Sei que a grande maioria dos
leitores ou não se interessa e pouco acompanha as competições de natação...
Por favor, não é uma crítica...
O desinteresse da maioria
esmagadora do povo brasileiro por outros esportes é o resultado nefasto da
monocultura, onde o futebol e só futebol reina.
Reinado que não sofre abalos,
protegido que é pela grande mídia e pela total falta de interesse dos governos
brasileiros em implantar uma política esportiva que privilegie o esporte como
um todo.
Há cerca de três anos o
Departamento de Educação do Reino Unido decretou a obrigatoriedade do ensino da
natação e da segurança aquática (mínimo níveis 1 e 2) no curriculum do sistema
oficial de ensino...
Qualquer dúvida, favor consultar
os links abaixo:
Portanto, não surpreende que o
Reino Unido desponte como das mais fortes equipes no campeonato mundial de
piscina longa, no mundial de esporte aquáticos que estão sendo realizados em
Kazan, na Rússia.
Os atuais medalhistas britânicos
são atletas entre 18 e 20 anos...
Pessoas que começaram a nadar
entre os 15 e 16 anos, nas escolas.
Rapazes e moças que já são fruto
de uma medida absolutamente salutar...
Medida que sendo cada vez mais
massificada fará com que as próximas gerações de nadadores do Reino Unido sejam
ainda melhores que a atual.
Por que no Brasil, algo assim não
acontece?
Simples...
Enquanto insistirmos em manter o
sistema exclusivo de clubes, muitos dos quais que sequer tem programas voltados
para atletas exclusivos de determinado esporte, patinaremos – desculpem o
trocadilho.
É na escola que o esporte deve
massificado, inoculado, incentivado e elevada à sua maior potência...
Lembremos que a maior parte dos
jovens brasileiros não têm condições financeiras para bancar idade e vindas à
clubes, são meninos e meninas pobres...
Na escola, o esporte estaria a
seu alcance, faria parte de sua grade curricular e seria uma ponte possível para
uma nova vida.