sábado, agosto 22, 2015

Carlos Tevez fala sobre a prisão na Inglaterra, seu bairro em Buenos Aires e as críticas a Lionel Messi...

Carlos Tevez em entrevista a um programa de televisão na Argentina, chamado Animales Sueltos contou sobre sua infância, falou sobre Messi e sobre quando foi preso na Inglaterra...

Tentar enganar a polícia inglesa, fazer pouco caso da legislação do país e imaginar que o jeitinho latino-americano fosse acabar vitorioso, lhe custou caro.

Eu estava sem carteira na Inglaterra (na época de Manchester United), me pararam uma vez e levaram o carro.

Na segunda vez, me pararam e fizeram o mesmo.

Me avisaram que se me pegassem novamente, eu iria preso.

E assim veio a terceira.

Vane, minha mulher, me levava aos treinos e ia me buscar.

Em um momento, eu estava cansado disso e queria dirigir.

Na Inglaterra estávamos só nos dois (ele e sua mulher), um dia nós brigamos, discutimos.

Tinha classe de golfe quatro quadras de casa e eu tinha começado classe de golfe com um professor.

Não falava com minha mulher, tinha aula de golfe.

Peguei o carro e fui.

Quando cheguei na aula de golfe, um homem que sabia que não podia de dirigir, chamou a polícia.

Saio do campo de golfe, não podiam me pegar dentro, saí, cheguei na rua e ouvi a sirene em um carro particular.

Eu estava falando no telefone com minha mulher.

Desligo o telefone, encosto e paro.

Abaixo a janela e quero falar algo, o policial me empurra, tira a chave e me força contra o volante.

Me dá uma cotovelada no peito, eu caio para trás, tira a chaves e me tira do carro.

Me colocou no carro e levou para a delegacia algemado.

Lá eu liguei para minha mulher e meu advogado, que falou para eu não falar nada.

Esperei em uma cela, sozinho na cela.

Chegou advogado e disse que não declarei nada.

Aí me fui para a casa depois de duas horas e virou um escândalo mundial.

Entendi que não podia dirigir.

Me falavam que eu ia preso e eu não acreditava.
Depois que fui julgado, tive de fazer trabalhos comunitários.
A primeira atividade que tive que limpar lixeiras e voltar a máquina para o lugar, com uniforme.
Depois tive um trabalho fixo.
Me colocaram para cuidar das plantas.

Sobre seu bairro, o Fuerte Apache...

“Eu me encontro com meus amigos uma ou duas vezes por semana, e nos encontramos no bairro. Eles não me deixam pagar nada”, disse. “São cinco ou seis amigos que eu tenho, acho que três têm trabalho, e pagam tudo. Eu me dou conta da onde viemos. Sempre fomos assim. Parece que não mudou nada. ”

Sobre as críticas a Messi e a seleção argentina...

"Se as críticas chegam a nós, jogadores da Argentina? Obviamente que sim. Chegam por nossas famílias, e assim chegam para todos nós. E nossas famílias sofrem. Você pode criticar, mas tem que estar à altura. As pessoas não sabem o que fazem Messi, Mascherano, Di Maria. "

"Você não pode dizer coisas terríveis, você não pode chamar de covardes. Eu concordo que podemos ser criticados, mas não se pode assassiná-los. Messi se mata em campo com a camisa da Argentina. "

"Estávamos convencidos de que nós venceríamos a final contra o Chile. Nós não entendemos por que não levamos o título. Normalmente teríamos ganho. Foi um golpe muito, muito duro. "

“Se eu fosse o Messi e tivesse que aturar o criticismo que ele recebe, eu não voltaria a jogar pela seleção. Ele deve amar muito a camisa argentina para continuar retornando mesmo assim. ”

“Vocês podem criticar um jogador que não atuou bem ou que não estava em forma em uma determinada partida, mas não podem dizer que ele não se esforça. Não podem dizer coisas horríveis sobre ele, simplesmente não podem. ”

“Como jornalistas, vocês têm uma mensagem e um exemplo para transmitir todos os dias. Concordem ou não, gostem de um jogador ou não, vocês não podem matar a imagem dele dessa forma. ”

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