segunda-feira, abril 08, 2019

São Paulo bate o Palmeiras e vai decidir o Campeonato Paulista...

Imagem: Reprodução

Nada, ou quase nada, de novo no Choque-Rei

Mesmo sem vencer no Allianz Parque, o São Paulo manteve outros tabus favoráveis e na decisão por pênaltis se classificou à final do Campeonato Paulista.

Por Pedro Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte

Ao apito final um tabu estava mantido: o São Paulo nunca venceu o Palmeiras jogando no Allianz Parque.

Desta vez, porém, não levou gols pela primeira vez e, também conseguiu empatar de maneira inédita um jogo no estádio rival.

O empate deste domingo foi bem diferente do primeiro jogo no Morumbi.

Se há uma semana mesmo sem gols o torcedor assistiu um bom jogo, nesta tarde, os dois times apresentaram um futebol pobre e em alguns momentos até sem coragem para atacar.

Por jogar em casa, os palmeirenses foram mais agressivos e até dominaram as ações no primeiro tempo, mas não conseguiram transformar a superioridade de posse de bola em gols, por conta da ineficácia dos atacantes alviverdes.

Dudu foi o pior na linha ofensiva, se escondeu do jogo e nada acrescentou durante 90 minutos em campo.

Gustavo Scarpa também viveu tarde apagada, mas buscou o jogo e até conseguiu acertar a trave são-paulina na etapa final.

Grata novidade na semifinal paulista são as jovens revelações do São Paulo.

Conhecidos como ‘Crias de Cotia’, jogadores como Luan, Igor Gomes, Antony e Liziero foram o combustível que faltava ao time que ganhou padrão de jogo sob comando de Vágner Mancini que deixa ótimo legado para Cuca.

No minuto final do primeiro tempo, Antony teve a melhor oportunidade do jogo, mas desperdiçou ao finalizar fraco e permitir a defesa de Prass.

O segundo tempo começou na mesma toada que terminou o primeiro, com uma cria de Cotia assustando os donos da casa.

Liziero anotou um gol aos 3 minutos, mas o VAR entrou em ação e anulou o tento que daria a vantagem ao Tricolor.

Correta intervenção do árbitro de vídeo, que seria o destaque de um segundo tempo fraco por parte dos times que já se resguardavam para os pênaltis.

Diogo Barbosa fez jogada pela lateral esquerda e cruzou para Deyverson marcar o que seria o gol da classificação Alviverde.

Seria!

Porque o VAR foi acionado novamente e anulou, mais uma vez corretamente, o gol por impedimento do camisa 16.

A única ressalva que pode ser feita tanto na primeira, quanto na segunda intervenção do VAR que resultaram em gols anulados, é a serventia do bandeirinha no gramado.

Os auxiliares têm se eximido de assinalar impedimentos confiando no VAR e isso tira a credibilidade do trio de arbitragem.

Nos 15 minutos que restavam os times apenas se defenderam e aguardaram os pênaltis.

As penalidades chegaram e com elas a consagração de Tiago Volpi que parou as cobranças de Goulart e Zé Raphael.

O goleiro ainda perdeu a última cobrança, defendida por Fernando Prass, mas, mesmo assim classificou o São Paulo à decisão do Campeonato Paulista.

Ficou tudo, ou quase tudo, igual depois da defesa de Volpi no chute de Zé Raphael.

O Palmeiras nunca venceu o estadual quando os 4 grandes estiveram nas semifinais.

O São Paulo manteve a escrita de eliminar o Palmeiras em mata-matas, neste século são 6 confrontos e 5 eliminações dos palmeirenses.

A novidade é que após 16 anos sem decidir uma final de estadual, o São Paulo está de volta e espera o vencedor de Santos x Corinthians, na noite desta segunda-feira no Pacaembu.

A decisão será SAN-SÃO ou Majestoso?

Para o reformulado São Paulo parece que tanto faz.

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