Imagem: Autor Desconhecido
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quinta-feira, maio 31, 2018
Salah só não jogará a primeira partida contra o Uruguai...
Imagem: Pixathlon/Rex/Shutterstock
Hani Abu Rida, presidente da federação
egípcia de futebol, após reunião com o médico da seleção, Mohamed Abul-Ela e o
atacante Mohamed Salah, informou que o tempo para recuperação do dianteiro “não
superará três semanas”...
Abu Rida confirmou que o artilheiro vai
participar da Copa, mas não jogará a primeira partida contra o Uruguai.
A partida entre Real Madrid e Liverpool foi vista por 15 milhões de brasileiros...
Imagem: Autor Desconhecido
15 milhões de telespectadores a
final da Liga dos Campeões atingiu no Brasil, segundo dados divulgados pela
Kantar Ibope Media...
Fonte: Máquina do Esporte
quarta-feira, maio 30, 2018
Um homem simples realizou seu sonho e vai a Rússia...
Imagem: Autor Desconhecido
Gabriel Victoria é um dos 63
árbitros assistentes que FIFA selecionou para o Mundial...
Seu caso no é igual ao da maioria
de seus colegas.
O árbitro panamenho realiza um
sonho...
Sonho que vai se realizar a custa
de muito esforço para o homem que divide a função de árbitro de futebol com a
árdua função de coletor de lixo.
O panamenho recebe apenas 100
dólares como pagamento por seu trabalho dentro de campo...
Pai de três filhos, todas as
noites, se uniformiza de verde e vai recolher lixo pela Cidade do Panamá, capital
do país.
“Não tenho vergonha de meu trabalho. Comecei em 1993, pois os salários
da liga panamenha não suficientes para sustentar minha família. Nosso futebol é
semiprofissional.”
O panamenho de 43 anos de idade
tem uma experiência internacional bem interessante, que acabou lhe abrindo as
portas para a Rússia...
Trabalhou como assistente no
Mundial juvenil Sub20 na Nova Zelândia em 2015, na Copa Centenário nos Estados
Unidos e no Mundial juvenil Sub17 na Índia.
Agora, Victoria só consegue dizer
que pretende representar seu país com honra...
Ele chegou ao palco principal.
Messi em busca de mais um recorde...
Imagem: Autor Desconhecido
Messi, com 61 gols, deve superar Ronaldo
Nazário no número de gols marcados por uma seleção sul-americana durante o
Mundial da Rússia...
O brasileiro soma 63 gols.
Porém, o recorde ainda pertence a
Pelé...
O camisa dez da seleção do Brasil
marcou 77 gols e ainda deve manter sua marca por bom tempo.
Quem era Roland Garros?
Imagem: Autor Desconhecido
Quem foi Roland Garros, o aviador que deu nome ao famoso torneio de
tênis francês?
Quando se comemora o centenário de sua morte, o torneio francês
homenageia o homem que dá nome à competição, que morreu em 1918, aos 29 anos,
durante uma ofensiva na Primeira Guerra Mundial
Alejandro Ciriza para o El País
Pouco antes de começar, o torneio
de Roland Garros proporcionou neste domingo uma jornada lúdica e calorosa em
que as crianças parisienses puderam curtir seus heróis de perto.
Participaram do tradicional Kid’s
Day ídolos como Rafael Nadal, Novak Djokovic e Maria Sharapova, que arrancaram
sorrisos e ovações com uma divertida exibição na quadra central de um belo
complexo que lentamente vai mudando de fisionomia por exigência dos novos
tempos.
Na corrida para a modernidade, o
grande torneio francês está atrás dos outros três Grand Slams, mas há um ano
implantou um plano de reestruturação ambicioso para ficar no mesmo nível do
Aberto da Austrália, Wimbledon e do Aberto dos Estados Unidos.
Mas sem perder a essência ou
esquecer as raízes.
Paris é Paris, la grandeur est la
grandeur (a grandeza é a grandeza) e Roland Garros é Roland Garros.
História pura.
No último torneio, nas ruas ao
redor do complexo, muitos fãs carregavam orgulhosamente uma pequena revista em
que não apareciam Nadal, Djokovic e Sharapova; na verdade, não havia tenista
algum em suas páginas.
Na capa, um retrato antigo de um
homem com olhar desafiador, perfilado, com uma boina de trás para a frente e um
curioso bigode.
Uma imagem que, aparentemente, o
faz ter muito pouco a ver com a raquete.
Aparentemente
Tratava-se de Roland Garros,
l’homme qui flirtait avec les nuages (o homem que flertou com as nuvens), como
o descreveu uma manchete da revista Paris Match.
O mito, o combatente, o aviador
que flertava com as nuvens e que, ao contrário do que muita gente pensa, nunca
jogou tênis profissionalmente.
Porque foi um símbolo, herói
nacional e origem do nome do grande torneio francês em 1928, mas nunca tenista.
Neste ano completam-se exatamente
100 anos de sua morte e Paris prepara eventos de grande pompa que acontecerão
ao longo das próximas duas semanas.
“Tudo é pouco para homenageá-lo”, diz o diretor do torneio, o
ex-jogador Guy Forget, para recordar Eugène Adrien Roland Georges Garros,
pioneiro da aviação nascido na Ilha da Reunião, no sudeste da África, que
morreu 30 anos depois durante um combate nas Ardenas, perto de Vouziers.
Um homem que deixou sua marca no
ar e na memória histórica da França, pois se tornou o primeiro piloto que
conseguiu cruzar o Mediterrâneo sem paradas, em 1913, em uma travessia que
começou em Fréjus e terminou em Bizerta (Tunísia), em menos de seis horas.
Tenista e ciclista amador,
naquele mesmo ano conseguiu estabelecer um novo recorde de altitude, atingindo
18.410 pés, e um ano depois, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial,
alistou-se voluntariamente nas forças aéreas do exército francês.
Sua perícia nas nuvens não
impediu que realizasse em 1915 um pouso de emergência na Alemanha, onde foi
capturado.
Permaneceu durante três anos em
um campo de prisioneiros, mas conseguiu fugir usando um uniforme do inimigo.
Depois de passar pela Holanda e
pelo Reino Unido, voltou a Paris e retomou o combate.
Pilotava um SPAD S.VII, mas um
Fokker D VII das forças inimigas o abateu e ele morreu em 1918, quando não
tinha completado 30 anos.
‘Mort pour la France’ e outras honrarias
Pioneiro também no
desenvolvimento de um sistema de metralhadoras que permitia disparar através
das hélices o avião, após a morte foi ganhando reconhecimento.
Mort pour la France – distinção
nacional em honra aos caídos em combate e oficial da Legião de Honra, em 1928
foi homenageado para sempre.
Um ano antes, seus compatriotas
René Lacoste, Henri Cochet, Jacques Brugnon e Jean Borotra – conhecidos como Os
Quatro Mosqueteiros do tênis francês – derrotaram os Estados Unidos na Copa
Davis, em uma série decidida na Filadélfia.
Para sediar a final, a Federação
Francesa de Tênis (FFT) decidiu construir um estádio em menos de um ano, muito
perto da Porte d’Auteuil, que recebeu o nome de Roland Garros.
O precedente aponta para 1891,
quando surgiu o Campeonato da França, mas o nome definitivo (Les Internationaux
de France de Roland-Garros) ficou inscrito depois de o aviador ter sido
abatido, há 100 anos.
Por isso é lembrado por seu país
e pelo tênis.
“Champion des Champions”, sugere uma definição daquela época.
Campeão nas alturas, mas não
tenista.
terça-feira, maio 29, 2018
300 mil pessoas assinaram petição pedindo punição para Sérgio Ramos...
Imagem: Autor Desconhecido
300 mil pessoas já assinaram a
petição que pede a punição de Sergio Ramos pela contusão de Mohamed Salah...
A petição está a disposição no
site Change.org e foi postada por um torcedor.
Eis o seu teor:
"Sérgio Ramos agarrou intencionadamente
o braço de Mohamed Salah por baixo de sua axila, provocando o deslocamento do
ombro. A ação resultou na substituição do jogador em virtude da lesão e colocou
em risco a sua participação no Mundial da FIFA de 2018.
Além disso, continuou atuado de
maneira a ludibriar a arbitragem. Fingiu várias vezes ter recebido falta de jogadores
do Liverpool e, numa delas, Mané recebeu um cartão amarelo de forma injusta,
depois da encenação de Ramos.
Sérgio Ramos representa um péssimo
exemplo para as futuras gerações de futebolistas.
Ao invés de ganhar as partidas
limpamente, usa truques que desafiam o espirito da partida e do jogo limpo. A
UEFA e a FIFA deveriam tomar medidas contra Ramos e jogadores similares,
utilizando gravações de vídeo dos encontros para coibir ações iguais e manter o
espírito do jogo.”
Grupo brasileiro que controla o CA Tubarão negocia compra de clube na Espanha...
Imagem: Autor Desconhecido
Grupo brasileiro negocia a aquisição de um clube de futebol da Espanha
Baltoro já controla o Tubarão, de Santa Catarina, e o Elm City Express,
dos Estados Unidos
Por Murilo Ramos para a Época
O Grupo Baltoro negocia a
aquisição de um clube de futebol espanhol da segunda ou terceira divisão.
O grupo atualmente controla duas
equipes: o Clube Atlético Tubarão (foto), de Santa Catarina, e o Elm City Express, dos
Estados Unidos.
Representante da K2 Soccer, do
Grupo Baltoro, Luiz Henrique Ribeiro está em Madrid na tentativa de encaminhar
o negócio e aprender um pouco mais sobre a Liga Espanhola, um dos principais
torneios do mundo.
A morte de J. Hawilla não zera sua dívida com a Justiça dos Estados Unidos...
Imagem: Autor Desconhecido
J. Hawilla o homem que delatou o
caso FIFA admitindo ter pago propinas ex-dirigentes da CBF e CONMEBOL, morreu
na última sexta-feira, vítima de pneumonia no Hospital Sírio-Libanês, em São
Paulo...
Porém, sua morte não encerra o
caso.
Segundo advogados a morte de
Hawilla deixa em aberto uma dívida milionária em restituições que ele tem de pagar
à Justiça dos EUA por conta dos casos de corrupção em que se envolveu...
O débito terá que ser pago pelo
espólio porque serve de restituição para os prejudicados por suas ações.
Junto com a confissão, Hawilla
acertou os termos do acordo de pagamento de restituição...
No documento definitivo ficou
acertado que o empresário pagaria US$ 151,7 milhões (R$ 550 milhões, que seria
o total do lucro obtido pelo executivo com corrupção).
Desse total, Hawilla já tinha
pago U$ 25 milhões (R$ 91 milhões) ...
O estante, teria que ser quitado
com as vendas das duas empresas pertencentes ao empresário – a Traffic Sports
USA e a Traffic Sports International, ambas sediadas nos Estados Unidos, e
ligadas à matriz brasileira.
segunda-feira, maio 28, 2018
O América vence e termina a primeira fase líder de seu grupo...
Imagem: Rafael Reis para o Universidade do Esporte
América vence Imperatriz/MA e garante primeiro lugar do grupo
Por Mateus Fernandes para o Universidade do Esporte
Pelo último jogo da primeira fase
da Série D, o América derrotou o Imperatriz/MA por 2 a 1, na Arena Barretão, em
Ceará Mirim, com dois gols do atacante Adriano Pardal.
Precisando apenas do empate para
garantir a primeira colocação do Grupo A6, o alvirrubro definiu a partida logo
no primeiro tempo, quando saiu com o placar de 2 a 0.
Os primeiros minutos foram de
dois times se estudando, jogo morno, até que aos 14, o baixinho Adriano Pardal
completou cruzamento da esquerda, abrindo o placar no Barretão.
Com o gol, o time de Natal
pareceu mais tranquilo em campo e logo dominou as ações ofensivas da partida.
Lucas Silva chegou a marcar outro
gol, mas estava impedido.
Aos 35 minutos, valeu, o defensor
do Imperatriz perdeu a bola e a deixou dominada para Pardal carregar e bater
cruzado de canhota para fazer o 2 a 0.
As melhores chances vinham pelo
lado esquerdo do ataque, por lá o América poderia ter ampliado ainda mais o
resultado, no entanto o primeiro tempo acabou assim.
Na segunda etapa, com o resultado
adverso, o clube maranhense teve que se lançar mais ao ataque, porém chegava
sem grandes perigos à meta do goleiro Daniel.
A partida já ia para o final em
clima de tranquilidade, quando aos 41 minutos, em boa jogada trabalhada desde o
campo de defesa, a bola chegou no centroavante Júnior Chicão, que driblou o
zagueiro Negretti e bateu para o gol, descontando a diferença para o
Imperatriz.
O duelo esquentou um pouco e o
América ainda perdeu a oportunidade de fazer o terceiro.
Em jogada da dupla Pardal-Danilo,
o atacante enfiou a bola em profundidade para o lateral, que chegou na frente
do goleiro, ficou indeciso entre chutar e tocar, acabou rolando a bola para
trás, mas não havia ninguém lá.
Felizmente para a torcida
americana o tento não fez falta.
Final de confronto: América 2 X 1
Imperatriz/MA.
O clube de Natal enfrenta o
próprio Imperatriz na próxima fase.
A primeira partida acontece no
dia 3 de junho, no Maranhão.
O que foi dito sobre a contusão de Mohamed Salah...
Imagem: Autor Desconhecido
A repercussão da contusão de Mohamed Salah provocada por Sergio Ramos...
- “Sergio Ramos não deve ter
feito amigos no Egito”
Jürgen Klopp, treinador do Liverpool.
- “Não foi um ato fortuito, e
sim, uma conspiração do lobby sionista.”
Sheik egípcio Jaled al Yundi em
um programa do canal DMC do Cairo.
- “Que Deus se encarregue de
Ramos.”
Jornal Al Watan, do Cairo.
- “Uma noite em que os egípcios
choraram, Ramos, o carniceiro (gazar em árabe), deslocou o ombro de Abu Salah.”
Jornal Al Masry al Youm
Alemanha, a seleção que mais jogou e a que mais marcou gols em Copas do Mundo...
Imagem: Autor Desconhecido
Atual campeã, a Alemanha estará
pela décima nona vez em um Mundial...
Nas Copas, os germânicos fora os que mais jogaram (106) e os que mais marcaram (224).
Na Copa de 2014 os alemães marcaram 18 gols, desempenho abaixo apenas do apresentado em 1954 (25) ...
Com quatro títulos, a Seleção
Alemã acumula 66 vitórias, 20 empates e 20 derrotas ao longo dos Mundiais como
Alemanha Ocidental e Alemanha.
Loris Karius sofre ataques nas redes sociais e a polícia inglesa investiga os agressores...
Imagem: Mundo Deportivo/Ina Fassbender/GTRES
A polícia de Merseyside*
confirmou neste domingo ao diário The Telegraph que está investigando as
centenas de ameaças de morte e mensagens de ódio enviadas a Loris Karius,
goleiro do Liverpool...
Uma das mensagens dizia: “Matarei sua filha, matarei sua
filha”.
Outra afirmava: “Teus filhos merecem morrer de
câncer. Espero que toda sua família morra de câncer”.
Um porta voz da polícia de
Merseyside afirmou: “Nós tomamos muito a sério as
mensagens vindas das redes sociais e aquelas que forem identificadas, os
responsáveis irão responder”.
“Que fique bem claro para os
usuários das redes sociais que qualquer mensagem maliciosa ou que sejam
ameaçadoras serão investigadas”, assegurou o representante da polícia.
* Merseyside é um condado,
localizado no Noroeste da Inglaterra...
O nome deriva do rio Mersey e
compreende uma área urbana formada por cidades e vilarejos que foram surgindo e
se desenvolvendo lado a lado pelo estuário do Mersey ao lado de Liverpool - em
1974, Merseyside foi transformado num condado metropolitano.
O legado da Copa sonegado pela CBF...
Imagem: Ricardo Stuckert - Divulgação
O legado da Copa sonegado pela CBF
Há quatro anos, a entidade máxima do futebol brasileiro se comprometeu
a proteger crianças e adolescentes.
Não cumpriu.
Mas há quem a descreva como “um exemplo de gestão para o mundo”
Por Breiller Pires para o El País
O relógio na sede da CBF, no Rio
de Janeiro, marcava 12h40.
Há exatos quatro anos, os dois
últimos mandachuvas do futebol brasileiro assinavam um pacto com o Congresso
Nacional comprometendo-se a adotar medidas para combater o abuso sexual, o
trabalho infantil e o tráfico de crianças nas categorias de base.
Hoje, às vésperas de outra Copa
do Mundo, José Maria Marin está preso e condenado por formação de quadrilha,
suborno e lavagem de dinheiro.
Marco Polo Del Nero, seu
sucessor, banido pela FIFA.
E a CBF ainda não cumpriu a
promessa de proteger milhares de jovens atletas que pelejam com a bola nos pés.
Pelo acordo assinado em 2014, a
entidade máxima do futebol nacional deveria implementar 10 ações a fim de
evitar violações dos direitos de crianças e adolescentes em clubes e
escolinhas.
No entanto, no ano passado, o
Congresso constatou que apenas duas medidas haviam saído parcialmente do papel.
O acordo foi fechado após
desdobramentos da CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que
apurou dezenas de casos de abuso relacionados ao futebol cometidos por
treinadores, olheiros, empresários e dirigentes.
A ideia era aproveitar a ocasião
da Copa em solo nacional para deixar um legado em favor de meninos e meninas
que praticam o esporte mais popular do país.
Legado que virou descaso.
Inicialmente, a CBF ignorou o
chamado da Câmara dos Deputados para prestar contas sobre o pacto em setembro
de 2017, mas, no último dia 15 de maio, o secretário-geral da confederação,
Walter Feldman, respondeu aos questionamentos dos parlamentares em audiência
pública promovida pela Comissão do Esporte.
Ele reconheceu que a situação das
categorias de base no Brasil é “dramática” e que sua entidade pouco fez para
combater abusos e violações de crianças no futebol.
Entretanto, criticou o acordo
assinado em 2014, qualificando-o como “um ato político, proselitista e de
impossível execução”.
Deixou explícito que o trato não
foi cumprido devido aos escândalos de corrupção que levaram ao indiciamento dos
três últimos presidentes eleitos da CBF.
Apesar da justificativa
constrangedora, a maioria dos deputados presentes na audiência se eximiu de
cobrar a confederação.
Pelo contrário.
Alguns congressistas, integrantes
da famigerada “bancada da bola”, fizeram questão defenderam um “voto de
confiança” à entidade, como Vicente Cândido – que acumula as funções de
deputado federal pelo PT com o cargo de diretor de assuntos internacionais na
CBF.
A única que não engoliu as
desculpas de Feldman foi a deputada Erika Kokay, também do PT, que presidiu a
CPI da Exploração Sexual.
Ela indagou o secretário: “Quer
dizer, então, que a CBF assinou um pacto que não pode cumprir? A instituição
que o senhor representa queria enganar o parlamento?”.
Na época da assinatura do pacto,
estavam sentados à mesa o então presidente da confederação, José Maria Marin,
seu vice Marco Polo Del Nero e a ex-deputada Liliam Sá, do Democratas, que era
relatora da CPI.
Ela rasgou elogios a Marin, que,
no fim daquele ano, passaria o bastão da presidência a Del Nero.
“O senhor está deixando um grande
legado na sua administração. Isso é muito importante. Eu sei que o Dr. Marco
Polo vai fazer também um excelente trabalho. Já vai pegar a casa pronta, não é,
doutor?”, declamou Liliam Sá.
Coincidência ou não, dois anos
antes, a convite de Marin, ela havia sido chefe da delegação feminina de
futebol na Olimpíada de Londres.
Esse é o modus operandi da CBF.
Distribuindo cargos, mimos e
agrados a políticos e empresários, a confederação defraudada por negociatas
ilícitas constrói uma poderosa rede de poder que blinda seus cartolas de
responder pelos atos da instituição.
Ao debochar do pacto firmado por
Marin e Del Nero, sugerindo que parlamentares perseguem e adotam discurso de
“culpabilização da CBF”, o secretário Feldman copia uma estratégia comumente
utilizada pelos patrões: a terceirização de responsabilidades.
Foi assim que Del Nero não
hesitou em atribuir a culpa pelo 7 a 1 a Felipão e Parreira depois do fiasco na
última Copa.
Foi assim que Ricardo Teixeira,
antes de ser indiciado pelo FBI, culpou o mau humor dos jornalistas pelo atraso
do futebol brasileiro.
Feldman prometeu reformular as
medidas propostas pelo Congresso, disse que o combate ao abuso sexual nas
categorias de base é um “compromisso consistente da CBF” – imagine se não fosse
– e jurou que os clubes que não respeitarem integralmente os direitos básicos
de crianças e adolescentes atletas serão impedidos de disputar competições
oficiais.
Qual é a garantia de que uma
confederação que não honrou obrigações assumidas por dirigentes corruptos, mas
que agora se vende como instituição moderna afeita à governança corporativa e
ao compliance, irá, enfim, colocar o discurso em prática?
O secretário Feldman se recusou a
estabelecer prazos para cumprir as promessas.
Porém, não ruborizou ao cravar
categoricamente que “a CBF é um exemplo de gestão para o mundo”.
Por enquanto, sob o afã de que
uma boa campanha na Copa da Rússia sirva de cortina de fumaça para o descrédito
popular que a acompanha nos últimos anos, a CBF é só um exemplo de como
escândalos de corrupção dilapidaram ainda mais nosso futebol.
Por causa dos dirigentes
corruptos que fizeram carreira na confederação, a FIFA bloqueou um fundo de
legado da Copa superior a 300 milhões de reais.
Fundo este que, entre outros
projetos, deveria ter bancado medidas de proteção para que jovens atletas não
tivessem seus sonhos arruinados por violências tão cruéis como o abuso sexual.
Nesses quatro anos entre uma Copa
e outra, entre a assinatura e o descumprimento do pacto, foram registrados 79
casos de abuso contra crianças e adolescentes no futebol brasileiro.
Diante do cenário dramático, como
admitiu o secretário, a CBF responde com passividade, ironias e mais promessas.
O legado da Copa, pelo menos para
os futuros jogadores do Brasil, foi um mero acordo de fachada, que, segundo a
confederação, não deveria nem ter existido porque seus cartolas, pobrezinhos,
eram corruptos demais para cumpri-lo.
domingo, maio 27, 2018
Série C... ABC derrota o Remo por 2 a 1 e ocupa a terceira posição no Grupo A.
O ABC derrotou o Remo por 2 a 1 e
voltou a ocupar a terceira posição na zona de classificação do Grupo A...
Mas não foi uma partida fácil.
No primeiro tempo Remo deu
trabalho...
No segundo, o ABC dominou, marcou
os gols que lhe deram a vitória e quando o Remo diminuiu e foi em busca do
empate, soube segurar o ímpeto dos paraenses.
Em tese, hoje, o alvinegro só pode ser
superado pelo Santa Cruz que joga logo mais, em Sergipe, contra o Confiança...
Apesar do futebol ser “uma
caixinha de surpresas”, não vejo como o Santa Cruz possa surpreender o
Confiança e derrubar o ABC para a quarta colocação.
Treze vezes campeão da Europa, o Real Madrid não deixa margem para nenhuma contestação...
A final em Kiev pode ser resumida em três momentos...
A contusão de Salah, o golaço de Gareth Bale e as falhas terríveis de Karius.
Para o Liverpool, o jogo acabou quando Mohamed Salah abandou o campo em lágrimas...
Naquele momento o Real Madrid sentiu que nada o impediria de conquistar sua décima terceira taça continental.
sábado, maio 26, 2018
O árbitro da final da Copa do Uruguai descreve sua participação no Mundial de 1930...
Imagem: Autor Desconhecido
Meu nome é John Langenus.
Nasci em Berchem, na Bélgica, no
distante ano de 1891.
Quando eu era criança, adorava
futebol.
Mas a bola não tinha nenhuma
simpatia por mim.
Batia-me na canela, fugia dos
meus pés, acertava o meu nariz.
Resultado: troquei a bola pelo
apito. Virei juiz de jogos escolares.
Chegava a fazer três partidas por
domingo.
E fui aprendendo os segredos da
coisa.
Mas não passei no meu primeiro
teste para ser árbitro oficial.
Os dois ingleses que me aplicaram
o teste, juízes de juízes, me perguntaram:
- O que você deve fazer quando a bola bater num avião voando baixo?
Eu não soube responder e fui
reprovado.
Três meses depois fiz novamente a
prova e me fizeram perguntas decentes.
Aí passei.
Tive um único apito na vida.
Custou-me trinta centavos.
Levei-o comigo quando fui chamado
para apitar a Copa do Mundo de 1930.
A viagem peguei um trem de Antuérpia
até Paris, depois outro até Barcelona e lá embarquei no Conte Verde, um navio
luxuoso que também levaria as delegações da Romênia, da França, da Bélgica e da
Fifa.
O Jules Rimet, por sinal, não
largava o troféu que entregaria ao país vencedor.
Naquele tempo, a estatueta ainda
se chamava Vitória.
Foram catorze dias muito
divertidos até o Rio de Janeiro.
Cantamos, bebemos e rimos muito.
Os romenos eram os mais animados.
Até fizeram um número de balé.
No Rio demos uma carona para a seleção do
Brasil e para o Gilberto Rego, que seria o juiz brasileiro daquela Copa.
Ficamos muito amigos.
Quando paramos em Santos, ele até
me comprou um cacho de bananas.
Deve ter custado uma fortuna.
Gilberto me explicou que naquela
cidade pegaríamos o único jogador paulista da seleção brasileira, o Araken
Patuska.
A seleção só tinha jogadores
cariocas, pois os dirigentes de São Paulo, como não foram chamados para compor
a delegação, não aceitaram ceder seus jogadores.
Só o Araken, que estava sem
clube, é que pode ir.
Meu amigo explicou que aquilo era
uma pena, pois o goleiro Athié e o atacante Feitiço certamente seriam
titulares.
E um tal de Friedenreich, mesmo
com 38 anos, ainda devia ser o melhor jogador do mundo.
Finalmente, no dia 4 de julho
chegamos a Montevidéu.
Dez mil uruguaios nos esperavam
no porto.
Que festa!
Pontapé inicial Só treze equipes
aceitaram o convite para participar da Copa.
Assim formaram dois grupos com
quatro equipes e dois com três.
Só os primeiros colocados
passariam às semifinais.
O jogo de estreia foi França x
México.
E meu amigo Gilberto atuou como
um dos bandeirinhas.
Nevava quando o Lucien Laurent
fez o primeiro gol das Copas do Mundo.
Foi um belo voleio.
Ele nem sabia que estava entrando
para a história.
No dia seguinte, eu e Gilberto
assistimos ao jogo entre Iugoslávia e Brasil. 2 a 1.
O Brasil parecia intimidado.
Só Fausto e Preguinho mostravam
alguma atitude.
Aliás, o Preguinho fez o primeiro
gol do Brasil em Copas do Mundo.
O Gilberto me contou que o garoto
era campeão em oito esportes: futebol, natação, remo, polo aquático, saltos
ornamentais, atletismo, basquete e vôlei.
Ah, que inveja os juízes têm dos
atletas...
Logo eu apitaria meu primeiro
jogo naquela Copa: Uruguai x Peru.
Coloquei minhas calças bufantes,
minhas meias longas, uma camisa social branca, minha gravata e, é claro, meu
paletó.
Elegância é fundamental.
Foi uma partida nervosa, que o
time da casa acabou vencendo por 1 a 0, marcando só no segundo tempo, com
Héctor Manco Castro.
Depois assisti com o Gilberto ao
segundo jogo do Brasil.
A seleção estava mais solta e
ganhou de 4 a 0 da Bolívia, gols de Moderato e Preguinho.
Mesmo assim, como a Iugoslávia
havia vencido a Bolívia uns dias antes, o Brasil estava fora do campeonato.
- Talvez esse negócio de Copa do Mundo não seja para nós - disse o
Gilberto, conformado.
Fui escalado como juiz no jogo
entre Argentina e Chile.
Quem vencesse iria à semifinal.
Desconfio que estes países não se
dão muito bem, porque houve uma tremenda briga entre os atletas.
Normalmente eu expulsaria um
monte de cada lado, mas as autoridades pediram e fui condescendente.
A Argentina venceu por 3 a 1 e
foi à semifinal contra os Estados Unidos.
Também apitei este jogo.
Logo aos dez minutos, um
norte-americano se contundiu.
Não havia substituição e o time
ficou só com dez jogadores.
Aí foi um passeio: 6 a 1 para a
Argentina.
Nesta partida houve um fato
curioso: depois que marquei uma falta, o médico norte-americano entrou em campo
para tirar satisfação.
Ao chegar perto, intimidado pelo
meu um metro e noventa, ele desistiu de brigar e apenas atirou sua maleta no
chão com raiva.
Todos os frascos se quebraram,
inclusive um de clorofórmio.
O sujeito desmaiou e teve que ser
levado de maca.
Ou seja, o médico é que precisou
de atendimento médico.
A outra semifinal foi entre
Uruguai e Iugoslávia.
O juiz foi o Gilberto Rego.
E o placar também foi 6 a 1.
A decisão seria entre Uruguai e
Argentina.
Um jogo de sair faísca.
Estava passeando em Buenos Aires
quando me deram a notícia: eu tinha sido escolhido para apitar a partida decisiva
e deveria retornar imediatamente.
Não mesmo!
Aquele seria um jogo de vida ou
morte.
E a morte poderia ser minha.
Então fiz três exigências para
entrar na arena.
Queria um seguro de vida para mim
e para os meus dois assistentes.
Uma escolta policial deveria me
levar até o porto depois do jogo.
E o navio Duílio, que partiria às
15h00 para a Europa, deveria me esperar, pois o jogo só terminaria às 17h00.
Só quando eles me garantiram que
as três exigências seriam cumpridas é que atravessei o Rio da Prata de volta
para o Uruguai.
O barco estava repleto de
argentinos.
Foi uma invasão.
Muitas armas foram apreendidas na
alfândega e houve várias brigas entre as torcidas nas praças de Montevidéu.
Viver é perigoso.
Ainda mais para um juiz de
futebol.
Quando entrei no Centenário, meu
queixo quase caiu.
Nunca tinha visto um estádio tão
cheio.
Pensei que ele se chamava
Centenário porque o país festejava o centenário de sua constituição.
Mas acho que era porque cabiam
cem mil pessoas.
Antes de apitar o início do jogo
já surgiu o primeiro problema: os argentinos queriam a bola argentina, os
uruguaios só aceitavam a uruguaia.
Apelei para a diplomacia.
Usaríamos uma bola no primeiro
tempo e a outra no segundo.
Começou a partida.
Os uruguaios marcaram logo aos
12’, com Dorado.
Oito minutos depois, Peucelle
empatou.
E aos 37’, Stábile, o artilheiro
do campeonato, virou o jogo: Argentina 2 a 1.
Neste momento ouvimos um tiro na
arquibancada.
Acho que foi de comemoração, mas
fiquei assustado do mesmo jeito.
Na etapa final, os uruguaios
voltaram enlouquecidos.
Logo aos 12’ igualaram a partida,
com Cea.
E, aos 23’, num chute de fora da
área, o grande Iriarte revirou o placar: 3 a 2 para o Uruguai.
Foi a vez dos argentinos
atacarem.
Houve uma chuva de cruzamentos,
chutes batendo nos beques, bolas na trave e o guardião Ballestrero fazendo
milagres.
O empate parecia inevitável.
Mas, num contra-ataque, o pequeno
Manco Castro subiu como se tivesse molas nos pés e deu uma cabeçada certeira: 4
a 2.
Os argentinos alegaram toque de
mão, mas como Manco era maneta, fiz-me de surdo.
Alguns minutos depois soprei o
apito final.
O Uruguai era o primeiro campeão
do mundo.
A festa no estádio foi imensa.
Mas nem fiquei para ver.
Saí correndo para o porto.
Para minha surpresa, não havia
cem policias para minha escolta.
Só um civil.
Mesmo assim, chegamos sãos e
salvos.
- Já podemos partir – falei ao capitão.
- Não podemos, não – ele me respondeu.
– O nevoeiro está muito forte. Só amanhã.
- Teremos que ficar aqui?
- E se uma horda de argentinos atacar o navio?
Ele deu de ombros.
E eu passei a noite escondido no
camarote.
Apitar é perigoso.
Alexandre Frota é condenado a indenizar Juca Kfouri após ofensas no Twitter...
Imagem: Autor Desconhecido
Alexandre Frota é condenado a
indenizar Juca Kfouri após ofensas no Twitter...
No ano passado, o jornalista Juca
Kfouri teceu, em seu blog, duras críticas à participação do agora candidato a
deputado federal Alexandre Frota na política do Corinthians.
Recebeu em troca um texto repleto
de xingamentos no Twitter.
Frota defendeu-se alegando ter
sido desrespeitado na coluna do jornalista.
Por conta disso, Kfouri buscou a
Justiça, que, ontem, lhe assistiu razão.
Sentença da 3ª Vara Civil do foro
de Cotia, assinada pelo juiz Carlos Alexandre Aiba Aguemi, condenou Alexandre
Frota a pagar indenização de R$ 15 mil por Danos Morais, acrescidos de 15% de
custas processuais.
Fonte: Blog do Paulinho
Platini é declarado inocente pelo Ministério Público da Suíça...
Imagem: Gabriel Bouys/EPA
O Ministério Público da Suíça declarou
que Michel Platini (na foto com Didier Deschamps), ex-jogador francês e ex-presidente da Uefa, é inocente da
acusação de ter recebido indevidamente por assessoria prestada a Joseph Blatter,
ex-presidente da FIFA, a quantia de 1,8 milhão de euros...
Em virtude da suspeita, Michel
Platini acabou banido do futebol por quatro anos pelo Comitê de Ética da Fifa,
suspenção que expirará em 2019.
Platini ainda não se manifestou,
mas a decisão deve levar o dirigente a buscar a extinção da suspenção...
Michel Platini sempre negou ter
recebido qualquer dinheiro de Blatter.
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