Seis grandes da Premier League exigem desigualdade nas receitas de TV
Desde 1992, os direitos internacionais de televisão são divididos
igualitariamente
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O sistema atual data de 1992.
E sempre foi considerado um
exemplo de igualdade.
Só que tem cachorro grande querendo
que isso seja revisto e modernizado.
Manchester United, Liverpool,
Chelsea, Arsenal, Tottenham e Manchester City afirmam que as receitas dos
direitos internacionais de televisão não podem ser distribuídos de maneira
uniforme.
Em resumo, os seis clubes
ingleses mais ricos querem instaurar uma “desigualdade” e exigem receber mais
do que os concorrentes.
A proposta de que cada equipe
receberia uma quantidade de dinheiro correspondente ao lugar em que terminou o
campeonato na tabela de classificação, ou seja, por mérito, foi apresentada por
Richard Scudamore, presidente da Premier League.
Como não poderia ser diferente, a
ideia foi prontamente negada pelas outras 14 equipes que disputam o torneio.
A justificativa é de que apenas
com direitos de televisão iguais é possível assinar com jogadores de bom nível
e manter a competitividade.
Segundo o jornal britânico The
Guardian, se aprovada, a proposta acabaria com um dos princípios fundadores da
Premier League, que é a igualdade de direitos.
Não é novidade para ninguém que,
nos últimos anos, os direitos de televisão contribuem com uma quantidade
substancial da receita que entra para os clubes.
Diferentemente de 1992, a
popularidade da Premier League na década atual é enorme e a tendência é que
aumente ainda mais.
Na última rodada de conversas
sobre o assunto para as temporadas entre 2016 e 2019, o valor acertado foi de
cerca de 3 bilhões de libras.
A esse valor, podem ser
adicionados mais 5 bilhões de libras por conta da competição entre Sky e BT
para assinantes britânicos, o que já eleva a receita para 8 bilhões de libras
no atual ciclo de três anos.
Para se ter uma ideia, na última
temporada, a de 2016/2017, cada equipe que jogou a Premier League recebeu 39
milhões de libras pelos direitos internacionais.
No total, o Chelsea, por exemplo,
que se sagrou campeão, recebeu cerca de 151 milhões de libras, enquanto o
Sunderland, último colocado e rebaixado, ganhou cerca de 93 milhões de libras.
Os chamados “big six” usam esses
números de receitas totais para argumentar que, nos direitos internacionais, os
números deles em relação aos outros 14 têm que ser diferentes.
Segundo eles, à medida que a
receita global aumenta, como se espera que aconteça novamente quando as
negociações de 2019 a 2022 começarem no final deste ano, os seis devem receber
uma participação maior porque são os que mais são vistos pelos torcedores
espalhados pelo mundo.
Uma reunião em caráter de
urgência foi convocada para a próxima quarta-feira (4), em Londres, para
discutir e finalizar a divisão para os próximos anos.
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