Ontem ao chegar em casa e ligar o
computador, me deparei com a notícia da morte de Jorge Demolidor...
Foi muito ruim, ler, letra por
letra, o que estava estampado na minha frente.
Não vi Jorge Demolidor jogar aqui
no Rio Grande do Norte...
Mas foi aqui, em Natal, que o
revi.
Conheci o atacante Jorge
Demolidor, no Rio de Janeiro, vestindo a camisa do São Cristovão Futebol e
Regatas...
O São Cristovão do goleiro Franz,
do lateral direito Triel, dos meio campistas, Mafra e Ivo Sodré, de Madeira,
que tanto jogava como ponta direita, como quando preciso, substituía Ivo no
meio campo e, do ponta esquerda Humberto.
Jorge e essa turma não
conseguiram expressivos resultados, no São Cristovão...
E nem podiam...
Mas, aprontavam.
Naquela época, Jair Pereira em
fim de carreira jogava no Bonsucesso.
No Olaria, Pedro Paulo era o
goleiro e, Mario Tito, Vantuil e Roberto Pinto, lhe faziam companhia.
No Fluminense, Félix, Marco
Antônio, Denílson, Gérson, Cafuringa, Artime e Silveira davam as cartas.
No Botafogo, Wendell, Scala,
Rildo, Roberto, Jairzinho e Carlos Roberto, eram os caras.
No Flamengo, Renato era o dono do
gol...
Rodrigues Neto, Zanata, Reyes, Rogério,
Doval, Arilson, Paulo César Caju e um menino chamado Zico, eram seus
companheiros.
No Vasco da Gama, Andrada, Miguel,
Alcir, Tostão, Silva, Ferreti, Gilson Nunes e um garoto apelidado de Roberto
Dinamite, jogavam bola por lá.
Mas quem viu jogar a turma com
quem jogou Jorge Demolidor, naquele tempo, sabe que eram jogadores que hoje,
colocariam no bolso muito perna de pau da Série A e, jogariam fácil em qualquer
uma equipe da Série B.
Jorge e sua turma chegaram em
quarto lugar no segundo turno do Campeonato Carioca de 1972 e foram eles, que
tiraram a chance do Vasco de brigar pelo título, no empate em 2 a 2, no
Maracanã...
Jorge Demolidor, o vice
artilheiro do campeonato de 1972 tinha um sonho...
Vascaíno, queria jogar no Vasco.
Seu salário no São Cristóvão, era
de CR$ 600,00 (seiscentos cruzeiros) e, ele, chegou a ser sondado...
Mas o destino não quis...
Estava surgindo, vindo das
bases, Roberto Dinamite.
Pois bem, esse foi o Jorge Demolidor
que conheci...
Jorge que chegou ao São Cristóvão
levado pelas mãos do goleiro Franz, depois de se destacar no infantil do Canto
do Rio de Niterói.
Ainda não morava em Natal quando
ele aqui, ao lado de Danilo Menezes e Alberi, repetiu os gols que cansou de
fazer no Rio e se tornou ídolo da torcida do ABC...
Infelizmente, eu já morava em
Natal e pude, nas outra vezes que o encontrei, ver sua decadência...
Ontem, li sobre seu triste e
solitário fim aos 63 anos.
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