Imagem: Alex Livesey/Getty Images
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
sexta-feira, março 10, 2017
Um "terremoto" foi detectado em Barcelona após o do 6 a 1...
Gols refletidos no sismograma registrado pelo pesquisador Jordi Díaz
Sismômetro detectou um
‘terremoto’ depois do 6x1 do Barcelona contra o PSG
Celebração deu origem “à maior
vibração” desse tipo medida pelo aparelho do CSIC
Manuel Ansede para o El País
“Aprende-se com as coisas mais
estúpidas”, argumenta o sismólogo Jordi Díaz.
Na quarta-feira, quando já era
noite profunda, o sismômetro de seu instituto de pesquisas começou a tremer de
um modo incomum.
Os 100.000 espectadores do Camp Nou acabavam de pular ao mesmo
tempo para festejar o gol da vitória no último segundo da partida do Barcelona
contra o Paris Saint-Germain.
O sismômetro, instalado no Instituto de Ciências
da Terra Jaume Almera, a cerca de 500 metros do estádio de futebol, detectou
“um minúsculo terremoto”.
Segundo Díaz, é “a maior vibração deste tipo
registrada até agora” pelo aparelho, adquirido há cinco anos.
O sismograma reflete cada um dos
seis gols do Barcelona.
A amplitude do sinal sísmico no primeiro gol é similar
à detectada em qualquer outra partida.
A equipe azul-grená precisava reverter o
4x0 que tomou no jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões.
O segundo
e o terceiro gol apareceram no sismômetro com uma amplitude levemente maior que
o normal, de acordo com Díaz.
O ambiente esfriou depois do gol do Paris
Saint-Germain, de modo que o quarto e o quinto gol do Barcelona não foram tão
festejados.
Com o 6x1 chegou a “apoteose”, nas palavras do sismólogo.
As vibrações geradas pelo
movimento cadenciado do público são transmitidas como ondas sísmicas.
Díaz mede
esses sinais em partidas de futebol, mas também em shows, como os de Bruce
Springsteen e do U2 realizados nos últimos anos no Camp Nou.
“Se você compara
as vibrações, vê que têm propriedades diferentes. Pular e dançar não são a
mesma coisa”, explica.
Esta peculiar “sismologia urbana” permite aos
pesquisadores estudar como se propagam as ondas e tentar compreender melhor os
eventos sísmicos naturais, ressalta Díaz.
O sismólogo, do CSIC, trabalha
com várias redes de observação sísmica, tanto na Espanha, com o projeto
Mistérios, como em outros países.
No caso do Camp Nou, reconhece que seria
muito difícil calcular a magnitude do tremor de quarta-feira, pelo tipo de
sinal.
“É uma vibração que as pessoas não notariam a uma centena de metros,
porque se atenua logo”, afirma. Por ora, seu sismograma é apenas uma
curiosidade científica.
quinta-feira, março 09, 2017
Champions League... Barcelona consegue uma virada história, mas é preciso não esquecer dos méritos do árbitro.
O Barcelona conseguiu o que poucos esperavam...
Mudou o que parecia imutável.
Saiu de um 4 a 0 adverso para um 6 a 1 para lá de favorável...
Foi justo?
Nem tanto.
Apesar dos méritos da equipe espanhola...
O PSG não enfrentou apenas Messi e companhia.
Seus zagueiros, Thiago Silva e Marquinhos colaboraram nos dois primeiros gols dos catalães...
Foi uma ajuda e tanto, mas não foi decisiva.
Na verdade, quem foi decisivo e ajudou o Barcelona foi o árbitro.
Vamos por partes:
Mascherano cometeu um pênalti...
O alemão Deniz Aytekin, juiz da partida, não viu.
Não mesmo?
Depois...
Viu dois pênaltis, que via de regra, ninguém veria.
Mas, ele viu...
Viu e fez questão de marcar.
Aí, diante da decisiva participação do apitador, o PSG nada pode fazer...
O PSG esteve muito próximo de seu objetivo, porém, havia um árbitro no meio do caminho e um Barcelona ligado e decidido a brigar pelo impossível.
Copa do Brasil... São Paulo fez 3 a 1 e deve confirmar sua classificação para a próxima fase, aqui em Natal.
O ABC perdeu...
Nada diferente do que se podia esperar.
Foi uma partida sem maiores problemas para tricolor paulista...
O São Paulo foi soberano e só não fez um placar ainda maior por falhar demais nas finalizações.
No frigir dos ovos para o ABC até que não foi um péssimo resultado...
O 3 a 1 não foi vexaminoso.
Entretanto, a participação do alvinegro na Copa do Brasil, está encerrada...
A partida em Natal servirá apenas para cumprir tabela.
Por mais otimista que se queira ser, não dá para acreditar que o São Paulo não avance na competição...
Ah, uma dúvida:
Alguém sabe dizer o que Jardel tem contra Cuevas?
Campeonato Potiguar... O América volta a decepcionar ao empatar com o Santa Cruz na estreia do segundo turno.
Imagem: Autor Desconhecido
O América teve 10 dias para treinar,
treinar e treinar...
Pelo que sei, treinou, treinou e
treinou.
Ontem, depois de tanto treinar,
os rubros estrearam no segundo turno do campeonato estadual e acabaram
empatando em 0 a 0 com o Santa Cruz...
Um péssimo resultado.
A situação que não era boa, passa
a ser crítica...
Sem saída, o presidente Beto
Santos, mandou Felipe Surian embora e trouxe Flávio Araújo para tentar tirar o
pé, as canelas, as coxas e cintura do atoleiro.
O alemão Dirk Nowitzki chega a marca de 30 mil pontos na NBA...
Imagem: Autor Desconhecido
Alemão Nowitzki, 38 anos, chega a
marca de 30.000 pontos na NBA...
Apenas Kareem Abdul-Jabbar
(38.387 pontos), Karl Malone (36.928), Kobe Bryant (33.643), Michael Jordan
(32.292) e Wilt Chamberlain (31.319) fizeram mais cestas que o alemão do Dallas
Mavericks.
Maracanã... sem a alma e sem a magia dos tempos idos.
Imagem: El País
Um colosso sem rumo e sem alma
Lendário templo do futebol brasileiro, o Maracanã reabre à sombra do
legado que levou sua magia
Por Breiller Pires para o El País
O Flamengo está de volta ao
Maracanã.
Três meses depois de enfrentar o
Santos pelo Campeonato Brasileiro, o rubro-negro reencontra o estádio que ainda
não abriu as portas nesta temporada.
Todos os ingressos foram
vendidos, e a expectativa de público é de quase 70.000 torcedores.
No entanto, o clima de festa em
torno da estreia do clube carioca na Copa Libertadores diante do San Lorenzo
contrasta com o abandono, o encolhimento, a elitização e a falta de
perspectivas do Maracanã, largado à própria sorte menos de três anos após
sediar sua segunda final de Copa do Mundo.
Silêncio e vazio nas
arquibancadas se incorporaram de tal forma à rotina do estádio que o simples
fato de realizar um jogo de futebol virou evento a ser comemorado.
O ostracismo do Maracanã, que já
havia ficado às moscas durante um mês depois das Olimpíadas, representa o
efeito indigesto do legado que os megaeventos esportivos deixaram para o
esporte mais popular do país.
Seu maior templo se tornou uma
arena comum.
Jogar no Maracanã era privilégio
único para jogadores dos clubes cariocas e, principalmente, para os times
visitantes.
Porque só o Maracanã tinha um
campo de dimensões tão avantajadas, a rede “véu da noiva” que se estufava
lentamente quando a bola cruzava a linha do gol ou a geral à beira do gramado
que mais parecia um desfile de carnaval.
Tudo isso foi ignorado pelo
projeto de reforma que custou 1,3 bilhão de reais e ainda descaracterizou a
arquitetura do estádio com a demolição de sua marquise, um patrimônio histórico
do Rio de Janeiro.
A adequação ao "padrão
Fifa" imposto aos estádios que abrigaram a Copa do Mundo transformou o
Maracanã em artigo de luxo dispensável.
A administradora do estádio, que
pertence à construtora Odebrecht, desistiu de tocar o negócio, alegando
prejuízos de quase 200 milhões de reais.
Sem dinheiro, o Governo do Rio
negocia um acordo para repassar a gestão a outro consórcio.
Duas empresas aparecem como
interessadas em herdar a operação: Lagardère e GL Events.
Caso a primeira vença a disputa,
o Maracanã pode ficar de vez sem o Flamengo, clube de maior torcida do Brasil,
que já sinalizou não ter a intenção de negociar suas partidas com uma empresa
que não seja a GL, sua parceira na concorrência.
Diante do cenário de indefinição,
os clubes se movimentaram e passaram a contar com um plano B.
O Flamengo deve
mandar boa parte dos compromissos no estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do
Governador, enquanto o Fluminense avalia a possibilidade de continuar no
modesto Giulite Coutinho.
Já Botafogo e Vasco estão bem
resguardados com Engenhão e São Januário, respectivamente, que comportam o
público da maioria de seus jogos de maneira satisfatória.
Para receber o San Lorenzo no
Maracanã, já que o Luso-Brasileiro ainda está em reforma, o Flamengo teve de
investir cerca de 2 milhões de reais em reparos e ajustes básicos
negligenciados pelo imbróglio entre Governo do Rio, Comitê Rio-2016 e Odebrecht.
Parte do dinheiro foi destinado
para quitar contas de luz atrasadas do estádio, que ficou bastante deteriorado
no período de indigência.
A conta, obviamente, acaba
pesando no bolso do torcedor.
O ingresso mais barato para o
rubro-negro que não tem condições de pagar o programa de sócio-torcedor do
clube custou 120 reais.
Um lugar nos modernos e
excludentes camarotes não sai por menos de 400.
O processo de elitização, cabe
ressaltar, não é exclusividade do Flamengo ou do Maracanã.
Preços inflacionados afetam
diretamente a cultura das arquibancadas pelo país e contribuem para o
acirramento da violência entre torcedores excluídos do espetáculo.
Não bastasse o descaso com o
Maracanã, o Rio de Janeiro ainda estuda a possibilidade de copiar a medida
adotada em São Paulo e instituir torcida única nos clássicos entre clubes
grandes, em resposta à morte de um torcedor do Botafogo antes do jogo contra o
Flamengo pelo campeonato estadual.
Algo inimaginável em um estádio
construído com capacidade de sobra para acolher a festa de duas torcidas em
igual número.
Duas torcidas que por vezes se
misturavam na algazarra democrática da antiga geral.
Rubro-negros que imortalizaram o
grito de “O Maraca é nosso!” voltarão a encher a arquibancada em noite de
estreia na Libertadores, mas o reencontro vai ser bem diferente dos tempos de
glória.
O Maracanã já não é mais da
torcida do Flamengo, do Botafogo, do Fluminense nem do Vasco.
O antigo Maracanã, sim, pertencia
ao povo.
O novo Maracanã é terra de
ninguém. Décadas atrás, o locutor Oduvaldo Cozzi sentenciou que no Maracanã
está a “alma do futebol”.
Mas Copa e Olimpíadas conseguiram
a proeza de usurpar sua essência, a singularidade que transcendia as estruturas
do gigante de concreto.
Resta o futuro nebuloso pela
frente, que nem mesmo um retorno triunfal do Flamengo será capaz de aplacar.
Aquele que um dia foi o maior
estádio do mundo pode ter como destino o inimaginável e humilhante atestado de
elefante branco.
quarta-feira, março 08, 2017
Copa Libertadores da América... Chapecoense vence em Maracaibo.
Imagem: Marcelo Bello/Reuters
99 dias depois da tragédia que
matou 71 pessoas, entre elas 19 jogadores de sua equipe principal, a
Chapecoense estreou na Copa Libertadores da América, em Maracaibo, na
Venezuela, diante da equipe do Zulia FC...
A estreia não poderia ter sido
melhor.
Chapecoense 2x1...
Reinaldo e Luiz Antônio marcaram
para os brasileiros e Juan Arango descontou para os venezuelanos.
Copa do Brasil... ABC vai a São Paulo tentar um milagre.
Imagem: Arquivo
Mais tarde no Morumbi o ABC fará
uma visita de cortesia ao São Paulo e a expectativa é que o São Paulo seja
cortês...
Isto é: que vença, mas que deixe
margem para se poder sonhar com uma virada na partida de volta.
Campeonato Potiguar... América e Santa Cruz abrem o segundo turno.
Imagem: FNF
Hoje teremos América e Santa Cruz
abrindo o segundo turno do campeonato estadual no estádio Arena das Dunas...
Santacruzenses e americanos
estreiam pisando em ovos.
O Santa Cruz ou faz tudo
diferente do que fez no turno, ou volta para a segunda divisão...
Já o América sabe que se não
houver uma radical mudança de postura em relação ao que apresentou até aqui, 2018 será um ano trágico.
A Real Federação Espanhola de Futebol tomou algumas medidas que visam erradicar a violência no futebol...
Imagem: Arquivo
A Real Federação Espanhola de
Futebol, o Conselho Superior de Esportes e a Liga adotaram algumas medidas para
erradicar a violência do futebol.
Estas são algumas delas:
Fechamento parcial de estádios de futebol.
Será permitido interditar setores
específicos dos estádios onde forem constatados atos violentos, racistas ou
xenófobos.
Retirada de pontos e rebaixamento de clubes.
Será elaborada uma norma para
punir os clubes com condutas de colaboração direta ou indireta com grupos ou
torcedores potencialmente violentos.
Autoridades de segurança.
Encarregam-se de compilar a
informação necessária sobre violência verbal.
Regulamentação da venda de ingressos e deslocamento das torcidas.
Existem listas de grupos
violentos que não podem ter acesso aos estádios.
Diretor de Segurança da Liga de Futebol profissional.
Pertence às Forças e Corporações
de Segurança do Estado, com competências materiais para dirigir e coordenar os
diretores de segurança dos clubes.
Diretor de Segurança.
Os clubes têm a obrigação de
manter um diretor de segurança.
Fonte: El País
Assim o Rio de Janeiro ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos...
Imagem: Arquivo
Doha Olímpico versus Rio Olímpico.
Por Alberto Murray Neto.
Na análise técnica que a comissão
de avaliação do COI fez das cidades candidatas aos Jogos Olímpicos de 2016, o
Rio de Janeiro ficou na quinta colocação, atrás de Doha.
Assim, o Rio teria ficado fora da
rodada final de votação, não tivesse Doha se recusado a alterar a data
programada para os Jogos.
Em virtude do calor.
Doha queria fazê-los em outubro,
enquanto o COI exigia agosto.
Como Doha não acatou a
solicitação do COI, acabou sendo desclassificada e o Rio galgou a quarta
colocação, adquirindo, assim, o direito de ir à rodada de votações, que
aconteceria meses depois, na Dinamarca.
Durante muito tempo as
publicações especializadas mantinham o Rio como a candidatura tecnicamente mais
fraca.
Era o azarão do grupo.
O único apelo que o Rio tinha
para mostrar aos membros do COI era o fato de, pela primeira vez, levar os
Jogos Olímpicos para a América do Sul.
Em um dado momento as mesmas
revistas especializadas detectaram no seio do COI uma tendência favorável ao
Rio, mas ainda assim o consideravam uma candidatura tecnicamente fraca.
Do ponto de vista técnico,
realmente, os programas das demais cidades eram bem superiores ao do Rio de
Janeiro.
Se o COI quiser investigar as
acusações feitas pela imprensa francesa, um bom ponto será fazer a cronologia
dos fatos e observar porque, de uma hora para outra, o Rio saiu da condição de
azarão, sem que nenhuma alteração substancial tenha havido no seu projeto,
anteriormente reprovado pela mesma entidade que, ao final, deu-lhe a vitória.
Será necessário observar se algum
fator externo contribuiu para isso.
segunda-feira, março 06, 2017
Globo faz 2 a 0 no ABC e fatura a Copa Cidade do Natal...
Ontem escrevi que o ABC levava um ligeiro favoritismo na partida que decidiu o título de campeão da Copa Cidade do Natal – Primeiro Turno do Campeonato Potiguar – na tarde de ontem, no Arena das Dunas...
O favoritismo era tão ligeiro que ninguém percebeu.
Nem o Globo, que acabou vencendo por 2 a 0...
Os Renatinhos marcaram duas vezes.
Curiosamente ambos os gols foram marcados aos 45 minutos...
Um na etapa inicial e o outro na etapa final.
Agora, o Globo tem todo o segundo turno para “sentar e ver o circo pegar fogo”...
Teremos um segundo turno bem nervoso para ABC e América.
O Globo derrota o ABC, vence a Copa Cidade do Natal e "estraga" o campeonato...
Imagem: Autor Desconhecido
O Globo estragou o campeonato
potiguar de 2017...
Não era isso o que se esperava.
Ao vencer o turno que não deveria
ter vencido, a equipe de Ceará-Mirim coloca ABC e América em delicada
posição...
Não teremos o clássico na finalíssima.
Deixa apenas uma vaga da Copa
Nordeste e uma da Copa do Brasil à disposição das duas agremiações...
Um dos “intocáveis” ficará de
fora da Copa do Nordeste de 2018.
Se no segundo turno aparecer mais
um engraçadinho, aí, já era...
Esculhamba tudo de vez.
Portanto, agonia, desespero,
angustia, dor, sofrimento e muito suor não vão faltar...
Teremos um segundo turno para lá
de interessante.
Juca Kfouri: Adoraria viver no País do Futebol, mas não vivo...
Imagem: Autor Desconhecido
Adoraria viver no País do
Futebol, mas não vivo
Por Juca Kfouri para a Folha de
São Paulo
Um quarto dos paulistanos não se
interessam por futebol revelou recente pesquisa do Datafolha.
Mas 36% são corintianos, o que
revela uma novidade na capital paulista.
Porque, em regra, pesquisas
nacionais sobre torcidas mostram que o maior contingente é o de não-torcedores.
Assim foi com a pesquisa da mesma
Datafolha no ano passado: 19,4% dos ouvidos disseram não se interessar por
futebol, à frente de 16,5% flamenguistas e 13,6% corintianos.
Não há surpresa.
Gostamos de um autoengano e de
nos chamar de “país do futebol”, arrematada bobagem se nos compararmos à
Alemanha, Argentina e Inglaterra, para citar apenas três países do Primeiro
Mundo do futebol.
Desde que a revista “Placar”, nos
anos 1980, começou a fazer tais sondagens, primeiramente com o Instituto Gallup
e depois com o Ibope, o resultado sempre foi o mesmo: tem mais brasileiros que
não ligam para o ludopédio do que os que ligam.
E mesmo os que ligam, como ainda
demonstrou o Datafolha, não são capazes de escalar o time do seu coração.
Fomos sim, um dia, o país do
“beautiful game”, graças à sucessão de gênios que povoaram a seleção nos anos
1950/60/70/80.
Ninguém desconhecia onde jogavam
Pelé, Garrincha, Didi, Tostão, Gérson, Rivellino, Romário, os Ronaldos,
Rivaldo.
Hoje sobrou Neymar, que joga na
Espanha, e nem é o melhor do mundo.
Envelhecer não é nada bom e, se
não bastasse, faz com que poucas coisas surpreendam o observador.
A primeira vez, muitos e muitos
anos atrás, em que escrevi que não éramos o país do futebol, houve quem visse
ranzinzice e até quem dissesse que um diretor de revista esportiva não deveria
argumentar contra o seu ofício.
É a tal história, embora nem
todos acreditem: jornalista torce, mas não pode distorcer.
Adoraria viver no País do
Futebol.
Mas não vivo.
Sônia Moura, mãe de Eliza Samudio, recorreu na Justiça contra a liberdade do goleiro Bruno...
Imagem: Autor Desconhecido
Sônia Moura, mãe de Eliza
Samudio, recorreu na Justiça contra a soltura do goleiro Bruno – acusado de
mandar matar sua filha em 2010...
Em seu pedido à Justiça, de
acordo com o portal G1, Sônia afirma que a liberdade de Bruno é um risco para a
integridade física dela e do neto, filho de Eliza com o goleiro, além de uma
ameaça à paz social.
“Bruno é uma pessoa fria,
violenta e dissimulada”, alegam os advogados da mãe de Eliza no recurso...
“Ele não foi só condenado por
mandar matar a ex-namorada, mas também por ter ameaçado e a mantido em cárcere
privado durante a gravidez. Sua personalidade é desvirtuada e foge dos padrões
mínimos de normalidade”, sustenta Sônia.
"O paciente (goleiro Bruno) não
só oferece risco, como também já manifestou seu interesse que colocar as mãos
na vítima Bruno Samudio de Souza (filho do goleiro com Eliza)"...
"Teme a embargante (Sônia) que
possa ocorrer com seu neto e consigo mesma, o que aconteceu com sua filha, ser
morta", afirmam os advogados no recurso.
No xadrez também pode haver doping...
Imagem: Autor Desconhecido
No xadrez também pode haver
doping
Estudo científico dá resultados
positivos pela primeira vez com modafinil e metilfenidato
Leontxo Garcia para o El País
A irritação geral dos enxadristas
quando são obrigados a passar por um exame antidoping – a Federação
Internacional de Xadrez (FIDE) pertence ao Comitê Olímpico (COI) desde 1999 –
talvez não seja justificada.
Um estudo recente, publicado pela
revista European Neuropsychopharmacology, aponta que o modafinil, o metilfenidato
e a cafeína (em grandes doses) podem melhorar o seu desempenho, mas com efeitos
colaterais.
E a conclusão é provisória.
Nunca esquecerei o primeiro
controle antidoping do xadrez na Espanha.
Foi no campeonato nacional de
1999, em Cala Galdana (Menorca).
Como a maioria dos enxadristas
urina muito durante as partidas de alta competição, pela tensão nervosa, quase
todos os escolhidos por sorteio para o controle tiveram dificuldade para
fornecer a amostra no fim da jornada.
E assim se chegou à cena
surrealista de uma fila de jogadores no balcão do bar, esperando serem servidos
de uma generosa caneca de cerveja para aproveitar seus efeitos diuréticos.
Desde então não se conhece um
único caso positivo entre os jogadores de elite, embora alguns tenham sido
punidos por haver se recusado a se submeter ao exame como forma de protesto.
Os enxadristas encaram essa
formalidade como uma chateação inútil.
E com bons motivos: os médicos
consultados por este jornal em várias reportagens sempre concordavam: existem
substâncias, como anfetaminas ou betabloqueadores, que podem melhorar o
desempenho de um jogador de xadrez em momentos específicos, mas, além de seus
efeitos colaterais perigosos, é provável que sejam contraproducentes.
Por exemplo, um betabloqueador
pode ajudar um enxadrista muito nervoso a se planejar melhor nas primeiras
horas de uma partida decisiva.
Mas se esse mesmo jogador tiver
pouco tempo, o betabloqueador vai colocá-lo em apuros quando precisar de sua
capacidade de reflexos a 100% para realizar, por exemplo, seis boas jogadas em
um minuto.
E vice-versa em relação às
anfetaminas.
Mas era de se esperar que os
importantes avanços no conhecimento do cérebro e na tecnologia aplicada
acabassem encontrando substâncias específicas para melhorar o desempenho dos
enxadristas.
De fato, um documento da FIDE de
2013 já alertava para a possibilidade de usar modafinil ou metilfenidato em
suas diferentes apresentações comerciais e advertia que ambas estão incluídas
na lista de substâncias proibidas pelo COI.
As duas são empregadas como
medicamentos para outros usos: o modafinil para as pessoas que trabalham em
turnos de dia e noite alternadamente e têm problemas para dormir, por exemplo;
e o metilfenidato para a TDAH (transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade).
O estudo que motivou este artigo,
dos doutores Franke, Andreas, Lieb e outros, consistiu em que 39 enxadristas
jogassem 20 partidas semirrápidas (15 minutos de cada lado para toda a partida)
contra programas de computador.
Divididos em quatro grupos,
tomaram modafinil, metilfenidato, cafeína ou um placebo.
A melhora nos resultados com as
três primeiras substâncias foi de 15, 13 e 9%, respectivamente.
Os autores do estudo advertem que
é preciso fazer outros estudos para confirmar ou não esses resultados.
E especulam que o efeito pode ser
ainda mais positivo em jogos lentos, de quatro ou cinco horas.
No entanto, o doutor Klaus Lieb,
catedrático de psiquiatria e psicoterapia da Universidade de Mainz (Alemanha),
adverte: “Essas substâncias podem causar
efeitos colaterais graves, além de criar dependência”.
No referido documento da FIDE, a
doutora Jana Bellin, presidenta da Comissão Médica da entidade, adverte que o
metilfenidato (comercializado como Adderall ou Ritalina) “tem estrutura e farmacologia semelhantes à da cocaína”.
E a Fundação para um Mundo sem
Drogas diz que a Ritalina pode causar “nervosismo,
insônia, anorexia, perda de apetite, alterações no pulso, problemas cardíacos e
perda de peso”.
Jesús Gandara, chefe de serviço
do Hospital Universitário de Burgos, é um dos mais prestigiados psiquiatras
espanhóis, que consultei para uma reportagem sobre esse assunto em setembro.
Agora ele apresenta nuances importantes:
“Em primeiro lugar, deve-se ter em conta
que essas substâncias não melhoram o desempenho cognitivo, não nos tornam mais
inteligentes. Elas fazem com que nos sintamos mais acordados, aguentemos melhor
a fadiga ou nos concentremos melhor. Mas também devemos ter em mente que os
efeitos não são os mesmos em todas as pessoas; as reações podem ser muito
diferentes de uma para outra”.
Deixando de lado que essas
substâncias fazem parte da lista de proibidas pelo COI, o senhor recomendaria
sua utilização?
“Só em circunstâncias muito específicas e para um uso muito limitado,
depois de estudar seriamente o perfil do paciente. Devemos levar em
consideração que podem produzir ansiedade e dependência, entre outros efeitos
colaterais. Em nenhum caso recomendaria o consumo frequente”.
Embora as conclusões científicas
sejam provisórias, a dedução principal que se pode fazer é que falar sobre
doping no xadrez não é tão absurdo como pensávamos até agora.
O doutor Lieb é taxativo: “Recomendamos que os controles antidoping
nos torneios de xadrez sejam rigorosos”.
domingo, março 05, 2017
Fluminense e Flamengo com as duas torcidas no estádio... venceu o bom senso.
Imagem: Autor Desconhecido
Logo mais às 16 horas teremos Fla-Flu com duas torcidas...
Venceu o bom senso.
Por Ícaro Carvalho.
Após inúmeras liminares (que só
provam a quantidade de brechas na falha justiça brasileira), o principal
personagem vai entrar em campo: o torcedor.
Queriam uma única torcida a
entrar no Nilton Santos na final da Taça Guanabara.... a do Fluminense.
Foi aí que refleti: "imagina
só, um Fla-Flu, o clássico tão idolatrado por Nelson Rodrigues, com apenas um
grito vindo das arquibancadas".
Uma pena...
O que me surpreende é ver o
Ministério Público acreditar que não teríamos flamenguistas infiltrados no meio
dos tricolores.
Se fosse o contrário, daria no
mesmo.
A decisão de ter apenas uma
torcida em estádios com intuito de inibir a violência é burra, preguiçosa e
teoricamente a mais cômoda.
Já está provado que não resolve
nada: confrontos foram registrados em partidas com torcida única, aqui mesmo no
Brasil.
E mais: é o Poder Público
afirmando com todas as letrinhas que é incompetente e que está se rendendo às
mãos de marginais que não vão ao estádio para torcer pelas suas agremiações,
mas, sim, para provocar arruaças e confrontar os rivais.
Uma mudança radical tem de ser
feita com relação à violência nas torcidas: punir o(s) indivíduo(s)
responsável(is) por toda essa bagunça, e não os verdadeiros amantes e
apaixonados pelos seus clubes.
Que o Fla-Flu aconteça com o estádio
cheio e com gritos de Mengoooo de um lado e Nenseeee do outro...
O futebol é um bolo, a cereja é o
torcedor.
ABC e Globo decidem hoje a Taça Cidade do Natal - Primeiro Turno do Campeonato Potiguar de 2017...
Imagem: FNF
Às 16 horas no Estádio Maria
Lamas Farache teremos a partida de volta pela final da Copa Cidade do Natal...
ABC e Globo, depois do empate na partida
de ida, finalmente decidem.
O Globo aproveitou a parada no
campeonato, acredito eu, para corrigir defeitos e buscar formas de surpreender
seu adversário...
Já o ABC, disputou partidas
estressantes, conseguiu avançar na Copa do Brasil e leva um ligeiro favoritismo.
Portanto, deveremos ter mais
tarde um jogo bastante interessante...
A Justiça no Brasil tanto tarda que acaba falhando...
Imagem: Autor Desconhecido
Bruno fora da cadeia: a Justiça
tanto tardou que falhou.
Preso e condenado por
assassinato, o ex-jogador encontrou na inépcia do Judiciário um caminho legal
para ser solto.
Mas deve voltar para trás das grades.
Por Leslie Leitão e Maria Clara
Vieira
Com a cabeça erguida e ar de quem
não deve nada a ninguém, Bruno Fernandes, 32 anos, ex-goleiro do Flamengo
condenado a 22 anos de prisão pela morte da amante Eliza Samudio, em 2010,
deixou a cadeia em Minas Gerais na última sexta-feira, quase sete anos depois
de ser posto atrás das grades.
Sua liberdade é fruto de uma
brecha — prevista por lei, ressalte-se — propiciada pela inépcia da própria
Justiça.
Atualmente, um condenado pode ir
para a cadeia com sentença em segunda instância, mas Bruno estava preso fazia
sete anos com condenação apenas no primeiro grau.
Na prática, era uma prisão
provisória que já durava sete anos — um óbvio descalabro.
Seus advogados aproveitaram a
brecha, provocada pela excessiva lentidão de todo o processo, e recorreram ao
Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro Marco Aurélio Mello
acolheu o argumento de que Bruno estava na cadeia havia anos sem “culpa
formada” e mandou soltá-lo, em caráter liminar.
Cinco juristas ouvidos por VEJA
concordam: Mello simplesmente fez cumprir a lei.
“A demora em julgar o recurso
extrapola qualquer razoabilidade. O Bruno foi solto pela morosidade da
Justiça”, diz o criminalista Patrick Berriel.
Se e quando seu caso for julgado
em segunda instância, Bruno deverá voltar para a prisão, já que são mínimas as
chances de que venha a ser absolvido pelos desembargadores mineiros.
Ele ainda terá um ano e meio a
cumprir na prisão, antes de avançar para o regime semiaberto.
sábado, março 04, 2017
Os clubes da Espanha e os brindes que oferecem aos árbitros...
Imagem: Autor Desconhecido
Os brindes que os clubes espanhóis oferecem aos árbitros são uma
atitude correta?
Por Oscar Cowley Forner
A polêmica surgiu no jogo do
último domingo (26), disputado entre o Villarreal e o Real Madrid, quando o
time da capital saiu vencedor por 2 a 3 com ajuda da arbitragem no lance do
pênalti de Bruno.
Dez minutos após o primeiro gol
do real (e começo da virada), o juiz da partida, Gil Manzano, apontou para a
marca do pênalti quando o zagueiro Víctor Ruíz tentou tirar a bola da área
dando um chute que bateu tanto no peito como no braço (de forma acidental) do
meia Bruno.
Se a bola bateu na mão, o que não
ficou completamente claro, o juiz não deveria ter dado pênalti uma vez que o
mesmo só pode ser apitado havendo intenção do jogador colocar a mão na bola.
Na saída do estádio, o presidente
do Villarreal, Fernando Roig, notavelmente chateado com o desempenho arbitral
na partida concedeu uma entrevista para a rádio do jornal MARCA na qual
questionou a saída de Gil Manzano e seus auxiliares com bolsas do Real Madrid.
"Gil Manzano e seus assistentes saíram dos com bolsas do Real
Madrid. Isso não está correto, acredito eu", comentou.
Ainda mostrou indignação com o
pênalti que qualificou como um "rebote",
que facilitou a remontada do rival.
O mesmo jornal divulgou uma lista
nestes dias com os presentes habituais dos clubes da primeira divisão espanhola
aos árbitros.
O dato curioso é que apenas 3
clubes entregam presentes quando jogam em casa e fora (o normal é apenas o
clube de casa presentear os árbitros), sendo eles o Real Madrid, o Barcelona e
o Espanyol.
Clubes, exceto o Espanyol,
conhecidos historicamente pelos favorecimentos arbitrais.
É correto presentear os juízes ao
final das partidas?
Isso pode influenciar o
desempenho arbitral?
Deve existir um limite no valor
dos presentes?
De fato, é uma questão
complicada.
Sabemos que este ano, mais do que
nunca, a arbitragem espanhola vem sofrendo duras críticas por parte de todos os
clubes do campeonato.
Times como o Real Betis, Málaga e
Osasuña chegaram a fazer campanhas e reclamações diretamente com a federação
espanhola de futebol pedindo sanções mais duras aos árbitros pelos erros
cometidos durante os jogos.
Até mesmo o Barcelona já fez
diversas acusações (as vezes com razão, outras nem tanto) contra os árbitros,
como no caso do gol fantasma no jogo contra o Betis.
Ainda assim, fica difícil
questionar a integridade de um juiz profissional por conta de brindes com valor
médio de aproximadamente 50 euros.
Porém, um campeonato que possui
uma das piores e mais criticadas arbitragens da Europa não se pode dar o luxo
de permitir que os clubes entreguem qualquer tipo de presente que possa
estimular, quem sabe, um possível favorecimento dentro de campo.
Le Monde denúncia propina na escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica...
Imagem: Autor Desconhecido
França investiga suposto esquema de propina na escolha do Rio como sede
olímpica
Diário francês ‘Le Monde’ aponta que empresário brasileiro, amigo do
ex-governador Cabral, pagou propina a filho de membro do COI
Maria Martin, do Rio de Janeiro para o El País
O Ministério Público Financeiro
da França está colocando em dúvida a legalidade do processo que levou a Rio de
Janeiro a se tornar sede dos Jogos Olímpicos no ano passado.
Segundo o jornal Le Monde, há
“provas concretas” de que aquela eleição, celebrada em 2 de outubro de 2009,
não foi jogo limpo e que dinheiro de propina poderia ter sido usado para
influenciar os votos que acabaram descartando as concorrentes Tóquio, Chicago e
Madri.
Os investigadores franceses
afirmam que, três dias antes da escolha do Rio, o empresário brasileiro Arthur
Cesar de Menezes Soares Filho pagou 1,5 milhões de dólares (4,8 milhões de
reais) ao filho de Lamine Diack, então presidente da Associação Internacional
das Federações de Atletismo (IAAF, nas suas siglas em inglês) e membro
influente do Comitê Olímpico Internacional, órgão responsável pela eleição da
cidade-sede.
Arthur Soares, apelidado de “Rei
Arthur” pelo seu poderio nos negócios e capacidade para captar concessões
públicas, é amigo do ex-governador do Rio Sergio Cabral, preso desde novembro
acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, e uma das autoridades que comemorou
em Copenhague a vitória do Rio como anfitriã.
O Rei Arthur, na mira da mesma
operação que prendeu Cabral, era visto como o maior fornecedor de mão de obra
terceirizada para o governo fluminense, ao receber quase três bilhões em
contratos durante o Governo Cabral (2007-2014).
A operação, revelada graças a
documentos facilitados pelo fisco norte-americano, foi feita através de
empresas dos interessados.
Segundo Le Monde, o dinheiro saiu
de uma conta da Matlock Capital Group, um holding de Arthur Soares baseado nas
Ilhas Virgens britânicas, e foi transferido para a Pamodzi Consulting, uma
companhia fundada por Papa Massata, filho de Lamine Diack, em Dakar, no
Senegal.
Papa Massata Diack, sempre
segundo Le Monde, recebeu ainda, no mesmo período, mais 500.000 dólares da
Matlock Capital Group em uma outra conta da Rússia.
Foi o escândalo de dopagem do
atletismo russo, investigado originalmente por Mônaco, sede da IAAF, em
colaboração com a França, que levou os investigadores a toparem com atividades
que consideraram suspeitas ligadas a escolha do Rio.
Papa Massata, que já foi
consultor de marketing da IAAF e mora no Senegal, é alvo de uma ordem de busca
emitida pela Interpol e foi afastado de maneira permanente do mundo do
atletismo por suspeitas de corrupção e chantagem no escândalo de doping russo.
O pai, Lamine Diack, está sob
custódia na França acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no mesmo caso que
investiga a existência de um esquema de propinas para ocultar o sistema de
dopagem institucionalizado de atletas na Rússia.
Perguntado pelo diário francês
sobre as acusações, Papa Massata limitou-se a dizer:
“Boa sorte com a matéria!”.
Mario Andrada, porta-voz do
Comitê Rio2106, afirmou que a eleição foi limpa:
“Rio ganhou por 66 contra 32 votos, a vitória foi clara”.
Um segundo membro do COI estaria,
segundo Le Monde, envolvido no suposto esquema de compra de votos.
Conforme revelam os documentos do
fisco norte-americano, Papa Massata Diack transferiu, através da sua empresa e
no dia da eleição do Rio como sede, 299.300 dólares a uma companhia chamada
Yemli Limited.
A empresa, baseada no paraíso
fiscal das ilhas Seychelles, está associada a Frankie Fredericks, ex-atleta
namibiano, auditor dos votos da escolha da sede e presidente da comissão que
avaliará a escolha da sede olímpica de 2024.
Nesta sexta-feira, o COI afirmou
que pedirá às autoridades francesas informações mais detalhadas sobre a denúncia
feita pelo diário francês.
“Continuamos totalmente comprometidos em esclarecer essa situação,
trabalhando em cooperação com o procurador”, disse em um comunicado o
porta-voz da entidade, Mark Adams.
“Essa cooperação já levou ao fato de que Lamine Diack, que foi membro
honorário do COI, não tenha mais qualquer função dentro da entidade desde
novembro de 2015”, completou Adams.
O COI defendeu a inocência do seu
outro colaborador.
“De acordo com Fredericks, o suposto pagamento foi feito pela Pamodzi
Sports Consulting, administrada por Papa Massata Diack e em conexão com a
promoção, desenvolvimento de propriedades esportivas relacionadas com o
programa de marketing da IAAF”, disse a entidade em um comunicado.
“O COI confia no fato de que Fredericks apresentará todos os elementos
para provar sua inocência contra essas alegações feitas pelo Le Monde”.
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