cem policias para minha escolta.

Só um civil.

Mesmo assim, chegamos sãos e salvos.

- Já podemos partir – falei ao capitão.

- Não podemos, não – ele me respondeu.

– O nevoeiro está muito forte. Só amanhã.

- Teremos que ficar aqui?

- E se uma horda de argentinos atacar o navio?

Ele deu de ombros.

E eu passei a noite escondido no camarote.

Apitar é perigoso.

Peter Crouch...

Imagem: Dave Thompson/PA 

Hino Oficial da Copa do Mundo... Live Up - Nicky It Jam feat. Will Smith & Era Istrefi.

Peguei...

Imagens: Jason Cairnduff/Action Images via Reuters

Alexandre Frota é condenado a indenizar Juca Kfouri após ofensas no Twitter...

Imagem: Autor Desconhecido



Alexandre Frota é condenado a indenizar Juca Kfouri após ofensas no Twitter...

No ano passado, o jornalista Juca Kfouri teceu, em seu blog, duras críticas à participação do agora candidato a deputado federal Alexandre Frota na política do Corinthians.

Recebeu em troca um texto repleto de xingamentos no Twitter.

Frota defendeu-se alegando ter sido desrespeitado na coluna do jornalista.

Por conta disso, Kfouri buscou a Justiça, que, ontem, lhe assistiu razão.

Sentença da 3ª Vara Civil do foro de Cotia, assinada pelo juiz Carlos Alexandre Aiba Aguemi, condenou Alexandre Frota a pagar indenização de R$ 15 mil por Danos Morais, acrescidos de 15% de custas processuais.

Fonte: Blog do Paulinho

Platini é declarado inocente pelo Ministério Público da Suíça...

Imagem: Gabriel Bouys/EPA


O Ministério Público da Suíça declarou que Michel Platini (na foto com Didier Deschamps), ex-jogador francês e ex-presidente da Uefa, é inocente da acusação de ter recebido indevidamente por assessoria prestada a Joseph Blatter, ex-presidente da FIFA, a quantia de 1,8 milhão de euros...

Em virtude da suspeita, Michel Platini acabou banido do futebol por quatro anos pelo Comitê de Ética da Fifa, suspenção que expirará em 2019.

Platini ainda não se manifestou, mas a decisão deve levar o dirigente a buscar a extinção da suspenção...

Michel Platini sempre negou ter recebido qualquer dinheiro de Blatter.

Cyrille Regis - West Bromwich Albion...

Imagem: Mark Leech/Getty Images 

Liverpool renova contrato master e Arsenal fecha patrocínio com o governo de Ruanda...




O Liverpool renovou por mais quatro anos o patrocínio do banco Standard Chartered...

Serão pagas 40 milhões de libras (cerca de R$ 200 mi) por ano, no terceiro maior acordo de patrocínio do futebol inglês, atrás de Chevrolet e Manchester (53 milhões de libras) e Arsenal Emirates (45 milhões de libras).

10 milhões de libras por ano o governo de Ruanda pagará para estampar a marca de seu país na manga da camisa do Arsenal.

Fonte: Máquina do Esporte

quinta-feira, maio 24, 2018

Como as coisas acontecem entre um telefonema e outro: Alex Fabiano e Breno Morais Almeida, vice-presidente de futebol do Botafogo/PB...

Lyon versus Montpellier...

Imagem: Manuel Blondeau/Icon Sport via Getty Images 

Copa do Mundo mais violenta da história teve 345 cartões amarelos e 28 vermelhos...


Copa do Mundo mais violenta da história teve 345 cartões amarelos e 28 vermelhos

Mundial da Alemanha teve média de 5,4 cartões amarelos por jogo e expulsões a cada 0,44 duelo

Por Rodolfo Brito para o site Sr. Goool

A Copa do Mundo, após duas edições, está de volta à Europa.

E foi nesse continente que o Mundial registrou o maior número de cartões da história.

Em 2006, na Alemanha, os árbitros puniram os jogadores em 373 oportunidades.

Foram 345 amarelos - recorde - e 28 vermelhos - recorde.

Nenhuma outra Copa do Mundo teve tantos cartões distribuídos, segundo levantamento do Sr. Goool.

Há 12 anos, a Copa do Mundo registrou média de 5,4 cartões amarelos por jogo.

Já as expulsões aconteceram a cada 0,44 duelo.

Para se ter uma ideia, apenas no torneio de 1998, também na Europa, as expulsões chegaram a 20.

Na Copa da França, houve 22 cartões vermelhos e 258 advertências.

Os cartões amarelos, aliás, superaram os 200 em cinco oportunidades.

Em 2002, na Coreia do Sul e no Japão, foram 272 cartões amarelos, contra 261 em 2010, na África do Sul.

Já em 1994, nos EUA, foram levantados 235 amarelos.

A última Copa do Mundo, como comparação, registrou 187 advertências e dez expulsões.

O primeiro Mundial no Brasil, por sua vez, está na história por outro motivo.

Em 1950 não houve expulsões.

Apenas em 50 e em 1970, no México, nenhum jogador foi mais cedo para o chuveiro.

Herbert Chapman - no centro da foto - treinador do Arsenal...1932.

Imagem: J Gaiger/Getty Images 

Benfica contrata atacante brasileira...

Imagem: Globoesporte.com


O Benfica de Portugal anunciou a contratação da atacante brasileira Geyse da Silva Ferreira...

Geyse, de 20 anos, é o décimo reforço da equipe de Lisboa é o 10.º reforço do Benfica, que na próxima temporada fara sua estreia no futebol feminino, no campeonato nacional de 2018/2019.

A atacante estava no clube espanhol Madrid CFF...

No Brasil jogou pelas equipes do CESMAC, da União Desportiva, do Centro Olímpico e do Corinthians.

Geyse serviu também as bases da seleção brasileira, onde conquistou o título de campeã sul-americana de sub-20...

"Não tive dúvidas quando recebi a proposta do Benfica, porque é um grande clube. Apresentou-me um projeto muito bom, muito ambicioso e sei que vou trabalhar com um treinador que vai explorar o melhor de cada atleta, isso também pesou na minha escolha", afirmou.

O Benfica será treinado pelo técnico João Marques, ex-treinador do Braga...

A chegado do Benfica ao futebol feminino português é uma ótima notícia.

Argélia 2x1 Alemanha Ocidental - Copa do Mundo de 1982... Lakhdar Belloumi marca para a Argélia.

Imagem: AP 

quarta-feira, maio 23, 2018

Copa do Nordeste... ABC goleia o Santa Cruz e avança para as semifinais da Copa do Nordeste.



Qual a relação da partida que o ABC jogou contra o Salgueiro, pela Série C, com a partida jogada contra o Santa Cruz, pela Copa do Nordeste? 

Nenhuma... 

Portanto, não há que fazer comparações. 

Em Salgueiro, o alvinegro não jogou... 

Melhor, foi envolvido, dominado e por fim goleado. 

Em Recife, o ABC não deixou o Santa Cruz jogar... 

Tomou conta da partida e, mesmo quando foi pressionado, não se importou – tranquilo deixou o ímpeto dos pernambucanos se esvair na própria falta de qualidade e competência. 

Aliás, o Santa Cruz quando pressionou, o fez por ter sido “encurralado” por sua torcida, que desesperada diante da ruindade dos jogadores que vestiam a camisa de seu clube, no berro, tentou empurrar o time... 

Não deu certo, esse time do Santa Cruz, não pega nem no grito e nem no tranco, é ruim de dar dó. 

Azar dos tricolores, o ABC não tinha nada com isso... 

Precisava vencer e venceu – só não precisava golear, mas já que as chances iam surgindo, goleou.

Quando será batido o recorde de gols de Just Fontaine?

Imagem: Autor Desconhecido



Mesmo com o aumento do número de participantes e por consequência, de jogos, há exatos 48 anos nenhum artilheiro conseguiu igualar ou superar a marca de mais de 10 gols num Mundial...

O último a conseguir tal feito foi Gerd Müller, na Copa do Mundo de 1970, no México, quando a Alemanha ficou em terceiro lugar após ter sido eliminada pela Itália. 

Müller marcou 10 gols... 

De lá para cá ninguém mais conseguiu.

Quem mais se aproximou de Müller foi Ronaldo...

O fenômeno marcou oito gols na campanha do penta em 2002.

Porém, o último artilheiro de um Mundial foi Jaime Rodriguez, com 6 gols marcados em 2014...

Este ano, na Rússia, a expectativa é que algum dos goleadores consiga superar a marca de Ronaldo ou, quem sabe,  ultrapassar Gerd Müller.

Porém, dificilmente, Just Fontaine será superado...

Em 1958, na Suécia, o francês balançou as redes 13 vezes.

Antes, o húngaro Sandor Kocsis marcou 11 tentos, na Copa de 1954, na Suíça...

Doze anos depois, Eusébio chegou aos 9 gols, na Copa da Inglaterra, em 1966.

Manuel Neuer será o titular da seleção da Alemanha no Mundial da Rússia...

Imagem: TF-Images/Getty Images

A ultima partida de Iniesta...

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Klopp: “Experimentei a derrota muitas vezes na minha carreira. Mas continuo vivo”

Treinador alemão do Liverpool fala de suas emoções ao enfrentar o Real Madrid pela final da Champions League

Por Diego Torres para o El País

Fazia um dia de verão em Liverpool. 

A grama do Anfield resplandecia ao sol da manhã quando Jürgen Klopp entrou em campo com os jogadores para a última semana de preparação antes da final da Champions League, em que enfrentarão o Real Madrid em Kiev, no próximo sábado.

O trabalho foi rotineiro.

Uma performance especial para as câmeras.

Parte do show das portas abertas em um segmento que a cada dia fecha mais portas.

O dia em que as abre é para mostrar aquilo que menos se parece com a realidade.

Foi assim que os jogadores se estenderam sobre colchonetes e instrumentos de fisioterapia para praticar alongamentos e tonificar os abdômens.

Depois, uma rodada em que tudo devia ser feito de modo programado, um exercício de associação entre barras, repetitivo como o tique-taque do relógio.

Klopp, de 50 anos, observou a sessão quase sem dizer nada.

Quando acabou, entrou na área das entrevistas programadas pela UEFA.

Uma série interminável de perguntas e respostas repetitivas, como a rodada das barras.

É o que o órgão principal do futebol europeu denomina ‘Dia da Mídia’.

Ao chegar ao ponto máximo da coletiva de imprensa, depois de uma hora de interrogatório, o treinador do Liverpool, homem entusiasmado por natureza, parecia apagado.

Poucas questões ativaram seu sistema nervoso.

Uma delas foi a que lhe apontava a possibilidade de que o Liverpool tivesse algum tipo de desvantagem em relação ao talento e à experiência do Real Madrid, campeão de três das últimas quatro Champions.

“A experiência é muito importante na vida, mas não é a única coisa importante, especialmente no futebol”, respondeu.

“É uma vantagem, claro. Mas você pode se contrapor a ela com vontade, concentração, atitude, trabalho... Além disso, nós também temos nossa experiência. Não ganhamos três das últimas quatro finais, mas também conhecemos algumas coisas.”

“Há outra questão”, acrescentou.

“Também não estamos há tanto tempo juntos como eles. Essa é provavelmente sua grande força. Não só ganharam três das últimas três ou quatro Champions, o que for. É que também se parecem muito com a equipe que eram há quatro anos. São muito fortes como grupo. Esses são fatos. Mas isto é futebol e teremos uma oportunidade. Ganhar é possível. Se fazemos o que já fizemos em algumas partidas desta Champions teremos essa oportunidade contra uma equipe realmente forte.”

O técnico fez uma análise.

“Vi a partida contra o Villarreal e na primeira parte me deram a sensação de que fizeram o que quiseram contra um adversário muito competitivo”, observou, no que pareceu uma sincera manifestação de admiração.

“Se não têm Bale, têm Benzema, ou têm Asensio, ou Vázquez, ou Isco, ou, ou, ou...Têm todos esses jogadores diferentes! Mas nas finais você enfrenta equipes muito fortes e, não esqueçamos, nós também somos uma equipe muito forte e estamos cheios de desejo. Temos trabalhado duro por grandes sonhos. Eu quero jogar essa partida!”

Klopp procurou desdramatizar a situação.

A mensagem que lançou ao seu inexperiente elenco consistiu em recordar que nada do que os espera será realmente destrutivo se as coisas forem relativizadas.

“Tivemos muita pressão nas últimas duas semanas”, disse, apontando a necessidade de classificar o time para a zona de acesso à Champions, algo que conseguiram na última jornada da Premier League, em que chegaram na quarta colocação.

“Precisávamos desesperadamente ganhar do West Bromwich e não ganhamos. Isso era pressão! Jogar a final da Champions também é pressão, mas é diferente. Isto é só uma oportunidade. Nada mais. Você não pode entrar num campo de futebol achando que perder não é uma opção. Experimentei a derrota muitas vezes na minha carreira, com muita frequência. Mas continuo vivo! E além disso sou uma pessoa feliz!. A vida continua.”

“Vamos tentar mostrar aos garotos que eles podem ser corajosos, porque já foram corajosos contra o City e a Roma”, concluiu.

“Só perdemos a coragem quando tratamos de defender o resultado. Esta foi uma das razões de nossa crise de jogo em Roma.”