quarta-feira, fevereiro 21, 2018

Barry Bennell, ex-treinador, é condenado na Inglaterra a 30 anos de prisão por abusar de crianças entre 8 e 15 anos...

Imagem: AP
Jason Dunsford e Chris Unsworth se abraçam após a sentença


Barry Bennell, ex-treinador, é condenado a 30 anos de prisão por abusar de 12 crianças de 8 a 15 anos

O inglês treinou a equipe do Crewe Alexandra, hoje na quarta divisão inglesa, durante os anos 80 e 90

Agencias/El País

O ex-treinador inglês, Barry Bennell, foi condenado nesta segunda-feira a 30 anos de prisão por abusar e violar 12 crianças de 8 a 15 anos entre os anos de 1979 e 1991. 

Bennell, de 64 anos, foi funcionário do Crewe Alexandra, equipe da quarta divisão inglesa, e tinha vínculos com o Manchester City e com vários clubes do noroeste da Inglaterra. 

O juiz do Tribunal da Coroa de Liverpool, Clement Goldstone, foi quem ditou a sentença.

"Esse monstro decidiu que era divertido me usar como um brinquedo sexual", declarou uma das vítimas, segundo apurou a BBC. 

Outros homens que sofreram os abusos do ex-treinador confessaram ter pensado no suicídio, ter se envolvido com bebidas e drogas e ter se sentido incapazes de ter relações sexuais de forma normal.

"Para esses garotos, ele apareceu como um deus. Na realidade, era o diabo encarnado. Roubou suas infâncias e sua inocência", declarou Goldstone, enquanto o condenado negava com a cabeça em silêncio. 

O juiz ressaltou que Bennell chantageava os rapazes que resistiam e ameaçava prejudicar suas carreiras esportivas. 

O público que assistiu ao julgamento aplaudiu quando o culpado abandonou a sala.

Na última terça-feira, um tribunal inglês considerou culpado o ex-treinador por 64 casos de abusos sexuais. 

Bennell, que naquele momento não estava presente no tribunal, alegou através de videoconferência que estava doente. 

O promotor o chamou de "predador" e "pedófilo convicto", que abusava sexualmente de crianças pequenas "em escala industrial"

O condenado mudou seu nome para Richard Jones em 1995, quando foi condenado a nove anos de prisão depois de admitir 23 casos de abusos a crianças entre 9 e 15 anos. 

Em 2015, foi sentenciado a dois anos de cárcere por abusar de uma criança de 12 anos em um acampamento de futebol nas proximidades de Macclesfield (noroeste da Inglaterra).

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