Lá vai o Alecrim subindo a ladeira... Alecrim 2x0 Treze - Série D 2009.

A classificação antecipada do Alecrim trouxe de volta ao Machadão velhos alecrinenses que há muito não acompanhavam a equipe, juntou curiosos, simpatizantes e certamente, está causando imensa satisfação aos membros da FERA (Fiéis Esmeraldinos Radicais), que de ferozes e radicais nada tem, pois não pregam violência, não vaiam sua equipe e nem tão pouco deixam de tocar suas buzinas, batucar seus tambores e torcer por seus “craques”, mesmo diante de uma derrota irremediável.

A FERA deveria ser exemplo, deveria ser exaltada e mostrada para todo o país...

A FERA é exemplo de amor incondicional, de fé irredutível e de presença constante, mesmo que por vezes, caibam num único ônibus.

A Fera vai, a FERA torce, mas a FERA não sofre...

Talvez a FERA no máximo se entristeça.

A FERA é antes de tudo amor plantado, regado e cultivado por anos de dedicação total e absoluta...

A FERA só quer ter o prazer de ver suas onze camisas verdes correndo atrás da bola...

Vencendo ou perdendo, eles sempre estarão num cantinho qualquer do estádio, pequeninos em número, mas muito mais barulhentos que qualquer multidão.

O som que produzem não está carregado de ódio pelo adversário, mas de ternura pelo seu clube...

Se a vitória lhes sorri, eles choram, berram, riem, bebem, pulam, abraçam e vão embora com o coração aos saltos...

Se a derrota é certa, eles choram, silenciam, bebem, se confortam num abraço fraterno e vão embora com o coração leve, pois seu amor não é refém do resultado, seu amor não necessita da vitória para humilhar o derrotado...

Para a FERA, ser alecrinense já é bastante!

Só o árbitro, coitado, se arrisca a ser “soterrado” por mil palavrões, mas isso tem uma explicação: quantas e quantas vezes, a FERA assistiu consternada a lei ser burlada, só por estar do outro lado, uma “camisa mais pesada”.