Imagem: Marcos Arboés/Universidade do Esporte
Noite
divertida no Frasqueirão
Com o bom
placar de 4 a 2, o time Alvinegro venceu o Força e Luz, manteve o 100% de
aproveitamento no Estadual, mas ainda precisa de alguns ajustes para a
sequência da temporada
Pedro
Henrique Brandão Lopes
Pela primeira
vez em 2020, o ABC recebeu sua torcida para uma partida oficial.
A punição de
jogar com portões fechados, imposta ao clube após a confusão na decisão
estadual do ano passado, terminou no último jogo contra o Globo e a torcida
alvinegra pôde tomar as arquibancadas do Maria Lamas Farache para apoiar e
matar a saudade do ABC.
Com a
atmosfera favorável criada pela presença de seus torcedores, o ABC tomou o
controle da partida logo nos primeiros minutos e empurrou o Força e Luz para o
campo de defesa.
Sem chances,
o Time Elétrico conseguiu ameaçar a meta alvinegra apenas aos 11 minutos de
bola rolando.
Mesmo
ocupando o campo adversário, o time dirigido por Francisco Diá, errou muito nos
passes decisivos.
Não fossem
tantas jogadas desperdiçadas no último passe, o ABC teria aberto o placar antes
dos 20 minutos de jogo.
Boas
triangulações, primeiro pelo lado direito com Igor Goulart e Cedric; e depois
pelo lado esquerdo com Berguinho e Jaílson, amadureceram o gol abecedista, mas
o último passe sempre falhava e as boas jogadas não acabavam nas redes do Força
e Luz.
Foi assim até
que aos 42 minutos, Berguinho se aventurou pelo lado direito e ajudou Cedric a
ganhar da marcação, o lateral foi ao fundo e cruzou perfeitamente para Jaílson,
que se apresentou dentro da área com tranquilidade e bateu no canto baixo do
goleiro Severino, que nada pôde fazer.
A vantagem no
placar era justa por tudo que o ABC fez a mais que o time visitante.
Porém o gol
parece ter tirado a atenção dos alvinegros e numa vacilada da defesa
abecedista, Felipe Moreira recebeu sozinho dentro da área e bateu bem na saída
do goleiro Erivelton.
Durante o
primeiro tempo, o Força e Luz mostrou suas armas para picar o jogo: o goleiro
Severino pediu um sem número de atendimentos médicos para quebrar o ritmo do
jogo.
Com o empate,
o Time Elétrico voltou decidido a não jogar e nem deixar jogar no segundo
tempo.
Porém, Cosmo,
zagueiro do Força e Luz, facilitou a tarefa abecedista logo nos primeiros
minutos da segunda etapa.
Já com um
cartão amarelo do primeiro tempo, o zagueiro derrubou Jaílson dentro da área,
foi expulso pelo segundo amarelo e permitiu a penalidade máxima ao time da
casa.
Wallyson foi
para a cobrança com extrema tranquilidade e apenas deslocou o goleiro
adversário.
O 2 a 1 com
um homem a mais parecia que garantiria a vitória fácil para o ABC, mas no lance
seguinte, o zagueiro alvinegro Vitor Salvador, vacilou num recuo de bola e
entregou a bola ao ataque tricolor.
Restou a
Cedric parar o contragolpe com falta, dentro da área é pênalti e Felipe Moreira
converteu o empate.
Ainda assim,
o ABC tinha mais de 30 minutos para buscar a vitória contra um visitante que
jogava com um homem a menos.
Francisco Diá
mandou a campo Núbio Flávio no lugar de Felipe Manoel e Richardson no lugar de
Vitor Salvador.
Com mais gente
no ataque, logo um pênalti saiu para o Alvinegro, mas Jaílson desperdiçou,
bateu fraco, no meio do gol e o goleiro Severino defendeu com a perna esquerda.
A decisão de
Diá, que mandou o time para frente acabou por despovoar o meio-campo e a
superioridade numérica não se converteu em gols para o ABC.
Até que na
base da bola alçada na área, Joécio se esticou todo e conseguiu balançar as
redes do Força e Luz.
Com menos de
10 minutos para o apito final, o ABC precisava apenas administrar o resultado
contra um Força e Luz com um homem a menos e que havia sentido o gol.
Diá exigiu
que o time continuasse atacando e conseguiu que o Alvinegro chegasse ao quarto
gol com Wallyson.
Depois do 4 a
2, pouco sobrou de força ou de luz ao Time Elétrico.
Recém
promovido da segundona, o Força e Luz precisa acertar seu sistema defensivo,
que sofreu 8 gols em dois jogos, para tentar permanecer na primeira divisão do
próximo ano.
Pelo lado do
ABC, Francisco Diá parece ter encontrado o fio da meada no ataque, que consegue
boas triangulações nos dois lados do campo, tem jogadores rápidos e que
conseguem vencer a defesa adversária, mas o treinador ainda precisa trabalhar
muito para corrigir o sistema defensivo, que mesmo contra um ataque pouco
eficiente tomou sustos e sofreu dois gols.
Muita coisa
vai mudar até a decisão do campeonato, mas com ABC e América invictos, o
Potiguar 2020 começa a tomar forma e, ao que tudo indica, sem surpresas.
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