domingo, maio 09, 2010

Para minha mãe, onde quer que esteja...

Arte Digital: Fernando Amaral



Onde quer que estejas cuida bem de ti...

Onde quer que estejas cuida bem de tudo que lavaste de mim...

Pois aqui estou a cuidar de tudo o que deixaste de ti...

Onde quer que estejas não te esqueças de mim...

Pois onde quer eu vá, nunca me esquecerei de ti...

E saibas...

Antes que a morte me leve a teu encontro...

Sei que tu retornas a minha presença...

Todas as vezes que a suave luz da lua invade meu alpendre...

Banhado pelo teu brilho disfarçado em luz do luar...

Choro baixinho...

E penso...

Logo haveremos de caminhar novamente lado a lado...


Fernando Amaral.



sábado, maio 08, 2010

Duelo...

Imagem: Marca

Bahia vence o América por 1x0 em Salvador...


Quem esperou um 3.6.1 fechado, medroso e cheio de chutões, acabou entusiasmado pelo que viu...


Gilmar Iser, não abriu mão de buscar a vitória e nos primeiros 25 minutos de jogo, o América “encostou o Bahia na parede”.


Berg e Toni apoiaram as ações ofensivas levadas a cabo por Saulo e Juninho e esses, “alimentando” o bom atacante Flávio, tornaram a vida da defesa do Bahia um tormento.


Claro que nada disso teria sido possível sem a discreta, porém eficiente atuação de Eliélton, que junto com Jackson (não esteve tão bem como era de se esperar, mas não complicou) e Júlio Terceiro, deram proteção à defesa rubra.


Por falar em defesa, Edson Rocha jogou uma de suas melhores partidas.


Edson cumpriu sua função e ainda conseguiu cobrir os “buracos” que por vezes seus companheiros deixavam.


Surpreso e acuado, o Bahia só conseguiu equilibrar as ações, após os 25 minutos, mas nem Mendes e nem Rodrigo Gral, causaram maiores incômodos à defensiva rubra.


Foi um primeiro tempo em que o América poderia ter saído vencedor.


No segundo tempo, logo aos 20 segundos, Júlio Terceiro cometeu uma falta desnecessária e infantil e, como já havia tomado um cartão amarelo no primeiro tempo, acabou expulso...


Nesse momento, as chances de vitória do América passaram a ser mínimas, pois todo o esquema entrou em colapso.


Mas, mesmo assim, o América não se acovardou e continuou buscando abrir caminho até o gol do Bahia, mas...


Numa jogada dentro da área, Douglas aceitou a provocação de Rodrigo Gral e no empurra, empurra, acabou dando espaço para o atacante do Bahia tentar virar em direção ao gol de Rodolfo...


Quando Rodrigo Gral fez menção de partir atrás da bola, Douglas, primeiro segurou sua camisa e depois, não satisfeito, o puxou pelo braço: pênalti!


Rodrigo Gral, bateu e converteu.


Nesse momento, o América viu a possibilidade de voltar para Natal com um empate, lhe escapar entre os dedos!


Ah, como a cota de lambança ainda não havia sido atingida; Douglas derrubou o atacante Itacaré e foi expulso...


Nesse momento, a derrota rubra foi decretada.


Claro que nenhuma derrota é para ser comemorada, mas não se pode negar que a atuação do América foi bem acima do que se podia esperar e, mesmo tendo saído do estádio Pituaçu com três pontos, o Bahia certamente tem bem mais motivos para se preocupar...



sexta-feira, maio 07, 2010

Somos do mesmo timeeeee....

Imagem: Picture Alliance

Deu no blog do Marcos Lopes...


“Se no Brasil, o ano produtivo só começa após o carnaval, o verdadeiro futebol brasileiro só inicia quando é dada a largada das séries A e B”.

Ricardo Bezerra, integrante do grupo de futebol do América, no Twitter.


Do blog: O problema é saber quantos times envolvidos na disputa são de” verdade”!


Andamento do projeto Natal 2014...

Charge: Ivan Cabral


Hoje começa a Série B para o América de Natal...


Logo mais estaremos todos ligados na primeira rodada da Série B de 2010...


Digo todos, sem medo de errar.


Os alvirrubros ansiosos e cheios de esperança e os alvinegros, pela única razão plausível: secar o adversário.


É assim que funciona o mundo da bola, aqui e ou em qualquer outro lugar.


Mas como será essa Série B?


Se formos analisar pelo desempenho de algumas equipes em seus campeonatos estaduais, veremos que times como o Sport, Coritiba, Santo André e Ipatinga, são fortes concorrentes a uma possível ascensão, mesmo que venha a perder algumas de suas “estrelas”, a base é forte.


Ponte Preta, Portuguesa, Figueirense, Náutico e Bahia, pela tradição vão brigar.


América Mineiro e São Caetano correm por fora e, Bragantino e Paraná, são incógnitas.


Guaratinguetá, Vila Nova, Brasiliense, Duque de Caxias, ASA e Icasa, devem lutar para fugir do rebaixamento.


E nós do Rio Grande do Norte, o que podemos esperar?


Em tese, teremos um caminho muito difícil...


Os parcos recursos e os salários inflacionados impediram contratações dos tais nomes de “peso”, e o jeito foi apostar em nomes mais leves.


Porém, não custa sonhar e torcer...



Ser ou não ser, ninguém sabe com exatidão...

Imagem: Globo Esporte



Aguardo com curiosidade o desfecho da celeuma que a cada dia traz um emocionante capitulo, na novelesca participação de Natal na Copa de 2014...


Por falar em 2014, há exatos 14 anos que falam e falam de outra obra de vital importância – segundo dizem – para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte: o Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante.


E até aqui, nada, ou melhor, muitas e muitas promessas e prazos para o início das obras sempre adiados.


Dia 18, Carlos de La Corte (o de gravata amarela na foto), doutor em arquitetura esportiva, desembarca em Natal...


O senhor de La Corte deve chegar e sair da cidade sem deixar nenhuma pista de sua decisão, o que tornará ainda mais excitante a espera.


Portanto, continuarei a aguardar o desfecho com curiosidade e uma leve esperança, mas sem abrir mão de uma pitada de cinismo e ceticismo – como convêm no momento.



Resposta aos leitores José Leonardo e Gabriel...

Imagem: Bundesarchiv



Ando em dívida com alguns leitores que me fizeram questionamentos, infelizmente por motivos alheios a minha vontade não pude responder a mais tempo.


Portanto, vamos à luta;


Primeiro me dirijo a José Leonardo, do blog Música do Gol:


Caro Leonardo, Johann Cruyff foi tudo o que seu tio diz e mais, Cruyff tinha qualidades, que unidas a sua técnica o tornaram um dos 10 maiores jogadores do planeta.


O primeiro a perceber isso foi Rinus Michels, um ex-professor de ginástica para crianças surdas – no Brasil, alguém que assumisse um grande time, com o histórico de Michels, seria “queimado” em praça pública pela imprensa e torcedores – que ao chegar ao AFC Ajax, viu em Cruyff o líder que precisava para a experiência que se tornaria a última grande revolução tática no futebol.


Técnico, tático, ofensivo, coletivo, vistoso e eficiente, Cruyff se encaixou como uma luva nos ousados sonhos de Michels.


Sobre sua pergunta se anteriormente eu já teria escrito algo sobre o sistema tático do “carrossel holandês de 1974”, aqui vai um pequeno trecho de um texto publicado sob o titulo: “Se tivessem lido Karl Marx, saberiam o que significa a mais valia”, em 17 de novembro de 2008.


Futebol não é uma guerra, futebol é um esporte...


Quando Rinus Michels, treinador holandês e responsável pelo carrossel laranja disse que o futebol era uma guerra, o fez dentro de um contesto completamente diferente.


Rinus que era um homem inteligente e acima da média de seus colegas treinadores de então, fez tal afirmação em uma entrevista onde tentava explicar como funcionava seu sistema (e olha que ainda hoje tem gente que não entendeu)...


Na época, Rinus afirmou que só seria possível a repetição de tal sistema se alguém conseguisse reunir em uma mesma equipe, pelo menos sete jogadores de grande habilidade técnica e de QI superior à média, como ele havia conseguido com a equipe de seu país em 74.


Disse que tendo a sorte de poder contar com jogadores como Neeskens, Rep, Resenbrink, Krol, Rijsbergen, Haan, Suurbier e Cruyff, pode colocar em prática um sistema que baseado no 4.3.3, agia como uma tropa capaz de avançar impiedosamente sobre o “inimigo”, mas apta a rapidamente se aglutinar durante um contra ataque.


Na mesma entrevista, Rinus deixou escapar sua admiração pela blitzkrieg alemã e acabou tendo que ouvir um monte de criticas idiotas de gente que na falta de coisa melhor para fazer e dizer, o acusou de ser nacional-socialista (lá também existem os idiotas da subjetividade).


Em nenhum momento, o treinador holandês se referiu à guerra no sentido sujo ou quis dizer que qualquer meio era licito desde que a vitória fosse conseguida.


Agora, respondo ao Gabriel:


Concordo com você Daniel, esperar que o Gilmar Iser opere um milagre e de pronto dê ao América um sistema tático é pedir demais...


Em relação a sua pergunta se o América deveria ou não jogar de forma defensiva em Salvador, o Gilmar Iser, me poupou o trabalho: deve ir mesmo num 3.6.1 e tentar surpreender o Bahia.


Agora é esperar que Iser, consiga ter competência e tempo, para com o material humano que dispõem montar uma equipe competitiva e capaz de realizar uma campanha menos tensa que a anterior.



quinta-feira, maio 06, 2010

Fumaçando...

Imagem: Lutz Bongarts


Faltam poucas horas para o início da caminhada...


Uma questão tem martelado a cabeça tanto de torcedores, quando de jornalistas esportivos: as idas e vindas do América em relação ao treinador, a decepção causada pela atitude miúda de Ruy Scarpino – o América e sua direção mereciam uma atitude mais digna – e chegada em cima da hora de Gilmar Iser, pode ser um duro golpe nas pretensões rubras de realizar uma boa campanha na Série B?


Acredito que irá causar alguma turbulência, pois coisas arrumadas às pressas sempre deixam algo para trás.


Não foi por falta de tempo; desde novembro, o América sabia que teria uma Série B em maio de 2010, mas por duas vezes nesses primeiros meses do ano, os rubros foram vítimas de “fetiches” e esses “fetiches” acabaram por causar traumas e desilusões.


Primeiro foi Francisco Diá, tido e havido como pronto e preparado para solucionar os problemas naturais de uma equipe de futebol...


Infelizmente Diá não estava e o resultado, todos já sabem.


Depois veio Ruy Scarpino, um técnico visto dentro do clube como capaz, competente e ideal para se começar um trabalho...


Talvez fosse, tenho minhas dúvidas, mas a direção do América que imaginou conhecer o treinador, descobriu que não conhecia o homem e, deu no que deu.


Agora, é esperar que Gilmar Iser, escolhido o melhor treinador do Rio Grande do Sul durante o campeonato estadual, consiga ao menos nos primeiros jogos, motivar a equipe, arrumar as conhecidas falhas e ganhar tempo até que cheguem os reforços por ele pretendidos, para que a bagunça seja arrumada e o América cumpra seu papel sem ter que ficar olhando o tempo todo para o abismo que leva a Série C.



Enganei vocês...

Imagem: Annegret Hilse


Se o Treze confirmar o segundo jogo, o AAC Arles-Avignon virá a Natal enfrentar o ABC...


O amistoso internacional previsto para Natal, ainda não está confirmado.


A vinda da equipe francesa, Association Athlétic Arles-Avignon, ainda depende da marcação de um segundo amistoso...


Segundo soube, essa segunda partida que deve ser contra o Treze de Campina Grande, viabilizaria o custo das passagens e da estadia dos franceses no nordeste.


O contato com os franceses aconteceu em janeiro, mas só agora, com o fim da temporada na França será possível a vinda da equipe.



quarta-feira, maio 05, 2010

O cricket também tem momentos emocionantes...

Imagem: Diário AS


O futebol pela ótica de Johann Cruyff...


Lendo o blog “Música do Gol” (http://musicadogol.blogspot.com/), me vi diante de algumas frases de Johann Cruyff que deveriam ser a máxima de clubes, torcedores e jornalistas.


“No futebol não só se pode pensar em ganhar, mas também em jogar bem”...


Cruyff tem razão.


A fixação pela vitória criou a cultura do ganhar a qualquer preço e isso, empobreceu o jogo e o tornou tosco, bruto e tedioso...


Vencer por vencer, encurralou o gênio, limitou a criação e favoreceu aos brutamontes fisicamente aptos, não só a “desarmar” seus adversários, mas também a fraturar tíbias, perônios e tornozelos.


O passe foi substituído pelo chutão.


Mais a frente, Cruyff afirma: “o futebol é mais que o simples resultado, é ensinar aos jovens, comportamento e respeito”.


Cruyff melhor que ninguém pode afirmar tal coisa; a Holanda que ele comandou, entrou para a história, depois de ser derrotada em 1974 pela Alemanha.


O carrossel holandês de Rinus Michels encantou o mundo não por ter levantado a taça, mas ter jogado um futebol nunca antes visto...


Neeskens, Resenbrinck, Rep, Krol, Suurbier, Haan, Jansen, van Hanegem e o próprio Cruyff, queriam o título, lutaram por ele, mas quando a Copa terminou e eles se viram derrotados, não houve desculpas esfarrapadas, não houve acusações contra a arbitragem e nem lamurias.


Saíram de campo de cabeça erguida, cônscios de que haviam honrado a camisa de seu país e jogado o jogo sem medo ou hesitações.


A cultura do resultado foi terra fértil onde a semente do ódio germinou os bandos de delinquentes, que incapazes de entender o espirito do jogo, tentam impor pela intolerância e a violência, sua vontade.



Preciso...

Imagem: Rui Paulo Oliveira


Descanse em paz!


Hoje vou pedir desculpas aos meus leitores, aos meus amigos e aos que por aqui passam sem o compromisso de voltar...


Essas linhas não são sobre futebol e nem tão pouco sobre nenhum assunto de interesse geral...


Hoje escrevo para mim mesmo.


Há quatros anos, conversava com meu filho Alexandre e com um amigo dele, o Fernando, que, aliás, acabei “adotando” com um filho – engraçado, alguns amigos de meu filho, acabaram se tornado, “filhos” também –, falávamos sobre cães...


Num determinado momento, comecei a divagar sobre o Basset Hound, um cão de pequeno, orelhudo e de olhar melancólico...


Depois de alguns momentos afirmei que gostaria muito de ter um, pois acreditava como ainda acredito que nos daríamos bem.


Encerrei a conversa dizendo: “seria bom ter um companheiro melancólico para sentar comigo na varanda nas madrugadas chuvosas”.


Os dois riram e fomos cada um para seu canto.


Dias depois, Fernando me chamou e disse ter um amigo que tinha um Basset Hound para doar, pois a família não tinha tempo para cuidar do animal como devia.


Pensei: “um melancólico e rejeitado, esse é o cara certo”!


Sem pestanejar disse: “vá busca-lo, traga-o para cá, eu o quero”!


Fernando e Alexandre saíram em disparada e momentos depois, chegavam com o “sujeitinho”...


Tinha cerca de uns seis meses, creio eu...


Pequenino, marrom, comprido e cheio de vida e energia, mas...


Não era um Basset Hound!


Era um Dachshund – aquele cãozinho que ficou famoso nos comerciais dos amortecedores COFAP e que as pessoas costumam chamar de “salsicha”!


Olhei para os dois com cara de reprovação e eles, perceberam minha decepção, mas insistiram dizendo:


- “Ele não é bonitinho”?


Era sim!


Pensei com meus botões: “duas rejeições numa vida só é um golpe duro até para um cãozinho”.


E ele ficou.


Seu nome?


Bill...


Isso, já veio “batizado”.


Pois bem, o “carinha” era mesmo um cãozinho.


Cheio de energia conseguia mesmo sem ser grande, preencher todos os espaços.


Usou o terreno da casa onde moro como ninguém, fez desse terreno seu território e nele reinou.


Foi meu “amigo” e meu “confidente”...


Adorava ser acariciado e deitava para ser empurrado com pés pelo chão, mas odiava ser carregado no colo, abraçado e apertado – rosnava e deixava claro que para ele, carinho era uma coisa e “frescura” outra.


Bill não era meu, eu era dele!


Quando levava sua comida, não podia me afastar, caso o fizesse ele imediatamente parava de comer e só voltava ao “prato” quando eu voltasse a me postar a seu lado; fosse em pé ou sentado.


Gostava de dormir com a cabeça recostada nos meus pés e ficava irritado quando ao mexer os pés, o acordava.


Poderia contar muitas coisas sobre esse nobre camarada, poderia falar horas e horas das nossas corridas pelo jardim, dos chutes que ele me obrigava a dar numa bolinha que recebeu de presente do Vítor, filho de Marisa e Cleto.


Poderia tentar descrever a hilária cena por ele protagonizada, quando Alexandre ia treinar boxe na varanda e ele, pegava uma pedrinha e ficava com as patas tentando reproduzir o que Alexandre fazia com saco de areia.


Poderia contar que foi o único cão que vi correr atrás de um limão, antes de mordê-lo e "chupá-lo" sem a menor careta ou repulsa...


Poderia falar de como ele adorava acerola, manga, goiaba, pitanga e qualquer fruta que estivesse ao seu alcance.


Poderia falar de como ele ficava deprimido quando a chuva caia, pois ficava impedido de ir para o portão, ladrar, rosnar e brincar com as crianças da vizinhança, que do lado de fora lhe faziam gracinhas e carinho.


Mas infelizmente, hoje, só posso falar da minha dor, da minha tristeza e da minha amargura.


Meu amigo ficou doente repentinamente, nada físico, nada que pudesse ser detectado ao olhar...


Levei-o ao veterinário e por mais de vinte dias, ficou internado...


Tudo foi feito, ele foi vasculhado de ponta a ponta, de fora para dentro e de dentro para fora, nenhum esforço ou dinheiro foi poupado...


Nada foi possível fazer.


Bill mudou...


Ficou agressivo, feroz e intratável...


Atacava a todos...


Mas uma coisa me chocou...


Quando eu me aproximava dele, ele ficava confuso...


Abanava a cauda, mas agredia, rosnava e tentava morder.


Tentei com proteção especial segurá-lo...


Impossível!


Ao mesmo tempo, que mordia e agredia, abanava a cauda...


O tempo passou e ele foi ficando pior.


Ontem, fui conversar com o Dr. Arnaldo e ficamos um bom tempo fazendo rodeios, sabíamos onde iríamos chegar, mas tentamos fugir.


Bill havia conquistado o coração do veterinário, assim como conquistou o coração de todos na clínica.


No fim, o Dr. Arnaldo me disse: “não há cura, não posso fazer mais nada e me sinto frustrado e impotente”...


Senti emoção em suas palavras...


Depois de algum silencio, ele falou: “a decisão é sua”.


Pedi para ver o Bill e quando cheguei ao canil, os dois rapazes que cuidaram dele estavam calados.


Bill estava deitado acuado num canto...


Seu olhar estava perdido e ele só rosnava.


Chorei, mas não o fiz só; os rapazes do canil tinham lágrimas nos olhos.


Voltei para o consultório e fiz o que tinha que ser feito...


Assinei a ordem para que Bill fosse sacrificado.


Ao sair da clínica, me deparei com um final de dia lindo e me senti só, perdido, confuso e sem rumo...


Caminhei por toda a Avenida Engenheiro Roberto Freire até minha casa na Vila de Ponta Negra...


Ao chegar, o jardim era o mesmo, mas jamais será como antes...


Eu era o mesmo, mas jamais serei igual, pois ontem, assinei a sentença de morte de um amigo e isso nunca mais conseguirei esquecer.


Bill, não era um cão, não para mim!


Bill era um companheiro e um amigo...


Desculpem o desabafo...


Ontem “brinquei” de ser Deus e confesso, não sirvo para tão alto posto!



Correndo na chuva...

Imagem: Marca

Alberi está hospitalizado...


Não sei ao certo qual é a verdadeira condição clinica do ex-jogador e ídolo eterno da torcida do ABC, Alberi...


Tentei me comunicar com algumas pessoas ligadas ao jogador e ao clube, mas não obtive sucesso, mas lendo aqui e ali, percebo que a situação requer atenção redobrada.


O vergonhoso nessa história toda, é que levado para o hospital Walfredo Gurgel, Alberi teria ficado nos corredores da instituição a espera de atendimento...


Que fique claro, não é pelo fato de se tratar de Alberi que repudio as condições do hospital...


Ficar doente, ou sofrer um acidente em Natal e não ter plano de saúde ou dinheiro é risco de morte.


Espero que amanhã tenhamos notícias mais precisas sobre Alberi e seu estado de saúde – no momento o que se sabe é que ele foi transferido para um hospital particular, graças à intervenção de autoridades ligadas ao ABC e que irá passar por uma série de exames.



Um para cá e o outro para lá...

Imagem: Imago

Para Pedro Neto...


Pedro Neto está completando seu primeiro ano como comentarista da Rádio Globo de Natal, isso é bom!


Conheço Pedro a um par de décadas e, posso afirmar que Pedro é um homem de bem.


Caseiro, Pedro vive para o seu trabalho e para seus filhos, aliás, filhos que Pedro mima e ama, mas que orienta no sentido de torná-los pessoas dignas e corretas.


Sou admirador e amigo de Pedro Neto e, portanto, tudo que disser sobre ele poderá ser visto com a natural desconfiança de quem imagine que amigos servem para “proteger” amigos, mas não é bem assim...


Tenho com Pedro algumas divergências: ótimo que assim seja, pois seria insuportável conviver com alguém que não me provocasse outro sentimento que não fosse o tédio.


Escrevo essas linhas sem nenhum compromisso com a estética ou com um conteúdo mais elaborado (nem sei se sei alguma sobre tais coisas), escrevo para desejar ao Pedro sucesso e paciência, pois o caminho é árduo, íngreme, pedregoso e cheio de obstáculos.


Agradar a gregos, troianos, goianos, mineiros, cearenses, alvinegros, alvirrubros, alviverdes e afins, não é tarefa possível...


Entretanto, costumo dizer aos meus próximos que o único desejo que tenho ao chegar ao fim de minha vida é estar certo de não ter sido nem bom e nem mau...


Quero partir com a convicção que lutei o tempo todo no sentido de ser justo.


É isso que espero dos outros e é isso que imagino que Pedro Neto busque.


Parabéns amigo.



terça-feira, maio 04, 2010

Slowly, very slowly...

Charge: Ivan Cabral

Acima da lei, ninguém!


A Austrália é um país colonizado por presos que superlotavam as cadeias britânicas, prostitutas que perambulavam pelas cidades inglesas, mendigos e famílias pobres com pouco ou nenhum futuro...


Essa gente acabou criando uma nação que age assim:


O rúgbi é o esporte mais popular do país, mas é dirigido de forma responsável e dura.


Há algum tempo a Confederação Nacional de Rúgbi estabeleceu que nenhum clube do país, poderia ultrapassar o teto de 4,7 milhões de dólares australianos anuais, com o pagamento de salários a seus jogadores...


Na semana passada foi descoberto que o Melbourne Storm, atual campeão da liga nacional, vinha pagando a seus melhores jogadores, “um por fora” a mais de cinco anos.


Segundo os levantamentos feitos pela comissão encarregada de investigar o caso, o valor acima do teto, ultrapassa dos 1,7 milhões de dólares australianos.


A descoberta causou à indignação da sociedade e o repudio da imprensa, que estampou em nas páginas dos principais jornais do país a falcatrua.


O resultado foi uma exempla punição para o Melbourne Storm e seus dirigentes.


O clube teve cassados os títulos de 2007 e 2009 e ainda os vice-campeonatos de 2006 e 2008...


Mas não ficou só nisso...


O Melbourne Storm vai pagar uma multa de 500 mil dólares australianos e terão que devolver todo o dinheiro ganho em premiações durante o tempo em que a fraude foi comprovada, cerca de 1,1 milhão de dólares australianos, que serão divididos em partes iguais entre as outras 15 equipes da liga.


Os dois principais cartolas do clube foram banidos do esporte e o Melbourne Storm será obrigado a participar do campeonato de 2010, sem receber nenhum ponto, mesmo que vença as partidas...


Além das punições, a polícia de Melbourne, investiga ainda possíveis outras irregularidades.


Viva a Austrália!



Dance with me...

Imagem: Picture Alliance

A ingênua polemica sobre o outdoor...


Um assunto causou polêmica entre torcedores do ABC e jornalistas: o Outdoor em que o Deputado Estadual Poty Cavalcante aparece ao lado do Presidente Rubens Guilherme...


O site diz exatamente o seguinte:


Em letras garrafais: “51 vezes Campeão, só o Mais Querido”.


Como subtítulo: “Parabéns Frasqueira”. “Juntos alcançaremos novas conquistas”.


E a assinatura: “Uma homenagem do Presidente RUBENS GUILHERME e do Vice Presidente POTY JUNIOR”.


Copiei exatamente como está escrito no Outdoor (inclusive o nome do deputado em negrito, cuja intenção é destacar o parlamentar).


Pois bem, qualquer aluno do primário do município de São Gonçalo do Amarante, sabe que a intenção de Poty Cavalcante foi projetar no seio da torcida alvinegra, o seu nome...


Poty é deputado e é candidato a reeleição!


Cometeu algum crime?


Não!


Ou melhor, talvez um “deslize” em relação à lei eleitoral, mas não o fez sozinho, pois Rubens Guilherme, presidente do ABC ao posar ao lado dele, avalizou tanto pessoalmente, como institucionalmente o deslize...


Usou a oportunidade de maneira esperta?


Claro que sim!


100 entre 10 políticos fariam o mesmo.


Querer transformar o episódio num cavalo de batalha, é no mínimo hipocrisia, pois o Senhor Luís Inácio Lula da Silva, nosso quase ex-presidente; não perde uma única chance de tentar promover a candidata a sua sucessão em qualquer lugar e a qualquer mínima brecha.


Porém, o que deveria ser discutido não é o oportunismo de Poty, mas sim a consistência intelectual de um eleitorado capaz de eleger um cidadão apenas por ele ter sido parte na conquista de um acesso ou de uma taça de campeão de futebol.



Caroline Wozniacki e seu tornozelo lesionado...

Imagem: Reuters

O site "Chance de Gol", novamente na berlinda...


Às vésperas de mais uma Série B, me vejo mais uma vez na obrigação de tentar informar às pessoas sobre o Site “Chance de Gol” – todo ano é mesma ladainha –, que muitos imaginam ser obra de jornalistas...


Não é!


O Site “Chance de Gol” é mantido por um estatístico!


Seu nome é Marcelo Leme de Arruda.


Bem, no dia 15 de maio de 2009, diante do frenesi e agitação que o site “Chance de Gol” provocou em torcedores e jornalistas em Natal, após ter publicado as probabilidades do América na mesma Série B, publiquei um texto sobre o assunto...


O mais curioso, é que a um dia de completar um ano, volto a publicá-lo, pois vejo que, ou ninguém leu, ou se leu, não entendeu...


Mas se alguém leu e compreendeu, fez e faz questão de distorcer, pois assim, ganha a simpatia dos que não leem, porém, opinam com se tivessem lido e entendido.


O Site Chance de Gol é vítima da paixão obtusa e do desconhecimento do assunto que trata...


Natal, 05 de abril de 2009.


Não tenho nenhuma procuração de Marcelo Leme de Arruda, responsável pelo site Chance de Gol para defendê-lo em Natal, ou em qualquer outro lugar, mas tenho o direito de como leitor, ficar indignado diante de tanta baboseira escrita sobre o autor e o site.


Que um leigo não entenda, compreendo...


Que um torcedor mediano e apaixonado, tenha urticárias ao ver os números contrários aos seus sonhos e desejos de torcedor, até posso digerir, mas que alguém com instrução superior ou responsável por emitir opinião em um veículo de comunicação, faça ataques ao site e a seu autor, com base apenas em achismos ou pretenso preconceito do autor do site, contra um clube ou uma região do país, já é dose cavalar...


Marcelo Leme de Arruda, não tem patota, trabalha só!


Marcelo Leme de Arruda, não é “matemático”, nem com e nem sem aspas!


Nem tão pouco, jamais se arvorou em ser jornalista.


Marcelo Leme de Arruda é estatístico graduado, e pós-graduado pela USP e, em 2007, iniciou seu doutorado em estatística, voltado para aplicações de probabilidade estatística ao esporte.


Marcelo Leme de Arruda é membro da RSSSF (The Rec.Sport.Soccer.Statistics Foudation), e fundador e co-presidente da RSSSF Brasil.


O RSSSF é o mais completo e melhor site do planeta, quando o assunto são os números de quase todos os clubes e seleções do mundo.


Respeitado em todo o país, Marcelo Leme Arruda em seu site, explica detalhadamente de que forma elabora seu trabalho (lado esquerdo do site, na seção Outras Informações)...


No caso especifico, onde Marcelo coloca o América com um percentual acima de 80% de probabilidade de queda para a Série C, ele o faz antes mesmo do campeonato da série B começar e, tal posição é perfeitamente compreensível para quem conseguiu ler e entender as explicações teóricas sobre a metodologia usada...


Pois bem, nenhum daqueles números é fixo ou lá permanecem imóveis, mas variam a cada rodada, seja para melhor ou para pior.


Ah, ao que consta, a Universidade de São Paulo (USP) não costuma deixar que seus alunos recebam diplomas caso perceba que são profissionais com aspas e, por outro lado, estatística é a aplicação através das teorias probabilísticas para explicar a frequência de fenômenos e para possibilitar a previsão desses fenômenos no futuro...


Estatística não se emociona e nem faz afirmações!


Antes que se dê início a velha e surrada cantilena do preconceito, lembrem que o América é o único nordestino incluído entre os quatro com maior probabilidade de queda...


Duque de Caxias (Rio de Janeiro)

Brasiliense (Distrito Federal)

América (Rio Grande do Norte)

Vila Nova (Goiás)


(Fiz algumas modificações no texto original, para torná-lo atual).



domingo, maio 02, 2010

A lebre desafia os F1...

Imagem: Reuters

Primeiro de Maio no Machadão...

Deixei para escrever sobre ontem, hoje...

Motivo: cheguei cansado em casa e então, me dei o direito de não fazer nada, pois afinal, não sou noticiarista, sou blogueiro!


Mas vamos ao que interessa: o jogo da Solidariedade ou da Paz como queiram.


A festa:


O projeto “Futebol em Tom Maior” da FNF (Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol) é sim uma excelente ideia, mas que ainda tem dificuldades em se firmar...


E porque isso ocorre?


Primeiro em virtude da federação ainda não ter tido a possibilidade de montar um departamento de comunicação social e marketing...


José Vanildo tem pensado na possibilidade, mas tem esbarrado na crônica falta de verba para tal.


Não é qualquer profissional que pode assumir tal tarefa.


É preciso conhecimento técnico para elaborar projetos, credibilidade junto aos meios de comunicação, transito fácil no meio empresarial e visão ampla de mercado.


Um profissional assim, não custa barato!


José Vanildo sabe que tem hoje, dois produtos fortes: o site da FNF e o “Futebol em Tom Maior”...


O primeiro tem hoje um enorme volume de acessos...


A mídia local, a mídia nacional, torcedores e desportista em geral, procuram o site da FNF para sanar dúvidas e levantar informações...


O volume de visitas vindas do exterior é significativo...


Isso por si só, já justifica a viabilidade comercial do site.


O projeto “Futebol em Tom Maior” precisa de um tratamento profissional – isto é, precisa de um bom produtor, de um bom roteirista, de um bom coreografo, de uma equipe de som altamente qualificada...


Os shows, ou simplesmente a apresentação de alguém cantando o hino nacional, necessita de uma organização primorosa – “afinar” som, instrumentos, iluminação e essas coisas, requer ensaio prévio...


Mas como fazê-lo sem verba?


Esse é um nó que José Vanildo precisa desatar e, ele tem tentado...


Ontem, a presença da Banda do Corpo de Fuzileiros Navais foi uma grande sacada, depois, a presença de Tabata Medeiros no intervalo, criou um clima mais ameno e agradável, mesmo com as deficiências, não se pode deixar de incentivar o esforço.


A homenagem prestada a Ivan e a Souza, foi uma ótima e justa ideia...


Ambos têm uma história junto as seus clubes, mesmo que Souza tenha um currículo infinitamente superior ao de Ivan, o que estava sendo homenageado não era o histórico dos jogadores, mas sua dedicação e respeito à profissão e as camisas que sempre vestiram com dignidade.



O Público:


O dia foi claro, quente e propício à praia e, além disso, feriado nacional!


Poderia ter afastado as pessoas, mas não...


O Machadão teve um ótimo publico.


O único senão ficou por conta dos mesmos idiotas de sempre; a turba fantasiada de torcida!


Chegaram com intuito de promover arruaça e transformar as arquibancadas em campo de batalha, mas foram devidamente mantidos a distancia pelo eficiente trabalho policial...


Uma pequena questão: até quando nossos legisladores vão fingir que é possível tratar essa gente com leis brandas?


Soube que no jogo final entre ABC e Corintians, um sujeitinho de 15 aninhos, foi preso por portar uma pistola (. 40) e, o mais incrível é que seus pais diante da autoridade policial disseram: “ele é um ótimo menino, mas está sendo estragado pelas más companhias”...


Ou esses pais são uns brincalhões ou são uns cínicos: como pode um ótimo menino portar uma pistola (. 40) e ser preso depois de tentar dispará-la contra um desafeto?


Mas enfim, o sujeitinho foi liberado e seguiu com seu papai e sua mamãe, pois as leis brasileiras também o acham um “ótimo” menino, que infelizmente aos 15 anos ainda é incapaz de diferenciar o certo do errado.



O hino nacional brasileiro:



Não sei por que ainda insistem em tocar o hino nacional em estádios de futebol...


Imagino o que se passou na cabeça dos militares da banda fuzileiros navais e na cabeça dos oficiais e soldados da policia militar, diante do total desprezo que a ampla maioria demonstrou...


Nas cabines de rádio, repórteres, narradores, comentaristas e plantões esportivos, continuaram sentados e falando como se nada estivesse acontecendo...


Essa gente vive cobrando postura dos outros.


Nas arquibancadas uns poucos levantaram e se postaram de forma respeitosa...


Os tais organizados, “cagaram solenemente” e ficaram gritando os nomes de suas facções e batucando seus tambores primatas – se sentem a cima de tudo e de todos!


No gramado autoridades, bajuladores de autoridades e os papagaios de pirata de sempre, trocavam tapinhas nas costas, abraços efusivos, sorrisos e cochichavam um no ouvido do outro, tudo isso enquanto a banda executava o hino nacional e cantora se esguelhava para ser ouvida.


Pobre país...


Os endinheirados e com algum verniz universitário, veem o Brasil não com seu heimat, mas sim, como um lugar onde tudo se tira e nada se deixa.


A ralé segue o exemplo, mas sai mais em conta, pois qualquer ninharia que se lhe atirem aos pés, é o bastante para endeusar a choldra politica que a conduz...


A ralé assim como as elites, acha o trabalho pouco digno, prefere a troca de favores.


Pobre país, pobre hino e pobre bandeira!


O jogo:


Bom no primeiro tempo, fraco no segundo...


O América:


Iniciou correndo mais, buscando mais, lutando mais...


Chutou mais e teve uma bola que se chocou com a trave e voltou para o campo...


No primeiro tempo, Jackson e Juninho deram alguma consistência ao meio campo, mas no segundo, desapareceram.


Adriano Magrão tentou, mas como sempre, errou...


Rodolfo parece que está sofrendo com a sombra de Fabiano – mal posicionado no lance do gol, precisou saltar numa bola chutada a distancia e sem muita força; chegou ao solo antes e foi coberto pelo quique da mesma – um franguinho que Fabiano ainda em transito, agradeceu.


No segundo tempo, o América continuou tendo a posse de bola o domínio territorial, mas como sempre, não soube com furar o bloquei adversário e se perdeu nas muitas firulas de seus atacantes...


Ah, Rony perdeu dentro da pequena área um gol desses que nem peladeiro perde.



O ABC:


Jogou fechado, esperou os contra ataques e acabou recebendo de presente um gol...


No segundo tempo, os alvinegros continuaram a jogar da mesma maneira, sem tirar e nem por...


Tiveram poucas oportunidades no contra ataque, mas na defesa, sempre conseguiram desarmar o previsível sistema de criação rubro e seu ataque inoperante.



O árbitro:


João Alberto de Souza encerrou sua carreira de árbitro de futebol, foram mais de trezentas partidas dirigidas por ele e, a maioria absoluta com sucesso.


Tomara seja utilizado para repassar seus conhecimentos aos novos árbitros que virão.


sábado, maio 01, 2010

PM do Chile...

Imagem: Autor Desconhecido

Andando na linha... Será?


Por Paulinho (http://www.midiasemmedia.com.br/paulinho/)


O Judiciário parece ter entrado na guerra que o torcedor decente trava contra a presença dos animais organizados nos estádios de futebol.


Decisão do desembargador Lineu Peinado, do TJ-SP, concedeu liminar obrigando a Federação Paulista de Futebol a incluir no regulamento de seus campeonatos regras que punem os clubes de futebol por atos de violência e vandalismo cometidos por seus membros.


“Em geral tais torcidas contam com apoio de dirigentes dos clubes que lhes facilitam o acesso aos estádios nos jogos, quer vendendo ingressos a preços subsidiados, quer, entregando a programação de tais jogos aos torcedores, quer, enfim praticando ações conjuntas de molde a permitir a presença de torcedores até mesmo em treinos das equipes”, disse brilhantemente o juiz em sua decisão.


Tem presidente de clube que deveria ler o despacho todo dia no intuito de pelo menos sentir um pouco de vergonha da conivência.


Na verdade, a decisão do juiz trata por separar os “organizados” dos torcedores comuns, dando a eles a conotação bandida a que fazem jus.


É uma tentativa de amenizar o “problema”, sem ter, ainda, que eliminá-los dos estádios.


Não é o ideal, mas, sem dúvida, significa um avanço.


Dentre os principais pontos das medidas de segurança, destacamos as seguintes:


1. Perda de três pontos para o clube cuja torcida organizada se envolver em atos de vandalismo ou violência.


A pena é dobrada em caso de reincidência.


2. Quando for declarada a perda de pontos, o clube também deverá realizar seus dois próximos jogos com os portões fechados, sem transmissão direta pela televisão ou por qualquer outro tipo de mídia.


Só serão liberadas as imagens dos gols e o clube mandante terá que indenizar o time adversário pela perda com a bilheteria.


3. Na terceira briga dos torcedores, o clube só poderá fazer jogos com portões fechados até o fim do campeonato.


4. Caso algum torcedor vista a camisa do adversário para prejudicá-lo, seu clube será eliminado do campeonato.


As penas podem ser aplicadas no campeonato seguinte ao em que foi constatada a infração.


5. Os clubes serão obrigados a informar o número de ingressos vendidos para as torcidas organizadas.


Essas entradas terão que ser diferentes dos ingressos normais.


6. As torcidas organizadas poderão entrar nos estádios por no máximo dois portões, para facilitar a identificação pela Polícia Militar.


7. Perda de um ponto para o clube cuja torcida organizada entrar no estádio com objetos proibidos.


8. Os clubes terão que contratar seguro para cobrir eventuais danos causados a outros torcedores pelos membros das organizadas.


Veremos agora se a decisão será realmente cumprida, porque sabemos bem como funciona a cabeça de nossos dirigentes.


Embora a FPF já tenha declarado que implantará as medidas nos jogos disputados em São Paulo.


Estaremos fiscalizando e denunciando, como sempre.



O insano mundo das torcidas - Parte1 - Mensagem dos torcedores do Espanyol para o Barcelona... "No sois un rival, sois el enemigo"!

Imagem: Mundo Deportivo


O insano mundo das torcidas - Parte 2 - Canção dos hooligans do Manchester United...


A canção deste vídeo é uma versão produzida em Manchester na Inglaterra, pelos hooligans do United.


A letra fala de amor ao Manchester United e de ódio aos seus adversários na Inglaterra, na Europa e até mesmo na América do Sul...


A letra é agressiva, intolerante e mostra bem o espirito dos hooligans, porém, foi interessante saber que entre seus poderosos “inimigos”, os hooligans do Manchester United incluíram o Vasco da Gama...


Resumindo: é lixo de torcida, mas não se pode negar que foi produzido com esmero e profissionalismo, pois os músicos, o vocal e cantora, são muito bons.




O insano mundo das torcidas - Parte 3 - Torcedores do Espanyol provocam o presidente do Barcelona...

Imagem: Mundo Deportivo

Um filme que mostra o mundo lunático dos hooligans britânicos....


Green Street Hooligans Final Fight é um filme coproduzido por americanos e ingleses em 2005…


A história gira em volta do personagem Matt Buckner, jovem universitário que após ser expulso de Harvard, acusado (injustamente) de ter em seu armário no campus, cocaína, decide ir morar em Londres com sua irmã...


Lá conhece Pete, irmão de seu cunhado Steve e é por ele, introduzido no mundo dos hooligans do West Ham United FC.


Matt Buckner, americano, passa então a conviver com a estupida violência das torcidas britânicas.


A direção do filme é de Lexi Alexander e o roteiro é assinado por Dougie Brimson, Lexi Alexander e Josh Shelov.


O título do filme nos Estados Unidos e no Brasil é Hooligans e na Inglaterra, Green Street.


A música tema é One Blood de Terence Jay