Claudio Weber Abramo, é diretor executivo da ONG Transparência Brasil e, faz a seguinte reflexão:
Uma da formas mais manjadas de corrupção em contratações é protelar a concorrência até que o prazo de entrega do serviço ou produto fique tão apertado que se torne impossível de fato realizar uma concorrência.
Como a coisa ou o serviço precisam ser feitos, decide-se então fazer a contratação por “emergência”, ou seja, sem concorrência.
Na contratação por “emergência”, o sujeito que decide meramente escolhe uma empresa fornecedora e firma contrato com ela.
Assim se fez com as malfadadas obras do Panamericano do Rio.
Como é que empresa fornecedora é escolhida?
Bem, como o sujeito que decide faz isso a partir de sua vontade, e como essa vontade pode ser comprada, basta “molhar” a mão do cara (usualmente, não é só um sujeito, mas sim, uma quadrilha).
Fim da reflexão.
Mas Claudio Weber Abramo ainda faz duas indagações:
Quem são os sujeitos que decidem aplicar dinheiro público par a construção ou reforma de estádios?
E responde:
Os nossos inestimáveis políticos!
Quem é o individuo que decide se esse ou aquele estádio será ou não palco dos jogos da Copa?
Essa última, Claudio Weber Abramo deixa em aberto...
Ah, Abramo fez a reflexão e os questionamentos, a partir das declarações do presidente da CBF na Academia Brasileira de Letras...
Segundo se informa, Ricardo Teixeira teria declarado:
“Se as obras (de construção e adaptação de estádios) não começarem até o início de maio, passaremos por sérios problemas”!
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