segunda-feira, setembro 18, 2017

Bulls Potiguares: Uma chance para o futebol americano.

Bulls Potiguares: Uma chance ao futebol americano

Por Ana Clara Dantas

Um homem corre disparado numa grama verdinha.

O trajeto é mais difícil do que sugere a cena.

E todos esses que aí estão atravancando o seu caminho?

Passarão?

Talvez.

São muitos homens ocupando o gramado.

Homens grandes e pesados.

Correm.

Tentam chegar a um destino.

Esbarram uns nos outros.

Há muitos homens no caminho.

Estamos num estádio de futebol, mas não se grita gol, América, ABC, ou o que quer que seja.

Grita-se Bulls apenas.

Veste-se verde.

As linhas marcam jardas.

E homens são derrubados na grama igualmente verde.

A bola oval aponta pro adversário como uma lança.

Os homens vestem capacetes e ombreiras.

Estamos num jogo de futebol americano.

Da arquibancada, dá pra ver a plástica e a tática do futebol americano.

Da arquibancada, não dá pra saber o que pensa o quarterback de perna engessada e muletas à beira do campo e fora do jogo.

Sem seu equipamento, o quarterback é um homem nu.

Preocupado e desarmado.

Ele é um dos Bulls.

E mesmo que seja o quarterback, o cérebro do time, ele é antes de tudo, um dos Bulls.

O placar marca 23 a 3 para os adversários, o Cavalaria 2 de Julho.

O jogo é correria.

Literalmente.

Correr e correr.

Como se só restasse isso a se fazer.

Da arquibancada, a gente se reconhece no campo, marcando territórios, derrubando adversidades e sobretudo correndo.

Há muito tempo que os Bulls correm.

E, ao contrário do que sugere o placar do jogo, eles não parecem cansados.

Um time não se limita a jogar em um estádio de Copa do Mundo ou treinar em pracinhas de bairro.

Um time é também quem o acompanha.

O Bulls é grande.

Como é grande o seu elenco e as pessoas que o cercam.

Ah, provavelmente, o caminho também será grande.

Mas não é difícil.

É só correr!


Imagem: Globoesporte.com

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