Especula-se na imprensa a possível contratação do atacante Flávio da Cabense de Pernambuco pelo América para a disputa da Série B de 2010...
O currículo do jogador de 23 anos mostra passagens pelo Metropolitano de Santa Catarina, Sport de Recife e um clube croata...
Bem, tenho observado que é comum entre os boleiros, citar passagens pela Europa e outros continentes, porém, sem especificar período e sem detalhar informações sobre o clube pelo qual passou em suas andanças mundo afora.
Por que questiono o período?
Para que se possa chegar à campanha da equipe e o desempenho do jogador – mesmo em países onde a língua seja uma barreira bem difícil de suplantar, é possível se chegar a alguma conclusão: basta paciência e pesquisa.
Por que questiono detalhes das tais equipes?
Jogar no exterior nem sempre qualifica o jogador; na Ásia, lugares como Singapura, Mianmar (ex-Birmânia), Vietnam, Tailândia, Indonésia e até mesmo Japão e Coréia do Sul, podem acrescentar números a conta bancária de jogadores razoáveis e medíocres e que aqui, jamais passariam de clubes medianos numa Série B, mas que lá, vestem camisas importantes do futebol dessas nações.
O mesmo acontece em lugares como Emirados Árabes Unidos, Yemen, Arábia Saudita e etc.
Na Europa, Luxemburgo, Irlanda do Norte, Malta, Chipre, Albânia, Azerbaidjão, Armênia, Liechtenstein, Finlândia, Bielorússia, Letônia, Lituânia, Estônia, Moldávia, Bósnia, Montenegro e Macedônia entre outros, podemos seguir o mesmo raciocínio...
Excluído o ganho financeiro, só vejo uma vantagem em deixar o Brasil e se aventurar por lugares distantes e a margem do futebol de primeira linha: aprender, acrescentar conhecimento e cultura.
Mas, não creio que a maioria dos boleiros, esteja lá muito interessada em deixar o MSN, o Orkut, os jogos eletrônico e outras baboseiras para se dedicar a aprender uma nova língua, conhecer costumes, história, literatura, arte e essas coisas que o tornariam não um craque, mas um homem melhor.
Portanto, ter jogado aqui e ali, não transforma um jogador médio, num grande jogador e nem o torna capaz de solucionar as dores de cabeça de clube algum...
Flávio jogou na Croácia, mas precisamente, no Omiš...
E onde fica
Omiš é uma vila de 15.800 habitantes (senso de 2001), localizada na região da Dalmácia, e é parte do condado de Split.
O lugar é lindo – se algum dia o leitor tiver a oportunidade de ir até lá, não deve perder a chance – cercada de montanhas, cortada pelo rio Cetina e banhada pelo mar Adriático, Omiš é um porto cuja economia se baseia na pesca, na indústria têxtil e de processamento de alimento e é claro, no turismo.
Mas e o clube?
O NK Omiš – Nogometni Klub Omiš - foi fundado em 1919, seu estádio, o Anđelko Marušiċ Ferata, tem capacidade para 3.000 espectadores.
Na temporada 2010, o NK Omiš, está jogando na 3.HNL (terceira divisão), no sul e, ocupa a última posição.
O futebol croata é dividido da seguinte forma:
Prva Hrvatska Nogometna Liga (Liga da Primeira Divisão Croata)
16 clubes.
Druga Hrvatska Nogometna Liga (Liga da Segunda Divisão Croata)
14 clubes.
Treċa Hrvatska Nogometna Liga (Liga da Terceira Divisão Croata)
Grupo Leste: 18 clubes.
Grupo Oeste: 18 clubes.
Grupo Sul: 17 clubes. (na verdade, 18 clubes, mas o NK Trogir foi excluído da competição por problemas financeiros)
Čertvta Hrvastka Nogometna Liga (Liga da Quarta Divisão Croata)
Grupo Centro A: 14 clubes.
Grupo Centro B: 10 clubes.
Grupo Sul D: 14 clubes.
Grupo Oeste: 15 clubes.
Grupo Sul A: 14 clubes.
Grupo Sul B: 10 clubes.
Frupo Sul D: 14 clubes.
Grupo Leste: 18 clubes.
Grupo Norte A: 14 clubes.
Grupo Norte B: 16 clubes.
Grupo Centro A: 16 clubes.
Grupo Centro B: 18 clubes.
A quinta divisão é formada pelos 19 condados que compõem a divisão política do país...
Cada condado se subdivide em várias divisões.