Atrasada, estressada
e por fim, surpreendida pela boa vitória do ABC
Por Lígia Carvalho
Atrasada.
Foi assim que começou minha terça de futebol.
Quem me conhece sabe que se tem uma coisa que eu odeio nessa
vida é atraso.
Já cheguei ao Frasqueirão estressada e perdendo entre 10 e
15 minutos do jogo.
Desci do carro igual o Ronaldinho Gaúcho nos tempos de
Barcelona: driblando todos os torcedores retardatários que chegavam ao Frasqueirão
e estavam no meu caminho até a portaria.
Essa que nunca tem ninguém, mas hoje, logo hoje, tinha filha
para entrar.
Passei na segurança dando carteirada para não passar na
revista e atrasar ainda mais.
Subi correndo as escadas das cadeiras, foi de lá que assisti
ao jogo, e me acomodei em um lugar coberto. Parece que eu já estava prevendo.
Me acomodei ofegante.
E toda essa pressa para que?
Para assistir um ABC diferente em campo.
Começando pelo banco com a comissão técnica.
Dessa vez não era a barriga saliente de Geninho que se
destacava por ali.
Os jogadores titulares também eram outros e isso não era
tanto por opção do novo técnico, Marcio Fernandes. 5 era o número de
desfalques.
Reconhecer quem estava usando cada número na camisa foi meu
primeiro desafio.
O segundo foi acompanhar o jogo ruim que vimos.
Sem Zotti, suspenso, o ABC perdeu muito da qualidade do
passe pelo meio de campo. As jogadas eram mal pensadas e mal executadas.
No finalzinho do primeiro tempo, gol do ABC, do camisa 10
Gegê.
No segundo tempo, sufoco.
O Alvinegro recuou e o Brasil de Pelotas tentou colocar uma
pressão.
A sorte do Mais Querido foi contar com Edson no gol, que fez
belas defesas e para mim, foi um dos destaques da partida ao lado do autor do
gol, Gegê, e dos laterais Bocão e Levy.
Se dependesse de Daniel Cruz...
A bola parecia estar pegando fogo quando chegava ao
atacante.
Ruim para a atuação é elogio.
Começou uma chuva e logo entendi: a vitória finalmente
chegaria para o ABC.
O peso diminui um pouco nas costas do time, mas nada que dê
para relaxar.
Ainda há muito a se melhorar.
A atuação não foi boa, longe disso, mas aguardamos para ver
um ABC diferente em campo, e agora eu não estou falando apenas dos rostos
dentro das quatro linhas.
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