Imagem: Autor Desconhecido
Por que os campeões estaduais somem no Campeonato Brasileiro?
Por Antonio Carlos Salles – Pinçado do Blog do Juca Kfouri
Porque os regionais são fracos e o título
estadual deixou de ter relevância, existindo apenas para efeito de comparações
entre os clubes, dirão.
Ou, porque a Libertadores, a Copa
do Brasil, a Sul-americana e até a Copa Verde, se continuar a existir, são
incomparavelmente mais atraentes.
Bom, se assim, por que então os
clubes não abrem mão dos estaduais?
Porque no regime de compadrio que
une os grandes e os menores em torno das Federações Estaduais, não há espaço
para divergências e rupturas em busca de um modelo diferenciado ou alternativo.
Competitivo e lucrativo.
A Copa do Nordeste é a exceção à
regra, embora a grande final tenha sido jogada em meio a Copa do Mundo.
Os naufrágios de Botafogo e
Vasco, campeão e vice este ano, do Corinthians, o melhor e mais capacitado
exemplo de como não ter um projeto de médio e longo prazo; Cruzeiro, Bahia e
Atlético Paranaense bem longe dos líderes, dá a medida da fragilidade regional,
limitado quase sempre a dois ou três clubes.
É o caso do Grêmio.
Levou o estadual, sempre focou na
Libertadores e na Copa do Brasil.
Mas ver o rival com chances de
ser o campeão dói quase mais que ser rebaixado.
O Ceará, campeão do ano, luta
para não voltar à B. O Figueirense é apenas o oitavo na B e o Náutico, campeão
em Pernambuco, nem nas finais da C se apresentou.
O Remo, outro campeão estadual,
flertou o que pode com a D, mas salvou-se no final.
O CSA, a rigor, é o clube que
confirma a regra.
Campeão nas Alagoas segue firme
para a A no próximo ano rivalizando com o Fortaleza.
Em janeiro a maratona estadual
recomeça.
E quando a Copa América chegar,
em meio aos campeonatos da A, B, C e D, já saberemos que valor os estaduais
agregaram aos seus participantes.
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