quarta-feira, setembro 14, 2016

Run, Bolt, run...

Imagem: David Ramos/Getty Images

Porque mais América e menos ABC?

Hoje recebi uma pergunta interessante...

Fernando porque você tem escrito mais sobre o América e tão pouco sobre o ABC?

Ri e respondi...

Pela mesma razão que um médico numa situação de emergência dará mais atenção a um paciente com infarto e fará esperar alguém que só tenha luxado um dedo.

O América se debate entre o céu e o inferno...

O ABC, nesse momento, no máximo, fica com a terceira posição, mas mesmo assim, ainda poderá brigar para tentar sair do atoleiro da Série C.

O toque salvador...

Imagem: Autor Desconhecido

Torcida do Leicester dá exemplo de civilidade e boas relações...

O Leicester City estreia hoje na Champions League, na Bélgica, contra o Club Brugge...

É costume que, durante o 23° minuto de todo jogo do Club Brugge em casa, as arquibancadas aplaudam François Sterchele, ex-atacante que faleceu em um acidente de carro em 2008, aos 26 anos.

Antes da viagem, um grupo de torcedores do Leicester enviou um e-mail pedindo informações sobre a homenagem...

Devem se juntar, para dar ainda mais força ao tributo.

Um momento...

Imagem: Emmanuel Dunnant/AFP

O pouco conhecido, mas fascinante mundo das corridas - é um texto grande, mas muito interessante....

Correr sem freio: o bilionário mercado das corridas pelo mundo

Por que correm?

O que perseguem?

Do que fogem?

A febre do ‘running’ é um fenômeno global, agitado pela indústria da moda e do esporte

José Luis Barbería para o El Pais

Em uma manhã de julho, o secretário de Estado de Cultura, José María Lassalle, de 49 anos, chega a seu escritório, em Madri, depois de correr 13 quilômetros.

Há um brilho de felicidade em seu semblante.

“Entrar na Casa de Campo, ainda à noite, e me encontrar com o amanhecer é uma experiência estética e íntima. O sol, tão baixo, era o tapete dos meus passos, e em meio ao silêncio, eu conseguia me escutar: ouvia minhas pulsações, notava a progressão do suor, sentia que meu corpo e minha mente estavam em plena sintonia. Há algo de místico nessas emoções. Acabei de correr com a sensação de que já estava com o dia feito”.

Por que correm?

O que perseguem?

Do que fogem?

A febre de correr, antes footing¸ agora running, consolida-se como um fenômeno universal que, nos EUA, já contagiou mais de 50 milhões de pessoas e gera 3 bilhões de dólares (equivalente a R$ 9,7 bilhões) anualmente.

Não parece ser uma moda passageira.

Esta paixão coletiva é ampla e profunda, em uma dupla direção, exterior e interior.

Por trás de cada dorso, há motivações íntimas e histórias pessoais, muitas vezes enterradas e mimetizadas na solidão do corredor.

“Comecei depois da repentina morte do meu melhor amigo, maratonista, que morreu aos 35 anos, vítima de uma leucemia aguda”, conta Juan Soroeta, de San Sebastián, de 56 anos, professor de Direito Internacional. “Depois de vários meses de depressão, em homenagem a ele, decidi começar a correr pela primeira vez na vida e fixei como objetivo sua marca de 2h59min na maratona. Demorei 10 anos, mas, desde que a alcancei, não parei mais. Já disputei 30 maratonas”.

“Resetar” a mente dessa forma é uma expressão habitual, que invoca tanto o poder do relaxamento quanto a oportunidade de se rearmar emocionalmente em um proveitoso processo de reflexão interior.

Quem explica isso é o psiquiatra Luis Rojas Marcos que, aos 72 anos, não perde uma maratona de Nova York.

“Enquanto corro, frequentemente me vem à mente soluções de problemas que considerava insolúveis. Tenho a oportunidade de conversar comigo mesmo, de escutar música ou de compartilhar o tempo com companheiros e entes queridos”.

Todo corredor tem um publicitário dentro de si, com a mensagem dupla de que esta atividade pode mudar sua vida ou melhorá-la, e que, colocados na balança, os benefícios pesam muito mais que os sacrifícios e as lesões.

“Corro porque é divertido, agradável, esclarece a mente, te faz viajar, fazer amigos, manter-se em forma e conhecer a si mesmo. Inclusive o esforço é positivo na medida em que fortalece a mente, potencializa a determinação e a constância”, resume David Cabeza, analista financeiro.

Ao indubitável círculo virtuoso deste esporte — é saudável, barato, democrático; pode ser praticado quando você quiser, como quiser, onde quiser, sozinho ou em grupo — cabe questionar suas próprias sombras: possui um componente viciante e pode induzir à obsessão por bater marcas e buscar desafios arriscados sem a devida preparação.

Encontrar um lugar nas quinhentas maratonas que são realizadas anualmente no mundo não é uma tarefa fácil porque a apoteose da corrida colocou ao alcance das massas a distância mítica dos 42 quilômetros e 195 metros.

Agora, trata-se de se provar na combinação de esportes — há um corredor de maratonas no triatlo — e em condições difíceis: competir na montanha, no deserto, na superfície gelada dos polos..., em temperaturas altíssimas ou com muitos graus abaixo de zero, carregando comida, com material para acampar.

O mito do super-homem renasce com as provas extremas de Ironman que proliferam cada vez mais como estrelas de um fenômeno que abrange tudo: das corridas de 3.000 metros às de 555 quilômetros; do asfalto à grama, à pedra, à areia ou à neve; do parque urbano aos barrancos e às altas montanhas.

Há dois milhões e meio de espanhóis, mesmo número de pares de tênis esportivos que são vendidos por ano, que correm pelo menos uma vez por semana, em um país no qual a indústria do setor fatura mais de 300 milhões de euros (equivalente a aproximadamente R$ 1 bilhão) anualmente, e o número de provas atléticas populares superam a marca de 3.000.

Por que Kilian Jornet corre?

“Sempre há razões escondidas que nos conduzem a fazer o que fazemos. É uma busca que passamos a vida inteira tentando descobrir”, reflete este ultramaratonista e esquiador de montanha de Sabadell, que inspira os corredores mais sérios.

Jornet, de 28 anos, um atleta admirável que ganha tudo e supera os desafios mais exigentes, também tem uma resposta mais curta:

“Corro, escalo e esquio para me sentir feliz”.

Afirma que ignora suas razões profundas, mas que talvez tenha a ver com a “nossa natureza animal, a busca de si mesmo por meio da exploração dos limites, a maravilha das paisagens e também com o limbo localizado entre a ilusão que me aproxima da morte e a reflexão que me mantém na vida”.

Apesar de as competições populares oferecerem com frequência cenas de sofrimento e até mesmo um pouco patéticas, convém não se deixar levar de antemão pela comiseração, nem mesmo diante do corredor torturado, espasmódico, que se contorce na corrida.

Os espectadores precisam saber que essas pessoas investem na dor em busca do prazer que terão mais tarde e que, no exercício masoquista de sofrer antes de ter prazer, eles mesmos procuram substâncias dopantes que inibem os alertas de fadiga e amenizam seu calvário.

O cérebro entra em ação quando os músculos queimam com ácido lático e o corpo grita “pare, acabe com o tormento”.

Está demonstrado que o exercício físico estimula a produção de serotonina no cérebro e que este hormônio facilita as emoções positivas e protege da depressão.

“O corpo cultiva substâncias que oferecem um tom vital alto e repercutem positivamente no chamado hormônio da felicidade. Ao correr, nós nos beneficiamos deste estado de bem-estar”, destaca Francesc Torralba, filósofo, autor do livro Correr para pensar e sentir (Lectio).

Chegar à meta, cumprir com o objetivo, sobreviver aos desafios difíceis, tudo isso coloca o corredor em uma espécie de nirvana emocional, um estado de euforia que ativa um circuito de auto-confiança, reposição de energias e ansiedade de voltar, por mais que terminem cansados, jurando e mentindo que nunca mais se submeterão a este tipo de padecimento.

Marta Carrasco, de 39 anos, dois filhos, auditora na Deloitte — o clube de corredores desta empresa tem mais de 200 empregados —, terminou sua travessia de 115 quilômetros de montanha com esta exclamação: “Nunca mais!”.

Disse que não compartilha do furor geral, que passa por treinadores e dietas pessoais, que apenas corre para relaxar e se manter em forma.

No entanto, qualquer corredor experiente deixará esta promessa suspensa, porque, passado um tempo, Marta pode muito bem reconsiderar sua decisão e voltar a correr.

“Às vezes, eu mesma me assusto ao ver a dependência real que este vício causa. O corpo pede para correr todos os dias, esteja como esteja”, afirma David Rodrigo, de 36 anos, técnico de edição que trabalha em La Sexta.

“Quando um esportista não pode fazer exercício, sente-se como um gato enclausurado, porque precisa da sua dose de endorfina diária”, afirma Ana García Orden, maratonista, funcionária do Bankinter, que separa os corredores entre os que fazem deste esporte uma filosofia de vida e os que se movem por instinto de manada, arriscando-se sem a imprescindível preparação.

Todo corredor de maratona sabe que competir contra seus próprios limites ou contra os demais significa testar não apenas a preparação física adquirida, mas também a inteligência e o temperamento.

Sabe que nem sempre ganham os mais bem-dotados e que a droga mais poderosa é a que o cérebro fabrica quando, geralmente passado o quilômetro 30, aparece o que chamam de “muro”, esta grande barreira fisiológica e mental que esvazia as forças e o aprisiona em uma sensação de que está correndo sem avançar, como se estivesse preso à fita elástica da academia.

Martín Fiz conhece perfeitamente essa sensação porque também é um pesadelo recorrente em seus sonhos.

Campeão do mundo de maratona em 1999, Martín Fiz tem o mérito de ter vencido em algumas provas os quenianos e os etíopes, cuja supremacia na longa distância é esmagadora há décadas.

O domínio africano viria a ratificar a tese antropológica “nascidos para correr”, que explica o salto evolutivo humano pela sua capacidade de perseguir e escapar dos animais na corrida.

Sem a velocidade máxima de suas presas, os humanos optaram por se especializarem em persistir na corrida.

Isso explicaria os ligamentos da nuca, na base do crânio, que nos permitem manter a cabeça imóvel durante a corrida, os potentes músculos dos glúteos, que impulsionam as pernas, e os tendões e ligamentos dos pés e tornozelos, imprescindíveis para correr em velocidade.

“Fomos desenhados para corrermos descalços. As meias e os sapatos atuam como mordaças que se aproveitam de nossos pés e os impedem de reagir aos estímulos de acordo com sua natureza. Imagine o que aconteceria com nossas mãos se as mantivéssemos sempre dentro de luvas de boxe”, explica Enric Gómez, de 52 anos, maratonista de San Cugat del Vallés (Barcelona).

Em 2012, antes de participar da Maratona do Polo Norte — prova que exige 11.900 euros de inscrição —, Enric Gómez treinou durante meses com uma bicicleta estática no interior de câmeras frigoríficas industriais de pesca e confeitarias para se aclimatar aos 29 graus abaixo de zero que encontrou na corrida.

Partidário do “descalcismo” e do “minimalismo” — usa apenas sandálias huaraches, um tipo de sandália mexicana, similares às dos índios mexicanos tarahumaras, nas competições de montanha —, corre descalço há quatro anos e afirma que, depois de uma lenta e cuidadosa adaptação, livrou-se das lesões e das fraturas.

“Os pés ficaram mais largos e a pele e o amortecedor do metatarso ficaram mais grossos”.

Lembra que, no começo, treinava à noite porque tinha vergonha de ser visto correndo descalço. Em 1960, o grande Abebe Bikila ganhou descalço a maratona olímpica de Roma, mas é apenas agora que a indústria coloca à venda sapatos “luvas para os pés”, inspiradas no lema “corra descalço”.

A hegemonia dos atletas africanos baseia-se, pelo visto, na genética de populações secularmente isoladas e acostumadas a correr vários quilômetros com frequência, assim como as vantagens que tiram da vida na altitude.

Martín Fiz acrescenta a essas razões a necessidade de sair da pobreza e a assimilação de valores como o esforço, a austeridade, a humildade e a capacidade de sofrer.

“Acredito que, se um dia os espanhóis pudessem competir com os quenianos, seria porque compartilhamos de algumas dessas qualidades. Meus pais deixaram seu povoado em Salamanca para ganhar a vida em Álava; Abel Antón é de um povoado de Soria, o mesmo de Fermín Cacho. Desde pequeno, eu sempre soube que meu nível de resistência ao sofrimento era alto e que me testaria em provas agônicas”.

Aos 53 anos, o atleta vitoriano ainda se anima com o “odor dos nervos” que os maratonistas emitem nos instantes que antecedem a corrida.

A verdadeira maratona começa para ele a partir dos primeiros 30 quilômetros, quando chega “o momento da verdade” e precisa enfrentar o “muro”, no limite do sofrimento humanamente razoável.

“Eu sou forte nesses momentos. Repito para mim mesmo que nasci para isto, concentro-me e apenas escuto, em um murmúrio, os gritos de ‘Fiz, Fiz!’, ‘Vamos, Martín!’. Eu me imagino erguendo os braços, subindo ao pódio; penso em meu pai, que se sacrificou para que eu tivesse meus primeiros tênis de corrida”.

Não existe uma fórmula.

Para disputar a maratona, esse “Everest urbano”, todo corredor tem de conceber sua estratégia de sobrevivência mental e aferrar-se à ideia de que os limites não são inamovíveis.

Em Nascido para Correr (Editora Globo), a famosa obra de Christopher McDougall, se diz que um homem de 95 anos fez 40 quilômetros de montanha porque “ninguém nunca tinha dito que ele não poderia fazê-lo”; ninguém lhe havia dito que seu negócio era definhar moribundo num lar de idosos.

Haruki Murakami recolhe em seu livro Do que Eu Falo Quando Eu Falo de Corrida (Alfaguara Brasil) o mantra que um maratonista recitava desde o quilômetro 1: “A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional, depende de cada um”.

Na mesma obra, o escritor japonês fala da experiência metafísica que experimentou durante uma longa corrida.

“Tive de lançar mão de todo o meu repertório de recursos: não sou humano, sou uma máquina e não tenho que sentir nada. Repeti essa frase até o momento mágico (...). Ao chegar ao quilômetro 75, senti como se meu corpo tivesse atravessado uma parede de pedra e passado para o outro lado”.

A partir daí o cansaço deixou de ser um problema.

Durante o restante da prova, “correu como o vento” e ultrapassou 200 corredores.

“Se há um adversário que você deve vencer na sua corrida de longa distância, é você”.

Nos momentos em que se trata de enganar o corpo e combater seus pedidos para cessar o suplício, há corredores que recitam orações curtas e mantras de autoajuda:

“Confie em você”, “Você não está sozinho”; que revivem cenas alegres; que se reveem na criança que acreditam ter sido; que pensam no filho, que os espera na chegada; na mãe, na namorada, na festa, nos propósitos-álibis que os empurram:

“Corro contra a espinha bífida”, “a violência de género”, “o câncer de mama”, “pelas pesquisas sobre leucemia infantil”, “pela independência do meu país”, “a favor dos animais”...

Poucos reconhecem que sofrem da síndrome de Peter Pan e que, pela mesma razão que romperam com a mulher ou o marido, correm para se libertar do peso dos anos e voltar a se sentir jovens.

Outros ocupam assim seu tempo de deslocamentos forçados e se desafogam.

Existe de tudo, também frivolidade e extravagância crescentes nas pseudocorridas temáticas — do garrafão, da batalha campal, da lama —, em nítido contraste com projetos em que a humildade acompanha a qualidade e a solidariedade.

“Uma das melhores corridas é a Hardrock 100. Não há pódio, todos os que terminam são chamados e aplaudidos de forma igual, e tampouco há diferença na inscrição”, diz Kilian Jornet.

Em sua opinião, o esporte é uma manifestação extrema de um mundo muito hierarquizado.

Martín Fiz vê com apreensão o avanço do verão.

Depois de ter corrido 300.000 quilômetros, a vida útil de um bom automóvel, tem desconfortos em um gêmeo e precisa se recuperar totalmente para o seu próximo desafio, no dia 25 de setembro em Berlim.

Quando se aposentou da elite profissional, Fiz definiu o objetivo de ganhar as seis principais maratonas do mundo na categoria de corredores com mais de 50 anos.

Já o fez em Nova York, Tóquio e Boston.

Faltam Berlim, Londres e Chicago.

Não pode parar.

O que faria se não pudesse continuar correndo, pergunto.

“Eu me sentiria como se estivesse condenado a uma cadeira de rodas. Acho que poderia fazer mais coisas, mas não sei, precisaria de algo muito grande para continuar vivendo”, diz Martín Fiz.

A resposta de Kilian Jornet à mesma questão não difere muito:

“É possível deixar de amar algo que você ama desde sempre? É possível deixar de amar sua mãe? Exceto por um acidente, parar é impossível para mim”.

Cabe perguntar se existe outro amor ou hormônio, o da paixão — talvez? —, capaz de por fim a essa dependência vital e à mensagem subjacente de que parar é morrer.

A incorporação das mulheres ao esporte ao ar livre é um elemento determinante na eclosão global do fenômeno.

Nas curtas e médias distâncias elas já são a metade do pelotão.

Sua progressão nas maratonas, ultramaratonas, provas de trail running (corridas de montanha) e triatlos Ironman é meteórica, ao ponto de a maratona de Chicago ter uma participação feminina de 50%.

As mulheres bem preparadas tendem a alcançar e superar os homens nas corridas mais longas.

De fato, na Leadville Trail 100 Run do Colorado (160 quilômetros) a porcentagem das que terminam a prova é muito superior à deles.

Como se explica essa alta competitividade física feminina nas ultramaratonas?

Os fisiologistas argumentam que o glicogênio do corpo, associado coloquialmente pelo seu desempenho com a gasolina aditivada, acaba em torno do quilômetro 30 — o fatídico trecho do muro —, e tem de ser substituído por gordura, componente diesel que as mulheres têm com maior disponibilidade.

A jornalista Cristina Mitre, fundadora do movimento Mulheres que Correm, começou para perder peso, mas encontrou nessa atividade uma proveitosa paixão cheia de sentido.

“Correr me torna poderosa. É como o wasabi no sushi: se você o prova, já não pode passar sem ele”.

Diz que a corrida alivia muitos sintomas da menopausa e da menstruação e liberta forças interiores femininas desconhecidas.

“Cada corrida é uma festa da vitalidade, uma celebração da vida”, diz essa mulher entusiasta que superou um câncer de ovário e hoje se sente “muito melhor equipada” para fazer frente a qualquer doença.

Felicidade, liberdade e plenitude de vida são os maiores estandartes deste fenômeno que gera afinidades e reúne no mesmo esforço banqueiros e desempregados, jovens e idosos, atletas de elite e iniciantes.

“Corro para me sentir livre, saudável e em paz comigo mesmo. É uma obsessão positiva que me ajuda a melhorar”, comenta das Montanhas Rochosas do Colorado (EUA) o empresário e economista Javier Arroyo, de 44 anos, pai de dois filhos. Além de resolver o problema do excesso de peso — passou de 110 quilos para 79 —, Juan Rubio, de 45 anos, com dois filhos, diretor de uma agência de publicidade, encontrou na corrida uma fôrma para construir uma vida que declara marcada pela felicidade.

“Ser maratonista é parte da minha maneira de ser, porque gosto de construir pouco a pouco, como se trabalha durante os quatro meses de treinamento para uma maratona”.

Para Francesc Torralba, a palavra-chave é libertação.

“Correr é refrescante, te liberta do estresse e das emoções tóxicos e te reconcilia com a natureza. É uma maneira de escapar e procurar um abrigo, e também é um laboratório pessoal, em que fluem ideias e pensamentos. Encontro um vínculo espiritual na medida em que permite a meditação e a oração”, afirma o filósofo catalão de 49 anos, pai de cinco filhos.

“Correr ensina a se disciplinar e a enfrentar as dificuldades, além de aumentar a capacidade de sofrimento e de resistência ao estresse”, destaca David Pérez Renovales, de 50 anos, pai de dois filhos, diretor da Línea Directa.

Assim como seu irmão Jaime, secretário do conselho de administração do Banco Santander, David faz parte do Círculo Empresarial Maratonista, que reúne dezenas de capitães de empresas.

Como muitos outros, os irmãos Pérez Renovales sempre viajam com os tênis na mala.

“Não há forma mais bonita de conhecer uma cidade que quando se acorda”, dizem.

De dia ou de noite, no asfalto ou na terra, tap-tap-tap-tap, os passos dos corredores ressoam em meio mundo como um sinal dos tempos.

terça-feira, setembro 13, 2016

Camisas Vintage: Panathinaikos...

Arte: Emilio Sansolini

Os presidentes do América e do Remo assumem a responsabilidade pelos erros...

Depois de Beto Santos assumir através de nota a responsabilidade pelo péssimo desempenho do América na Série C, o presidente do Remo, André Cavalcante, assumiu a responsabilidade pelo momento instável do clube...

Ironicamente, os dois vão se defrontar no próximo fim de semana e, dependendo do resultado, um sairá mais responsabilizado que o outro.

Porém, as razões são diferentes...

No América, Beto Santos garante que todas as obrigações trabalhistas estão em dia, já no Remo, os salários estão atrasados.

O presidente americano diz que o time vai voltar de Belém com sua permanência confirmada e o presidente remista afirma que não acredita que a falta de pagamento dos salários irá interferir na possível classificação de seu time para a segunda fase da Série C...

Aconteça o que acontecer, nem de longe, essa será uma semana tranquila para Beto Santos e André Cavalcante.

I can...

Imagem: Atsushi Tomura/Getty Images for Tokyo 2020

Não concordo que 2016 seja um ano para ser esquecido pelo América...

O motivo fundamental para que nossos clubes não aprendam é de fácil identificação...

Todas as vezes que as coisas vão de mal a pior, imprensa, torcedores, dirigentes, treinadores e jogadores repetem um grisalho clichê: ESTE É UM ANO PARA SER ESQUECIDO.

E aí, de esquecimento em esquecimento, entra ano e sai ano os erros se tornam cansativamente repetitivos...

Fingir que não aconteceu não muda os fatos, mas ajuda na consolidação da burrice.

Danny Morais buscou os holofotes... A moça não precisava fazer o que fez... Mas, o comportamento dos torcedores foi deplorável.

Daryl Homer...

Imagem: Dean Moutharopoulos/Getty Image

A possibilidade de queda do América é de 51,3%...

Segundo o site Chance de Gol, o América, encara o Remo, em Belém, com 51,3% de possibilidade de ser rebaixado...

O Confiança, está no patamar dos 38,8%.

Cruzado de esquerda...

Imagem: David Ramos/Getty Images

Manchester United anuncia fim do contrato com Bastian Schweinsteiger...

Depois da derrota para o Manchester City, o United anunciou a rescisão do contrato de Bastian Schweinsteiger...

Mas, não creio que o alemão esteja muito abatido.

Não mesmo...

Schweinsteiger vai receber uma indenização de 8 milhões de euros.

Já que o assunto é o United:

O clube desmonta a tese do dinheiro atrelado à performance no futebol...

Mesmo sem grandes conquistas nos últimos anos, o clube nunca foi tão rico.

A receita aumentou 30% em relação à temporada anterior...

Passou de £ 515 milhões – R$ 2 bilhões.

segunda-feira, setembro 12, 2016

Camisas Vintage: FC Porto...

Arte: Emilio Sansolini

ABC empata com o Cuiabá em 2 a 2 e briga pela primeira ou segunda colocação...

Depois de ficar por duas vezes à frente do placar o ABC não conseguiu segurar a vitória que praticamente lhe garantiria o primeiro lugar no Grupo A...

Porém, o empate não foi um resultado ruim.

O 2 a 2 deixa o ABC em condições de terminar a fase de grupos ou na primeira, ou na segunda posição...

O que seria ótimo, pois lhe daria a vantagem de jogar a partida de volta do mata-mata, em casa.

Porém, para que isso aconteça, é preciso confirmar o bom momento, derrotando, no próximo fim de semana, no Maria Lamas Farache, o ASA...

Não será tarefa fácil, pois os alagoanos vêm para tentar garantir sua classificação.

A briga pelo primeiro e o segundo lugar está limitada ao trio, Fortaleza, ABC e Botafogo da Paraíba...

Remo ou ASA, apenas podem ocupar a quarta posição.

De qualquer forma, o alvinegro chegou lá e silenciou aos muitos que chegaram a duvidar de sua capacidade de poder lutar pelo retorno a Série B...

Se vai conseguir ou não, fica para depois.

Liverpool e Leicester City, nos anos 70...

Imagem: Alamy Stock Photo

Aprendam... Torcida visitante do Den Haag, joga brinquedos da arquibancada.

Pacientes do hospital infantil mais antigo da Holanda foram ao estádio do Feyenoord, para ver o time local enfrentar o Den Haag...

Cientes da presença deles, os torcedores do Den Haag fizeram uma campanha para levar brinquedos ao estádio para presentear as crianças do Hospital Infantil Sophia, de Rotterdam.

Aos 12 minutos do primeiro tempo, a chuva de brinquedos começou...

A torcida do Feyenoord aplaudiu.


Vamos conversa sobre estádio lotado... Denver Broncos e Carolina Panthers.

Imagem: AFP

Como se avalia um grande jogador, segundo Tostão...

“Para avaliar um grande craque, mais importante do que brilhar e ser campeão do mundo, um torneio de 30 dias e de quatro em quatro anos, é a média de suas atuações em uma longa carreira”.

Tostão

Alguém pode me abraçar, por favor...

Imagem: Diário AS

Gastar muito não significa gastar bem...

O Internacional de Porto Alegre gastou 48 milhões em contratações em 2016

Por Rodrigo Mattos com Jeremias Werneck

Na luta contra o rebaixamento neste Brasileiro, o Internacional gastou R$ 48 milhões em contratações de jogadores durante o ano de 2016.

O número é revelado pelo vice de Finanças do clube, Pedro Affatato.

Esse valor é superior ao investido pelos times na ponta do Nacional: Flamengo e Palmeiras.

''Nosso investimento foi de R$ 48 milhões e usamos boa parte dos recursos do sócio torcedor'', contou Affatato.

Segundo ele, apesar da má fase do time, a queda no programa de associados foi pequena, de apenas 8%.

A lista de reforços inclui pelo menos dez nomes: Fernando Bob, Marcelo Lomba, Seijas, Ariel, Anselmo, Eduardo Henrique, Ceará, Danilo Fernandes, Brenner e Nico López.

O centroavante uruguaio foi a contratação mais cara da temporada representando US$ 4,5 milhões, em torno de R$ 15 milhões.

O valor gasto com contratações representa mais de três vezes o que o Inter arrecadou com a negociação de atletas em 2016, R$ 14 milhões.

Isso porque, até agora, o time gaúcho tem uma receita bem abaixo do ano passado com vendas.

Até julho, o clube apresentava déficit de R$ 7,9 milhões.

O total do investimento colorado em reforços é também superior às despesas de Palmeiras e Flamengo na temporada.

O time paulista investiu em torno de R$ 40 milhões, enquanto o carioca ficou em pouco mais de R$ 30 milhões.

Esse valor só inclui o pagamento por direitos econômicos, e não luvas e salários.
O Inter tem 27 pontos e está um pouco acima da zona de rebaixamento.

Já o Palmeiras é o líder com 46 pontos, enquanto a equipe rubro-negra é a segunda colocada com a mesma pontuação.

domingo, setembro 11, 2016

Camisas Vintage: Fiorentina...

Arte: Emilio Sansolini

América perde para o Confiança e está pertinho da Série D...



Anteontem postei o seguinte:

Roberto Fernandes só terá 45 minutos para ser cauteloso, depois é tudo ou nada...

Diá, por sua vez, pode esperar o desespero empurrar o Confiança para frente e num contra-ataque resolver a questão.

Pois bem...

Roberto Fernandes precisou apenas de 33 minutos para mudar todo meu raciocínio.

Claro que Diá ajudou...

Primeiro escalou mal e depois, ao retirar o meia atacante e passar a jogar com 3 zagueiros, Diá resolveu a equação para Roberto.

No segundo tempo, não foi o Confiança que se desesperou e partiu com tudo para cima...

Foi o América.

Mas, como sempre, aos tropeções...

O América nunca soube inverter um resultado desfavorável.

Atabalhoado, não conseguiu sequer assustar seu adversário...

Porém, no apagar das luzes, aos 48 minutos, Cléber, largado às moscas pelo time que avançou em busca do empate, foi obrigado a derrubar Felipe Cordeiro.

O árbitro marcou pênalti e Cléber foi expulso...

Pingo bateu, fechou o placar e deixou o América pisando em ovos.

Agora, é ficou assim:

Se o Salgueiro vencer o River, amanhã, viaja para Sergipe no próximo fim de semana precisando de um empate para selar sua permanência ou podendo até perder, desde que o América não vença o Remo, em Belém...

O Confiança, ganhado, fica, mas se empatar, vai ter que torcer pelo Remo.

O América, ainda se agarra na possibilidade de conseguir um empate e ficar, mas se perder, é Série D, sem dó ou piedade.

O Remo, tem que torcer, hoje pelo Botafogo, vencer o América no próximo fim de semana e ainda esperar que o ABC, em casa, derrote o ASA...

Dá para perceber que o fim de semana que vem, será bastante emocionante para o Remo, o ASA, o Confiança, o Salgueiro e o América.

Ah!

Ainda tem o Cuiabá...

Vencendo o ABC, a equipe de Mato Grosso passa a sonhar.

Thomas Daley... Plataforma de 10 metros.

Imagem: Francois-Xavier Marit/AFP/Getty Images

Lúcio Curió detona Diá...

Assim que a partida foi encerrada, a repórter Ana Karla Dantas, do Esporte Interativo, foi ouvir os jogadores que deixavam o campo...

Inteligente, experiente e conhecedora do ofício, Ana Karla acertou na mosca ao para Lúcio Curió e lhe questionar sobre o que aconteceu.

Curió, que estreou o visual “estilo Neymarquesine”, não mediu palavras...

“É difícil explicar essa situação. Mas, felizmente, a gente tem um jogo importante no domingo que será o nosso divisor de água. Então vamos trabalhar na semana, consciente, para fazer um bom trabalho“, disse o atacante que entrou no decorrer da partida.

Disse mais ao ser questionado sobre o estava acontecendo com o América...

“Você tem que perguntar para o Diá. Ele é o responsável por tudo isso. Então, diretamente eu falo, é melhor você perguntar para ele”.

Sobre a próxima partida, Lúcio disse que depende do treinador...

“Se o nosso treinador não fizer a mesma merda que vem fazendo em outros jogos aí, a gente consegue vencer“, finalizou o atacante.

Enfim, o caldo entornou de vez e não vejo mais clima...

Ambos devem sair.

O Bayern vence o Schalke...

Imagem: Guido Kirchner/EPA

Depois do vexame o América silencia...

Fiquei sem entender o silencio americano ao fim do jogo...

Alegaram uma reunião de emergência.

Bobagem...

Não era lugar e nem momento para reunião.

Penso que a decisão de não falar foi a pior...

Beto Santos, presidente do clube e Diá tinham obrigação de falar.

Um presidente que se omite e um comandante que se esconde, não me parece algo normal, natural...

Nem mesmo o diretor de futebol se dispôs.

A atitude foi desrespeitosa para com a imprensa e ruinosa, perante a torcida...

O pior é que ainda existe a possibilidade de escapar e aí, vão querer falar.

Tomara o América escape...

Quero muito ouvir o que irão dizer, mesmo que no fundo já saiba o que será. 

Defensor versus Huracan Buceo - Campeonato do Uruguai de 1976...

Imagem: Autor Desconhecido

A vitória do Fortaleza sobre o Remo...

Neymar retorna na derrota do Barcelona para o modesto Deportivo Alavés...

Imagem: Getty Images

Automutilação e práticas de tortura, o ‘doping’ dos atletas paralímpicos...

Automutilação e práticas de tortura, o ‘doping’ dos atletas paralímpicos

Alguns atletas se lesionam para estimular a pressão sanguínea e aumentar seu rendimento

Comitê Paralímpico Internacional adota parâmetros mais severos para punir quem usa a técnica

María Martín, do Rio de Janeiro para o El Pais

Estrangular os testículos, colocar alfinetes neles, fraturar o dedão do pé, aplicar choques elétricos nas extremidades ou obstruir o cateter para levar a bexiga ao seu limite viraram alternativas ao doping para alguns atletas paralímpicos.

Os brutais atalhos, batizados de boosting (da palavra impulsionar, em inglês), aumentam artificialmente o rendimento de atletas com lesões na medula espinal e paralisia e insensibilidade nos membros inferiores.

Seus corpos, apesar do esforço durante uma competição, não costumam reagir igual aos de outros esportistas com outras deficiências físicas e sofrem de hipotensão, o coração não acompanha a intensidade do exercício e sua capacidade física fica diminuída.

Ao se lesionarem ou forçarem sua bexiga, eles não sentem a dor ou o desconforto, mas seu corpo sim reage ao estímulo aumentando a pressão arterial, levando mais oxigênio aos músculos e incrementando a resistência o que, na prática, pode aumentar cerca 10% o rendimento do atleta, especialmente em corridas de larga distância sobre cadeira de rodas, afirmam estudos.

A prática, descoberta nos anos 90 e proibida pelo Comitê Paralímpico Internacional (CPI) desde 1994, está sendo mais perseguida do que nunca nos Jogos Paralímpicos do Rio, após a instituição endurecer os parâmetros para detectá-la.

Até abril eram considerados suspeitos e proibidos de competir os atletas que após a medição da sua pressão sanguínea mostravam níveis acima dos 180 mmHg (pressão arterial sistólica), mas hoje, após a análise em profundidade de dados de 160 atletas durante vários anos, serão investigados os resultados acima de 160 mmHG.

Em termos gerais, considera-se que uma pessoa sofre de hipertensão a partir dos 140 mmHG.

A falta de conhecimento e dados sobre o boosting deu margem para os atletas esquivarem durante anos as restrições das autoridades.

Em Pequim 2008 foram realizados 37 testes e em Londres 2012 outros 41, mas não foram registrados casos positivos, embora isso não signifique que não houvesse.

“Se um atleta sabe que tomando 10 copos de água vai dar positivo, ele vai beber 9,9. Por isso era importante reduzir a margem. Nos mundiais já percebemos que havia atletas que superavam os 160 mmHG, que é um nível incomum, e não necessariamente aportavam uma explicação razoável”, explica um dos médicos do Comitê Paralímpico Internacional, o belga Peter Van de Vliet.

“Além das provas médicas, estaremos atentos diante de atletas que mostrarem excessiva sudoração, estejam com atitude suspeita ou se mostrem alterados”, complementa Van de Vliet.

O boosting, que provoca um estado chamado entre os médicos de hiperreflexia autônoma, pode ter consequências gravíssimas para o atleta provocando acidentes cerebrovasculares e inclusive a morte.

Apesar dos riscos, uma investigação feita em parceria com a Agência Mundial Antidoping (AMA) e o Comitê Paralímpico com dados de 2007 e 2009 confirmou que cerca do 17% dos 99 atletas participantes do estudo tinham recorrido à prática para melhorar o rendimento durante os treinos ou as competições.

As auto-lesões podem ter ainda mais adeptos e envolver até 30% dos atletas, disse à BBC durante os Jogos de Londres em 2012 o médico Andrei Krassioukov, o principal estudioso da matéria.

"Há uma desvantagem entre paralímpicos que têm pressão arterial normal e aqueles que não, e isso coloca um número significativo de atletas em desvantagem. Como médico entendo totalmente por que esses atletas estão fazendo isso, mas como cientista estou horrorizado”, explicou na época.

Os principais esportes onde busca-se um aumento artificial da pressão arterial são o atletismo, o ciclismo em bicicletas impulsionadas pelas mãos ou rugby em cadeira de rodas.

O próprio rugby ilustra a complexidade de detectar e punir o boosting, pois a pressão das sujeições dos atletas às cadeiras de rodas pode, involuntariamente, provocar os mesmos efeitos que as lesões auto-infligidas.

Outras atividades mais comuns como a prática de sexo e queimaduras solares podem também provocar um estado mais leve de hiperreflexia autônoma.

“A prática só é punida se for intencional”, esclarece o doutor do CPI, que já foi treinador de rugby para atletas paralímpicos.

O médico não revela quantos testes serão realizados no Rio, mas adverte que a organização, e ele, já estão de olho.

Equipe feminina do Manchester City...

Imagem: Clint Hughes/The FA via Getty Images

Guardiola venceu Mourinho...

Imagem: Peter Powel/EFE


No confronto entre o United e o City, no Old Trafford, deu Pepe Guardiola...

O City venceu por 2 a 1.

Para o City, marcaram, De Bruyne e Iheanacho...

Ibrahimovic descontou para o United.

Mourinho como sempre, não deixo barato...

"Fiquei desapontado com o resultado, mas também estou desapontado com duas decisões do Mark. Foi pênalti e cartão vermelho para Bravo! Com certeza fora da área seria falta e cartão vermelho. Dentro dela tem que ser o mesmo. Mas, claro, que até os melhores árbitros erram", comentou, em entrevista coletiva.

Sobre sua equipe disse:

"Houve dois ou três jogadores no primeiro tempo que, se eu soubesse o que aconteceria, não os escalaria. Mas, no futebol, ás vezes os jogadores desapontam os treinadores. É minha culpa porque sou o técnico e é sempre minha culpa porque eu que os escolho".

Arthur Zanetti...

Imagem: Dmitri Lovetsky/AP

A torcida do Palmeiras é show...

A torcida do Palmeiras vem impressionando pelos números...

Apenas nos jogos como mandante, os palmeirenses já renderam R$ 25 milhões ao clube.

O valor é superior à soma dos maiores clubes do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais...

Flamengo, Fluminense e Botafogo conseguiram, juntos, R$ 19 milhões.

O Grêmio e o Internacional, R$ 17 milhões...

Atlético Mineiro e Cruzeiro arrecadaram R$ 12,5 milhões.

Melhor...

O faturamento das bilheterias vem acompanhado de uma taxa média de ocupação dos estádios de 74%, a maior do Brasil, sendo dois terços desse grupo formados por sócio torcedores.

O rival Corinthians alcançou 72% de lugares ocupados e o Atlético Mineiro, 61%.

sábado, setembro 10, 2016

Camisas Vintage: Clube Atlético Mineiro...

Arte: Emilio Sansolini

Hoje o América escolhe entre o alívio e a angustia...

Às 7 horas da noite, no Arena das Dunas, o América recebe o Confiança...

Para o América, o empate serve, mas para o Confiança, só a vitória.

Portanto, Roberto Fernandes só terá 45 minutos para ser cauteloso, depois é tudo ou nada...

Diá, por sua vez, pode esperar o desespero empurrar o Confiança para frente e num contra-ataque resolver a questão.

Se vencer ou empatar América garante hoje mesmo a sua permanência...

Dos males, o menor.

Brasil 1958... Orlando, Pelé, Gilmar e Didi...

Imagem: Autor Desconhecido

Quanto a BBC desembolsou pelas Olimpíadas de Inverno de 2018 e de verão 2020...

365,4 milhões de reais foi quanto a BBC pagou pelos direitos das Olimpíadas de Inverno/2018 e de Verão/2020.

Kohei Uchimura...

Imagem: Damir Sagolj/Reuters 

José Mourinho vs Josep Guardiola...

Imagem: AFP/DPA


Daqui a pouco, no Old Trafford, em Manchester, acontece o maior clássico da região noroeste da Inglaterra e um dos maiores do país...

United e City se enfrentam.

Porém, desta vez a partida terá um algo a mais...

Os dois mais badalados treinadores do futebol mundial estarão frente à frente.

O português José Mourinho, no comando do United e o catalão Josep Guardiola, liderando o City...

Hoje, ambos apenas se suportam, mas já foram próximos no passado.

Ao longo de uma série de duelos – em campo ou nas entrevistas – Guardiola e Mourinho provaram ter personalidades e filosofias quase antagônicas...

Em comum, apenas a vaidade e a fome voraz por vitórias, mas sempre fiéis a seus estilos: Guardiola com a posse de bola e Mourinho, o maquiavélico, como tiver de ser.

Neste sábado, eles iniciam uma nova era de duelos em condições iguais: as equipes da cidade investiram milhões de libras em 2016 e lideram a liga inglesa com 100% de aproveitamento em três rodadas...

Portanto, teremos um encontro de rivalidades gigantescas.

O QUE UM DISSE SOBRE O OUTRO...

“Começamos uma nova era. Até agora tínhamos dois grupos de treinadores. Um, muito pequeno, de técnicos que não falam de árbitros. Outro, um grupo muito grande e no qual me incluo, que critica quando os árbitros cometem erros importantes. (…) E agora com as declarações de Pep, entramos numa nova era. Um terceiro grupo que até agora só tem ele: o dos que reclamam dos acertos do árbitro. ”
Mourinho, em abril de 2011

“O senhor Mourinho me chamou de Pep, então o chamarei de José. Qual é a câmera do José? Devem ser todas. Amanhã nos enfrentamos no campo. Fora do campo, ele ganhou durante todo o ano e ganhará todas no futuro. Lhe presenteio sua Liga dos Campeões particular fora de campo, que a leve para casa e desfrute. (…) Nesta sala de imprensa, ele é o ‘maldito chefe’, o que mais sabe do mundo. Não quero competir nenhum instante. Só queria recordar-lhe que estivemos juntos quatro anos, ele me conhece, e eu o conheço. ”
Guardiola, em resposta, em abril de 2011

“Um dia, gostaria de ver Josep Guardiola ganhar uma competição de maneira correta, brilhante, limpa e sem escândalo. Se eu disser o que penso sobre a Uefa, minha carreira estará encerrada. Pergunto aos árbitros: por quê? Por quê? Por quê? Por que um time tão bom como o Barcelona sempre precisa de ajuda extra? Não sei se é o patrocínio da Unicef que os faz parecer os bonzinhos. Não entendo. (…) Sempre que jogo contra Pep, termino com dez jogadores. Deve ser alguma regra da Uefa. ”
Mourinho, ainda em 2011

“Tem gente que é mais inteligente que eu, que tenta vender uma imagem diferente da minha, mas na verdade é igual a mim”
Mourinho, em clara referência ao rival, em março de 2012

“Se for verdade que somos parecidos, então está na hora de eu rever meu comportamento. ”
Guardiola, vestindo a carapuça

Simone Biles...

Imagem: Ezra Shaw/Getty Images

Alecsandro, atacante do Palmeiras é inocentado pela Agência Mundial Antidoping...

Alecsandro, atacante do Palmeiras, suspenso por 2 anos, sem poder nem treinar com os companheiros, após ser flagrado no exame antidoping ao término do clássico contra o Corinthians, pelo Campeonato Paulista, em abril, deste ano foi considerado inocente pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) ...

A entidade notificou à FPF, confirmando que a presença da substância O-dephenylandarine se deu por conta do uso de uma loção contra calvície.

Abaixo a nota oficial da Federação Paulista de Futebol

A Comissão de Controle de Doping da Federação Paulista de Futebol, informa que nesta data, recebeu após questionamento junto à Agência Mundial Antidoping - WADA, e ao OLYMPIC ANALYTICAL LABORATORY - UCLA, um ofício denominado "Caso 0960 / 2016 - Sr. Alecsandro Barbosa Felisbino".

Extraindo-se dos documentos técnicos, a Amostra A e B 3982601, pertencente ao jogador Alecsandro Barbosa Felisbino, da Sociedade Esportiva Palmeiras, contém a substância O-dephenylandarine.

Entende-se, definitivamente, que o OLYMPIC ANALYTICAL LABORATORY - UCLA realizou com competência a análise laboratorial, utilizando-se do perfil amplo, de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping - WADA.

O Comitê científico da WADA reconheceu que a presença do metabólito da substância proibida Andarine na amostra do jogador seja a consequência do uso, pelo jogador, da loção contendo flutamida. 

Considerou, ainda, que na fase atual do conhecimento científico, o Jogador não deve ser considerado como tendo cometido uma violação da regra antidoping.

Há de se considerar que este é o primeiro caso relatado no mundo com esta interação metabólica em seres humanos.

Em prosseguimento ao caso, a Comissão de Controle de Doping da Federação Paulista de Futebol, de imediato, notificará todos os órgãos competentes.

Atenciosamente,

Dr. Fernando A. Solera

Presidente da Comissão de Controle de Doping

Federação Paulista de Futebol

Avante...

Imagem: Issei Kato/Reuters

Equilíbrio não é tudo...

A liga de futebol do Japão é a mais equilibrada do mundo. E nem por isso você a adora

A primeira divisão do futebol japonês prima pela igualdade financeira entre os clubes que a disputam, mas falta tamanho para atrair o interesse de outros mercados

Por Rodrigo Capelo para a revista Época

Você provavelmente já ouviu a afirmação: o Campeonato Brasileiro é o mais interessante do mundo porque, de princípio, pelo menos dez clubes largam com chances de título.

Dentro dessa lógica, a competitividade é um fator elementar para despertar o interesse do público.

A história não é tão simples assim.

O futebol japonês está aí para indicar que, sozinho, o equilíbrio não faz muito.

Os 18 times da J-League, a primeira divisão do Japão, faturam juntos 60 bilhões de ienes.

Parece muita coisa, mas não é.

A conversão para o real dá R$ 1,9 bilhão.

Os 20 clubes brasileiros que jogam o Campeonato Brasileiro fazem R$ 3,6 bilhões.

O dobro dos japoneses.

Isso ajuda a dimensionar o futebol dentro do país asiático.

O time mais rico do Japão é o Urawa Reds, com 6 bilhões de ienes em faturamento, ou R$ 197 milhões.

Quase a metade do brasileiro mais rico, o Flamengo.

O japonês mais pobre é o Kofu, cujas receitas ficaram em 1,5 bilhão de ienes em 2015, ou, feita a conversão, R$ 49 milhões.

É mais do que fatura o mais pobre no Brasil, o Avaí.

A diferença entre o clube mais rico e o mais pobre, quatro vezes, mostra que o Japão tem o campeonato mais equilibrado do mundo – pelo menos entre as principais ligas.

A Premier League, na Inglaterra, referência pela divisão igualitária dos recursos, tem cinco vezes entre mais rico e mais pobre.

O Brasil e a Itália têm 11 vezes. A França, 19 vezes.

A Espanha, o maior exemplo da desigualdade, 30 vezes.

Qualquer japonês, afinal, pode vencer.

O Japão não é, no entanto, dado como exemplo de quase nada no futebol.

O país não tem resultados expressivos em Copas do Mundo e seus atletas não se destacam no futebol europeu – feita a ressalva de Hidetoshi Nakata nos anos 2000.

Nem o próprio japonês dá tanta bola assim ao futebol.

A média de público está no mesmo patamar que a brasileira, em torno de 17 mil pagantes por partida.

O beisebol leva mais gente e gera mais dinheiro do que o futebol no Japão.

O intuito, aqui, não é desmerecer o futebol japonês.

Nem cravar que pouco importa a competitividade entre os clubes.

Mas inserir dados à reflexão que Stefan Szymanski propôs no livro Soccernomics.

O economista conta que, a despeito da soberania em títulos e vitórias nos anos 1990 e 2000, o público do Manchester United cresceu muito na Inglaterra durante o período.

As audiências também.

As pessoas apreciam na teoria a relativa igualdade da NFL, a liga de futebol americano dos Estados Unidos, mas na prática aderem aos grandes esquadrões, heróis ou vilões, gerados pela desigualdade financeira.

No fim das contas, a competitividade é só mais um elemento para tornar um torneio mais ou menos atrativo.

A Premier League é referência por dividir recursos a ponto de um Leicester superar os ricaços, mas só chama a atenção do mundo e exporta seu campeonato porque tem mais dinheiro para dividir.

O Campeonato Espanhol é criticado pelo abismo financeiro entre Barcelona, Real Madrid e os demais clubes, mas a dupla chega às semifinais da Liga dos Campeões todo ano e atrai públicos e audiências enormes.

O Campeonato Brasileiro ruma para a desigualdade e falta grana para melhorar o nível do espetáculo.

A J-League prima pelo equilíbrio financeiro, mas não vai mais longe porque falta tamanho.

Só equilíbrio não basta.