quarta-feira, agosto 14, 2019

Justo y Nico: não há rivalidade que resista ao amor de um pai por um filho...

Imagens: Documentário Justo y Nico Reprodução

Justo y Nico: não há rivalidade que resista ao amor de um pai por um filho

O amor que Justo transferiu para o time arquirrival de seu time de coração, mas que era o time de Nico, seu filho morto, prova que o futebol é capaz de produzir histórias que ultrapassam os limites das quatro linhas e fazem do esporte bretão uma instância da vida social que eleva pessoa ao mais puro estado de humanidade.

Pedro Henrique Brandão Lopes

O bairro Villa del Cerro, na periferia de Montevidéu, guarda uma rivalidade futebolística que só não supera o gigantesco clássico Nacional e Peñarol.

Em dia de “Derby de la Villa”, Club Atlético Cerro e Rampla Juniors medem forças, ora no Luis Trócolli, ora no Estádio Olímpico de Montevidéu, porém sempre com torcedores apaixonados que levam às arquibancadas suas histórias particulares de gerações familiares para ajudar no grito que incentiva os onze que estão em campo.

Desde 2017, porém, os jogos do Rampla contam com uma história fora do comum no meio futebolístico: a história de Justo e Nico, que é linda na mesma proporção de sua raridade.

A inusitada história começa em 29 de dezembro 1986, o dia do nascimento de Nicolás Martin Sánchez, o Nico, dia que Justo conta ter sido o dia mais feliz da vida dele pelo nascimento do filho.

O orgulhoso pai Justo teria a companhia que sempre sonhou para ensinar a devoção pelo azul e branco do Cerro e apenas três dias depois de Nico nascer, Justo levou os documentos do filho a sede do clube de coração para registrá-lo como sócio cerrense.

Durante a infância de Nico, tudo correu como nos antigos planos de Justo e o menino vivia com a camisa do Cerro, chutando uma bola e sem perder um jogo sequer no Luis Trócolli sempre em companhia do pai.

Porém aos 15 anos, Nico começou uma mudança que causaria uma ruptura no lar dos Sánchez.

O menino que foi ensinado a torcer, amar e incentivar o azul e branco do Cerro, conheceu o verde e vermelho do Rampla e se apaixonou perdidamente.

É difícil imaginar como Justo suportou tamanha “traição”, mesmo assim, Nico continuou sendo o filho amável que sempre foi, mas com um pequeno grande problema: agora Nico era um picapiedra do Rampla.

Futebol deixou de ser um assunto na casa dos Sánchez, para evitar que um simples almoço virasse uma prévia de um Clássico de la Villa.

Justo ensinou como torcer para um time de futebol, na chuva, no sol e nos jogos fora de Montevidéu.

Nico aprendeu bem a lição, só não torcia pelo Cerro, mas fazia tudo que o pai lhe ensinara pelo Rampla.

Numa dessas viagens, quando voltava para casa após assistir ao jogo do Rampla contra o Atenas San Carlos, no Campus Maldonado, um acidente automobilístico, no dia 6 de março de 2016, encerrou aos 29 anos a passagem de Nico pela vida.

Ao receber a notícia da morte do filho, Justo imediatamente atribuiu a responsabilidade pela morte ao Rampla.

No quarto do jovem havia uma bandeira nas cores verde e vermelha, que Nico mantinha sempre hasteada.

Justo quis queimar a bandeira para apagar qualquer vestígio do “maldito clube que matou” seu filho.

Mas quando chegou ao quintal com a bandeira nas mãos, percebeu que aquele pedaço de pano representava um grande amor de seu filho, mais que isso, aquela bandeira era o que havia restado de Nico no mundo.

Esse foi o ponto de partida para uma conclusão e algumas atitudes de Justo que fazem da irracionalidade tão típica ao futebol, algo mais humano e ao mesmo tempo extremamente racional.

Justo percebeu que o Rampla não era o motivo da morte do filho, mas sim a vida de Nico.

Justo permitiu que as cinzas de Nico fossem jogadas nas arquibancadas do Estádio Olímpico de Montevidéu.

A última morada que Nico gostaria foi respeitada e Justo acompanhou a cerimônia.

Porém, a falta que Justo sentia do filho aumentava com o passar dos dias e ele percebeu que precisava ir além.

O cerrense de uma vida inteira, que fez seu filho sócio do clube aos 3 dias de vida, de uma hora para outra se viu na arquibancada do Rampla torcendo pela camisa verde e vermelha.

Para quem é torcedor a mudança de Justo pode parecer absurda, mas para quem é pai, e mesmo para quem é filho, o vira casaca é justificável.

Quem vê a bandeira verde e vermelha com a frase “Nico Siempre Presente” amarrada no alambrado do estádio Olímpico e ainda assim insiste em não compreender o que se passa ali, Justo explica:

“Eu digo e sustendo: meu sangue vai ser cerrense até eu morrer. Mas meu coração é Rampla. Eu represento ele (Nico)”

O bairro todo conhece a história e abraçou Justo como ele abraçou o time do filho.

Entre as conversas mais acaloradas sobre qual time Justo seria torcedor depois da morte de Nico, surgiu uma frase que hoje é a forma como os moradores de Villa del Cerro e torcedores de Cerro e Rampla se referem ao diferente torcedor.

Para eles Justo é um “hinja del hijo”.

Justo é e sempre foi torcedor de Nico e enquanto Justo levar aquela bandeira às arquibancadas do Rampla, e enquanto o coração cerrense bombear sangue picapiedra no corpo de Justo, Nico sobreviverá pelo futebol, pelo Rampla, pelo cerro e principalmente pelo amor de pai e filho.

A bela história de Justo e Nico só ganhou o mundo após a iniciativa da iniciativa da agência da Câmara TBWA, que produziu o documentário chamado “Justo y Nico, uma história de amor além das cores” que foi lançado com apoio da Secretaria Nacional de Esportes do Uruguai na semana do dia dos pais no país e foi usada como campanha de conscientização pela paz entre torcedores.

Escorregou... tomou o gol.

Imagem: Matthew Childs/Action Images via Reuters

Manchester United investe milhões de libras para melhorar o conforto do torcedor...

Imagem: The Telegraph

20 milhões de libras foi o quanto o Manchester United investiu em melhorias no Estádio Old Trafford para melhorar a experiência do torcedor nos jogos do clube...

Fonte: Máquina do Esporte

terça-feira, agosto 13, 2019

Os golfinhos apareceram para surfar... Bondi Beach, Austrália.

Imagem: Daniel Munoz/Reuters 

O dia em que Euclides da Cunha atirou em um aspirante do exército campeão de tiro, aleijou Dinorah, zagueiro do Botafogo e morreu baleado pelo amante de sua esposa...

Imagem: Autor Desconhecido

Tragédia da Piedade

A passional história do dia em que Euclides da Cunha atirou em um aspirante do exército campeão de tiro, aleijou Dinorah, zagueiro do Botafogo e morreu baleado pelo amante de sua esposa.

Por Pedro Henrique Brandão/Universidade do Esporte

"Jogador do Botafogo é baleado por Euclides da Cunha"

A manchete é absurda, mas real.

Mesmo passados 110 anos da sangrenta manhã do dia 15 de agosto de 1909, muito mistério ainda envolve os acontecimentos daquela manhã de domingo que culminaram com a morte de Euclides da Cunha, uma bala alojada na coluna de Dinorah, três tiros no aspirante do exército Dilermando de Assis, que depois da morte do escritor assumiu publicamente o romance com Anna da Cunha, a S'Anninha, viúva de Euclides, com quem mantinha um caso extraconjugal, além de ser o estopim para uma tragédia familiar que renderia mais três mortes em doze anos.

A atribulada personalidade daquele que se tornaria um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, causava barulho desde a adolescência do jovem Euclides.

Ainda um aspirante das forças armadas, num rompante de rebeldia, protestou contra a monarquia atirando sua baioneta aos pés do Ministro da Guerra do Império que passava em revista pelo batalhão do qual Euclides fazia parte, em 1888, um ano antes da Proclamação da República.

O jovem Euclides era um entusiasta republicano e o ato lhe rendeu a expulsão das forças armadas.

Sem a atividade das armas, Euclides teve tempo para outras duas atividades para as quais desenvolveu talento: a política e as letras.

Na política, era presença constante nas reuniões dos republicanos que buscavam derrubar o Império e instaurar a República.

Nas letras, começou a escrever para o jornal O Estado de São Paulo.

As duas atividades mudariam e guiariam a vida de Euclides da Cunha traçando o rumo do escritor até o fatídico domingo de agosto de 1909, na casa da Piedade onde tudo terminaria.

Numa das muitas reuniões políticas das quais participava, na casa do major Frederico Solon de Sampaio, um propagandista da República, Euclides conheceu a filha do major, Ana Emília Ribeiro, a S'anninha, então uma adolescente de 16 anos.

Euclides já tinha 23 anos e por ter ficado órfão aos três anos, sua vivência o havia obrigado a amadurecer muito jovem.

Mesmo assim o casamento aconteceu em 1890 e é claro que as coisas não aconteceram como o esperado.

S'anninha esperava um marido presente e confiava que Euclides conseguiria um cargo público de relevância em retribuição por sua atuação na articulação pró República.

Os planos de Euclides, porém, eram outros.

O espírito aventureiro, apesar da personalidade conservadora, e o compromisso ético com a República o fizeram declinar de um alto cargo público oferecido diretamente por Floriano Peixoto.

A recusa, em primeiro lugar, se deu porque Euclides entendia que os cargos públicos numa República deveriam ser distribuídos entre os mais capacitados e não entre aqueles que estavam mais próximos do poder, o que apenas repetiria a forma de governo do Império.

Em segundo lugar, Euclides mantinha planos de conhecer o interior do país com intuito de conhecer o povo, os diferentes costumes, mas também auxiliar a garantir a expansão e unificação da República.

Assim, se engajou em empreitadas pouco amistosas no final do século XIX e início do século XX.

Em 1897, viajou ao interior baiano como correspondente do jornal O Estado de São Paulo para reportar os acontecimentos da Guerra de Canudos.

Essa viagem rendeu um dos maiores clássicos da literatura brasileira.

"Os Sertões" apresentou um Brasil desconhecido aos brasileiros dos grandes centros urbanos, mas também fez a denúncia do massacre que o Estado impôs ao povo que seguia Antônio Conselheiro. 

O livro publicado em 2 de dezembro de 1902, traz nas anotações preliminares a frase "aquela campanha lembra um refluxo para o passado.

E foi, na significação integral da palavra, um crime.

Denunciemo-lo.", em que o escritor cumpre com maestria o papel do jornalista e presta importante serviço à história do Brasil.

Quando retornou ao Rio de Janeiro, porém, Euclides não sossegou, pelo contrário, a experiência em Canudos parece ter inquietado ainda mais o espírito do escritor que a essa altura queria percorrer o país.

E assim, embarcou em outras expedições sempre deixando S'anninha sozinha na capital federal.

Sozinha, porém nunca desassistida financeiramente.

Existem registros de que boa parte do salário de Euclides como engenheiro do governo era depositado em uma conta no Rio de Janeiro para que Anna pudesse prover as necessidades da casa e dos filhos do casal.

Em dezembro de 1904, Euclides partiu para a mais longa de suas ausências, até janeiro de 1906, o escritor permaneceu no Acre auxiliando nas negociações com a Bolívia pelo território acreano.

Nos 14 meses de ausência de Euclides, Anna mudou muita coisa na vida da família Cunha.

A primeira foi mudar-se para uma pensão no Flamengo, para se estabelecer num local onde tivesse mais praticidade no cotidiano e segundo anotações da própria Anna "aplacar a solidão".

Porém, na pensão em que foi viver com os filhos, Anna conheceu um jovem aspirante do exército, recém-chegado na cidade, vindo de Porto Alegre, e que mexeu com seus sentimentos.

Dilermando de Assis, então aos 17 anos, se aproximou de Anna, que tinha 28 anos.

Estava armada a confusão porque foi paixão à primeira vista.

Em pouco tempo os dois estavam perdidamente apaixonados e viviam um tórrido romance.

O casal estava tão apaixonado que não se importou com a repercussão que uma gravidez causaria e Anna deu à luz no retorno de Euclides a um filho que o escritor sabia não ser seu.

Gira em torno deste nascimento uma história de que o escritor teria proibido Anna de amamentar a criança o que resultou na morte por inanição do recém-nascido e que Euclides o haveria enterrado no quintal da casa onde voltaram a viver.

Porém nada se comprova além das memórias escritas por S'anninha num diário.

Mesmo assim, Anna deu à luz outros dois filhos de Dilermando que Euclides chamava em seus escritos de "espigas de milho em meio ao cafezal", em referência aos cabelos claros que as crianças herdaram do amante de S'anninha, contrariando a genética de cabelos escuros do escritor.

Fato é que Euclides tinha real conhecimento da traição de Anna e nunca se posicionou em direção ao divórcio.

Com as ausências cada vez mais frequentes de Euclides, Anna passou a viver mais próxima de Dilermando.

Assim que seu marido partia para uma nova viagem, Anna partia para uma temporada na casa do amante.

Numa dessas, porém, Euclides retornou antes do previsto e ao chegar em casa não encontrou sua família, apenas seu filho mais velho Sólon, então com 14 anos, a quem o escritor ordenou que fosse buscar a mãe.

Sólon sabia que a mãe estava na casa da Piedade junto ao amante e contou ao pai antes de sair para trazer Anna de volta para casa.

Quando Sólon chegou à residência de Dilermando, uma tempestade desabou no Rio de Janeiro e impediu a volta da família para casa naquele dia.

Na manhã seguinte Euclides partiu rumo ao encontro da família para acertar as contas e lavar sua honra.

Antes passou na casa de um conhecido para pedir uma arma emprestada.

Segundo o inquérito, pouco depois das 10 horas da manhã, Euclides invadiu a casa de Dilermando de Assis aos gritos de "vim para matar ou morrer".

Logo na entrada o escritor encontrou Dinorah, irmão de Dilermando e que era zagueiro do Botafogo.

Ao tentar argumentar com Euclides, Dinorah foi alvejado por um disparo que lhe acertou a coluna.

Assim que ouviu os gritos e o tiro, Dilermando reagiu rapidamente e saiu de seu quarto atirando.

Euclides da Cunha conseguiu acertar três tiros em Dilermando, mas nenhum em área vital ao contrário do que o campeão de tiro conseguiu com o escritor.

Um tiro certeiro no peito de Euclides da Cunha que morreu instantaneamente.

A morte de Euclides da Cunha foi apenas o primeiro capítulo de uma tragédia que abalou o Rio de Janeiro no começo do século passado.

Os jornais repercutiram o caso como um escândalo tanto pela morte do escritor, como pelo caso extraconjugal de S'anninha, além do julgamento midiático de Dilermando.

O caso ganhou da imprensa o nome de Tragédia da Piedade.

No julgamento, Dilermando foi absolvido por unanimidade que considerou o caso como legitima defesa, já que Euclides invadiu a casa e atirou também em Dinorah.

Desgostoso com a situação e sem conseguir aceitar que sua mãe ficara com o homem que assassinou seu pai, Sólon partiu para o Acre em 1914 fugindo de casa.

No Norte do país envolveu-se com disputas de terra e ao ser nomeado delegado, foi assassinado numa emboscada no início de 1916.

Ainda em 1916, mais uma morte decorrente daqueles tiros em 1909.

No dia 4 de julho, Dilermando de Assis foi até o cartório de órfãos para requerer a guarda de um de seus filhos com Anna que havia sido registrado como filho de Euclides da Cunha. 

Enquanto lia os papéis, Dilermando foi atingido por disparo pelas costas.

O autor era Euclides da Cunha Filho, o Quidinho, na intenção de vingar a morte do pai.

O jovem aspirante da Marinha conseguiu um revólver e foi em busca de justiça.

Acertou quatro tiros em Dilermando antes que este pudesse reagir.

Dilermando de Assis, um exímio atirador e então tenente do exército, conseguiu revidar e matar seu agressor.

Mais uma vez a repercussão foi tremenda e Dilermando de Assis foi parar no banco dos réus.

Novamente o veredicto foi pela absolvição por legitima defesa.

Porém a opinião pública não poupou o casal e principalmente Anna, que se casou com aquele que agora era o assassino de um filho dela.

O último capítulo da Tragédia da Piedade foi Dinorah, que a época do atentado que vitimou Euclides já era zagueiro do Botafogo, se recuperou rapidamente da lesão e apenas uma semana depois de ser baleado entrou em campo para defender o Alvinegro da Estrela Solitária.

Mesmo com uma bala alojada na coluna, o zagueiro atuou por mais um ano e foi campeão com o Botafogo no tão famoso campeonato de 1910.

Ao final da temporada, encerrou sua carreira depois de apresentar fraqueza muscular o que fez com que jogasse no gol até não conseguir mais controlar seus movimentos.

Retornou para Porto Alegre em 1912, já paraplégico e se entregou ao alcoolismo, perambulou pelas ruas da capital gaúcha, foi recolhido e internado algumas vezes como louco em sanatórios da cidade, até se suicidar atirando-se nas águas do Rio Guaíba, em 21 de novembro de 1921.

A trama é tão absurda e densa que mais parece um roteiro mal escrito, mas é inacreditavelmente verdadeira.

O futebol fica de lado em várias passagens, mas a literatura, o amor, a paixão, o ódio, a traição, a vingança e a várias nuances de todos os outros ingredientes do enredo também ficam, em algum momento, jogados para escanteio nessa história de sangue escrita pelas mesmas mãos que escreveram uma obra prima da literatura brasileira.

segunda-feira, agosto 12, 2019

Merci pour votre visite GEMAB19... Lorraine Mondial Air Ballons - Chambley.

Começou a Premier League 2019/20120...

Imagem: Martin Rickett/PA

Série C: Treze de Campina Grande vence o Ferroviário por 2 a 0, cola no Globo e devolve a lanterna para o ABC...

Imagem: Autor Desconhecido

O Treze venceu o Ferroviário por 2 a 0...

Resultado que apimenta a próxima rodada e deixa três torcidas com a respiração suspensa.

Vamos lá...

O ABC recebe o Sampaio Correa no Maria Lamas Farache, em Natal, o Globo vai a Recife enfrentar o Santa Cruz e o Treze, em Aracaju, joga contra o Confiança.

Continuando...

Se vencer do Náutico, logo mais, em Pernambuco, o Sampaio vem para Natal classificado e com o primeiro lugar garantido...

Perdendo, encara o ABC precisando da vitória para não correr nenhum risco de deixar escapar a primeira colocação no Grupo A – lembrando que o Náutico é concorrente direto dos maranhenses na luta pela liderança.

O Globo pega o Santa Cruz ainda sonhando e o Treze, encara o Confiança, que pode ou não estar brigando pela primeira posição...

Enfim, vai ter especulação ara todos os gostos.

Estou chegando para aquele abraço bem apertado...

Imagem: Mark Kerton/PA

Enfim, "Neymar conquistou Paris"...

Imagem: UOL Esporte

Neymar está na crista da onda, com a torcida do PSG...

Na primeira partida clube pela Ligue 1, o brasileiro foi bastante lembrado.

Faixas foram estendidas em sua “homenagem”...

“Vá embora”, dizia a primeira (foto).

Uma segunda faixa recordava o imbróglio do jogador com a brasileira Najila...

E, tudo isso acompanhado do coro... “Neymar Filho da P...”

Neymar, enfim, conquistou Paris.

O VAR anulou...

Imagem: David Simpson/TGS Photo/Rrx/Shutterstock

José Mourinho diz que são quatro os candidatos à Premier League: Manchester City, Tottenham, Liverpool e os reservas do City...

Imagem: Evening Standard

Para o treinador José Mourinho, que comentou a estreia do Manchester United, na goleada frente ao Chelsea, quatro times são favoritos a conquistar a Premier League...


"Penso que podem ser quatro. Manchester City, Tottenham, Liverpool e a os reservas do City. Quando olhei ontem para as imagens do banco de suplentes [do Manchester City, na goleada (5 a 0) imposta ao West Ham] e vi os jogadores que não entraram na partida, percebi que qualquer um deles pode lutar pelo título", afirmou José Mourinho.

domingo, agosto 11, 2019

Pan-Americano de Lima: Ouro, prata e bronze, em disputa no sopé da favela - Complejo Deportivo Villa Maria del Triunfo...

Imagem: Patrick Smith/Getty Images

Série C: ABC perde, o Globo também... Portanto, nada mudou.



Ontem nada de diferente aconteceu...

Nenhuma novidade.

O ABC foi ao Maranhão e perdeu para a Imperatriz, no Estádio Frei Epifânio, por 1 a 0...

O gol foi marcado por Raylan, que estava no banco e entrou só para estragar a noite dos alvinegros.

O prejuízo só não foi maior graças a irregularidade contumaz do Globo, que mesmo em casa, levou 3 gols do Botafogo da Paraíba, não fez nenhum e continua com dois pontos de vantagem sobre o ABC...

Os alvinegros comemoraram.

Porém, a partida entre o Treze e o Ferroviário, daqui a pouco, em Campina Grande, pode esquentar ainda mais a reta final da fase de grupos...

Se vencer, o Treze ultrapassa o ABC, chega aos 15 pontos, bota pressão Globo, embola tudo e transforma a próxima rodada num ambiente mais que propício para o aumento do consumo de calmantes.

Final da Copa do Mundo de 1966... Inglaterra 4x2 Alemanha.

Imagem: Gerry Cranham/The Guardian

Osmar Santos, o narrador que mudou a história do rádio esportivo brasileiro...

Imagem: Autor Desconhecido

Os 70 anos de Osmar Santos, o Pai da Matéria

Osmar Santos foi a voz que levou as principais conquistas dos clubes paulistas nos anos 1980 e 1990 aos seus torcedores, que se acostumaram com os criativos bordões que revolucionaram as transmissões esportivas no rádio.

Não se limitou a ser ‘apenas’ portador das alegrias futebolísticas e foi a Voz das Diretas.

A brilhante carreira de um genial profissional que foi interrompida no melhor momento do jogo, mas que não fez desistir da vida.

Pedro Henrique Brandão Lopes

“Capricha, garotinho!”
Ao iniciar o texto é como se pudesse ouvir o próprio Osmar Santos, na minha consciência, fazendo o pedido e ao mesmo tempo dando o incentivo.

Vou caprichar, claro, afinal não é todo dia que se pode contar a história de alguém conhecido como o Pai da Matéria.

Então ‘ripa na chulipa’.

Nascido Osmar Aparecido dos Santos, na cidade de Osvaldo Cruz, no interior paulista, em 28 de julho de 1949, quando jovem não era nada comunicativo.

Pelo contrário, familiares contam que Osmar era gago na infância e ninguém poderia imaginar que dali a alguns anos aquele seria o maior narrador esportivo do Brasil.

Para curar a gagueira, entrou em cena Seu Heitor, pai de Osmar e curandeiro que benzia crianças nas redondezas do pequeno sítio em que a humilde família Santos vivia.

A ligação entre Osmar e seu pai impressiona e a equipe da ESPN que produziu o documentário “Vai garotinho que a vida é sua”, relatou estranhos acontecimentos quando as conversas com Osmar chegavam ao nome do já falecido Seu Heitor.

Luzes piscando ou apagando são algumas das coisas que assustaram os jornalistas, mas ajudam a explicar de alguma maneira como Osmar Santos seguiu mesmo depois do grave acidente sofrido em 1994.

Antes do acidente, porém, a trajetória construída por Osmar Santos no rádio tem de ser contada e considerada como uma revolução na forma de transmitir futebol.

Não é exagero admitir a máxima de Juca Kfouri, que em qualquer oportunidade possível repete que “há uma história do rádio esportivo brasileiro antes e outra depois de Osmar Santos”.

Principalmente em relação ao rádio paulista que carregava a pecha de ranzinza, como disse uma vez José Silvério, outro ícone da FM de São Paulo que reverencia o Pai da Matéria.

Osmar Santos surgiu para desconstruir essa verdade, foi pela cabeça genial do homem que virou a voz do futebol paulista, que as transmissões esportivas ganharam vida e roupa novas.

Os bordões, as vinhetas, o tom de descontração e o talento para “criar imagens” numa mídia que perdeu espaço justamente para a TV que trouxe a imagem para o torcedor.

A vantagem do rádio que Osmar percebeu e reinventou era como a ausência de imagem pode fazer de qualquer 0 a 0 um grande espetáculo.

Com Osmar Santos narrando qualquer 1 a 0 era goleada e um simples 0 a 0 podia parecer um incrível 5 a 5.

Pela voz do Pai da Matéria, nasceu a aura de encantamento em torno de alguns jogadores.

O mais famoso caso e que fez o jogador ser ainda maior pelo apelido foi com Edmundo, que a partir de mais uma sacada genial de Osmar Santos virou o Animal.

É bem verdade que na primeira vez que o apelido surgiu numa transmissão, Edmundo não gostou tanto e chegou a reclamar em entrevista ao final da partida.

O que o camisa 7 não gostou no primeiro momento, a torcida adorou e no jogo seguinte criou o emblemático “au, au, au Edmundo é animal”.

A tabelinha entre narrador e torcida produziu memória do esporte e é difícil um palmeirense que nunca tenha ouvido um gol dos anos 1990 com a frase que arrepia até quem não viveu aquilo dizendo “é de Edmundo, o Animal, o animal, o animaaaaal”.

Não é apenas o lado alviverde da cidade que tem a memória ativada pela voz do Pai da Matéria.

Entre corintianos de todas as idades, a voz de Osmar Santos ecoa e ecoará pela eternidade quando alvinegros recordam do título paulista de 1977.

O campeonato que tirou o Timão da fila de 23 anos sem vencer e é um marco para qualquer corintiano, tem a voz de Osmar Santos como legenda para o momento mágico do gol de Basílio.

O Morumbi foi o principal palco do futebol paulista nos anos 1980 e 1990.

O time dono do Cícero Pompeu de Toledo aproveitou o poder do estádio para enfileirar conquistas nos anos 1990 e alcançar o status de principal força do futebol brasileiro no exterior.

Porém, converse com qualquer tricolor que tenha mais de 30 anos e a primeira lembrança daquela era vitoriosa provavelmente será o discurso que Osmar Santos desatou após Zetti espalmar o pênalti de Gamboa, na decisão da Libertadores 1992 contra o Newell’s Old Boys, que garantiu o primeiro título continental do Tricolor.

Enquanto milhares de torcedores invadiam o gramado do Morumbi ensandecidos, o locutor empunhava o que pode ser considerado uma das grandes peças do jornalismo esportivo de todos os tempos:

“Por isso, tricolor, a América está aos seus pés. Essa América de brasileiros, de argentinos, chilenos, paraguaios, uruguaios e colombianos. Essa América em cujas veias corre o puro sangue dos Incas, do Maias, dos Gaúchos, dos Yanomamis e dos Guaranis. Essa América que verte o sangue dos explorados. Essa América que mergulha em suas próprias desgraças em busca de um caminho mais digno para seus filhos. Essa América que só conseguiu ser livre nos sonhos de Simon Bolívar ou de Che Guevara. Essa América cantada e chorada por Mercedes Sosa, cuja voz é um brado contra a insanidade dos poderosos e dos exploradores. Hoje a América é sua Tricolor!”.

A TV queria o talento e magnetismo de Osmar Santos, mas nunca aceitaria o estilo sui generis do locutor, apresentador e revolucionário profissional que encontrou no rádio um habitat natural.

Pelo despreparo da TV para a personalidade de Osmar e química perfeita do Pai da Matéria com as ondas curtas, o projeto Osmar Santos / Televisão não repetiu o sucesso do rádio e parou no meio do caminho.

Não foi um fracasso, apenas uma constatação de que Osmar não podia ser domado pelos interesses comerciais que na FM existiam, mas não lhe tiravam o direito aos discursos políticos mais inflamados.

Se Osmar Santos tivesse dado certo na TV, provavelmente o movimento pelas Diretas Já perderia sua poderosa voz que se tornou um dos principais articuladores da campanha por eleições diretas e emprestava seu prestígio junto às torcidas de todas as cores para arrebatar multidões aos comícios.

Osmar Santos se envolveu tanto com as Diretas, que se tornou a voz oficial da abertura política no país.

Algo impensável até os dias de hoje para alguém que tenha uma carreira em televisão.

Mas como de reviravoltas é feita a vida do Pai da Matéria, como quando o menino gago se transformou no mais afiado narrador esportivo de sua geração e reinventou a forma de fazer rádio no Brasil, um acidente em 23 de dezembro de 1994, fizeram rarear as palavras da voz perspicaz.

Um caminhoneiro bêbado no meio da estrada, uma manobra irresponsável na madrugada, uma viagem que nem precisava ser feita e aconteceu o acidente que fez Osmar Santos perder massa encefálica e ter afetada justamente a área do cérebro responsável pela fala.

Que triste ironia do destino.

Meses antes um outro acidente automobilístico, fez João do Pulo amputar uma das pernas.

Com Osmar Santos, o trauma tirou a fala.

Imagine se fosse ao contrário.

Não foi e Osmar precisou reinventar-se com a mesma genialidade que inventou o “pimba na gorduchinha”, o “ripa na chulipa”, o “parou por quê, por que parou?”, o “sai daí que o Jacaré te abraça, garotinho”, o “um pra lá, dois pra cá, é fogo no boné do guarda”, o “no carocinho do abacate”, o “ele estava curtindo amor em terra estranha”, e o arrepiante “Tiro-lirolá Tiro-lirolí, E que GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL”.

Encontrou nas cores e nas telas uma forma de colocar para fora o que pensa em tempestade, mas só consegue falar em garoa.

Aos 45 anos, no auge da carreira profissional quando conseguiu se consolidar como o mais talentoso narrador esportivo do país o acidente que lhe tirou a fala, sua ferramenta de trabalho, poderia ter acabado com qualquer um.

Não com Osmar Santos, o Pai da Matéria que chega aos 70 anos mais atual e necessário do que nunca para renovar o cenário do jornalismo esportivo.

Mesmo assim é impossível não pensar o que teria realizado Osmar Santos nesses 25 anos em que sua voz não conseguiu mais dar vazão ao oceano criativo que ainda existe dentro da mente brilhante do Animal do rádio brasileiro.

sábado, agosto 10, 2019

Pan-Americano de Lima... Ruy Leme da Fonseca Filho e cavalo Ballypatrick caem na prova de Cross Country (ambos estão bem).

Imagem: Guadalupe Pardo/Reuters

Contagem regressiva... ABC, Globo e Treze na reta final.



Contagem Regressiva

Por Marcos Vinicius/Universidade do Esporte

A primeira fase do Campeonato Brasileiro da Série C se encaminha para o final e a cada rodada a briga contra o rebaixamento fica mais acirrada.

A 16° rodada começa neste sábado, Globo, ABC e Treze lutam por uma vaga para garantir a permanência na competição e amenizar um ano decepcionante para suas torcidas.

O Mais Querido enfrenta o Imperatriz no estádio Frei Epifânio e tenta arrancar pontos importantes fora de casa, como foi na última rodada contra o Ferroviário.

A Águia de Ceará Mirim tem um confronto duro contra o Botafogo/PB no Barretão, e busca aumentar a diferença para o ABC.

A situação do Galo Borborema é a mais delicada entre os três.

O time paraibano joga a "vida" contra o Ferroviário, e poderá ser rebaixado com duas rodadas de antecedência, caso não vença seu duelo e o Globo faça seu dever de casa.

Gomes, goleiro do Watford, fazendo amigos...

Imagem: Paul Harding/PA

Neymar já não é mais prioritário... pode esperar.

Imagem: Divulgação

Não deve estar sendo muito agradável para Neymar, perceber que no momento em deveria estar no auge de sua carreira, já não é tratado como prioridade...

Nem pelos clubes e nem tão pouco pelos torcedores.

O Diário AS sondou seus leitores via internet sobre o que pensavam a respeito de uma possível contratação de Neymar pelo Real Madrid...

137.000 internautas votaram: 59,7% disseram não querer Neymar, enquanto 40,3 gostariam vê-lo atuando na equipe merengue.

Altair: lenda do Flu, campeão mundial em 62, “melhor marcador de Garrincha”... morreu aos 81 anos, esquecido e abandonado.

Imagem: O Dia

Wilhem Belociam, concentrado para a prova de 110 metros com barreira - France Athletics Championships - Hanri-Lux Stadium - Saint-Etienne...

Imagem: Romain Lafabregue/AFP/Getty Images

Lateral direito do Liverpool fecha acordo milionário com a Under Armour.

Imagem: Autor Desconhecido

6,4 milhões de libras receberá Trent Alexander-Arnold, lateral-direito do Liverpool, por um contrato de quatro anos com a Under Armour...

Fonte: Máquina do Esporte

sexta-feira, agosto 09, 2019

"Justiça Seja Feita"... o inesperado entusiasmo de João Havelange para com o futebol feminino.

Imagem: Autor Desconhecido

“Justiça Seja Feita”

Sobre O Futebol Feminino

Por Laurete Godoy*

Texto pinçado do Blog sobre o Movimento Olímpico de Alberto Murray

Tenho, ao longo dos anos, assistido à evolução da prática do futebol feminino ao redor do mundo.

Estádios lotados, chutes portentosos, dribles e jogadas sensacionais.

Diante dessa evidência volto no tempo e hoje pensei em dois acontecimentos, que merecem ser lembrados.

Na década de 1980, envolvida e comprometida com o esporte, eu participava de eventos promovidos, especialmente, pelo Panathlon Club de São Paulo, que primavam pela excelência, graças à competência e entusiasmo do querido e saudoso professor Henrique Nicolini, fundador, alma e coração da entidade por várias décadas.

Em face da sua amizade com o doutor João Havelange, este prestigiava sempre que possível, as solenidades panathléticas paulistas.

Por isso, algumas vezes tive oportunidade de estar com o antigo nadador brasileiro que, eleito para a presidência da FIFA em 1974, nessa condição permaneceu por vinte e quatro anos.

Em um desses encontros, sabendo do incentivo que ele estava dando à prática do futebol para mulheres e planejando, inclusive, criar um Campeonato Mundial de Futebol Feminino, atrevi-me a questionar:

- “Doutor Havelange, por favor! Futebol para as mulheres? O senhor não acha que será violento demais? Pelo tamanho do campo, pelo tempo de jogo, peso da bola e características da modalidade? Acredito que assim será brutal e impraticável para as mulheres! Desculpe, mas não creio que dará certo.”.        

Ao que ele respondeu:

- “Você está redondamente enganada. De início poderá ser lenta a aceitação, mas, com o passar do tempo, verá que as meninas serão um verdadeiro sucesso. Elas jogarão tão bem quanto os homens. Pode acreditar em mim.”.

Confesso que, apesar do entusiasmo do ilustre presidente, duvidei, achei que a ideia era inviável e seria um tiro na água.

Doutor Havelange continuou investindo em sua certeza, o tempo foi passando e em 7 de julho de 2019 foi realizada a final da oitava edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino, considerada “copa das copas”, pela impactante audiência, tendo o público lotado o Parc Olympique Lyonnais, em Lyon, para assistir à disputa do título entre as equipes da Holanda e Estados Unidos.

As norte-americanas venceram a partida por 2 x 0 e conquistaram o título pela quarta vez: 1991, 1999, 2015 e 2019.

O segundo ponto que me impressionou em tudo isso, foi ver a equipe feminina dos Estados Unidos tornar-se Tetracampeã de Futebol.

Volto no tempo e chego ao início da década de 1970, época em que os norte-americanos mal conheciam o Futebol e não se interessavam por ele.

Porém, no dia 15 de junho de 1975, o New York Cosmos apresentou ao público um novo jogador: o brasileiro Edson Arantes do Nascimento.

Dez milhões de espectadores assistiram pela CBS, a partida de estreia do Pelé, realizada no Estádio Downing em Nova York, o que representou, na época, um recorde para jogos de Futebol.

A partir daí, o Cosmos ficou famoso internacionalmente, por ser “a equipe de Pelé”.

Foi com Pelé que tudo começou por lá e, no dia 14 de agosto de 1977, ocorreu recorde de público para o Futebol na América do Norte: 77.691 pessoas assistiram, no estádio, o jogo entre o Cosmos de Nova York e a equipe de Fort Lauderdale.

No ano de 1984, durante os Jogos Olímpicos de Los Angeles, o torneio de Futebol superou as mais otimistas perspectivas.

O povo afluiu maciçamente, a frequência aumentou a cada partida e foram quebrados todos os recordes de público registrados até então.
       
Nesse bonito espetáculo esportivo realizado na França, visto por milhões de espectadores do mundo inteiro, fico alegre por pensar que existem dois brasileiros que também merecem receber nossos aplausos.

O Doutor João Havelange, que acreditou e incentivou a prática do Futebol pelas mulheres e Pelé, nosso eterno Rei, que com seu talento, apresentou o futebol aos Estados Unidos e levou os norte-americanos a gostarem tanto do esporte, que sua equipe se tornou Tetracampeã Mundial de Futebol Feminino.

*Laurete Godoy é ex-atleta, professora, estudiosa do Movimento Olímpico, escritora e Panathleta.

Pan-Americano de Lima... Equipe feminina de hóquei do Canadá.

Imagem: Silvia Izquierdo/AP