Imagem: Autor Desconhecido
Não existem planos para o
futuro...
O que existe é apenas desejo de
concretizar um sonho, uma vontade.
Todos nós, costumamos fazer
planos para o amanhã...
Infelizmente, quase nunca, levamos
em consideração o imponderável.
Samir Qutaini (de turbante vermelho e branco), jovem sírio,
residente em Alepo, no norte da Síria, havia projetado seu futuro como jogador
de futebol...
Sonhava como todo menino, seguir
os passos de seu ídolo.
Queria ser Messi...
Se não igual, próximo.
“Jogava de atacante e era
bastante bom... fazia muitos gols”.
Fazia...
Os sonhos de Samir ruíram como ruiu
a maioria dos prédios e casa de sua cidade natal.
A guerra civil que assola a
Síria, já não distingue homens de meninos, a máquina precisa de carne para
moer.
Hoje, Samir não vai mais a
escola, a equipe em que jogava não existe, assim como não existe mais a casa
onde vivia com seus pais.
Sua vida mudou e seus projetos
para o futuro se resumem em manter-se vivo até o novo raiar do sol.
“Meu sonho era ir para a Espanha
e jogar ao lado de Messi, de Iniesta e Xavi... agora, meu desejo é viver para
ver Al Asad fora do poder”.
Perguntado como se sentia diante
de seus sonhos destroçados, Samir disse:
“A gente descobre que não se pode
fazer o que se quer, mas sim, aquilo que precisa ser feito. A Síria não precisa
de meus gols, precisa de meu sangue e eu aqui estou... quero viver pela Síria, mas
não temo morrer por ela”.
Um comentário:
Nesse caso só se pode doar a vida quando faz parte das idéias dos outros?
Todo ser humano doa a sua vida por sua causa. É só chegar a hora.
A não ser que ele não tenha causa nenhuma para viver.
Até Jesus que se achava um DEUS fez a sua doação.
Nada de anônimo:
José Carlos de Medeiros
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