Série A reuniu 87 marcas na camisa em 2017
Levantamento do Ibope/Repucom
mostra como clubes venderam os seus uniformes no Brasileirão
Por Duda Lopes para o Máquina do
Esporte
Quem acompanhou o futebol
brasileiro em 2017 teve uma avalanche de marcas vindas de uniformes dos 20
principais times do país na temporada.
Um estudo levantado pela Ibope/Repucom
apontou que, ao longo do ano, 87 marcas estiveram presentes em camisas, calção
e meião dos clubes nacionais que disputaram a Série A.
Isso significa que, em média, um
clube de futebol no Brasil teve mais de quatro marcas no uniforme ao longo do ano.
E, para alguns, esse número está
bem abaixo da realidade.
O maior exemplo é a Ponte Preta,
que neste ano foi rebaixada à Série B do Campeonato Brasileiro.
O time paulista foi o campeão de
aportes pontuais; ao longo do ano, sete companhias apostaram no clube sem um
contrato de grande extensão.
Ao todo, a equipe reuniu 15
marcas em suas vestimentas.
Os pontuais, que já foram mais
populares em anos anteriores em campeonatos estaduais e nacionais, não chegam a
ter o maior peso na conta alta de patrocinadores na temporada.
Das 87 marcas, 23 apenas foram
com contratos curtos.
Mas isso também não significou
que o longo prazo esteve no topo das prioridades.
Entre os 20 clubes, apenas a
metade manteve um mesmo aporte máster durante toda a temporada de futebol.
Nesse caso, o campeão de mudanças
foi o Corinthians, mesmo sem nenhum aporte pontual para o máster.
O clube paulista começou o ano
com a Caixa, mas o contrato foi encerrado.
No Paulistão, o clube valorizou a
chegada da Universidade Brasil, que, em definitivo, ficou nos ombros.
E, nos últimos dois meses do ano,
o time jogou com a Cia. do Terno no espaço mais nobre da camisa, em uma
ampliação de contrato com a empresa.
Outra curiosidade apontada no
levantamento é a diferença entre segmentos dos patrocinadores.
Entre os aportes máster, o
financeiro tem amplo domínio, como pode ser facilmente percebido pela massiva
presença da Caixa.
O banco estatal esteve em 15
camisas da Série A ao longo de 2017.
Com Banco Inter, Crefisa e
Banrisul, o setor completou 18 equipes.
Ainda assim, não são os bancos
que formam a maioria dos patrocinadores.
Com 12 marcas diferentes, o setor
de construção foi quem dominou o futebol brasileiro.
Marcas como MRV no Flamengo e no
São Paulo ou Foxlux, no Corinthians, foram as que mais fecharam acordos.
Alimentação, com 10 companhias,
ficou em segundo lugar no ranking, seguida das marcas de material esportivo,
como Nike e Adidas.
Com cinco empresas, o setor
financeiro ficou apenas em sétimo no levantamento.
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