quarta-feira, junho 10, 2015

Arbitragem brasileira: exigências absurdas provocam atitudes ridículas...

Muito tem se falado a respeito da postura dos árbitros nas partidas da temporada de 2015...

A Comissão Nacional de Arbitragem da CBF tem exigido maior rigor contra reclamações e os árbitros tem usado critérios cada vez “estranhos” para definir o que é ou não desrespeito a eles e às regras.

Daniel Cassol, pesquisando algumas súmulas encontrou essas pérolas:

- Lisandro López, centroavante do Internacional, foi expulso da partida contra o Coritiba no domingo passado por ter recebido dois cartões amarelos – o segundo, por reclamação. O árbitro André Luiz de Freitas Castro não tolerou o protesto do jogador colorado, que disse as seguintes palavras: “Não foi nada, não foi para cartão amarelo. Não fiz nada, por que você fez isso? ”. Lisandro López foi além em seu ato de desrespeito contra arbitragem. “Deixou o campo sem maiores problemas”, informou Castro.

- Muito pior fez Gilberto, atacante do Vasco, na derrota para a Ponte Preta em São Januário, no dia 3 de junho. Após receber um cartão amarelo por reclamação, o vascaíno proferiu ofensas absurdas contra o árbitro Heber Roberto Lopes. “Caramba, brincadeira! ”, bradou Gilberto, não tendo outra alternativa o árbitro senão expulsar o jogador.

- Coloquem-se no lugar de Anderson Daronco. Imaginem que o árbitro estava lá, fazendo seu trabalho durante a partida entre Cruzeiro e Ponte Preta no Mineirão, quando o treinador da equipe visitante, o senhor Guto Ferreira, adentrou o gramado após o final do primeiro tempo para proferir estas odiosas ofensas: “Eu não reclamei das decisões dele, é muita pressão em cima da gente, só desabafei com meu banco”.

É caso para vermelho direto!

- Os treinadores realmente estão passando dos limites. Imaginem que no jogo entre Corinthians e Chapecoense o treinador da equipe catarinense, Vinícius Eutrópio, reclamou com gestos (com gestos!) de uma não marcação do árbitro Marcelo de Lima Henrique. Eutrópio levantava e abaixava os braços, vejam vocês, e gritava: “Foi falta, foi falta”.

Um acinte.

Expulsão correta.

- E o que dizer das comemorações de gol? Douglas Coutinho, do Atlético Paranaense, marcou o gol da vitória contra o Atlético Mineiro e correu para abraçar torcedores, caindo em prantos logo em seguida. O árbitro corretamente viu excesso na comemoração de gol. E Bruno Henrique, que foi além e subiu as escadas para festejar junto à torcida o gol da vitória contra o Palmeiras?

Rua para eles.

Não é à toa que o número de cartões aplicados este ano no Campeonato Brasileiro está batendo todos os recordes.

Um comentário:

Valdy Freire disse...

Ridículo? Patético? hilariante? Não, por trás desta determinação existe um objetivo bastante claro: Desviar as atenções dos casos de corrupção que estão sendo expostos no futebol brasileiro.