Artista: Florian Nicolle
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
sexta-feira, novembro 30, 2018
Assembleia Legislativa de Goiás vai homenagear o Tenente César Salustiano, o PM que comemorou no aeroporto de Goiânia com a torcida do Goiás o acesso a Série A...
Policial torcedor humaniza a PM
Tenente César Salustiano será homenageado nesta sexta-feira na Assembleia Legislativa de Goiás.
Por Pedro Henrique Brandão, do Universidade do Esporte
Com a vitória por 3 a 1 sobre o
Oeste, no último dia 17, o Goiás voltou à elite do futebol brasileiro.
A partida que garantiu o acesso
aconteceu na Arena Barueri, na grande São Paulo, onde o rubro-negro do interior
tem mandado seus jogos.
Ao final do jogo a festa tomou
conta do vestiário do Alviverde do Cerrado, mas faltava o encontro com a
torcida esmeraldina para que a celebração fosse completa.
Na manhã do dia seguinte a
delegação embarcou rumo à capital goiana.
O aeroporto de Goiânia seria o
ponto de encontro entre time e torcida.
O poder público goiano planejou
um forte esquema policial para garantir a segurança de quem fosse festejar.
Foi assim que o tenente César
Salustiano foi parar no meio da comemoração do acesso de seu clube de coração.
Salustiano ficaria responsável
pelo cordão de isolamento que garantiria a passagem dos jogadores entre a
torcida.
Porém enquanto delimitava o território
dos torcedores, tenente César se empolgou com o batuque e cânticos esmeraldinos
e o cativante gesto aconteceu: um policial fardado cantando e pulando com os
torcedores.
Ali estava mais um apaixonado
pelo Goiás que não cabia em si pelo acesso do clube de coração.
A repercussão foi imediata, não
entre os torcedores que só viram mais um entre eles, mas entre os homens da
“razão” que são os mais ilógicos e tomam sempre as decisões mais estapafúrdias.
A Polícia Militar de Goiás abriu
um Procedimento Administrativo Disciplinar para investigar a conduta e punir o
policial, mesmo depois da comoção popular e das homenagens do clube Esmeraldino
e da Câmara Municipal de Goiânia.
Por isso a deputada Lêda Borges
(PSDB) propôs a homenagem que acontecerá na noite desta sexta-feira, na sede da
Alego.
Justo reconhecimento ao
profissional que cumpriu seu dever sem ferir o direito dos torcedores, devido
tributo ao ser humano que se lembrou que antes de ser policial é gente.
O agradecimento é justo ao
tenente César Salustiano que humaniza a Polícia Militar, que cumpre com
humanidade o papel de proteger e não despertou medo àqueles que foram ao
aeroporto para festejar o acesso do Goiás e acabaram vendo o acesso de alegria
e espontaneidade do homem César.
A absurda história do telefone desaparecido do jogador Diego Baristone, que morreu em 2015...
Imagem: Autor Desconhecido
O zagueiro argentino Diego
Barisone, de 26 anos, morreu em 2015, num acidente de trânsito...
Seu carro ficou totalmente destruído
após se chocar com a traseira de um caminhão.
Não muito tempo depois do acidente
várias fotografias do jogador já sem vida foram divulgadas no WhatsApp...
Diante da indignação dos
familiares do jogador as autoridades de Santa Fé levaram a cabo uma
investigação que resultou na prisão de um policial e no afastamento das funções
de outros 10.
O telefone de Diego Barisone que
estava desaparecido desde o dia do acidente foi encontrado na posse do agente
agora detido, que o teria roubado e com o qual teria tirado as fotografias do
jogador sem vida e posteriormente divulgado...
Nas buscas também foram
encontradas armas e droga.
As autoridades argentinas pedem
aos meios de comunicação social prudência, sublinhando que "a investigação
ainda está em curso", mas admitem que o telefone foi encontrado...
O caso chocou a opinião pública Argentina.
Com informações do Jornal Record
Piloto de parapente morre, mas consegue salvar seu acompanhante...
No vídeo vemos Pursottam Tismina,
um piloto de parapente de 22 anos que a dois anos voa na região de Kalimpong, na
Índia...
Com ele, um turista nepalês
chamado Gaurav Chaudbury, de 35 anos.
O voo transcorria tranquilo...
Entretanto, num dado momento, uma
forte rajada de vento os afastou da área destinada ao pouso.
Tismina, então, tenta uma manobra
para voltar, mas as cordas do parapente se rompem e se torcem...
O piloto agarra como pode seu
acompanhante ainda tentando evitar o pior, mas não consegue e ambos acabam se
chocando com um edifício.
Pursottam Tismina morreu ao bater
fortemente com a cabeça...
Gaurav Chaudbury, quebrou uma
perna, uma mão, mas sobreviveu.
DAZN amplia suas horas de transmissão de esportes...
Imagem: DAZN
200 milhões de horas de
transmissão de esportes deve alcançar o DAZN neste ano...
Entrada na Itália, EUA e Espanha
levou ao recorde.
Fonte: Máquina do Esporte
quinta-feira, novembro 29, 2018
As 20 Ligas que mais gastam com seus jogadores...
Imagem: Carl Recine/Action Images via Reuters
A consultoria financeira
'Sporting Intelligence' elaborou um ranking das ligas que mais gastam
anualmente, em média, com salários dos seus jogadores...
O Brasil ocupa o nono lugar.
01. Premier League (Inglaterra) -
3.379,520 milhões de euros
02. La Liga (Espanha) - 2.487,194
milhões de euros
03. Serie A (Itália) - 1.717,470
milhões de euros
04. Bundesliga (Alemanha) -
1.578,130 milhões de euros
05. Ligue 1 (França) - 1.118,447
milhões de euros
06. Super League (China) -
903.110 mil euros
07. Russian Premier-Liga (Rússia)
- 753.223 mil euros
08. Spor Toto Super League
(Turquia) - 742.043 mil euros
09. Campeonato Brasileiro da
Série A (Brasil) - 576.027 mil euros
10. MLS (Canadá) - 446,472 mil
euros (Vancouver Whitecaps, Montreal Impact e Toronto FC são canadenses, mas
participam do campeonato dos Estados Unidos)
11. Premier League (Arábia
Saudita) - 436.209 mil euros
12. Jupiler Pro League (Bélgica)
- 346.043 mil euros
13. Liga MX (México) - 345.721
mil euros
14. Primeira Division (Argentina)
- 325.529 mil euros
15. Liga de Portugal - 307,053
mil euros
16. MLS (Estados Unidos) -
303.147 mil euros
17. Super League (Suiça) -
278.266 mil euros
18. Eredivisie (Holanda) -
277.809 mil euros
19. J-League (Japão) - 270.557
mil euros
20. Bundesliga (Áustria)
- 200,193 mil euros
Icardi, atacante da Internazionale presenteou seus colegas de equipe com relógios Rolex...
Imagem: Autor Desconhecido
O atacante argentino, Icardi presenteou
com relógios Rolex seus companheiros de equipe...
Segundo Icardi, foi a maneira que
encontrou para agradecer os 29 gols que marcou na temporada 2017/2018, que
deram o posto de artilheiro da Série A.
“Sem eles não seria possível”...
O argentino presenteou a todos,
sem esquecer até aqueles que já não estão mais na Internazionale, como é o caso
do português, João Cancelo, agora lateral da Juventus.
Knickers, a maior vaca do mundo escapou do matadouro...
É impossível não a ver...
Knickers, a vaca, mesmo no meio do
rebanho, se destaca.
Afinal, como se “esconder” no
pasto, quando se tem 1,94 metros e 1.400 quilos?
Pois bem...
Suas dimensões, salvaram sua
vida.
O fazendeiro australiano, Geoff
Pearson, dono de Knickers, explicou que devido seu tamanho, ela não pode fazer
parte do rebanho destinado a exportação e posterior abate...
Assim sendo, a maior vaca australiana,
e talvez a maior do mundo, escapou do matadouro e passará o resto de seus dias nos
pastos da fazenda, localizada no oeste da Austrália.
Comitê Olímpico Internacional financia o serviço de streaming Olympic Channel...
490 milhões de euros destinará o
Comitê Olímpico Internacional ao serviço de streaming Olympic Channel até 2021.
Fonte: Máquina do Esporte
quarta-feira, novembro 28, 2018
Durante 2 minutos e 14 segundos Chris Gursky segurou sua vida com as próprias mãos...
Foram 2 minutos e 14 segundos “inesquecíveis”
...
Chris Gursky só queria deslizar pelo
céu numa asa delta e curtir a bela paisagem dos vilarejos suíços.
Porém, o piloto e responsável
pelo passeio, “esqueceu” de enganchar o arnês de seu passageiro à asa delta...
Daí em diante Gursky precisou
manter uma calma inimaginável, e uma força gigantesca para segurar sua vida com
as próprias mãos.
Nem todo jogador de futebol se deixa encantar por carros potentes e luxuosos...
Imagem: Arquivo Pessoal
Nem todo jogador de futebol se
deixa encantar por carros potentes e luxuosos...
Existem aqueles, que jogam em
grandes equipes, ganham muito bem, mas passeiam por aí, em veículos bem
modestos.
Eis alguns...
Pedro Rodríguez (jogador do
Chelsea): Recebe 113 mil euros por semana, mas conduz um Peugeot 208 GTi que
custa 27 mil euros
Fernando Llorente (jogador do
Tottenham): Recebe 85 mil euros por semana, mas conduz um Fiat Punto que custa
15 mil euros
John Stones (jogador do
Manchester City): Recebe 113 mil euros por semana, mas conduz um Mini Cooper
clássico que custa 6 mil euros
N'Golo Kanté (jogador do
Chelsea): Recebe 327 mil euros por semana, mas conduz um Mini Cooper S que
custa cerca de 32 mil euros
Thomas Vermaelen (jogador do
Barcelona): Recebe 62 mil euros por semana, mas conduz um Nissan Figaro que
custa 6 mil euros
Raheem Sterling (jogador do
Manchester City): Recebe 338 mil euros por semana, mas conduz um Smart que
custa 6 mil euros
Bernardo Silva (jogador do
Manchester City): Recebe 135 mil euros por semana, mas conduz um Smart ForTwo
que custa 12 mil euros
Fonte: Jornal Record/Portugal
Na Alemanha, o homem que planejou e executou o ataque ao ônibus do Borussia Dortmund, em abril de 2017, foi condenado a 14 anos de prisão...
Imagem: Autor Desconhecido
Enquanto a torcida do River
Plate, ou parte dela, envolvida no ataque ao ônibus do Boca Juniors, antes
final da Libertadores da América, ainda não teve nenhum de seus membros
identificados e presos, na Alemanha, o homem que planejou e realizou o ataque ao
ônibus do Borussia Dortmund, em abril de 2017, no qual resultaram dois feridos,
foi condenado a 14 anos de prisão depois de ter sido acusado pelo Ministério
Público alemão de 28 tentativas de homicídio...
Identificado de acordo com as regras de privacidade, Sergei W., esteve no tribunal estadual de Dortmund para ouvir a sentença.
O tribunal estadual de Dortmund anunciou
a condenação nesta terça-feira...
O julgamento durou 11 meses.
Durante o julgamento, ficou provado que além da execução, o autor do ação também tentou
fazer as autoridades acreditarem que se tratava de um ataque terrorista,
deixando no local do crime cartas escritas em árabe, visando incriminar
movimentos extremistas.
Nas cartas afirmava que o ataque
aconteceu em retaliação à intervenção militar alemã no Iraque e na Síria e apontava
a autoria para o Daesh (Estado Islâmico)...
Entretanto, durante as
investigações peritos da polícia alemã atestaram que as manifestações eram
ilegítimas.
Preso, Sergei W., disse que não
queria matar ninguém, mas, provocar uma queda nas ações do Borussia Dortmund
para poder faturar com a desvalorização no mercado financeiro.
Imagem: Autor Desconhecido
José Mourinho desabafa contra seus críticos...
Imagem: Oli Scarff/AFP/Getty Images
Depois da vitória do Manchester
United sobre o Young Boys da Suíça, com um gol marcado por Fallaine, nos
acréscimos e que classificou a equipe inglesa para as oitavas de final da Champions
League, Mourinho disparou...
“Para os que me amam, para os que gostam de estatísticas, 14 temporadas
na Champions League, 14 classificações para o mata-mata. Nunca um dos meus
times ficou na fase de grupos. Na temporada em que eu não joguei a Champions
League, eu ganhei a Liga Europa”.
Imagem: Carl Recine/Action Images via Reuters
terça-feira, novembro 27, 2018
A maior final de Libertadores da história se transformou em uma vergonha mundial...
Imagem: Autor Desconhecido
A maior final de Libertadores da história se transformou em uma
vergonha mundial
Por Gabriel Leme
River Plate e Boca Junior, ambos
da Argentina e eternos rivais, tinham tudo para protagonizar a maior final da
Libertadores de todos os tempos.
Com boas equipes e boas
campanhas, as equipes bateram Grêmio e Palmeiras para jogarem a grande decisão.
Expectativa alta, torcedores
gritando e comemorando muito, pais levando seus pequenos filhos para o estádio
na esperança de contar com um amuleto para o time do coração.
Tudo isso acompanhado de uma data
inédita no torneio: os dois jogos aconteceriam no sábado (as decisões sempre
foram em dias de semana).
Com todos esses ingredientes, a
possibilidade de ser algo inédito e grandioso era enorme.
Contudo, a rivalidade acabou
transformando completamente as torcidas.
No primeiro jogo, na casa do
Boca, já havia acontecido o adiamento da partida para o dia seguinte (domingo,
11), em virtude de uma forte chuva que caiu em Buenos Aires.
Assim, a Conmebol decidiu adiar a
partida.
Primeira final disputada: 2 a 2.
O jogo da volta, marcado para o
último sábado poderia suprir essa pequena frustração involuntária no primeiro
confronto.
Não foi o que aconteceu.
Torcedores do River cercaram o
ônibus do Boca Junior na entrada do Monumental del Nuñez e, pasmem, atiraram
pedras e gás de pimenta no veículo.
A situação gerou pânico nos
jogadores, tendo inclusive, alguns feridos (como o capitão Pablo Perez, que
teve um olho atingido pelos estilhaços dos vidros da janela).
O gás de pimenta também gerou
mal-estar nos jogadores dentro do vestiário.
Sem condições físicas e
psicológicas, o Boca pediu o adiamento da partida.
A CONMEBOL decidiu adiar, mas
apenas por uma hora (há rumores que o presidente da FIFA, Gianni Infantino,
pressionou para que jogo acontecesse ainda no sábado).
Depois de quase 5 horas, veio a
confirmação do adiamento da partida, mais uma vez para o domingo – mesmo com os
presidentes de Boca e River assinando um “acordo de cavalheiros” mais cedo,
concordando em adiar o jogo).
Não há como esconder a frustração
dos torcedores sensatos que foram ao estádio prestigiar um grande jogo de
futebol.
Ficar na fila por horas para
conseguir um ingresso, mais algumas horas para entrar no Monumental e, com esse
papelão, pra sair também.
Foi comum ver crianças chorando e
a visível tristeza nos olhares das pessoas ali presentes.
Os criminosos disfarçados de
torcedores que não foram ao estádio para ver uma partida de futebol, causaram
tumulto na saída também, tendo até relatos de confrontos com a polícia.
A CONMEBOL falhou em diversos
quesitos que vão além da segurança básica.
Falhou como instituição, falhou
como amparo aos clubes, falhou como organização.
São várias as falhas que a
Confederação Sul-Americana de Futebol cometeu e vêm cometendo.
Como fechamento, ao menos por
essa semana, o Boca Juniors solicitou a suspensão da final e providências para
achar os culpados pela violência.
A suspensão foi aceita e
averiguações estão sendo feitas para localizar os culpados.
A partida que vai decidir o
campeão segue sem prazo, mas o mais provável é que ela aconteça no dia 8 (4
dias antes do início do Mundial de Clubes).
Se a CONMEBOL quer recuperar a
credibilidade no cenário futebolístico, punições devem ser feitas.
O ex-atacante da seleção da Itália, Gianluca Vialli revela sua luta contra o câncer...
Imagem: Autor Desconhecido
O ex-atacante italiano Gianluca
Vialli, 54 anos, enfrenta um câncer...
Diagnosticado há um ano, Vialli
revelou a doença, numa entrevista ao diário Corriere della Sera em que garantiu
que, neste momento, está tudo bem.
"Estou bem, muito bem. Estou recuperando a boa forma",
disse.
O ex atacante da Sampdoria, Juventus,
Chelsea e Itália, disse ter superado o “constrangimento” de tocar no assunto,
mas agora, resolveu falar e escrever sobre como enfrentou a doença...
"Não tenho garantia alguma sobre o que virá a seguir e como vai
acabar este jogo. Espero, em todo o caso, que a minha história possa ajudar
outros", afirmou, a propósito do livro que está escrevendo.
Entre as 20 equipes que mais gastam com salários, apenas oito são de futebol...
Imagem: Matthew Childs/Action Images via Reuters
A Premier League é o campeonato em
que mais se paga, em média...
Porém, os clubes que mais gastam com salário atuam
na Espanha.
Barcelona e Real Madrid, de
acordo com o Global Sports Salaries Survey de 2018, em relatório publicado
nesta segunda-feira, são os clubes que mais gastam anualmente com salários de seus
jogadores.
O clube da Catalunha paga, em
média, 11,7 milhões de euros a cada jogador, mais que o Real Madrid, que vem
logo a seguir, com 9,1 milhões de euros de salário anual para cada jogador.
O próximo clube de futebol na
lista, a Juventus, está em nono lugar...
Os italianos, gastam 7,5 milhões de
euros por ano com cada jogador.
Entre o Real e a Juventus estão
seis equipes da NBA:
Oklahoma City Thunder (8,8 milhões de euros), Golden State
Warriors (8,7 milhões), Washington Wizards (8,5 milhões), Toronto Raptors (8,5
milhões), Houston Rockets (8,4 milhões) e Miami Heat (7,9 milhões).
Na décima posição aparece o Manchester
United, com 7,3 milhões de euros em salários.
Até a posição de número 20 apenas
mais quatro equipes de futebol:
Bayern Munique, Atlético Madrid, PSG e
Manchester City, fechando o ranking...
As outras posições são todas
ocupadas por equipes da NBA.
Cruzeiro de Macaíba 1x1 Palmeiras das Rocas... Um outro olhar.
Cruzeiro de Macaíba e Palmeiras
da Rocas empatam pela terceira rodada do estadual feminino
Por: PH Dias, repórter do Universidade do Esporte
Gramado sem condições da bola
rolar, estádio sem conforto, vestiários desgastados.
Tudo isso poderia ser motivo para não realização do jogo… mas não foi o que ocorreu.
Pela terceira rodada do estadual,
no estádio Dr. José Jorge Maciel, em Macaíba, as meninas do Cruzeiro enfrentaram as meninas do Palmeiras, originário da Rocas.
Meninas que jogam pelo prazer, sem receber nada em troca, a não ser a alegria de praticar o
esporte que tanto gostam.
Elas merecem reconhecimento e apoio...
Amam estar ali, correndo atrás da
bola, mesmo num ambiente sem as condições ideais para tal.
Duas equipes, duas histórias
diferentes.
O Cruzeiro de Macaíba, melhor
estruturado, procurou sempre, apesar das más condições do campo, fazer a bola
rolar no “gramado.”
Mais entrosadas, as meninas de
azul, companheiras da seleção feminina da UFRN, buscaram, primeiro ter a posse de bola,
para só então, armar jogadas com melhores chances de êxito.
Do outro lado, vestindo a camisa
do Palmeiras, meninas que se juntam algumas vezes durante a semana para treinar...
E, mesmo sem uma estrutura
adequada, lutaram com garra, raça e força de vontade.
Armadas para jogar no
contra-ataque, esperando o melhor momento para dar o bote, as meninas do
Palmeiras das Rocas souberam aproveitar o vacilo da defensiva do Cruzeiro e
abriram o marcador.
Porém, o gol de Keké não intimidou a
equipe do Cruzeiro...
As garotas foram em busca do
empate que acabaram conseguindo por meio de uma penalidade máxima convertida por
Deize.
O jogo, não se enganem, não foi
morno...
Foi disputado, aberto e muito
divertido.
A disputa foi tão intensa que não
faltaram paralisações para atender que levou a pior nas muitas divididas e combates
pela posse da bola...
Nos momentos em que alguém caia a
falta de estrutura saltava aos olhos.
O atendimento na maioria das
vezes foi realizado pelas próprias atletas...
Por sorte, todas terminaram a
partida bem, a não ser com um outro arranhão, ou vermelhão causado por uma
entrada mais forte.
No fim, cansadas, suadas, mas
felizes, as meninas de Cruzeiro e Palmeiras deixaram o campo certas de que seu
esforço valeu a pena...
Ponto para o futebol feminino
potiguar.
segunda-feira, novembro 26, 2018
Campeonato Potiguar de Futebol Feminino... Cruzeiro de Macaíba lidera a competição.
Imagem: Marcus Arboés
Palmeiras das Rocas e
Cruzeiro de Macaíba empatam em 1 a 1 pelo Estadual.
Por Marcus Arboés
para o Universidade do Esporte
O duelo válido pela terceira rodada do Campeonato Potiguar
de Futebol Feminino, aconteceu no estádio Dr. José Jorge Maciel, e fechou o
primeiro turno da competição.
A partida que começou equilibra, mudou completamente após a
equipe macaibense sofrer o primeiro gol.
O Palmeiras abriu o placar aproveitando uma bola mal
desviada pela defesa cruzeirense em cobrança de falta...
Aproveitando o erro, Keké abriu o placar em favor da equipe
natalense.
A partir daí o panorama mudou...
Sem se abalar, o Cruzeiro se organizou e tomou conta do jogo.
Porém, foi só no segundo tempo saiu o gol de empate.
Deize, que tinha perdido uma boa chance na primeira etapa, acabou
sofrendo uma penalidade máxima...
Ela mesmo bateu e decretou o 1 a 1.
Enquanto as palmeirenses jogavam por uma bola e contavam com
as milagrosas defesas da goleira Sabrina, as cruzeirenses insistiam no ataque.
No entanto, o desgaste físico terminou por prejudicar as
duas equipes, sem condições físicas as jogadoras terminaram por se contentar
com a igualdade no placar.
O resultado deixou o Cruzeiro em primeiro lugar com 4 pontos
e o Palmeiras, logo atrás, em segundo, com 2 pontos.
O Parnamirim, que folgou na rodada, segue em último lugar
com apenas 1 ponto.
A equipe parnamirinense enfrentará o Palmeiras na próxima
rodada, que acontece nesta quarta-feira, 28.
SE Palmeiras com todos os méritos, Campeão Brasileiro de 2018.
Imagem: Wilton Junior/Estadão
O Palmeiras mereceu...
A taça ficou em boas mãos.
A equipe paulista fez valer a força de seu elenco, mas
também se valeu dos vacilos e escorregões de seus adversários...
Fez da inconstância de
todos eles, escada para chegar ao seu décimo título nacional.
domingo, novembro 25, 2018
Acabou a Série B...
Imagem: Autor Desconhecido
Terminou a Série B...
Na parte de cima da tabela,
quatro equipes, agradecem e se despedem.
Vão frequentar, pelo menos por um
ano, as delicias de estar entre as estrelas do futebol brasileiro...
Fortaleza, CSA, Avaí e Goiás,
fizeram por merecer...
Conquistaram com méritos o
direito de desembarcar do trem da segunda divisão e esperar na sala VIP o
embarque, em 2019, no avião da Série A.
Entretanto, os que que agora
sobem, abrem vaga para os que descem...
Paraná e Vitória, já fizeram o checkout
e estão esperando a chamada para tomar seus lugares na volta à Série B.
América Mineiro e Sport,
desesperados, se agarram a escorregadios fiapos de esperança...
A Chapecoense prepara uma última arrancada,
para longe da zona de rebaixamento.
Ceará, Vasco da Gama e
Fluminense, aparentemente aliviados, procuram mostrar com um sorriso amarelo, que
o pior já passou...
“Pero no mucho.”
Já na parte de baixo, o chororô é
grande...
Paysandu, Sampaio Correa,
Juventude e Boa Esporte, despencaram.
Voltaram para o purgatório...
Estão na Série C.
Por outro lado, Operário, Cuiabá,
Botafogo e Bragantino, chegam fazendo algazarra...
Afinal, estar na Série B é estar
a um passo do paraíso.
A Libertadores envergonhada...
Imagem: Autor Desconhecido
O que deveria ser inesquecível,
na verdade, será...
Porém, não pelo encanto do
confronto de gigantes, mas, pela vergonha que os torcedores do River Plate resolveram
passar diante do mundo.
O mais triste é ver que muitos ainda
tentam justificar, o injustificável...
Romantizam a violência e a barbárie,
insistindo em chamar de “pasión”, os atos de selvageria.
Amarrar na cintura de uma
criança, sinalizadores, não é paixão...
É demência.
Apedrejar um ônibus apenas por
estar nele, adversários, não é paixão...
É a negação da civilidade, é a
vitória da insanidade.
Tudo o que aconteceu em Buenos
Aires não tem nenhuma ligação com a “pasión” ...
Não!
Foi apenas o desfile triunfante
da “Vergüenza.”
César Noval... Médico durante a semana, auxiliar de linha nos fins de semana.
César Noval, sempre quis ser médico...
Conseguiu.
Se tornou cirurgião...
Foi pioneiro na realização de
cirurgias de troca de sexo, na Espanha.
A primeira intervenção durou 17
horas...
Foi um sucesso.
Porém, César Noval também sonhou
ser jogador de futebol...
Não conseguiu.
O fracasso não o afastou dos
campos...
Buscou uma outra maneira de estar
perto da sua segunda paixão.
Hoje, divide seu tempo entre a
sua clínica, as salas de cirurgia e os gramados...
Médico durante a semana, auxiliar
de linha nos fins de semana.
“É claro que na medicina a pressão é muito maior. Mas reconheço que o ínfimo
tempo que tenho para tomar uma decisão num jogo, é extremamente estressante”,
costuma dizer Noval, sempre que lhe perguntam sobre sua vida dupla.
sábado, novembro 24, 2018
13 coisas que você talvez não saiba sobre o Superclássico River/Boca...
Imagem: Autor Desconhecido
13 coisas que você talvez não saiba sobre o Superclássico River-Boca
Os dois times arqui-inimigos se deparam pela 1ª vez na final da Copa
Libertadores
Ariel Palacios para a revista Época
1 - A Marlene e a Emilinha Borba do futebol argentino (ou mundial)
A somatória das torcidas do Boca
Juniors (43% segundo pesquisas) e a do River Plate (32%) aglutinaria 75% da
torcida total da Argentina.
Não existem paralelos no mundo
(exceto no Uruguai, entre o Peñarol e o Nacional de Montevidéu, que reúnem 95%
da torcida desse país) de uma tão elevada concentração de rivalidades
futebolísticas de dois times com mais de um século de confrontos e com duas
torcidas tão enfáticas sobre esta inimizade mútua.
Outro diferencial é que estão na
mesma cidade, Buenos Aires, ao contrário de outros rivais clássicos mundiais,
como o Real Madri e o Barcelona, com 115 anos de rivalidade, em cidades
diferentes, nas quais os torcedores inimigos possuem pouco contato cotidiano.
Ou o Milan versus o Juventus ou o
embate Bayern versus Dortmund.
Além das estatísticas, existe o
lado folclórico desta rivalidade, equivalente, mutatis mutandis, às
protagonizadas entre Marlene e Emilinha Borba, Michelangelo e Leonardo Da Vinci
ou os generais Rommel e Montgomey.
Mas, neste caso, são rivais em
uma situação de desatado frenesi, já que disputam um campeonato internacional.
É a primeira vez que uma
Libertadores coloca o River contra o Boca em uma final.
Para o River, o Boca é uma
espécie de Nêmesis, um Voldemort, um dr. Moriarty.
E vice-versa.
2 - Clássicos, Superclássico e o mega-clássico (com fervor e misteriosa
lealdade)
Anos atrás o semanário inglês
"The Observer" fez uma lista de 50 coisas da área esportiva que uma
pessoa deveria fazer antes de morrer.
E o 1ª item da lista era "Ver um jogo Boca-River". O
jornal "The Sun" também colocou esse embate como "a experiência esportiva mais intensa do mundo".
E a revista britânica Four Four
Two o catalogou como "o maior
clássico do mundo".
Mas os próprios argentinos não o
chamam de "clássico".
Eles consideram que existem clássicos
no futebol local, como o Racing x Independiente, San Lorenzo x Huracan, Vélez x
Ferro, Estudiantes x Gimnasia e o Rosario x Newell’s.
Mas esses são
"clássicos".
O confronto River-Boca é o
"Superclássico".
É uma rivalidade que acumula mais
de 100 anos de existência, com saldo superavitário para o Boca.
No entanto, este confronto pela
Libertadores não está sequer sendo chamado de "Superclássico".
Os argentinos turbinaram o
assunto e se referem a ele como o "mega-clássico".
O escritor argentino Jorge Luis
Borges tinha uma definição sobre os clássicos na Literatura, mas que aplica-se
a todos os clássicos de forma geral:
"Um clássico não possui necessariamente estes ou aqueles
méritos...é um livro que as gerações dos homens, levadas por diversas razões,
leem com prévio fervor e com misteriosa lealdade..."
3 - Mais frisson do que pela Copa do mundo
Os embates River—Boca, ao
concentrar a atenção de 3 de cada 4 argentinos, costumam superar em audiência
os jogos da seleção argentina na Copa do Mundo.
Nos últimos dias as notícias,
análises e expectativa sobre a final superaram amplamente qualquer outro
assunto.
A única notícia que conseguiu
desviar o foco futebolístico foi a localização do submarino San Juan, afundado
há mais de um ano nas águas do Atlântico Sul.
Mas, o San Juan foi notícia por
apenas 3 dias.
Logo depois o foco foi
redirecionado ao River-Boca, que está chamando mais a atenção do que a visita
de Donald Trump, Vladimir Putin, além de outros 18 líderes que estarão
presentes no dia 30 para a cúpula do G-20.
4 - Nascidos no mesmo bairro
Os dois times foram fundados em
La Boca, na época o bairro dos genoveses que haviam migrado para a Argentina.
O River foi o resultado da fusão,
em 1901, de dois times, o Santa Rosa e o Rosales.
Quase colocaram o nome de
“Juventude Boquense”, o que poderia ter causado confusões futuras.
Mas, optaram pelo de "River
Plate".
Aliás, as cores do time, vermelho
e branco, são as cores da cidade de Gênova.
Pouco depois da fundação, o River
foi embora de La Boca.
Primeiro para a cidade de
Avellaneda, na zona sul da Grande Buenos Aires.
Depois foram para o bairro
portenho de La Recoleta, instalando seu estádio de madeira onde hoje existe uma
escultura metálica imensa representando uma flor, na avenida Figueroa Alcorta.
E posteriormente mudaram para a
localização atual, em Belgrano.
Já o Boca foi fundado 4 anos após
o River, em 1905.
A definição do nome também gerou
debates. "Filhos de Itália", "Defensor da Boca",
"Estrela da Itália", "Boca Juniors" eram as opções.
Finalmente, cinco rapazes, filhos
de imigrantes italianos de Gênova, escolheram o de Boca Juniors.
No entanto, ainda faltavam as
cores.
A primeira camiseta foi cor de
rosa.
Mas, diante de uma saraivada de
gozações e de uma derrota de 3 a 1 para um time já extinto do bairro de
Almagro, os fundadores decidiram que a cor de rosa, além de ser um visto como
um tanto quanto feminino, era – supostamente - "azarenta".
Para resolver as divergências
cromáticas, o quinteto genovês-argentino decidiu que as cores do Boca Juniors
seriam as mesmas da bandeira do primeiro navio que entrasse no porto.
A nave que chegou minutos depois
ostentava as cores do estandarte sueco: azul e amarelo.
5 - Os primórdios do Superclássico
O River ainda estava em seu
bairro original, La Boca, quando ocorreu o 1º embate bilateral contra o Boca
Juniors.
Mas existem dúvidas se esse jogo
foi em 1908 ou 1912, quando eles estavam respectivamente na 2ª e 3ª divisão.
O primeiro confronto oficial foi
em agosto de 1913.
De lá para cá foram 211 partidas.
6 - Apelidos mútuos que pretendiam ser ofensivos e foram adotados com
orgulho
Um dos apelidos do River é o de
"millonarios" (milionários).
Uma lenda urbana fora da
Argentina sustenta que esse apelido fazia referência ao suposto predomínio de
torcedores ricos do River.
Nada disso.
O apelido vem da contratação, em
1932, de Carlos Peucelle, por 10 mil pesos.
E no mesmo ano o River também
contratou Bernabé Ferreyra por 35 mil pesos, que era uma pequena fortuna na
época, coisa de "milionários".
35 mil pesos naquele ano serviam
para comprar 11 carros da marca alemã Opel de 4 cilindros, 514 ternos de
casimira inglesa ou meia tonelada de trigo ou 70 mil ingressos para ver um jogo
de futebol.
No mesmo ano o clube fez outras 4
contrações caríssimas.
Daí o apelido de
"milionários".
Outro apelido do River é o de
"gallinas", isto é, "galinhas".
Esta denominação veio em 1966,
surgida na final da Copa Libertadores contra o Peñarol, do Uruguai.
O River começou vencendo por 2 a
0, mas ficou com medo da reação dos uruguaios e o time começou a perder terreno
até ser derrotado por 4 a 2.
Por isso, quando dias depois o
River enfrentou o Banfield, um torcedor rival soltou uma galinha branca no
gramado, com uma faixa vermelha em diagonal pintada sobre suas penas.
Mas a ironia durou pouco:
rapidamente os torcedores do River adotaram o apelido e se autodenominam de
"galhinhas".
Já os torcedores do Boca se
definem como "boquenses", mas também como "xeneizes" (pelas
origens genovesas do bairro).
E há a denominação de
"bosteros".
Esta teve origem depreciativa,
lançada décadas atrás pelo rival River Plate, que sugeriu que os torcedores do
Boca não passavam de meros carregadores de bosta de cavalo.
No entanto, os boquense passaram
a ostentar o "bosteros" com orgulho.
7 - Torcedores pobres x torcedores ricos, um clichê sem fundamento há
décadas
Há muitas décadas o perfil do
torcedor do Boca tendia a ser mais proletário e de classe média baixa, enquanto
que o do River tendia a ter apoiadores de classe média e alta.
Essa divisão, no entanto, nunca
foi categórica.
Além disso, as diversas crises
econômicas argentinas (foram 7 graves crises desde 1975) se encarregaram de
alterar qualquer estrutura social existente anteriormente.
Atualmente os dois times têm
proporções equivalentes de torcedores das classes baixa, média e alta.
8 - Problemas cartográficos — o Monumental de Núñez não está em Núñez
O estádio Monumental, do River,
foi erguido em 1938 e só passou por uma reforma quando fez 50 anos, em 1978,
para a Copa do Mundo feita no país.
O estádio, na realidade, chama-se
"Antonio Vespucio Liberti", em homenagem ao presidente do clube que o
construiu.
No entanto, as pessoas usam a
denominação popular de "estádio Monumental de Núnez", em referência
ao bairro de Núñez.
Apesar do nome informal, o
estádio está localizado no bairro de Belgrano, a poucos quarteirões da
fronteira com Núñez.
Coincidentemente, existe um time
chamado "Defensores de Belgrano"... mas que fica no bairro de Núñez!
9 - La Bombonera, a "catedral" do futebol argentino
O estádio de "La
Bombonera" foi inaugurado em 1940 e, embora não seja o maior templo do
futebol da Argentina, é considerada a "catedral" esportiva do país
por excelência, devido à mística que acumula.
O nome oficial do estádio é
"Alberto J. Armando", em homenagem ao diretor do time nos anos 60 e
70. Mas o nome informal do estádio surgiu quando a secretária do arquiteto
esloveno Viktor Sulčič lhe deu de presente para seu aniversário uma caixa de
bombons.
Sulčič ficou impressionado, pois
a caixa tinha o formato exato que desejava para o estádio.
O arquiteto começou, então, a
levar a caixa em todas as reuniões com o engenheiro José Delpini e o geômetra
Raúl Bes, que precisaram quebrar a cabeça para resolver os problemas
estruturais daquele projeto.
No próprio dia da inauguração, as
autoridades do clube, fazendo piada, chamaram o estádio de "La
Bombonera".
Boquenses e não-boquenses
sustentam que La Bombonera “vibra” junto com seus torcedores. Isso ocorre especialmente
quando a torcida grita os cânticos de respaldo ao time.
10 - Valsas & Cânticos
Muitos estrangeiros acreditam que
antigamente só se ouvia tango em Buenos Aires.
Nada disso.
Durante décadas foram também hit
parades os "valsecitos", ou "valsinhas", compostas pelos
próprios tangueiros.
Uma delas era a valsinha
"Desde a alma", música de Rosita Mello e letra de Homero Manzi.
Essa valsa, com frequência é
cantada pela torcida do Boca.
Em um ponto do jogo, em vez de
gritar o tradicional "Dale bó, y dale bóooo" cantam "y dale bo,
dale dale bó" no compasso da valsa, isto é, o 3 por 4.
Tudo começou há 78 anos, quando
era muito popular um programa na rádio chamado "Grande Pensão, o
campeonato", no qual os pensionistas eram a personalização dos clubes de
futebol (cada um com suas características).
A dona da pensão, que
representava a AFA, ostentava o nome de "Dona Associação".
E todos os pensionistas flertavam
com a filha dela, que era a Missa Campeonato.
E, desta forma, o programa
transcorria anarquicamente ao longo do ano, enquanto os jogos aconteciam.
Mas, no final do ano, um deles
casava com a moça.
No ano de estreia o Boca venceu o
campeonato e a torcida organizou uma simulação de casamento no gramado: a noiva
e "Pedrín el fainero"*, que era o clichê do imigrante italiano, de
grandes bigodes, carregando embaixo do braço uma faina (que embora tenha o
formato da pizza é diferente, pois é feita de farinha de grão-de-bico e é um
prato tipicamente genovês, tal como os fundadores do Boca).
O River era "Barnabé o
Millonário", o Racing era "Acadêmico García", enquanto que o
Newells Old Boys, por ironia com seu nome inglês, era "Mister Nhuls".
O programa foi ao ar de 1940 a
1952. Depois, em 1972, virou programa de TV, mas sem o mesmo sucesso.
Atenção, turistas: os hoolingans
do Boca, os barrabravas, reunidos na temida "La Doce", avisam: a
valsa não se aplaude no final!
11 - Cardápio para o mega-clássico
O snack clássico dos jogos é o
" choripán ", sanduíche feito de pão francês e uma linguiça de
grandes dimensões.
O crocante pão com o suculento –
e costumeiramente oleoso – chorizo é a pièce de résistance de todo estádio
argentino.
O torcedor habitué dos jogos
costuma sublimar a ostensiva presença de estafilococos e outros perigos à
longevidade humana contidos nesse snack, como se estivesse blindado à miríade
de bactérias que passeiam nesse ícone alimentício geralmente elaborado em
controvertidas condições de higiene.
Não comer um choripán poderia ser
visto como um sinal de esnobismo ou falta de testosterona.
Os consumidores também sublimam a
adulteração dos ingredientes do “chorizo”, que incluem carne bovina, suína e
eqüina em proporções nunca definidas de forma explícita.
Nem implícita. A única certeza é
que se trata de proteína animal.
O choripán é onipresente nos
estádios, já que ele vai mais além de suas fronteiras físicas da crosta do pão
francês: seu cheiro paira sobre todo o campo de futebol, além de impregnar a
roupa dos presentes por intermédio da fumaça e de manchas.
E também, está presente como
ondas sonoras, por intermédio dos gritos dos vendedores, que anunciam seu
produto em elevados decibéis.
Embora o "chorizo" e a
salsicha sejam diferentes, possuem um parentesco próximo.
Nos últimos tempos surgiu uma
variedade cada vez mais popular nos estádios: o "morcipán", que em
vez da linguiça utiliza a " morcilla " (morcela, uma espécie de
linguiça feita com sangue).
Outro caso de sucesso entre os
torcedores é o “Paty”, denominação de uma marca que se tornou sinônimo de
hambúrgueres de baixo custo na Argentina.
Nas barraquinhas montadas nas
proximidades dos lugares de jogos os comerciantes vendem patys feitos de forma
doméstica com algo que tem sabor de carne... e que possivelmente provém de
algum mamífero.
12 - Simpatias e superstições dos torcedores
Os torcedores do time derrotado
sofrerão ironias, zoeiras e ácidos comentários pela Eternidade...ou até que a
conjunção de astros permita que novamente os dois times possam se enfrentar em
uma final de Libertadores.
Por esse motivo, vastos setores
das duas torcidas estão se aferrando a todo tipo de apelo ao sobrenatural para
implorar pela vitória de seu clube.
Estas são algumas delas:
— Modalidade Religiosa: Fazer
promessas a deuses, santos e virgens.
— Vestimenta: Colocar sempre a
mesma camiseta do River ou Boca (ou qualquer outra camiseta...em alguns casos,
até sem lavá-la, para não diluir seus ‘poderes mágicos’).
— Alimentícia: Ingerir o mesmo
cardápio que “deu sorte” em outras ocasiões. Raviólis, nhoques, churrasco, etc.
— Localização: Assistir os jogos
sentado no mesmo ambiente da casa do jogo anterior, mesmo sofá ou cadeira.
Em alguns casos os torcedores
assistem o jogo de costas à TV, somente ouvindo o relato dos locutores.
Em outros, a família dos
torcedores deve se sentar de forma estritamente ordenada no sofá, seguindo com
ortodoxia uma sequência.
Por exemplo: da direita à
esquerda de acordo com as idades.
— Todas as opções acima,
misturadas: rezar à Virgem, colocar a mesma fedorenta camiseta de jogos
prévios, sentar de costas pra TV na sala da mesma casa e comer os raviólis de
ricota com molho de tomate...com um número específico de colheradas de queijo
ralado!
13 – Para quem o autor desta lista estará torcendo?
Muitas pessoas, pelas redes
sociais, me fazem esta pergunta há semanas:
"Ei, você torce para o River
ou para o Boca?".
Resposta: Nenhum dos dois.
Nem qualquer outro time da
Argentina, país onde moro desde 1995.
Eu sou brasileiro e torço para o
Londrina Esporte Clube, a.k.a. "Tubarão".
Me criei em Londrina, Paraná.
Logo, logicamente, torço para o Londrina.
Não torço por nenhum outro time
no resto do Brasil nem no resto do planeta.
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