Já não bastassem as pedras no
caminho e a chegada em melancólico estilo, à zona de rebaixamento, o ABC,
agora, terá que se desvencilhar de um isqueiro atirado por sua torcida em
direção ao goleiro do Bahia e arrumar uma muito convincente explicação para o
rojão lançado de fora do estádio Maria Lamas Farache e que caiu próximo à área penal
defendida pelo ABC”...
O isqueiro e o rojão relatados
pelo árbitro Roger Goulart, na súmula, certamente vão acabar em punição, pois o
clube é reincidente.
Por falar em ABC, ontem, no
programa Debate Esportivo da rádio Globo, comandado por Santos Neto e com a
participação de Pedro Neto, o diretor de futebol do ABC, Marcelo Abdon, disse
com todas as letras o seguinte:
Até o jogo contra o Ceará, o ABC
doava 200 ingressos para torcedores organizados, além de ceder um local nas
dependências do clube para que guardassem tambores e outras parafernálias que
costumam levar para as arquibancadas...
Porém, acrescentou:
Depois dos incidentes, tudo isso
foi cortado.
Bem, é preciso elogiar Marcelo
Abdon por ter confirmado o que todo mundo já sabia, mas que ninguém tinha a
coragem de confirmar...
Passei a ver Marcelo com outros
olhos, apesar de continuar a discordar dele, aqui e ali.
A confirmação deixa algumas
interrogações...
Como explicar ao sócio torcedor,
privilégios dados a organizados?
Afinal, por que alguns tem que
pagar e outros, não?
Que benefícios esses
organizados trazem ao clube a ponto de terem entrada franquiada e depósito para
guardar seus pertences sem pagar aluguel?
Só faltou Marcelo nos contar quem
autorizava a doação dos 200 ingressos e a cessão do depósito...
Se estivesse na entrevista, teria
perguntado.
No entanto, esse tipo de atitude
não é exclusividade do ABC...
É quase uma norma no futebol
brasileiro.
Eu, pessoalmente, já ouvi citarem
alguns dirigentes que além de distribuir ingressos e ceder espaços nos clubes
para organizados, financiam passagens e outros mimos...
Não os cito aqui, por razões
óbvias.
Não sou Rodrigo Pastana...
Se algum dia acusar alguém, o
farei devidamente documentado, sem nenhuma possibilidade de recuo ou
desculpas...
Tenho idade e vivência bastante
para saber o que um sujeito desses é capaz de fazer, se sonhar que você não
pode provar aquilo que disse.
E, nesse ponto, a justiça, infelizmente,
terá que ser cega, surda e muda, mesmo que o próprio juiz saiba a diferença
entre quem processou e o processado.
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