sábado, setembro 30, 2017

ABC cumpre tabela diante do Goiás e perde outra vez...

ABC e Goiás se enfrentaram na noite desta sexta-feira, no Frasqueirão.

Os dois em situação semelhante: querendo se livrar da degola.

O alvinegro, já com a corda no pescoço, tentava um último suspiro para quem sabe iniciar uma reação para lá de milagrosa.

O clube goiano, por sua vez, quer se livrar da degola e evitar um inédito rebaixamento.

O primeiro tempo foi reflexo da situação dos dois times no campeonato.

Desorganização, sucessivos chutões, inúmeros passes errados e cruzamentos sem nexo nem direção, o que resultou em pouquíssimas chances de gol de ambas as partes.

Para não ser injusto, Lucas Coelho ainda acertou o travessão num chute.

O sentimento dos torcedores parecia único: “quando a fase é ruim...”.

Na etapa final, o jogo mudou e as equipes passaram a criar boas oportunidades.

O ABC chegava com perigo pelos lados com os seus pontas, Berguinho e Fessin, que tabelavam com seus companheiros e arrematavam de fora e em alguns lances dentro da área.

Os dois foram exceções, visto que o setor de criação do time natalense pouco produziu.

Isso obrigava os beques alvinegros a fazer ligações diretas que em nada resultavam.

Hélio dos Anjos, técnico do Goiás, colocou o meia Andrezinho em campo, que deu mais velocidade e passou a criar boas chances para os visitantes.

Em pelo menos três situações, o goleiro Edson foi obrigado a fazer boas defesas e manter acesa a esperança por uma vitória.

O jogo animou os torcedores abecedistas, que mesmo em baixo número, apoiaram o clube incessantemente.

Mas lembra daquela frase lá do começo?

Quando a fase é ruim…

Pois é.

Aos 38 minutos do segundo tempo, o time de Goiânia chegou pela ponta direita com Michel, que driblou Levy, cruzou na área e viu o arqueiro abecedista fazer boa defesa, porém, a bola bateu no zagueiro Felipe e cruzou a linha bem devagar.

Os jogadores goianos pareciam não acreditar.

Os atletas do ABC caíram, incrédulos, inconformados.

Os seus rostos e feições claramente diziam: “Chegamos tão perto e mais uma vez vamos perder com gol no final?”

O gol inibiu qualquer nova investida abecedista.

Após o jogo, Itamar Schülle parecia mais abatido do que nunca.

Sereno e triste, afirmou que fica no alvinegro e que não está ali para brincadeira.

Em cinco jogos, são três derrotas, dois empates e apenas um gol marcado.

Sobre a não escalação do jogador Bocão, um dos poucos destaques abecedistas nesta temporada, ele afirmou que o assunto era de responsabilidade do departamento de futebol.

Leonardo Arruda, vice-presidente de futebol do ABC, confirmou a saída do jogador e alegou que a indisciplina do atleta vinha sendo algo recorrente, e que o último caso foi o estopim para o seu desligamento.

O fato é que o ABC caminha a passos largos para ser rebaixado à Série C pela terceira vez em sua história.

Detalhe: com a derrota de hoje, o clube completa dois meses sem vencer, ou dez jogos.

A quem diga que é uma campanha para ser esquecida.

Na verdade, é um ano para ser lembrado e usado como exemplo para que os mesmos erros não se repitam futuramente.

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