domingo, agosto 02, 2015

Isqueiro, rojão e 200 ingressos para organizados...

Já não bastassem as pedras no caminho e a chegada em melancólico estilo, à zona de rebaixamento, o ABC, agora, terá que se desvencilhar de um isqueiro atirado por sua torcida em direção ao goleiro do Bahia e arrumar uma muito convincente explicação para o rojão lançado de fora do estádio Maria Lamas Farache e que caiu próximo à área penal defendida pelo ABC”...

O isqueiro e o rojão relatados pelo árbitro Roger Goulart, na súmula, certamente vão acabar em punição, pois o clube é reincidente.

Por falar em ABC, ontem, no programa Debate Esportivo da rádio Globo, comandado por Santos Neto e com a participação de Pedro Neto, o diretor de futebol do ABC, Marcelo Abdon, disse com todas as letras o seguinte:

Até o jogo contra o Ceará, o ABC doava 200 ingressos para torcedores organizados, além de ceder um local nas dependências do clube para que guardassem tambores e outras parafernálias que costumam levar para as arquibancadas...

Porém, acrescentou:

Depois dos incidentes, tudo isso foi cortado.

Bem, é preciso elogiar Marcelo Abdon por ter confirmado o que todo mundo já sabia, mas que ninguém tinha a coragem de confirmar...

Passei a ver Marcelo com outros olhos, apesar de continuar a discordar dele, aqui e ali.

A confirmação deixa algumas interrogações...

Como explicar ao sócio torcedor, privilégios dados a organizados?

Afinal, por que alguns tem que pagar e outros, não?

Que benefícios esses organizados trazem ao clube a ponto de terem entrada franquiada e depósito para guardar seus pertences sem pagar aluguel?

Só faltou Marcelo nos contar quem autorizava a doação dos 200 ingressos e a cessão do depósito...

Se estivesse na entrevista, teria perguntado.

No entanto, esse tipo de atitude não é exclusividade do ABC...

É quase uma norma no futebol brasileiro.

Eu, pessoalmente, já ouvi citarem alguns dirigentes que além de distribuir ingressos e ceder espaços nos clubes para organizados, financiam passagens e outros mimos...

Não os cito aqui, por razões óbvias.

Não sou Rodrigo Pastana...

Se algum dia acusar alguém, o farei devidamente documentado, sem nenhuma possibilidade de recuo ou desculpas...

Tenho idade e vivência bastante para saber o que um sujeito desses é capaz de fazer, se sonhar que você não pode provar aquilo que disse.

E, nesse ponto, a justiça, infelizmente, terá que ser cega, surda e muda, mesmo que o próprio juiz saiba a diferença entre quem processou e o processado.

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