Imagem: Graeme Robertson/The Guardian
Quem chega a Academia Sub-12 do
Arsenal, na segunda-feira à noite, vai se deparar com um grupo de rapazes treinando
repetitivamente, passes, lançamentos, deslocamentos rápidos, e entre eles, duas
garotas...
Laila e Maddy.
As duas meninas foram escaladas
para treinar entre os garotos por serem consideradas duas promessas de alta
qualidade da equipe feminina da mesma categoria...
Por essa razão, o holandês,
Marcel Lucassen, ao lado do campo as observa.
Lucassen foi trazido para a
academia como o chefe de desenvolvimento de treinadores e jogadores, para
supervisionar a cultura de treinamento de crianças de cinco anos até os Sub-23...
Sua missão é implantar no Arsenal
uma visão mais ampla na formação de jovens atletas, no estilo do que vem
fazendo a federação alemã a vários anos.
Questionado sobre o convite as meninas
para treinar entre os garotos, Lucassem, conta que seu filho cresceu jogando
pelo RKSV Wittenhorst ao lado de Dominique Bloodworth, que por acaso joga pelo
Arsenal Feminino...
Portanto, para ele, não há
demais.
“No início eles ficam se olhando por uns cinco minutos e depois tudo é
normal. Para eles não faz diferença. Quem se espanta e divide são os adultos” ...
“O clube tem a obrigação de tornar primordial a qualidade do jogador,
independentemente do sexo, e as melhores meninas costumam responder muito bem
quando colocadas para jogar com os meninos”.
Essa é a filosofia dos ingleses
que estão investindo pesado na elevação dos padrões de futebol feminino...
Nas categorias menores a Football
Association têm incentivado equipes femininas a se juntarem as ligas dos
meninos.
Em alguns casos, equipes de
meninas são encorajadas a subir de nível e competir na Junior Premier League...
Escrevendo esse texto, me lembrei
da entrevista de Amanda Sampedro à Sara Carbonero do “Deportes Quatro”, quando
afirmou:
“Meu conselho para as garotas é que joguem com os garotos até não
poderem mais.”
Imagem: Graeme Robertson/The Guardian
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