ABC e Goiás se enfrentaram na
noite desta sexta-feira, no Frasqueirão.
Os dois em situação semelhante:
querendo se livrar da degola.
O alvinegro, já com a corda no
pescoço, tentava um último suspiro para quem sabe iniciar uma reação para lá de
milagrosa.
O clube goiano, por sua vez, quer
se livrar da degola e evitar um inédito rebaixamento.
O primeiro tempo foi reflexo da
situação dos dois times no campeonato.
Desorganização, sucessivos chutões,
inúmeros passes errados e cruzamentos sem nexo nem direção, o que resultou em
pouquíssimas chances de gol de ambas as partes.
Para não ser injusto, Lucas
Coelho ainda acertou o travessão num chute.
O sentimento dos torcedores
parecia único: “quando a fase é ruim...”.
Na etapa final, o jogo mudou e as
equipes passaram a criar boas oportunidades.
O ABC chegava com perigo pelos
lados com os seus pontas, Berguinho e Fessin, que tabelavam com seus
companheiros e arrematavam de fora e em alguns lances dentro da área.
Os dois foram exceções, visto que
o setor de criação do time natalense pouco produziu.
Isso obrigava os beques
alvinegros a fazer ligações diretas que em nada resultavam.
Hélio dos Anjos, técnico do
Goiás, colocou o meia Andrezinho em campo, que deu mais velocidade e passou a
criar boas chances para os visitantes.
Em pelo menos três situações, o
goleiro Edson foi obrigado a fazer boas defesas e manter acesa a esperança por
uma vitória.
O jogo animou os torcedores
abecedistas, que mesmo em baixo número, apoiaram o clube incessantemente.
Mas lembra daquela frase lá do
começo?
Quando a fase é ruim…
Pois é.
Aos 38 minutos do segundo tempo,
o time de Goiânia chegou pela ponta direita com Michel, que driblou Levy,
cruzou na área e viu o arqueiro abecedista fazer boa defesa, porém, a bola
bateu no zagueiro Felipe e cruzou a linha bem devagar.
Os jogadores goianos pareciam não
acreditar.
Os atletas do ABC caíram,
incrédulos, inconformados.
Os seus rostos e feições
claramente diziam: “Chegamos tão perto e
mais uma vez vamos perder com gol no final?”
O gol inibiu qualquer nova
investida abecedista.
Após o jogo, Itamar Schülle
parecia mais abatido do que nunca.
Sereno e triste, afirmou que fica
no alvinegro e que não está ali para brincadeira.
Em cinco jogos, são três
derrotas, dois empates e apenas um gol marcado.
Sobre a não escalação do jogador
Bocão, um dos poucos destaques abecedistas nesta temporada, ele afirmou que o
assunto era de responsabilidade do departamento de futebol.
Leonardo Arruda, vice-presidente
de futebol do ABC, confirmou a saída do jogador e alegou que a indisciplina do
atleta vinha sendo algo recorrente, e que o último caso foi o estopim para o
seu desligamento.
O fato é que o ABC caminha a
passos largos para ser rebaixado à Série C pela terceira vez em sua história.
Detalhe: com a derrota de hoje, o
clube completa dois meses sem vencer, ou dez jogos.
A quem diga que é uma campanha
para ser esquecida.
Na verdade, é um ano para ser
lembrado e usado como exemplo para que os mesmos erros não se repitam
futuramente.
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