Enquanto aqui os dirigentes
precisam chorar, implorar, choramingar e inundar as redes sociais com frases
melodramáticas para conseguir adesão aos programas de sócio torcedor, em Dortmund,
na Alemanha, o Borussia, dos 55.000 carnês de temporada colocados à disposição
de seus torcedores, para a temporada 2014/2015, já renovou 54.907...
Para que não apareçam argumentos
do tipo: a Alemanha é rica...
Ou: os torcedores ganham bem e coisas do
tipo, pesquisei sobre como é a relação entre o Borussia Dortmund e seu
torcedor.
Achei o ótimo texto abaixo, que
explica bem direitinho como tudo funciona...
Entenda como o Dortmund fideliza
seu sócio torcedor
Por Walter Paneque, do Muralha
Amarela
Nesta semana o Borussia Dortmund
anunciou os preços de seus bilhetes para os 17 jogos da próxima temporada da
Bundesliga.
Nas linhas a seguir, um resumo de
como o BVB se relaciona com o torcedor aurinegro.
O associado: esqueçam o método
utilizado no Brasil de categorização dos associados.
O Borussia Dortmund conta com um
plano único para quem quer ser sócio; seja ele de classe média ou milionário, a
categoria de sócio torcedor é a mesma, com taxa anual de 60 euros para estar
vinculado ao clube.
Os preços podem variar, porém, em
duas situações: menores de 18 anos pagam metade (30 euros/ano), e no pacote
família, que inclui um casal e filhos até 18 anos (120 euros/ano).
Uma vez associado, o torcedor recebe
mensalmente uma revista com entrevistas e informações de eventos organizados
pelo BVB, tem direito a participação nas assembleias do clube e recebe até um
presente de boas-vindas da loja oficial do Borussia.
Além disso, tem total prioridade
para compra dos ingressos avulsos, tanto para os jogos em casa quanto fora.
Bilhetes da temporada: o pacote
de ingressos para todos os 17 jogos do clube no Westfalenstadion na temporada
da Bundesliga está disponível apenas para sócios – vinculados há no mínimo seis
meses.
Os preços são convidativos:
Enquanto no Brasil alguns clubes
buscam aumentar a renda de seus jogos subindo o preço do ingresso e
penalizando, muitas vezes, o bolso do torcedor, o Borussia mostra que o segredo
é seguir o caminho contrário.
Um pai que quer levar o filho
para ver todos os 17 jogos na Muralha amarela, por exemplo, não gasta mais do
que 60 reais por partida.
E é importante ressaltar: com boa
infraestrutura de acesso e segurança.
Mesmo após uma temporada ruim
como 2014/2015, a previsão do clube é de que os pacotes anuais se esgotem em
menos tempo do que no ano anterior.
Do blog: (já aconteceu, como informei acima)
Com uma média de 80.411 pagantes,
o Borussia consegue, em sua pior temporada dos últimos anos, novamente liderar o
ranking de público da Bundesliga.
Seguir o exemplo do Dortmund pode
ser uma questão de gosto, ou de cultura, até porque não é o único e nem exceção
na forma de se relacionar com o sócio torcedor, mas muitos clubes no Brasil e
no mundo perdem um grande espaço ao não abrir os olhos para o óbvio.
O torcedor deve ser visto, em
primeiro lugar, como parte do clube, e só depois como fonte de arrecadação.
Enquanto as instituições pensarem
primeiro no dinheiro e só depois na paixão, podem ficar sem uma coisa, nem
outra.
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