Trabalhei na Rádio Globo de Natal durante o período de 10/06/2008 à 05/10/2008 e, para quem não sabe, fui contratado para substituir o então comentarista Hélio Câmara que se encontrava afastado por determinação da justiça eleitoral por ser candidato a vereador pelo município de Parnamirim...
Um contrato com tempo pré-estabelecido e sem nenhuma promessa de prorrogação – tudo limpo, tudo às claras.
Foram quatro meses que vou guardar com muito carinho, pois não foi só trabalho, foi também muita diversão e, é claro, alguma tensão – você que está agora, confortavelmente, sentado à frente do seu computador lendo esse texto, não tem a mais vaga idéia do que é estar por trás do microfone da Globo –, tudo o que é dito repercute imediatamente e, nem sempre, às pessoas refletem antes de reagir...
Oscilamos assim como os jogadores, entre a admiração momentânea e o repudio quase sempre emocional e desproporcional...
Mas, isso é outra história...
Quem sabe um dia, mais velho, eu aproveite a solidão que é imposta aos velhos e escreva sobre esse e outros momentos de minha vida.
Entretanto, hoje, quero registrar meu respeito e minha admiração pela empresa...
Depois de mais de um ano, recebi um telefonema da tesouraria da Rádio Globo me informando que em função do dissídio coletivo ocorrido naquele período (2008) e só agora posto em pratica, eu deveria comparecer a emissora para receber uma complementação referente à minha rescisão contratual...
O Brasil é um país estranho, pois o que deveria ser algo normal, corriqueiro e correto, acaba se transformando num espanto e esse espanto, nos leva a alegria de imaginar que talvez ainda haja conserto para as deformações morais que assolam essa nação...
Fui a Ribeira e lá, vi sobre um balcão minha ficha funcional ainda bem cuidada e recebi exatos, R$ 184,37 reais...
Dinheiro que a Rádio Globo fez questão de pagar, cumprindo a lei, mas também, cumprindo um principio de decência.
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