quarta-feira, março 16, 2011

Dirigentes da Federação Brasiliense de Futebol são condenados por improbidade administrativa...;


O Presidente e o 1º Vice-Presidente da Federação Brasiliense de Futebol foram condenados por improbidade administrativa, destituídos das funções que ocupavam e proibidos de ocupar cargos administrativos na entidade por dez anos.


A decisão é do juiz da 6ª Vara Cível de Brasília e cabe recurso.


A ação foi proposta pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra o Presidente e o 1º Vice-Presidente da Federação Brasiliense de Futebol e a própria Federação.


O MPDFT afirmou que a instituição é uma associação civil sem fins lucrativos e, por isso, cabe a ele fiscalizar.


Segundo o MPDFT, em novembro de 2004, o Presidente da Federação protocolou na Secretaria de Esporte e Lazer do DF um plano de trabalho/projeto para desenvolvimento de atividade de interesse comum, que deveria se submeter às regras do Decreto 19.730.


Segundo o autor, os réus direcionaram os recursos repassados pelo Poder Público para apenas três clubes de futebol filiados à instituição: o Brasiliense Futebol Clube, a Sociedade Esportiva do Gama e o Centro de Futebol Zico de Brasília.


A partir de 2004, no entanto, o Brasiliense, que tem entre os sócios o primeiro réu, se beneficiou da quase totalidade dos recursos.


Além disso, a Corregedoria Geral do DF realizou auditoria em dois convênios firmados com o GDF (nº03/2004 e 08/2005), valorados em R$ 2.060.000,00 e R$ 1.160.000,00.


Várias irregularidades foram constatadas, como plano de trabalho inconsistente, pagamentos irregulares efetuados em datas anteriores, pagamentos não previstos no plano de trabalho, apresentação de notas fiscais inidôneas para comprovação das despesas, pagamento de despesas a empresas por meios impróprios entre outras.


Os réus sustentaram, preliminarmente, que o MPDFT seria ilegítimo para promover a ação, já que o pedido se fundamenta em norma da época da ditadura militar.


Além disso, alegaram que não houve irregularidades, pois o futebol deveria ser o principal foco de sua atuação, razão porque utilizou 92% de sua verba nessa atividade.


Quanto à destinação dos recursos a apenas três clubes, os réus afirmaram que esses eram os que estavam participando em competições nacionais.


Já quanto às irregularidades apontadas pela Corregedoria nos convênios, os réus alegaram meras falhas formais.


Na sentença, o juiz afirmou que o MPDFT tem a função de defensor dos interesses coletivos e difusos e, por isso, é legítimo como autor da ação.


"Não convence a afirmação dos réus de que o pedido fundamenta-se em norma editada à época da ditadura militar", afirmou o magistrado.


Para o julgador, o instrumento que, no passado, serviu para tirar a liberdade, pode servir na atualidade para as finalidades sociais, desde que tenha uma visão plural e siga o devido processo legal.


Segundo o juiz, o MPDFT provou que apenas três entidades foram beneficiadas com os recursos do DF para o patrocínio do futebol e que o Brasiliense obteve 77,38% de todo o valor do convênio nº 03/2004, sem nenhuma justificativa convincente para o privilégio.


"O financiamento de referidos clubes parece constituir um verdadeiro ciclo vicioso, na participação de campeonatos e na percepção de verbas públicas, seguindo critérios absolutamente pessoais dos dirigentes que abrigam interesses também pessoais", afirmou.


O magistrado questionou o fato de o Presidente da Federação ser também sócio do Brasiliense Futebol Clube e de o Secretário de Esportes que firmou o convênio ser antecessor do réu na Federação.


"Vejo, pois, nestes fatos, evidente direcionamento de recursos públicos em prol de interesses privados", concluiu o juiz.


Segundo o julgador, os recursos, que deveriam ir apenas para os programas definidos no plano de trabalho, serviram para pagar despesas normais das entidades, especificamente débitos previdenciários, o que fere o Decreto 19.730 e viola também a Lei de Improbidade Administrativa.


O juiz determinou o afastamento dos réus, desde já, das funções de dirigentes da Federação Brasiliense de Futebol.


Eles também estão proibidos de ocupar as funções por dez anos.


O magistrado nomeou, como administrador provisório, o advogado Miguel Alfredo de Oliveira Júnior, que deve prestar compromisso em juízo, no prazo de 48 horas, para desempenhar bem a função.


Os réus também foram condenados a pagar as custas processuais e os honorários advocatícios fixados em R$ 2.500,00.

Fonte: TJDFT

terça-feira, março 15, 2011

A bola entrou...

Imagem: Imago


É goleador sim...


Conversei com meu filho sobre Felipe Mamão – ambos jogaram na Tuna Luso em 2006 – e, Alexandre tem sobre ele, a melhor das impressões.


É rápido, habilidoso, se posiciona bem na área, sabe buscar o jogo e passa a bola com precisão...


Estas foram algumas qualidades que Alexandre fez questão de citar no antigo companheiro de equipe.


Disse a ele que algumas pessoas afirmam que Felipe é desligado e Alexandre riu e disse: “ainda bem, pois se fosse ligado o tempo todo, ou já tinham quebrado sua perna ou, ele marcaria um saco de gols por partida”...


Aproveitei e cutuquei com vara curta: e por que então, esse menino ainda não chegou a um grande clube?


Alexandre respondeu: “Pai ele já nasceu num grande clube; o avô dele é um austríaco que fez fortuna no Pará e a família é rica – ele não precisa de futebol: joga por que gosta e por que pode”.


- “O senhor sabe que o nome dele é Felipe Pullhuber”?


- “Mamão é o apelido do pai dele e aí, ele acabou herdando. Na verdade, ele nem gosta muito de ser chamado de Mamão”.


- “Ficava puto nos treinos, quando não marcava gols e eu, o Flamel, e o Preto Marabá, ficávamos dizendo que o Mamão estava podre”...


- “Agora, é gente boa, mas como não precisa da bola para nada, não atura muito desaforo não”.


- “Ah, não sei como ele está agora, pois já faz 5 anos que não o vejo, mas se ele continuar jogando o que jogava, pode acreditar que o América fez uma excelente contratação”.


Bem, essa é a contribuição que posso dar sobre Felipe Soares Pullhuber, o Mamão.


Na solidão do deserto de Atacama...

Imagem: Autor Desconhecido - Todos os Direitos Reservados


É assim que tratam o esporte mais popular do país...


O Brasil, nunca foi o país do futebol, foi sim, o país só do futebol e, talvez por isso, devesse cuidar desse esporte com mais carinho e melhor organização...


Infelizmente, não é isso que faz.


O vídeo abaixo mostra o descaso com o esporte, o desrespeito com quem o pratica e a total insensibilidade com que o assiste...


São coisas assim, que me fazem questionar o número excessivo de equipes profissionais (?) nesse país e, o valor das federações – em quase todo o mundo, são as ligas que cuidam do esporte e não, as federações.


Sobre o vídeo, informo que a narração é horrível: o narrador pouco ou quase nada conhece da função, mas mesmo sendo repetitivo com as palavras, faz seu trabalho e com isso, coloca diante de nossas caras, o futebol de mentira que é praticado em grande parte do Brasil.


Nesse caso, o bizarro pertence à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, mas existe coisa bem pior por aí – procure, você acha com certeza.



A coreografia do futebol...

Imagem: Imago


Futebol não é um grande negócio...


Há algum tempo, publiquei uma matéria, onde um economista apaixonado pelo esporte mostrava que essa história de dizer que o futebol era um grande negócio, era mera falácia de gente que nada sabe de economia e pensa que sabe muito de futebol...


Repercussão zero...


Afinal, quem vai repercutir contra si mesmo?


Agora, Oliver Seitz do site http://www.universidadedofutebol.com.br/, publica uma nova matéria sobre o assunto, que Juca Kfouri reproduziu e eu, pego carona.


Por Oliver Seitz


Não interessa quanto de dinheiro um clube ganha. Porque quanto mais ele ganha, mais ele efetua gastos.


Alguém disse um dia que o futebol é um grande negócio.


Um monte de gente acreditou.


Esse alguém e esse monte de gente, infelizmente, estão errados.


Futebol não é um grande negócio.


É um negócio mediano.


Energia, alimentação, automóveis, extração, jogos de azar e construção são grandes negócios.


Futebol não.


Não chega nem perto.


Nem aqui, nem na Europa e muito menos na China.


Mas no fundo, isso pouco importa, afinal o futebol independe do dinheiro que ele gera.


Não é isso que faz a máquina funcionar.


Se o futebol gera 10 milhões ou 10 bilhões de reais, a diferença, especialmente pro mercado brasileiro, é muito pequena.


Isso acontece porque a cadeia de valores do futebol funciona de uma maneira bastante peculiar.


Diferente de cadeias normais, onde o processo de produção é baseado essencialmente no processo financeiro, o futebol se baseia no processo esportivo, independente do financeiro.


Basicamente, a ideia da cadeia é a seguinte: times existem para ganhar partidas; times com jogadores mais talentosos ganham mais partidas; existem muito mais demanda do que oferta de jogadores talentosos; jogadores talentosos tendem a escolher o clube por conta da proposta financeira; quanto mais dinheiro um clube tem, mais chance de contratar jogadores talentosos ele possui e, portanto, ele terá mais chances de obter vitórias.


Só que o valor de um jogador talentoso não é baseado em uma tabela fixa, mas sim no preço atribuído por outros clubes que competem pelo mesmo talento, independente do quanto for isso.


Clubes de futebol do mundo inteiro tendem a gastar em média uns 80% daquilo que arrecadam com salários e transferências e apenas 20% com outros custos, como estrutura de estádio e centro de treinamento.


Esses últimos, porém, são gastos com valores determinados pelo mercado em geral, o que faz com que apenas essa parcela represente um ganho real de receita.


Para esses valores, mais dinheiro de fato significa algo positivo.


O resto, porém, é uma draga: quanto mais você ganha, mais você gasta.


Ou seja, não interessa quanto de dinheiro um clube ganha.


Porque quanto mais ele ganha, mais ele gasta.


O que interessa é que ele ganhe mais dinheiro do que os outros clubes.


Se você analisar os números, na verdade você chega à conclusão que isso acontece de verdade: apesar das receitas dos clubes brasileiros terem aumentado significativamente ao longo da última década, os gastos aumentaram muito mais.


Isso porque a competitividade por talento é quase que uma disputa bélica, e o único jeito de acabar com isso é justamente o jeito com que EUA e Rússia conseguiram frear o espiral de gastos da guerra fria: chegaram a um acordo de corte de gastos conjunto.


Clubes não deveriam se unir para descobrir um jeito de ganhar mais dinheiro.


Deveriam se unir para descobrir um jeito de gastar menos.


Para interagir com o autor: oliver@universidadedofutebol.com.br


Banho de cerveja... Tenho alguns amigos que iriam adorar.

Imagem: Cathrin Müller


Campeonato Estadual perde audiência em São Paulo...

Matéria copiada do blog do Juca Kfouri e que mostra a decadência dos campeonatos estaduais.


Nesse caso, o tão decantado futebol paulista.


Por Keila Jimenez da Folha de São Paulo.


Futebol paulista cai 30% na Globo...

Na disputa pelos direitos de transmissão do Brasileirão 2012, a Globo amarga uma das piores audiências do futebol em São Paulo.


Em 2004, 17 partidas do Campeonato Paulista registraram na emissora média de 25,6 pontos.

Em 2006, o mesmo número de partidas registrou 24,6 pontos.

Neste ano, o total de 16 partidas exibidas marcou média de 18 pontos de audiência.

Uma queda de quase 30% em relação a 2004.

Mesmo com a reta final do campeonato por vir, dificilmente essa média alcançará patamares muito maiores.

Cada ponto corresponde a 58 mil domicílios na Grande São Paulo.


domingo, março 13, 2011

Uma mordidinha de leve...

Imagem: Getty Images


Santa Cruz e ABC, decidem o primeiro turno...

Terminou o primeiro turno: Santa Cruz e o ABC decidem em dois jogos, quem leva para casa a taça...


Nada de anormal, pois ambas as equipes tiveram uma participação muito mais efetiva que seus adversários – leiam com atenção: falei em efetividade e não, em marcante superioridade.


O América, terminou em terceiro lugar, distante 7 pontos do Santa Cruz e 6 do ABC...


No fundo do poço, o Centenário de Pau dos Ferros com apenas dois pontos é franco favorito a voltar para a segunda divisão.


Já que levou o tranco, aproveitou para cabecear...

Imagem: Picture Alliance


Corintians 0x1 ABC...


ABC e Corintians jogaram (?) em Caicó e não fosse à obrigação de comentar a partida, teria ido dormir.


O primeiro tempo se gravado, pode ser usado como castigo para crianças mal educadas ou adolescentes rebeldes – um horror.


Já no segundo, a coisa ficou bem pior...


O Corintians resolveu partir para cima e teria sido melhor, não ter feito: pois, a falta de qualidade de sua equipe, ficou ainda mais latente.


Ah, o ABC venceu por 1x0, gol de Leandrão – aliás, com a colaboração da zaga e do goleiro Mauro.


Agora, o ABC enfrenta o Santa Cruz e aí, vamos saber quem é quem.



Sandstorm...

Imagem: Autor Desconhecido - Todos os Direitos Reservados


América 1x0 Palmeira de Goianinha...


No Machadão, Osmar aos 24 minutos do segundo tempo, salvou as aparências e deu ao América os três pontos que pareciam estar perdidos...


Já o Palmeira de Goianinha, dizem, merecia sorte melhor, mas faltou atenção para sair de Natal levando na bagagem um pontinho – aliás, o empate seria bem mais justo.


Quem deixou o gramado cheio de certezas foi Flávio Lopes, o novo treinador da equipe...


Certeza um: o time é doído...


Certeza dois: ou contrata ou nada...


Certeza três: nem Dado, nem ele e nem ninguém pode fazer qualquer coisa com um elenco tão frágil assim.


A serenidade britânica de Lewis Hamilton...

Imagem: Jürgen Tap


Santa Cruz 3x1 Centenário de Pau dos Ferros...


O Santa Cruz terminou em primeiro lugar: nada mais justo e nada mais correto...


A equipe do Trairi marcou 25 pontos dos 27 possíveis...


Concluiu invicta sua participação no primeiro turno e vai para a decisão do título com o ABC levando a vantagem de jogar a última partida em seu território...


Ah, e o Quirino, ao marcar os três gols sobre o Centenário, termina como artilheiro da competição.


Sobre o Centenário de Pau dos Ferros que ainda marcou um gol através de Nino Potiguar, só posso dizer que o seu destino parece mesmo ser a segunda divisão.



Se a bola consegue fugir, o atacante, não...

Imagem: Picture Alliance


Alecrim 2x1 Baraúnas...


Pelo que andei ouvindo, Alecrim e Baraúnas fizeram o melhor jogo da rodada...


Espere, tenha calma; não foi nada de fantástico...


Entretanto, se comparado com as outras partidas, excetuando-se a partida jogada em Santa Cruz, Alecrim e Baraúnas correram mais, lutaram mais e buscaram muito mais a vitória.


Para o Alecrim, os pontos conquistados aliviam o ambiente pesado e calam os corneteiros de plantão, mas para o Baraúnas, a derrota volta a lançar dúvidas sobre a capacidade da equipe de chegar a lutar pelo título.


João Paulo abriu o marcador para o Alecrim, Aílton ampliou e o veterano Helinho, diminuiu para o Baraúnas.



Velocidade e equilíbrio...

Imagem: Lars Baron


Potiguar de Mossoró 0x1 ASSU...


O Potiguar de Mossoró perdeu em casa para o ASSU e encerra sua participação no primeiro turno do estadual com uma campanha bem aquém do esperado.


A derrota dos mossoroenses veio com o gol marcado por Carlinhos aos 19 minutos do segundo tempo.



Uma defesa de gente grande...

Imagem: Picture Alliance


Francisco Diá na rádio Globo, vou perder... que pena!


Por força da insônia que me faz hoje, leitor voraz e “amante” fiel dessa maquininha chamada Personal Computer, fatalmente vou deixar de ouvir a entrevista do treinador Francisco Diá, concedida a Santos Neto e Pedro Neto, da rádio Globo, no programa “Esportes em Debate”...


Infelizmente, o horário torna impossível minha presença ao pé do rádio.


No entanto, Pedro Neto em seu blog, adiantou duas perguntas que foram feitas a Diá e as resposta dadas por ele.


Antes de comentar, publico o texto colado do blog do Pedro.


Agora, entre as várias perguntas feitas ao técnico, duas merecem destaque.

1) Você se considera um técnico de série A?

Diá – “Sim me considero. Posso treinar qualquer equipe da série A. Se eu tivesse a mídia de Wanderley Luxemburgo e Felipão faria bonito igual a eles”.

2) Caso fosse dono de um clube como Rivaldo é do Mogi Mirim quem seria sua diretoria?

Diá – “Meu presidente seria Paulinho Freire. Meu vice-presidente de futebol Flávio Anselmo e meu superintendente de futebol seria Gilberto de Nadai. Teria ainda como diretores João Maria Belmont e Ricardo Moraes”.


Muito bem, vamos por partes...


Primeiro não tenho absolutamente nada contra Diá – sempre me tratou bem e até prova em contrário, nunca fez nenhum comentário desairoso em relação a mim.


Segundo, todas as vezes que toquei em seu nome, o fiz, pensando exclusivamente no treinador e jamais no homem...


E, sempre para me posicionar contrário aos excessos cometidos por alguns, ao tentar transformar bons feitos, em feitos extraordinários... coisa que Diá não tem culpa.


Levar o Alecrim por 90% do caminho que fez a equipe chegar a Série C, e evitar a queda do América da Série B, é sim, algo que merece destaque...


Porém, o que sempre me incomodou, é que ao invés desses feitos serem tratados como um meio para se chegar ao fim – uma estrada a ser palmilhada em direção a patamares mais altos – foram logo taxados, como o fim em si; isto é, transformaram indícios latentes de qualidade, em qualidade já pronta e acabada.


Era contra essa posição impositiva que sempre me insurgi, nunca contra a pessoa de Francisco Diá e nem tão pouco contra o técnico, pois assim como acho que os feitos citados acima não são condizentes com o excesso, tão pouco poderia desmerecê-los.


Pois bem, não vou ser hipócrita e dizer que não tenho uma opinião formada sobre Diá: tenho sim e é a seguinte.


Como treinador, acho que Diá tem qualidades, mas precisa a meu ver de mais bagagem, tanto do ponto de vista teórico, quanto prático...


Como observador do jogo, acho que Diá tem sim uma visão bem objetiva, mas as duas coisas que faltam em sua bagagem, fazem falta aqui também.


No mais, aponto com seu defeito principal, a logorréia que o leva a perder-se num mar de afirmações banais e julgamentos simplistas.


E, é isso que ele faz ao responder a Pedro Neto, a primeira pergunta.


Ao se considerar um técnico de Série A, Diá exerce o direito sagrado de se achar em condições de ser o que quiser, mas não explica os porquês...


Ou melhor, cai no simplismo e diz que o que lhe falta são os holofotes da mídia...


Chega a dizer que se tivesse o mesmo espaço de um Luxemburgo ou de um Felipão, faria “bonito igual a eles”.


Esquece Diá, que tanto Luxemburgo, quanto Felipão, não tiveram os holofotes da mídia sobre si, sem mais nem menos – foi preciso correr milhas e milhas antes de brilhar.


Luxemburgo começou sua carreira como assistente no América do Rio de Janeiro, em 1981, depois foi para Vasco da Gama com a mesma função: passou pelo Campo Grande do Rio e o Rio Branco do Espírito Santo, onde ganhou o campeonato capixaba de 1983...


Voltou ao Rio para treinar o Friburguense, viajou para a Arábia Saudita em 1984, para exercer a função de assistente no Al Ittihad e depois, assumiu o posto de treinador principal...


No retorno para o Brasil, Luxemburgo comandou o Democrata de Governador Valadares, retornou ao Rio para treinar a equipe sub-20 do Fluminense, treinou o novamente o América do Rio e, mais uma vez foi para a Arábia Saudita, treinar o Al Shabab...


Somente em 1989, Luxemburgo volta ao Brasil, assume o Bragantino, ganha a Série B e em 1990, ainda no Bragantino, vence o campeonato paulista.


Vejam bem, foram oito anos de altos e baixos e de carne de pescoço, até ver sua carreira decolar no Bragantino.


Já Felipão, deu o start em sua carreira, treinando o CSA de Alagoas, onde conquistou o título de 1982...


Em 1983, passou pelo Juventude, depois foi para o Brasil de Pelotas, Al Shabab da Arábia Saudita, Pelotas e em 1987, voltou ao Juventude para ser o campeão gaúcho daquele ano...


Vencer o campeonato gaúcho lhe rendeu um contrato com o Grêmio, mas como o sucesso não se repetiu, Felipão arrumou as malas e foi para o Goiás e de lá, seguiu para o Al Qadisiya dos Emirados Árabes, onde foi campeão da Copa do Emirado.


Vencedor nos Emirados Árabes Unidos, Felipão aceitou o comando da seleção do Kuwait e ganhou seu primeiro título internacional: campeão da Copa da Ásia de 1990.


Em 1991, volta ao Brasil, assina com o Criciúma de Santa Catarina e vence a Copa do Brasil e só então, passa a receber os afagos da mídia esportiva.


Portanto, não fosse Diá um homem simplório, onde o lugar comum faz morada, sua resposta seria a seguinte:


“No dia em que passar pelo que Luxemburgo e Felipão passaram e ganhar o que eles ganharam, terei a mídia a meu lado e aí, garanto que posso chegar aonde eles chegaram”.


Mas o fato de ter dado a resposta errada, não desqualifica Diá, apenas o coloca no seu lugar devido, sem as glórias que lhe querem imputar, mas também sem os fracassos que muitos querem ver...


Na segunda resposta, Diá mostra lealdade a quem sempre lhe estendeu a mão e isso, é uma qualidade que deve ser enfatizada.


No mais, vou perder e entrevista, o que é uma pena.



sábado, março 12, 2011

Passeio na lago...

Imagem: Autor Desconhecido - Todos os Direitos Reservados


Comunicado Oficial do ABC FC... 1 e 2

Comunicado Oficial


A diretoria do ABC Futebol Clube vem a público esclarecer os motivos da saída de Bruno Giovanni da vice-presidência Social e de Promoções.


Bruno resolveu deixar o cargo para se dedicar à projetos pessoais, como ele mesmo justificou através de seu perfil em uma rede social. "Tenho vários projetos no momento que precisam do meu empenho, tenho o crescimento da ILUMINAR para tocar, o Projeto do Blog do Bruno e vou voltar a realizar e fazer shows."


O ABC agradece e reconhece o trabalho realizado por Bruno Giovanni durante todo o período que o mesmo esteve compondo a diretoria alvinegra, como vice-presidente Social e de Promoções.


Por enquanto, ainda não há definições de nomes para ocupar o cargo.


A direção



Comunicado Oficial


A Diretoria do ABC vem a público esclarecer os motivos da saída de Bruno Giovanni da Vice-presidência Social e de Promoções.
Bruno resolveu deixar o cargo para se dedicar à projetos pessoais, como ele mesmo justificou pelo Twitter.


"Tenho vários projetos no momento que precisam do meu empenho, tenho o crescimento da ILUMINAR para tocar, o Projeto do Blog do Bruno e vou voltar a realizar e fazer shows."

O ABC agradece e reconhece o trabalho realizado por Bruno Giovanni.


Por enquanto, ainda não há definições de nomes para ocupar o cargo.


Emmily Virgílio

Gerente de Comunicação.



sexta-feira, março 11, 2011

Eles está usando uma camisa azul... e aí, vai encarar?

Imagem: Julia Rahn


Luciano, você está correto e eu, errado... meus leitores são o máximo!


Meu caro leitor Luciano,


Obrigado pelo “carão” e pela correção, eu preciso disso vez por outra, pois só assim, posso me tornar melhor...


Você está coberto de razão e eu, vou retirar a postagem...


No mais, permita apenas uma explicação: apoiei-me na ajuda de um amigo e esse, talvez sem tempo ou já de saco cheio dos meus pedidos, errou...


Você sabe, quando um amigo é amigo de fé, costumamos acreditar nele e então, se ele escorrega, caímos...


Assim que li seu comentário, liguei para ele, soltei meus pastores alemães, pit bulls, rottweillers e até um pincher metido a macho que costuma habitar minha alma quando irritadiça.


Porém, ele, nada disse, ou melhor, com a maior cara de pau falou: você pode me desculpar?


Respondi: claro sua anta – afinal os amigos servem para que?


Espero que você se satisfaça com essas explicações e continue sempre atento para corrigir os erros aqui cometidos.


Um forte abraço e obrigado por dedicar seu tempo a esse espaço.



Pô, deve ser hepatite...

Imagem: Getty Images


Essa foi a razão do pedido de afastamento de Bruno Giovanni da direção do ABC...


Achei estranha saída de Bruno Giovanni do ABC, parecia que ia bem e que tinha ainda espaço para ampliar dentro do clube...


Mas, minha experiência com o assunto renuncia: cartas, bilhetes, comunicados e até o silencio dos renunciantes, me fez duvidar da versão apresentada por Bruno em seu Twitter e aí, não resisti ao desafio de descobrir os verdadeiros motivos, e fui à luta.


Disquei para alguns números e não encontrei ninguém do lado de lá da linha, mas insisti e acabei encontrando alguém disposto a falar, desde que a fonte fosse preservada.


Concordei, pois a pessoa em questão está acima de qualquer suspeita e tem um caráter reconhecidamente sólido e honesto.


Como tinha um palpite, fui direto ao assunto...


- E aí, o que aconteceu para o Bruno deixar a equipe que dirige o ABC?


- Foi a Ypióca?


Fonte: Bom dia Amaral... quem te contou isso?


- Ninguém, eu estou dando um chute, mas esse chute, com certeza vai em direção ao gol (risos).


Fonte: Está bem... vou lhe contar o que aconteceu.


Essa história começou com a negociação entre os clubes, a TV União e a FNF...


Devo confessar Amaral, que fui contra...


- Com assim?


Fonte: Na negociação, os clubes ficaram obrigados a abrir espaço nos jogos cujo mando de campo fosse seu, para placas de exposição das marcas dos parceiros e, um deles é a Ypióca.


- Acontece que o ABC já tinha um contrato com a Pitu e esse contrato foi renovado por mais um ano, mas como a FNF tinha necessidade dessa cota e a utilizaria para arcar com algumas despesas do campeonato, todo mundo assinou e o assunto foi dado por encerrado.


- E qual foi à reação da Pitu?


Fonte: Pois é, eles não gostaram, mas o Presidente Rubens Guilherme convocou o Alan Oliveira para resolver a questão – você conhece o Alan, ele é sensato e habilidoso quando o assunto requer jogo de cintura...


Pois bem, Alan procurou a direção da Pitu e explicou a eles que o contrato com a Ypióca teria duração de apenas 40 dias e que esse contrato só abria espaço para a exposição da marca e não acarretaria nenhum prejuízo a Pitu, pois essa, continuava tendo exclusividade na venda do seu produto no interior do Maria Lamas Farache...


Alan aproveitou para oferecer a Pitu como compensação, mais uma ou duas placas sem que ocorresse nenhum acréscimo ao contrato e que essa, ou essas placas, ficariam até o fim do estadual.


A direção da Pitu foi sensível aos argumentos do Alan e achou por bem, não romper com uma parceria promissora...


E assim, ficou acertado que para não prejudicar nem o ABC e nem a FNF, as duas marcas de água ardente, conviveriam pacificamente até o último jogo do nosso campeonato.


- Mas onde entra o Bruno nessa história?


Fonte: Olha, não sei se o Bruno estava ou não a par das conversas de Alan com a Pitu, mas como ele, não concordava com o contrato...


- Mesmo sabendo que o ABC tinha assinado?


Fonte: sim... permita-me concluir.


- Ok, desculpe interromper seu raciocínio...


Fonte: sem problema...


Como eu ia dizendo, como Bruno não concordava com as placas da Ypióca no Maria Lamas Farache e uma de suas funções era organizar as coisas dentro do estádio, ele mandou retirar as ditas placas antes do jogo com o Alecrim...


Aí, foi à vez de a Ypióca pular e exigir o cumprimento do contrato... a direção da Ypióca chegou a ameaçar romper o contrato e exigir as devidas reparações...


Acontece que nessa altura, como a direção do ABC já sabia que Alan havia solucionado o problema junto a Pitu, as placas retiradas por Bruno foram devolvidas aos seus lugares...


Recorde que no jogo de ontem, as placas da Ypióca estavam no mesmo lugar de sempre.


- É verdade.


Fonte: ao ver as placas de volta, Bruno se sentiu desprestigiado e não gostou e aí, na manhã dessa sexta-feira, ele se encontrou com o Rubens Guilherme, explicou seus motivos e pediu o boné.


- Então foi essa o motivo?


Fonte: Foi sim...


- Viu, meu chute entrou no ângulo (risos).


Fonte: Amaral amigo, não desejo entrar no mérito da questão, creio que você me entende...


- Claro que entendo; e nem eu, pretendo julgar quem quer que seja, mas se você me permite, esse era um assunto que poderia ter tido um final menos dramático, concorda?


Fonte: Sim, mas como disse, não quero entrar no mérito da questão.


- Concordo com você...


- Ah, obrigado pela atenção e por me ajudar a estabelecer a verdade dos fatos.


Fonte: Por nada amigo.


- Pode ficar tranquilo, vou publicar apenas o que você disse e não farei nenhum comentário extra (risos).


Fonte: Valeu amigo, abraço...


- Abraço amigo e felicidades.


Pronto, essa é toda a história.



quinta-feira, março 10, 2011

Strike...

Imagem: Getty Images


ABC 6x1 Alecrim...


Goleada não se discute...


Não explica...


Goleada é algo tão acachapante que o melhor é baixar a cabeça, reconhecer o fracasso e partir em silencio.


Ferdinando Teixeira não silenciou, mas também não buscou desculpas esfarrapadas...


Segundo Ricardo Silva, repórter da rádio Globo, Ferdinando reconheceu o resultado como justo e eximiu o árbitro de qualquer responsabilidade, mesmo tendo expulsado dois jogadores de sua equipe.


Fez o certo.


Já o ABC jogou para vencer e venceu facilmente.


Ederson teve sua noite de pop star, marcou 4 gols e poderia ter marcado outros tantos...


Cascata marcou dois gols e mostrou que está pronto para voltar a ser o jogador que encantou a torcida alvinegra na temporada passada.


Agora, é viajar para Caicó, vencer o Corintians e forçar uma final contra a boa equipe do Santa Cruz.


Ah, o gol do Alecrim foi marcado por Nego.



Caraca velho, você furou feio...

Imagem: Picture Alliance


Não abra mão do seu direito de escolha, mas respeite o direito de escolha do outro...


Antes que você resolva fazer parte de qualquer movimento ou campanha que contrarie o direito do outro, pense no que escreveu Juan Luís Lorda...


“A nossa liberdade não é absoluta. Quando viemos ao mundo, ele já existia, com as suas leis, as outras pessoas, etc. Temos uma liberdade condicionada por tudo o que existe além de nós”.


Antes de se escudar por trás de algo que parece bom à primeira vista, mas que no fundo apenas pretende impor a vontade de uns poucos, pense no que escreveu Maiakovski, poeta russo que o regime de Lênin “suicidou”...


Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim...

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores e matam nosso cão.

E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais ágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.


Antes de transformar alguém em um inimigo, seja por qual motivo for, leia o que escreveu Martin Niemöller, pastor luterano, sobre os nacional-socialistas:


Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu...

Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista...

Como não sou comunista, não me incomodei.

No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico...

Como não sou católico, não me incomodei.

No quarto dia, vieram e me levaram...

Já não havia mais ninguém para reclamar.


Tenha muito cuidado, pois quando os que pregam a extinção da liberdade não tiverem mais liberdade nenhuma para extinguir, irão pregar a extinção da vida de quem os contrariar.



Desconsolo...

Imagem: Picture Alliance


A diferença está no que leu e no quanto leu...


Hoje, em dos “passeios” que costumo fazer quase que diariamente pelos sites, jornais e blogs, esportivos ou não, mundo afora, acabei me deparando com um texto do jornalista espanhol, Miguel Vara que me chamou a atenção...


Vara escreve sobre a derrota do Valencia para o Schalke 04 da Alemanha por 3x1 e dá um show...


Começa em grande estilo ao afirmar que o “Valencia se despede da Europa, justamente na noite em que o futebol lhe deu razão”...


Depois, fala em partida inesquecível, em domínio completo, nas oportunidades perdidas, nas excessivas faltas marcadas contra o Valencia e até mesmo num pênalti não marcado sobre Mathieu...


Mas inteligente que é, não desqualifica o adversário e como homem de visão ampla, mostra seus conhecimentos do povo alemão, citando características do caráter germânico para controlar o ímpeto do Valencia e garantir a vitória...


Num trecho, Varga diz: “a irredutibilidade gaulesa, aliada ao espirito alegre do caribe, fizeram de Farfán um adversário difícil de ser controlado e, por isso, amargamos dois gols seus”...


E continua: “Mario Gavranovic, não foi brilhante, mas como bom suíço, foi racional em sua movimentação, frio diante da defesa valenciana e eficiente na hora em que precisou ser – foi dele o segundo gol; o gol que fez explodir o 52 mil torcedores que lotaram o Veltnis Arena em Gelsenkirchen”...


No final completa: “Porém, nada disso teria sido possível, diante de um Valencia deslumbrante, caso ali, não estivesse presente a metódica e disciplinada alma germânica”...


Varga brinca com as palavras, as torna dóceis e amigas – seu texto é leve, objetivo e culto, mas não é arrogante ou afetado...


O jornalista espanhol dá uma aula de com ser parcial, parecendo ser imparcial...


Exalta sua equipe, toca fundo no coração do torcedor e transforma o leitor neutro, num aliado do que chamou de “injusta e cruel noite para o Valencia”...


Mas o melhor é que para tornar grande o seu Valencia, Varga em nenhum momento desqualificou o Schalke, muito pelo contrário, enalteceu o adversário e com isso, transformou uma derrota por 3x1, num encontro onde o gigante Valencia caiu diante de outro grande.


Ele tem razão, tornar o adversário grande, torna gigantes os feitos de seu clube, mesmo nas derrotas.


Vendo posteriormente o jogo, posso dizer que Varga fez o que faz boa parte da galera faz por aqui... a diferença está na amplitude da visão e na vasta literatura consumida...


No mais, são todos torcedores, sem tirar e nem por.



O passe foi meu e você, abraça ele...

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Adriano é um barco a deriva...


Adriano ou é alguém que necessita muito de ajuda ou é um rematado cínico...


Em entrevista a Sky, Adriano falou, falou e falou...


Reclamou das contusões, disse que queria muito ajudar a Roma e como sempre, se escudou na saudade do Brasil e na família para justificar sua falta de compromisso...


Num dos seus melhores momentos, Adriano disse: “foram muitas as contusões e eu não pude contribuir como queria. É um sinal de Deus, eu tenho que ficar perto da família e dos meus filhos”.


E para encerrar, fez uma cara tristonha e emendou com uma frase de efeito: “desculpe Roma, mas eu tenho que ir”.


Creio que Adriano tenha encerrado seu ciclo na Europa, mesmo os condescendentes italianos não devem mais querer o atacante por lá...


No Brasil, é bem provável que ainda tenha bastante espaço, mas o problema é saber por quanto tempo.



terça-feira, março 08, 2011

Goleiro é como bola de boliche: ao sair não deve deixar nada em pé.

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Copiando o que não deu certo...


Matéria publicada no site www.trivela.uol.com.br, esclarece definitivamente à diferença entre o que propõe a CBF/Rede Globo e o Clube dos 13.


Se o modelo usado pelo clube dos 13 não é bom, o modelo proposto pela CBF/Globo é dez vezes pior.


Leia e tire suas conclusões.


Cada um por si


Por Ubiratan Leal


Barcelona e Real ficam com maior parte do bolo, enquanto pequenos ficam com só uma fração...


“Não queremos uma liga escocesa.”


A faixa pode ser lida em vários estádios espanhóis, parte de um movimento que cresce entre torcedores de 18 dos 20 times do Campeonato Espanhol.


Eles manifestam o descontentamento com os rumos que La Liga tomou nos últimos anos, com uma concentração de poder que desfigura a competição e pode causar danos ao futebol espanhol em longo prazo.

A sensação do torcedor brasileiro pouco atento é que a Espanha sempre foi dominada por Real Madrid e Barcelona.


É uma meia verdade. Em 1984, o Barcelona tinha 9 títulos, apenas um a mais que Atlético de Madrid e Athletic Bilbao (o Real tinha 20 àquela altura).


Mas nem é preciso voltar 27 anos.


Mesmo em um cenário já favorável a merengues e blaugranas, o Campeonato Espanhol dava espaço para forças alternativas.

Entre 1993/94 e 2003/04, houve 22 vagas de campeão ou vice em disputa.


Exatamente metade foi ocupada pela turma dos “outros”.


Valencia, Deportivo de La Coruña, Atlético de Madrid, Athletic Bilbao e Real Sociedad ficaram entre os dois primeiros em algum momento nesse período.


Desde 2004/05, foram sete temporadas (já contando a atual, que certamente terá Barcelona e Real nas duas primeiras posições) e 14 oportunidades de ficar com o título ou o segundo lugar.


Apenas uma vez os dois gigantes não ocuparam as duas primeiras posições: em 2007/08, com o vice-campeonato do Villarreal.

Por trás desse desnível entre Real e Barcelona e o resto é a divisão de dinheiro da televisão.


Na Espanha, cada clube vende os direitos dos jogos em que é mandante.


Desse modo, os grandes conseguem impor seu poder de barganha nas negociações com a TV, enquanto os pequenos aceitam pegar as migalhas.


Mais ou menos o que pode acontecer no Brasil se o Clube dos 13 realmente deixar de representar os clubes na venda dos direitos do Brasileirão de 2012 a 14.

Os números da temporada 2009/10 são assombrosos.


Mais de metade dos clubes ganham um décimo ou menos dos dois gigantes:

01. Real Madrid e Barcelona: € 140 milhões

03. Atlético de Madrid e Valencia: € 42 milhões

05. Villarreal: € 25 milhões

06. Sevilla: € 24 milhões

07. Getafe: € 18 milhões

08. Athletic Bilbao: € 17 milhões

09. Deportivo de La Coruña e Zaragoza: € 14 milhões

11. Espanyol e Mallorca: € 13,7 milhões

13. Osasuna: € 13 milhões

14. Valladolid: 12,8 milhões

15. Almería e Racing de Santander: € 12,5 milhões

17. Málaga, Sporting de Gijón, Tenerife e Xerez: € 12 milhões


Nas outras fontes de faturamento (ingressos, ganhos em competições internacionais, venda de produtos licenciados, patrocínio), os dois gigantes estão muito à frente dos demais.


Mas o desnível econômico criado pela distribuição do dinheiro da TV é definitivo.


E ele, se fosse negociado coletivamente, poderia amortecer a diferença a ponto de tornar o Campeonato Espanhol um torneio esportivamente emocionante e atraente.


E não uma versão latina do Campeonato Escocês, que teve Celtic ou Rangers como campeão nos últimos 20 anos.

A União Europeia já recomendou que negociações de televisão para competições esportivas sejam feitas em bloco, pois é o modo de preservar um mínimo de competitividade dentro de um determinado mercado (no caso, o futebol).


Isso não significa que o modelo deva ser o norte-americano, com divisão praticamente igual entre todas as franquias.


Mas negociar coletivamente impede que alguns usem sua força para sufocar financeiramente os concorrentes.

Ainda que a diferença de torcida e poder de mercado entre Corinthians e Flamengo e os demais clubes não seja tão grande quanto na Espanha, a tendência do Brasil, se seguir o modelo espanhol, é ver seu campeonato nacional ser dominado economicamente por seis ou sete equipes.


O resto seria resto.


O América em questão é o carioca... Ele chama isso de paixão, mas é só falta de educação mesmo.

Por enquanto, amigos...

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Carpe Diem Emilson...


Já havia percebido que Emilson Tavares estava novamente na ativa, após seu coração ter se recusado a continuar a bater firme e forte, caso ele, não parasse com o cigarro e outras coisinhas a mais...


Nada disse diante de seu ensaio para voltar, pois minha preocupação continuou ao ver que ele havia ilustrado com um coração preto a postagem onde anunciava sua plena recuperação.


Vixe... pensei eu com meus botões, será que além do coração, o Emilson também sofreu algum problema de visão, pois ao que consta, o que fica preto em fumante é o pulmão e não o coração – este, meu querido Emilson, goste você ou não, permanece vermelhinho da Silva.


Porém, agora, vejo que o ET está mesmo recuperado e pronto para continuar a defender com unhas e dentes seu ABC, hora fazendo ri alguns, hora deixando outros roxos de raiva – faz parte da natureza dele e isso, nem mesmo seu coração antitabagista pode evitar.


Pois é, meu caro Emilson, li que você em caráter irrevogável abandona a “esquadrilha da fumaça”, não só nos corredores dos estádios, mas inclui também todos os recantos do planeta terra onde esteja – compreendo e aceito sua decisão como uma atitude sábia, mesmo que para chegar a ela, tenha sido preciso levar um susto daqueles.


No meu caso, ainda não levei susto algum, mas devo confessar que aqui e ali, tenho recebido uns avisos de que a coisa não vai bem – acontece que sou desleixado mesmo e talvez nem chegue a levar o susto e tudo se consuma num só ato.


Portanto, sua decisão de abandonar esse maldito vício me alegra, pois assim terei a minha volta durante o rito patético do velório, amigos honestos que dirão sem pestanejar...


“Esse filho da puta podia ter vivido mais uns anos, mas fumava como uma caipora e agora, esta aí, com essa cara de bunda, duro, frio e imprestável”.


No mais, como chato que sou, faço apenas uma correção a sua última postagem...


Você não está de volta...


Lembre você, que sequer foi...


No máximo ficou no meio do caminho, mas como você não é homem de meio termo se recuperou e está de volta para nossa alegria.


Seja bem-vindo, e tenha uma longa vida, longe do cigarro e próximo dos seus.



Aos 21 anos, diante do Porto pela Liga dos Campeões de 2007, Manuel Neuer mostrou que a camisa 1 da Alemanha era sua...

segunda-feira, março 07, 2011

Patrícia Amorim, quer da porrada na torcida vascaína...


Patricia Amorim, presidente do Clube de Regatas Flamengo, no último sábado deu belo exemplo de estupidez explicita ao cantar cheia de empolgação, um samba-enredo da Escola de Samba União da Ilha, cujo refrão foi modificado por torcedores do Flamengo e que ficou assim...

“Oh! joga água que é de cheiro, confete e serpentina, vou dar porrada na torcida vascaína”.

O fato ocorreu no clube Monte Líbano onde foi realizado o tradicional baile do “vermelho e preto”.

Se o samba tivesse ficado apenas na boca do público presente, nada de mais... é parte do jogo.

Entretanto, Patricia Amorim, jamais deveria ter se deixado levar pela onda, pela massa, pois tudo que é dito por alguém com as responsabilidades que ele tem, traz em seu bojo um peso...

Ao cantar o samba e vibrar com o refrão, Patrícia Amorim com a força de seu cargo, deu mostras que aprovava tal atitude e a partir daí, institucionalizou a idiotice.

Os dirigentes do futebol brasileiro são de dar pena.