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Sem Samsung, CBF perde mais um
patrocínio em período de crise
Contrato da empresa sul-coreana
iria até 2018, mas foi rompido
Por Duda Lopes/Máquina do Esporte
A Samsung não patrocina mais a
CBF.
A empresa resolveu romper o
acordo que mantinha com a entidade desde 2013.
O contrato entre as partes era
válido até 2018, mas a companhia resolveu encurtar a parceria.
Essa é a quinta marca que deixa a
seleção brasileira nos últimos dois anos, período de crise na economia
brasileira.
Oficialmente, a Samsung usou como
justificativa uma revisão em sua estratégia de patrocínio.
No entanto, segundo a Máquina do
Esporte apurou, a companhia alegou para a CBF momento financeiro delicado para
romper o acordo com a confederação de futebol.
Globalmente, 2016 tem sido um ano
difícil para a marca sul-coreana.
Além do prejuízo bilionário com o
caso Galaxy Note 7, a companhia ainda teve nome vinculado a um escândalo
político no Coreia do Sul.
Ainda assim, segundo a Samsung,
não houve influência dos casos para o mercado brasileiro, e a decisão se deve
exclusivamente a uma mudança de planos para o esporte.
Agora, Samsung e CBF discutem na
Justiça pelo valor de rescisão de contrato.
A empresa já se comprometeu em
pagar a multa prevista no acordo, mas a fixação dos valores em dólares criou um
empecilho para um rompimento mais amigável.
A multa é de US$ 20 milhões, e a
Samsung alega que o pagamento deve ser feito com a cotação do dólar da época em
que o contrato foi assinado, cerca de R$ 2,50.
Hoje, a moeda americana está em
R$ 3,42, o que levaria a uma diferença de quase R$ 20 milhões no valor.
Nos últimos anos, quando o Brasil
entrou em período de recessão econômica, a CBF já havia perdido outros quatro
patrocinadores.
Gillette, Sadia, Michelin e
Unimed deixaram a entidade após o término da Copa do Mundo de 2014.
A situação foi amenizada apenas
com a chegada de Ultrafarma e Cimed.
A companhia sul-coreana, que tem
apostado em conteúdo para suas plataformas de tecnologia, fez uso da seleção
brasileira até o fim dos Jogos Olímpicos, evento que também contou com o aporte
da marca asiática.
Outros patrocínios da empresa
foram mantidos, inclusive com Gabriel Jesus, um dos astros da atual seleção
brasileira.
A Samsung ainda conta com outros
nomes do esporte, como o surfista Gabriel Medina e os jogadores de vôlei Bruno
Rezende e Jaqueline Carvalho, usados durante os Jogos do Rio.
Procurada, a CBF não quis se
pronunciar sobre o caso.
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