Imagem: Autor Desconhecido
Com aval de
clubes, Fair Play da CBF deve ter punição dura a partir de 2022
Por Rodrigo Mattos/UOL Esporte
A CBF
negociou com os departamentos financeiros dos clubes neste ano o modelo do Fair
Play financeiro que passa a valer em 2020.
Com a fórmula
concluída, vai apresentar as regras definidas em reunião após o Carnaval.
De acordo com
o cronograma proposto, no entanto, o futebol brasileiro só deve se esperar
punições severas a partir de 2022.
Os anos
anteriores de adaptação.
O modelo de
Fair Play brasileiro tem inspiração na Europa e foi traçado pelo economista
Cesar Grafietti a pedido da CBF.
O objetivo
final é tornar os clubes mais saudáveis financeiramente, isto é, levá-los a
gastar apenas dentro das suas possibilidades de receitas.
As regras
foram discutidas com a Associação Brasileira de Executivos Financeiros do Futebol,
que reúne os dirigentes dos maiores times do Brasil.
Segundo
apurou o blog, houve um apoio da maioria dos clubes.
Clubes como
São Paulo, Flamengo, Palmeiras, Internacional e Grêmio se mostraram bastante
participativos e ajudaram nas construções das regras.
Mas houve,
sim, resistência de alguns outros clubes que estavam preocupados com as
limitações de gastos que poderiam gerar pressão de suas torcidas.
Há uma
avaliação na CBF de que regulamentos externos podem justamente pressionar os
clubes a serem mais responsáveis, independentemente da pressão pela gastança de
torcedores.
Ao final,
prevaleceu o aval dado pela maioria dos clubes. Na semana passada, o
secretário-geral da CBF, Walter Feldman, confirmou a implantação do programa
este ano.
Havia uma
questão de prazo, pois uma reunião definitiva com os clubes tem que ser feita
antes de março para valer para esta temporada.
Questionado
pelo blog, Feldman informou que o encontro "vai ser rápido".
Há
expectativa de que os clubes já sejam informados no Conselho Técnico, no dia 27
de fevereiro.
E o que
valerá já neste ano?
A CBF já tem
um departamento analisando os documentos financeiros de 2019.
São
verificados balancetes trimestrais, balanços anuais e orçamentos.
A entidade
começará a já dar orientações e advertências para os clubes que não cumprirem
as regras estabelecidas.
A partir dos
resultados, a confederação pretende traçar um plano de ação com os clubes para
que estejam prontos para atingir as metas nos balanços de 2021.
A partir da
temporada seguinte, estariam previstas as punições.
Mas o
cumprimento deste cronograma depende da vontade política da diretoria da CBF.
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