Imagem: Reprodução
Nada, ou quase nada, de novo no Choque-Rei
Mesmo sem vencer no Allianz Parque, o São Paulo manteve outros tabus
favoráveis e na decisão por pênaltis se classificou à final do Campeonato
Paulista.
Por Pedro Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte
Ao apito final um tabu estava
mantido: o São Paulo nunca venceu o Palmeiras jogando no Allianz Parque.
Desta vez, porém, não levou gols
pela primeira vez e, também conseguiu empatar de maneira inédita um jogo no
estádio rival.
O empate deste domingo foi bem
diferente do primeiro jogo no Morumbi.
Se há uma semana mesmo sem gols o
torcedor assistiu um bom jogo, nesta tarde, os dois times apresentaram um
futebol pobre e em alguns momentos até sem coragem para atacar.
Por jogar em casa, os
palmeirenses foram mais agressivos e até dominaram as ações no primeiro tempo,
mas não conseguiram transformar a superioridade de posse de bola em gols, por
conta da ineficácia dos atacantes alviverdes.
Dudu foi o pior na linha
ofensiva, se escondeu do jogo e nada acrescentou durante 90 minutos em campo.
Gustavo Scarpa também viveu tarde
apagada, mas buscou o jogo e até conseguiu acertar a trave são-paulina na etapa
final.
Grata novidade na semifinal paulista
são as jovens revelações do São Paulo.
Conhecidos como ‘Crias de Cotia’,
jogadores como Luan, Igor Gomes, Antony e Liziero foram o combustível que
faltava ao time que ganhou padrão de jogo sob comando de Vágner Mancini que
deixa ótimo legado para Cuca.
No minuto final do primeiro
tempo, Antony teve a melhor oportunidade do jogo, mas desperdiçou ao finalizar
fraco e permitir a defesa de Prass.
O segundo tempo começou na mesma
toada que terminou o primeiro, com uma cria de Cotia assustando os donos da casa.
Liziero anotou um gol aos 3
minutos, mas o VAR entrou em ação e anulou o tento que daria a vantagem ao
Tricolor.
Correta intervenção do árbitro de
vídeo, que seria o destaque de um segundo tempo fraco por parte dos times que
já se resguardavam para os pênaltis.
Diogo Barbosa fez jogada pela
lateral esquerda e cruzou para Deyverson marcar o que seria o gol da
classificação Alviverde.
Seria!
Porque o VAR foi acionado
novamente e anulou, mais uma vez corretamente, o gol por impedimento do camisa
16.
A única ressalva que pode ser
feita tanto na primeira, quanto na segunda intervenção do VAR que resultaram em
gols anulados, é a serventia do bandeirinha no gramado.
Os auxiliares têm se eximido de
assinalar impedimentos confiando no VAR e isso tira a credibilidade do trio de
arbitragem.
Nos 15 minutos que restavam os
times apenas se defenderam e aguardaram os pênaltis.
As penalidades chegaram e com
elas a consagração de Tiago Volpi que parou as cobranças de Goulart e Zé
Raphael.
O goleiro ainda perdeu a última
cobrança, defendida por Fernando Prass, mas, mesmo assim classificou o São
Paulo à decisão do Campeonato Paulista.
Ficou tudo, ou quase tudo, igual
depois da defesa de Volpi no chute de Zé Raphael.
O Palmeiras nunca venceu o
estadual quando os 4 grandes estiveram nas semifinais.
O São Paulo manteve a escrita de
eliminar o Palmeiras em mata-matas, neste século são 6 confrontos e 5
eliminações dos palmeirenses.
A novidade é que após 16 anos sem
decidir uma final de estadual, o São Paulo está de volta e espera o vencedor de
Santos x Corinthians, na noite desta segunda-feira no Pacaembu.
A decisão será SAN-SÃO ou
Majestoso?
Para o reformulado São Paulo
parece que tanto faz.
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