Imagem: Arquivo Pessoal
Em crise de imagem, federação espanhola vê queda no faturamento
Entidade projeta queda de 22% nos patrocínios com crise de imagem pela
prisão de presidente Àngel María Villar
Por Adalberto Leister Filho, para o site Máquina do Esporte
A prisão do presidente da RFEF
(Real Federação Espanhola de Futebol), Ángel María Villar, já gera perdas
financeiras para a entidade.
Na semana que vem, as contas da
entidade serão votadas e a estimativa é que o faturamento para 2017 com
parceiros comerciais atinja € 25 milhões, o que representaria uma queda de mais
de 22%.
Com isso, a arrecadação voltaria
ao patamar de 2012, em momento no qual a Espanha ainda sofria com os efeitos da
estagnação econômica.
Atualmente, os únicos
patrocinadores com contrato até a Copa do Mundo da Rússia 2018 são Pelayo
(seguros), Telefónica (telefonia), Cruzcampo (cerveja) e Sanitas (plano de
saúde).
A Telefónica desembolsa € 6
milhões por ano e irá digitalizar o Centro de Treinamento de Las Rozas, usado
pela seleção.
Já a Iberdrola (energia) deixou
de fazer aporte de € 12 milhões por ano para a seleção masculina para se tornar
apoiadora exclusiva do time feminino.
Os demais parceiros atuais da
RFEF são Air Europa (companhia aérea), LG (eletroeletrônicos), Emidio Tucci
(marca que integra o portfólio da rede de lojas El corte inglés) e GLS
(logística).
O único contrato de longo prazo
foi firmado com a Adidas em 2015.
O acordo anterior era válido até
2018 e foi renovado até 2026.
A marca de material esportivo é
responsável por um aporte de € 10 milhões.
O processo não é inédito.
Desde
2014, a federação tem sofrido com a debandada de patrocinadores.
Problemas de gestão e falta de
resultados esportivos já provocou a saída de Chevrolet, Banesto, Bimbo, Nissan,
Gillette, ASM, Continetal, Cepsa e Cabreiroá, entre outros.
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