A ginasta
húngara Agnes Keleti, a mais velha campeã olímpica e sobrevivente do
Holocausto, celebrou neste sábado (09) 100 anos...
Um centenário
“que parecem só 60 anos”, ela disse na véspera do aniversário.
Numa vida
recheada de tragédia e sucesso, perseverança e aventura, Keleti afirmou ser “um
exagero” o apelido que lhe deram: “a rainha da ginástica”, título
também de um novo livro sobre a sua vida...
Nascida Agnes
Klein em 1921, a atleta viu a carreira interrompida pela II Guerra Mundial, que
forçou o cancelamento dos Jogos de 1940 e 1944.
Em 1941 sua
família a afastou da equipe de ginástica e a obrigou a esconder-se no interior
da Hungria, sobrevivendo ao Holocausto sob uma identidade falsa, assim como a
mãe e a irmã, nestes casos graças à ajuda do diplomata sueco Raoul Wallenberg...
O pai,
contudo, morreu em Auschwitz, entre mais de meio milhão de judeus húngaros
mortos em campos de concentração.
Depois da
Guerra, Keleti voltou a competir, mas uma lesão no tornozelo a deixou de fora
de das Olímpiadas de Londres em1948...
Perseverante estreou nos Jogos Olímpicos de Helsinque em 1952 com 31 anos, idade incomum na ginástica, mas que não a impediu de ganhar o primeiro ouro, uma prata e dois bronzes, que acabariam se somando mais seis medalhas em conquistadas em Melbourne em 1956.
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