segunda-feira, dezembro 24, 2012

Sem dinheiro, Vasco se volta para as bases...




A situação econômica do CR Vasco da Gama é catastrófica e em curto prazo impossível de resolver...

Vítima de gestões incompetentes, desorganizadas, temerárias e irresponsáveis, o clube vive talvez, a sua pior crise.

Mas, não há razão para espanto ou surpresa, o tempo cobraria a fatura, mais cedo ou mais tarde.

Portanto, é chegada a hora de arcar com as consequências e buscar saídas para a falência que só não ocorreu por ser o Brasil, um país avesso a medidas austeras e rígidas.

Sem mais como enrolar, o presidente Roberto Dinamite resolveu mexer fundo na estrutura gerencial do departamento de futebol.

Trouxe Renê Simões para dirigir o futebol, Ricardo Gomes voltou como diretor técnico e Gaúcho permaneceu como treinador...

Não se pode negar que o trio tem um passado limpo e conhecimento bastante para arrumar a casa, enquanto a tormenta lança raios, ventos, trovões e muita chuva sobre São Januário.

Uma das primeiras medidas de Renê Simões foi marcar uma reunião com Mauro Galvão, coordenador das categorias de base e com Sorato, treinador dos juniores para uma conversa...

No encontro, Simões informou que a partir de janeiro, o objetivo é padronizar a forma de jogar de todas as categorias que compõem o futebol vascaíno.

Isto é, todos irão jogar no mesmo esquema tático que a equipe principal estiver praticando.

Na verdade, o que Simões propôs nada tem de novidade...

A seleção da Alemanha já usa o método a mais de 50 anos, mas os clubes só começaram a atentar para o fato depois que o Barcelona passou a usar o modelo alemão e, pelo que se percebe, deu certo.

A minha dúvida é se vai funcionar por aqui...

Na Europa, os presidentes eleitos pouco ou quase nada mexem na estrutura administrativa e gerencial dos clubes, mas aqui, é a primeira coisa que fazem os eleitos.

Só para se que tenha uma ideia do tipo de organização implantada no Barcelona, o treinador que está substituindo Tito Vilanova, recém-operado de um câncer na glândula parótida, é Jordi Roura, que assim como Tito, fez parte do grupo de auxiliares de Pepe Guardiola, que por sua vez, vem junto com os dois anteriores do grupo montado por Johan Cruyff.



Um comentário:

Alexandre Valente disse...

Acho que aqui não vai da certo, primeiro que os times aqui do Brasil trocam de técnicos a todo momento e quando os técnicos chegam sempre trazem uma comissão técnica nova, acho que no Brasil só o São Paulo que tem uma comissão técnica do clube e contrata só o treinador, talvez no São Paulo desse certo esse modelo de padronização.