A justiça brasileira é morosa, cara, distante do homem comum e quase sempre cheia de brechas, rachaduras e até rombos gigantescos para quem for bem aquinhoado e puder contratar um grande escritório de advocacia.
Mas, vez por outra, um cochilo aqui e outro acolá, acabam acontecendo e então, vesse que se tudo seguisse um padrão de rígida igualdade, nem sempre os melhor providos conseguiriam arrastar por anos a fio suas pendências até que o benefício da prescrição os salvasse de arcar com suas responsabilidades.
O texto acima pouco tem haver com a informação abaixo, afinal, o vencedor da causa é um gigante do mundo empresarial (apesar de estar tendo que se explicar perante a lei) e o perdedor é um homem com um vasto ciclo de relações pessoais e de negócios, capaz de mantê-lo a salvo da maioria das demandas contra ele estabelecidas, mas para quem gosta de ver a prepotência e arrogância perder, mesmo que seja por um simplório 1x0, valeu apena esperar tanto tempo.
Foram 12 anos de demanda judicial.
Eurico Miranda terá sua elegante e luxuosa mansão na praia, leiloada para pagar uma indenização à Parmalat.
A casa foi avaliada em 1,2 milhões de reais e Eurico numa tentativa de conservá-la, doou o imóvel para seu filho, mas a justiça considerou a ação uma fraude e anulou a doação.
O imóvel será posto em leilão para que Eurico pague à Parmalat indenização por ter em 1997, insinuado que a empresa teria pagado ao árbitro Sidrak Marinho, 300 mil reais para, ele beneficiar o Palmeiras.
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