Imagem: Miguel Angel Morenatti/Diário AS
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quinta-feira, setembro 22, 2016
O novo contrato de LeBron James...
22 milhões de dólares por
temporada deve ser o novo contrato de LeBron James com o Cleveland Cavaliers...
NBA... Esmero e organização.
Em São Paulo, o vice-presidente
de parcerias globais da NBA, Emilio Collins, contou como é feito o trabalho de
valorização dos atletas...
“Nós temos um departamento só
para isso, para saber quem trabalhar, como trabalhar e onde trabalhar cada um
desses atletas”, explicou.
A formato de gerenciamento na NBA
facilita o trabalho...
Como nos Estados Unidos a liga
comanda todas as equipes, que são chamadas de franquia, o controle sobre a
carreira dos atletas é mais fácil de ser gerenciado.
Os cuidados inclusive, passam,
por exemplo, pelas redes sociais de cada jogador...
Traduzindo em miúdos: o atleta é
o foco.
Roma é mais uma cidade a dizer não aos Jogos Olímpicos...
Roma diz “não” à Olimpíada – mais
uma cidade recusa o abusivo custo do evento
Virginia Raggi, nova prefeita
romana, contrariou dirigentes esportivos e políticos locais e anunciou a
desistência da candidatura.
Os Jogos de 2024 consumiriam pelo
menos R$ 20 bilhões da capital da Itália.
Por Rodrigo Capelo
“Especulação, lobbies
empresariais, instalações nunca terminadas, estruturas abandonadas, dívidas e
sacrifícios para o povo.
Somos contra a candidatura de
Roma para os Jogos Olímpicos de 2024 porque não vamos hipotecar o futuro dos
romanos.”
O texto, publicado no blog do
partido do Movimento 5 Estrelas, é da nova prefeita de Roma, Virginia Raggi.
Agora com a caneta da cidade nas
mãos, a italiana anunciou o fim da candidatura pela Olimpíada.
A capital da Itália engrossa uma
lista já considerável de cidades que se recusam a sediar os Jogos Olímpicos.
Antes dela, Boston (Estados
Unidos) e Hamburgo (Alemanha) desistiram da concorrência pela edição de 2024.
Continuam na disputa Los Angeles
(Estados Unidos), Paris (França) e Budapeste (Hungria).
Isso acende – ou deveria acender
– o sinal de alerta no Comitê Olímpico Internacional (COI): as pessoas
começaram a descobrir o abusivo modelo olímpico.
Os responsáveis pela candidatura
olímpica partiram para o ataque à prefeita após o anúncio da desistência.
O perfil oficial da candidatura
no Twitter passou a veicular imagens de ruas esburacadas, estações de metrô
lotadas, italianos atrás dos classificados nos jornais à procura de empregos.
Acompanhados da hashtag #RomaSemFuturo,
os tuítes pregam o pessimismo: nenhum desses problemas será resolvido pelos
Jogos Olímpicos.
Supor que a Olimpíada resolva
problemas públicos tem o populismo rasteiro do qual brasileiros ouviram à
exaustão até 2016.
A candidatura romana prevê um custo
de € 5,3 bilhões.
No câmbio atual seriam quase R$
20 bilhões.
É um erro – e agora as pessoas se
dão conta – supor que esse será o valor final.
Um estudo feito na Universidade
de Oxford, em 2012, mostra que todos os Jogos Olímpicos desde 1960 sofreram com
sobrepreços em relação às estimativas iniciais.
Em média o aumento é de 250% após
a inflação.
O Rio de Janeiro, que gastou mais
de R$ 40 bilhões, sabe disso por experiência. A estimativa na candidatura era
de R$ 28,8 bilhões.
As contrapartidas aventadas por
defensores da Olimpíada – políticos, dirigentes esportivos e empreiteiros – são
questionáveis.
As experiências olímpicas mais
recentes de cidades como Sochi 2014 (Rússia), Londres 2012 (Reino Unido) e
Pequim 2008 (China) mostram que o turismo desandou, os empregos gerados pela
construção saíram caro e os custos, antes e depois do evento, extrapolaram e
foram bancados com dinheiro público.
O raciocínio de que o evento
destrava investimentos em áreas como mobilidade urbana não para em pé: se uma
cidade tem R$ 40 bilhões para gastar em infraestrutura, por que ela precisaria
de um evento como pretexto para usá-los?
A desistência de Roma é uma
reação natural a um modelo de negócio à beira do colapso.
O COI, como faz a Fifa com a Copa
do Mundo, absorve todos os ganhos financeiros dos Jogos e os usa para alimentar
uma cadeia de dirigentes no mundo todo.
Os custos ficam para as
populações das cidades sedes.
Conforme mais informações sobre
prós e contras olímpicos foram disseminadas, essas pessoas começaram a
questionar por que, num momento de economia bamba no mundo todo, precisam
gastar tanto dinheiro com os luxos de dirigentes esportivos.
Ou o COI encontra um novo modelo,
no qual assuma algum gasto, ou passará por mais constrangimentos toda vez que
algum prefeito atender o povo e disser: aqui, não.
quarta-feira, setembro 21, 2016
Dirigente que não se controla não lidera, se iguala...
Análise: Dirigente precisa se controlar para liderar
Duda Lopes condena descontrole visto com frequência entre presidentes
de grandes clubes
Por Duda Lopes
“Eu não tenho sangue de barata. Sou torcedor igual a ele”.
Assim se defendeu o presidente do
Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, após bater boca no estádio com um torcedor
no início deste Campeonato Brasileiro.
Bandeira errou.
Não é torcedor, é presidente.
Se os cartolas dos grandes clubes
fossem contratados por empresas sérias, seriam mais demitidos que os técnicos
que dirigem seus times.
Na última semana, foi um festival
de cenas inadmissíveis para um ambiente minimamente profissional.
Paulo Nobre, presidente do
Palmeiras, teve que ser apartado por seguranças; ele se irritou com um torcedor
do Flamengo em um camarote no Allianz Parque.
Roberto de Andrade, presidente do
Corinthians, não se conteve e mostrou o dedo do meio a um grupo de torcedores
no último sábado.
No clássico do fim de semana, o
diretor de futebol não renumerado do time chegou a comparar a venda de
jogadores a uma diarreia em entrevista coletiva.
Difícil imaginar ambientes
profissionais em que essas atitudes não resultariam em justa causa.
E é essa a imagem, de verdadeiros
marginais, que os velhos cartolas passam quando agem dessa maneira.
Paulo Nobre, por exemplo, vive a
criticar torcedores organizados.
Em que, exatamente, ele foi
diferente no Allianz Parque?
Se o presidente não consegue
deixar de ser torcedor, então que saiba delegar até mesmo a sua função para
alguém que consiga ser consciente da importância do cargo que ocupa.
Caso contrário, não adianta se
vender como “sério e diferente” no futebol brasileiro.
Uma bolada que provavelmente salvou uma vida...
Antes do clássico dinamarquês,
disputado entre o Bröndby e o Kobenhavn, o atacante Kamil Wilczek, do Bröndby,
chutou uma bola para seu goleiro durante o aquecimento...
Errou o alvo e isolou a bola em
direção a própria torcida.
Além do mico, nada demais teria
acontecido se a bola não tivesse acertado em cheio a cabeça David Brian Nielsen...
A pancada foi tão forte que o
torcedor precisou receber atendimento médico e foi encaminhado a um hospital
para exames.
Passados alguns dias, o torcedor
voltou a se notícia...
Graças a falta de pontaria do
polonês Wilczek, Brian Nielsen fez uma descoberta que se demorasse mais tempo
poderia ter custado sua vida.
Eis o que foi postado nas redes
sociais pelo torcedor...
“Olá a todos! Meu nome é David e sou a pessoa atingida pela bola
durante o aquecimento antes do jogo contra o Copenhague. Eu gostaria de
agradecer à equipe médica, aos guardas, a todos os funcionários e aos
torcedores que estavam por perto. A ação rápida de vocês, aparentemente, salvou
minha vida. Eu não posso descrever o quão grato sou pelos esforços de vocês.
Isso permitiu que eu descobrisse um tumor no cérebro, o que não aconteceria se
Wilczek não tivesse me acertado. Sou muito grato por isso acontecer,
especialmente àqueles que me ajudaram. Passarei por uma cirurgia e seguirei em
frente. Obrigado a todos. Serei eternamente grato”
Com Trivela
Dormindo no bagageiro do avião...
Imagem: Bild
No retorno para casa após a
Paralimpíada, atleta alemão volta dormindo no bagageiro de avião...
Mathias Mester ficou na quinta
colocação no lançamento de dardo da categoria F40/41 para pessoas com baixa
estatura.
“Dormindo perfeitamente em nosso
avião vencedor. Obrigado Lufthansa”
Postou o atleta de 30 anos.
Superliga de voleibol quer trazer jogos para o norte-nordeste...
No início de outubro terá início
a Superliga masculina e feminina de voleibol...
O Fato novo: algumas equipes
pretendem trazer seus jogos para o norte-nordeste.
Mesmo não contando com times
desses locais na competição, São Caetano (feminino) e Campinas/Brasil Kirin (masculino)
já divulgaram a intenção de fazer algum jogo fora de suas praças...
A informação partiu do jornal
Folha de São Paulo e foi confirmada pelo site Máquina do Esporte, junto a
Confederação Brasileira de Vôlei.
O São Caetano pensa em fazer duas
partidas em Manaus, no ginásio Amadeu Teixeira, próximo à Arena Amazônia...
Já há inclusive entendimento com
a secretaria de esportes do Estado, que prometeu ajuda para as despesas de
viagem.
O Brasil Kirin/Campinas,
vice-campeão da temporada passada, pretende fazer algum jogo no Nordeste, em
uma das cidades onde a cervejaria possui fábrica...
Se confirmado o jogo em Manaus,
será a primeira vez que haverá uma partida da Superliga na região.
No Nordeste o Sport Recife (2008
a 2010) e o Maranhão (2014 a 2015), participaram no feminino...
O masculino nunca teve equipes
das regiões Norte e Nordeste.
Quem são eles?
Imagem: Uéslei Marcelino/Reuters
Os protagonistas da imagem são
Adam Lancia e Jamey Jewells, dois jogadores de basquete em cadeira de rodas das
equipes canadenses.
Lancia, de 36 anos e bicampeão
olímpico, nasceu sem uma parte das pernas e anda graças a uma prótese.
Sua mulher, a bicampeã do mundo
Jamey Jewells, de 27 anos, passou a usar cadeira de rodas depois de sofrer um
acidente automobilístico aos 14 anos.
A imagem foi captada pelo
fotógrafo brasileiro Uesley Marcelino na sexta-feira 16 de setembro, depois do
jogo da equipe feminina do Canadá contra a China.
As seleções disputavam a quinta
colocação na classificação geral, e a equipe canadense venceu com uma diferença
de 11 pontos.
O beijo aconteceu depois da
partida, com Jewells ainda sentada na cadeira de rodas de competição, em uma
área sem acesso ao público.
Jewells e Lancia se conheceram em
2010 durante o campeonato nacional canadense de basquete em cadeira de rodas.
Sua história foi contada pelo
jornal canadense Toronto Sun.
Depois disso, vários meios de
comunicação a repercutiram.
O casal tem hoje uma filha de três anos de idade.
terça-feira, setembro 20, 2016
Remo e América por algumas horas suspiraram felizes...
Ontem foi um dia perfeito para os especuladores...
Alguém, em algum lugar, “descobriu”
que o volante do Botafogo da Paraíba, Sapé, “estava irregular”.
Mas, não ficou por aí...
Até no Fortaleza acharam um – Rodrigo
Andrade.
Foi um barata voa, num alvoroço espetacular...
Salvação, salvação, gritaram todos em Natal e Belém.
Dirigentes pegaram avião, torcedores esfregavam as mãos e jornalistas sorriam felizes...
Em Belém se deliciavam com a classificação e em Natal, todos pensavam: adeus quarta divisão.
No final...
Tudo em vão.
Era tudo zoeira...
Coisa de algum espião recém
graduado, que com sua informação meia boca, só aumentou o prejuízo da moçada.
Avião, taxi e hospedagem...
Dinheiro jogado fora, para
verificar in loco o que um simples telefonema teria resolvido.
Porém o pior foi a reação do Botafogo...
Foi fogo.
Cristiano Ronaldo é o homem mais seguido nas redes sociais...
Cristiano Ronaldo é um
fenômeno...
O atacante português é o homem
mais seguido do mundo nas redes sociais e a segunda pessoa no geral, atrás
apenas da cantora norte-americana Taylor Swift, segundo informe publicado pela
empresa Apple Tree Comunications.
O homem gol do Real Madrid tem
238 milhões de seguidores somando suas contas em Facebook, Twitter e Instagram
e é o único homem nos cinco primeiros postos da classificação geral...
À frente dele está Taylor Swift
(246 milhões de fãs).
Atrás do português, figuram Katy
Perry (219 milhões), Selena Gómez (205 milhões) e Rihanna (190 milhões) ...
O informe da empresa analisa a
evolução das celebridades nas redes sociais e define que o grande destaque do
ranking é “mulher, jovem, cantora e norte-americana”.
O ranking mostra que 13 das top
20 personalidades do mundo das redes sociais, 50% são mulheres e 65% nasceram
nos Estados Unidos...
Entre elas, lá está Cristiano
Ronaldo, surfando num confortável segundo lugar.
O grade legado das paraolimpíadas do Rio de Janeiro...
A Paraolimpíada Rio 2016 tem
muito do que se orgulhar...
Pela primeira vez, as competições
desses atletas estiveram na programação diária da TV.
A torcida que início pareceu não
ligar, acabou por se engajar...
Assistiu, apoiou nossos atletas
se divertiu com o evento no Parque Olímpico.
Barreiras foram quebradas...
Preconceitos caíram.
Paratletas passaram a ser vistos
como esportistas de alto rendimento...
Se tornaram “heróis”, respeitados
e admirados.
Solidariedade entre irmãos
O triatleta britânico Alistair
Brownlee é mais uma prova de que o espírito esportivo ainda está vivo,
sobretudo quando o gesto altruísta envolve a família.
Na etapa do Mundial de Triatlo,
em Cozumel (México), disputada neste domingo, Alistair vinha na disputa pelo
segundo lugar com o sul-africano Henri Schoeman quando avistou seu irmão na
liderança, logo no final da corrida.
No entanto, o caçula Jonathan
Brownlee já cambaleava de tanto cansaço.
Ao ver a cena, Alistair não
pensou duas vezes: deixou de lado qualquer chance que tinha de conquistar o
primeiro lugar para ajudar o irmão a completar a prova, carregando-o pelos
braços.
Por causa da ajuda de seu irmão,
Jonathan cruzou a linha de chegada na segunda colocação e Alistair ficou com a
medalha de bronze.
Únicas e Corajosas...
Imagem: El País
Um grupo de mulheres encontrou na
fotografia a melhor maneira de mostrar otimismo após o câncer de mama.
Únicas e Corajosas é o nome do
projeto fotográfico criado para retirar o estigma das cicatrizes deixadas pela
doença.
Elas posam com orgulho nas
imagens mostrando as marcas que o câncer deixou em seus corpos.
O projeto nasceu na Espanha e bem
podia se espalhar pelo mundo.
segunda-feira, setembro 19, 2016
O América, caiu...
Como eu pensei...
O Remo não era tão difícil de
bater.
Como todos sabíamos...
O América não tinha competência
para vencer.
Porém, o mais assustador é que
todos nos enganamos ao pensar que o América, mesmo com uma equipe sofrível e um
comando frágil, não seria rebaixado...
Afinal, dizíamos todos, River, Confiança
e Cuiabá são tão ruins que será impossível cair.
Que mico!
O América era pior que Cuiabá e
Confiança, sabemos agora...
Só o River conseguiu se manter
fiel à sua mediocridade.
Pois bem...
A Série D é o que restou.
Vou me abster de procurar
culpados...
Todos sabem quem são.
Sou filho e neto de militares e
sei que quando um cabo faz uma merda gigante, a bomba sempre estoura no colo do
coronel...
Mas, se a merda respingar em
muita gente, o general responde.
O América tem seu general, seus
coronéis, seus majores, seus capitães e seus tenentes...
Tem também seus sargentos, cabos
e soldados, que respondam todos pelo que agora respinga em toda a gente.
O ABC de Geninho avançou... Agora, enfrenta o Botafogo de Ribeirão Preto sonhando com a volta a Série B.
O ABC conseguiu sua
classificação...
Fez seu papel.
O alvinegro era um dos quatro
clubes cuja a história, a tradição e a estrutura tornavam obrigação estar na
segunda fase...
Os outros eram América, Fortaleza
e Remo.
Dois fracassaram...
Perderam suas vagas.
Um permanece atolado na Série
C...
O outro escorrega para as sombras
da Série D.
Já Fortaleza, ABC, Botafogo e
ASA, avançam...
Mas essa continuidade de duas
semanas só terá valor se seus adversários forem derrotados.
Caso contrário, o que aconteceu
ontem se esfumaça e todos voltam para a fila de espera...
Mas não é hora de falar nisso,
deixemos para depois.
A momento é de comemoração, de
alegria...
O ABC soube corrigir rápido seus
erros.
Ao corrigir a rota, mudou rumo e avançou.
Trouxe Geninho e isso foi
fundamental...
Geninho não inventa, não fala
demais, trabalha.
Trabalha com o que tem e ao invés
de choramingar, espreme os caras e procura tirar deles o seu melhor...
Não queimou Lúcio Flávio como
tantos queriam.
Geninho sabia como usá-lo e o fez...
Sua calma e seu respeito aos
jogadores acabou por dar resultado.
Hoje, o ABC tem jogadores como
Cleiton, Anderson Pedra, Jones Carioca, Echeverria e outros, que sabem que seu
comandante não vai se esquivar e jogar sobre eles a responsabilidade...
Tem um comandante.
O ABC mereceu passar de fase...
Subir não será uma questão de
merecimento, mas de momento.
Tudo será decidido em 180
minutos...
180 minutos contra um adversário
que está muito à frente dos adversários que o ABC enfrentou até aqui.
Nos moldes da Série A e B, a Série C ainda guardaria muitas emoções...
Um detalhe interessante...
Fosse a Série C disputada nos
mesmos moldes da Série A e B, nenhum clube do Grupo A estaria ao fim do primeiro turno na zona de classificação...
Mas estariam na briga.
Porém, o América não estaria na zona de rebaixamento.
Vejamos...
A classificação seria a seguinte:
01 - Guarani 38 pontos
02 - Boa Esporte 35 pontos
03 - Botafogo 31 pontos
04 - Juventude 30 pontos, 10 gols
de saldo
05 - Fortaleza 30 pontos, 9 gols
de saldo
06 - ABC 30 pontos, 9 gols de
saldo
07 - Tombense 29 pontos
08 - Botafogo da Paraíba 28
pontos, 6 gols de saldo
09 - Ypiranga 28 pontos, -1 gol
de saldo
10 - ASA 26 pontos
11 - Remo, 25 pontos
12 - Cuiabá, 22 pontos, 2 gols de
saldo
13 - Mogi-Mirim 22 pontos, -3
gols de saldo
14 - Confiança 22 pontos, -4 gols
de saldo
15 - Salgueiro 21 pontos
16 - América 20 pontos
17 - Macaé 16 pontos
18 - Portuguesa 14 pontos
19 - River 13 pontos
20 - Guaratinguetá 4 pontos
Série C... A Portuguesa de Desportos despenca ladeira abaixo.
Segundo a ESPN, momentos depois da derrota da Portuguesa para a Tombense por 2 a 0 neste domingo, que confirmou o rebaixamento do clube para a Série D do Campeonato Brasileiro, cerca de 40 torcedores invadiram e vandalizaram a antessala e a sala a presidência do clube, no Canindé....
Os envolvidos são membros da torcida Leões da Fabulosa, que assistiram ao jogo na sede da organizada e depois se encaminharam para o escritório.
O detalhe é que o espaço da sede ocupado pela torcida pertence à Portuguesa...
A organizada não precisa arcar com nada e contas como água e luz são pagas pelo clube.
Isto é...
A Portuguesa financia a sede da torcida e a torcida se sente no direito de destruir o escritório do clube.
A pergunta é:
Resolve o que?
Fundada em 14 de agosto de 1920, a Portuguesa costumava participar da elite do futebol nacional e foi vice-campeã em 1996...
Campeã paulista em 1973, campeã do torneiro Rio-São Paulo de 1952 e 1955 e da Série B de 2011, a equipe paulista afundou na nas mãos de mal gestores.
A situação é dramática...
Atolado em dívidas, o clube pode ver parte do Canindé, seu principal patrimônio, leiloada no próximo mês de novembro para quitar débitos trabalhistas e empréstimos.
A CBF promete cumprir a lei... será?
CBF vai incluir rebaixamento por
falta de pagamento de dívida em 2018
Por Rodrigo Mattos
A CBF colocará no regulamento do
Brasileiro de 2018 a previsão de rebaixamento por falta de pagamento de dívida
fiscal, como prevê a Lei do Profut.
A informação é do diretor de
competição da confederação, Manoel Flores. Ele informou, no entanto, que detalhes
ainda precisam ser acertados.
A Lei do Profut foi aprovada no
final de 2015. Mas, com confusão em relação a sua aplicação, a CBF não exigiu a
CND (Certidão Negativa de Débito) para o Brasileiro de 2016 como estava
previsto.
Havia uma resolução do Ministério
do Esporte que cobrava essa medida.
Depois, houve mudança no prazo de
adesão do Profut e confusão sobre aplicação.
Agora, uma nova resolução do CNE
(Conselho Nacional do Esporte) estabeleceu que as CNDs devem ser exigidas para
o Brasileiro de 2017, mas com previsão de rebaixamento para 2018.
''Vamos cumprir tudo que está na resolução'', contou o diretor
Manoel Flores.
''Vamos estudar e ainda precisamos de detalhamentos para saber como
cumprir certas brechas.''
Uma das dúvidas é quando será
exigida a CND, o que não está especificado na resolução.
Poderia ser no início do ano ou a
60 dias antes da competição.
Flores informou que isso será
estudado.
É provável que a certidão só seja
requisitada uma vez no ano porque, em outro caso, poderia ocasionar um
rebaixamento no meio do campeonato.
As resoluções das dúvidas só
passarão a ocorrer na edição do regulamento geral de competições que deve sair
em dezembro de 2016.
domingo, setembro 18, 2016
ABC sossegado, América tenso, num misto de desespero e fé inabalável...
Daqui a pouco quando o sol raiar –
são agora, 02:33 da madrugada – alvinegros e alvirrubros começarão o domingo de
forma completamente diferente...
Os alvinegros, já classificados,
devem passar o dia tranquilos.
Porém, os rubros, vão dividir com
a esperança e o medo o seu domingo.
Ao fim do dia, os torcedores do
ABC ou vão vibrar com o primeiro lugar, se contentar com o segundo e terão
dificuldade para disfarçar sua insatisfação com o terceiro posto...
Mas todos vão comemorar a
passagem para a fase de mata-mata da Série C.
Aí, passarão os próximos dias,
sendo afagados pela imprensa que dirá que apenas 180 minutos os separam da
volta à Série B...
Enquanto isso, restará aos
americanos lágrimas – de alívio e alegria ou de raiva e frustração.
De qualquer forma, o domingo será
para todos um dia de muita expectativa e ansiedade...
Que bom que o futebol é assim.
Pessoas deficientes não são coitadas e para-atletas são humanos e não super-humanos...
Por Mariliz Pereira Jorge –
Colunista – Folha de São Paulo
Algumas coisas incomodam muito na
cobertura de eventos esportivos.
A pior delas são as perguntas
preguiçosas, com respostas óbvias.
Quero cair do sofá quando o
repórter pergunta ao entrevistado se ele está feliz de ter conquistado uma
medalha de ouro ou chateado por ter sido desclassificado.
Que despreparo.
Que perda de tempo do atleta, do
telespectador, de todo mundo.
Na Olimpíada, aconteceu o tempo
todo.
Na Paraolimpíada, continuamos
repetindo o fenômeno, mas o que chamou a atenção foi a falta de traquejo de
jornalistas para lidar com os entrevistados.
Imagino que não fosse tão
complicado puxar uma cadeira e ficar na mesma altura dos atletas cadeirantes, e
não em posição superior, na hora de entrevistá-los.
Muitas vezes faltou informar o
telespectador que aquele atleta tinha esta ou aquela deficiência.
Fiquei boiando em várias ocasiões
por não ser tão óbvio.
A sensação é que prevaleceu a lei
do "para não errar é melhor não falar".
E, assim, perpetuamos os tabus.
Uma amiga contou que sua filha,
ainda criança, fazia mil perguntas e ela nem sempre sabia o que dizer, e não
pôde contar com a ajuda da televisão.
Este atleta já nasceu assim?
Como ele consegue jogar sem ouvir
nada?
Eu mesma fiquei maravilhada ao
ver atletas nadando borboleta com apenas um braço.
Mas tive mil dúvidas sobre como
separam as categorias.
Uma pessoa sem os braços nada com
outras que não têm perna?
Mas essa pessoa parece que não
tem nenhum "problema", o que ela tem?
E, assim, continuamos
desinformados.
No entanto, o mais insuportável
foi ver o tratamento aos atletas saltar do pieguismo para o endeusamento.
Pessoas com deficiência não são
coitadas, já entendemos.
Mas para-atletas não são
super-heróis ou super-humanos, como cansamos de ver nos noticiários da última
semana.
A moda começou em Londres-2012, e
ganhou reforço com o belíssimo comercial produzido pelo canal de televisão
britânico Channel 4 para promover sua programação durante os Jogos, chamado
"Superhumans" (super-humanos).
Com 140 pessoas com deficiência,
entre músicos, atletas e figurantes, o jingle repete o refrão "Yes, I
can" (sim, eu posso), enquanto mostra os participantes em ação.
Alguns tocam instrumentos, outros
praticam esportes, enquanto há os que realizam tarefas do dia a dia, como uma
mãe sem os braços que cuida de um bebê, ou outra, também amputada, que coloca
gasolina no carro.
A mensagem "Yes, I can"
é muito forte e representativa.
Sim, pessoas com deficiência são
aptas a fazer tudo. Mas colar o rótulo de super-humanos nos para-atletas apenas
reforça o conceito de que são especiais, e não igualmente capazes, além de
enfraquecer o que realmente precisa ser valorizado.
Cheira a condescendência,
artifício barato, tal qual chamar a terceira idade de "melhor idade"
como forma de valorizar essa fase.
Envelhecer deixou de ser atestado
de invalidez, mas cravar que é a melhor fase da vida é uma falácia.
Pergunte a qualquer pessoa com
mais de 70.
Para-atletas se destacam porque
acordam cedo, treinam, são dedicados.
Os superpoderes são a dedicação,
o empenho, a vontade de derrubar barreiras de preconceito, quebrar recordes
pessoais.
Não precisamos tratá-los como
super-humanos.
Um bom começo é enxergá-los como
humanos.
Os ex-atletas que ainda faturam milhões...
10 Magic Johnson (16 milhões de
euros)
Johnson possuiu ações do Lakers,
no basquetebol, do LA Dodgers, no basebol e do Los Angeles FC, no futebol...
Além disso, tem negócios
relacionados ao teatro, televisão, seguros e outros serviços.
09 Gary Player (16,75 milhões de
euros)
Ex-jogador de golfe, o
sul-africano é considerado um dos melhores da história...
Arquiteto, montou um escritório
especializado em Campos de Golf com mais de 300 projetos realizados.
08 Roger Penske (17,75 milhões de
euros)
O ex-piloto americanos possui uma
escuderia na NASCAR e é um dos diretores da Companhia General Eletric...
Além disso, foi presidente da
Super Bow XL em Detroit.
07 Shaquille O’Neil (19,50
milhões de euros)
Atualmente se dedica a comentar
partidas de NBA e a comparecer como convidado especial nas festas do
basquetebol.
06 Jack Nicklaus (23 milhões de
euros)
Um dos grandes ícones do golfe...
O americano ganha a vida
desenhando campos de golfe.
Também, organiza um dos circuitos
do PGA tour...
Escreveu alguns livros sobre o
esporte.
05 Jerry Richardson (26,5 milhões
de euros)
Foi jogador de futebol americano
e campeão da NFL e é proprietário de uma das franquias da liga – o Carolina
Panthers...
É também um dos fundadores da
empresa Spartan Foods.
04 Junior Bridgeman (28,5 milhões
de euros)
A equipe do Milwakee Bucks retirou de sua
camisa o número usado por ele quando deixou basquetebol...
Agora, Junior Bridgeman é o
presidente da empresa de comida rápida que possui a a famosa cadeia Wendy’s y
Chilly’s.
03 Arnold Palmer (35,5 milhões de
euros)
O ex-golfista de 87 anos,
continua a fazer dinheiro graças a venda de seus direitos de imagem...
Palmer também fatura com a cessão
de seu nome para uso de uma gama de produtos, associações e eventos.
02 David Beckham (57,5 milhões de
euros)
Ele continua uma máquina de fazer
dinheiro por meio de sua imagem...
Em segundo lugar como um dos
ex-atletas que mais faturam no mundo, Beckham é um ícone no mundo da moda,
apesar de ter sua história ligada ao futebol.
01 Michael Jordan (97,5 millones
de euros)
O número 1 é o principal
acionista do Charlotte Hornets da NBA...
A venda da marca Jordan lhe gerou
cerca de 100 milhões de dólares.
Além disso, outras empresas
utilizam seu nome...
Com, por exemplo, Gatorade, Upper
Deck, Hanes o Five Star.
sábado, setembro 17, 2016
O fim da geral e a elitização do futebol...
Entendendo que o futebol é uma representação fiel de nossa realidade, surge o documentário “Adeus, Geral”, que teve seu início a partir de um trabalho escolar de Geografia sobre "muros sociais".
O filme busca explorar a elitização do futebol brasileiro, que exclui dos estádios as camadas mais pobres da população.
Produzido por 5 alunos do Ensino Médio, movidos pelo sentimento de expor as injustiças que esse muro social representa, deu voz a torcedores, jornalistas, técnicos e ex-jogadores para entender o que significa essa tendência.
Participam, com depoimentos, nomes como os jornalistas Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira, o ex-técnico do Corinthians, Tite, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, o ex-jogador Alex e membros das principais torcidas organizadas de São Paulo.
O brasileiro é mesmo fanático por seu time?
O brasileiro é mesmo tão
apaixonado pelo time de futebol que torce?
Uma nova pesquisa do SPC aponta
duas conclusões: o torcedor não é tão fanático quanto ele pensa e ter a maior
torcida não diz muito se ela não for engajada ao clube
Rodrigo Capello para a revista “Época”.
“O Flamengo tem 35 milhões de torcedores.”
“O Corinthians possui 30 milhões
de fãs.”
As frases saem da boca de
dirigentes toda vez que precisam “vender” o clube – para conseguir um
patrocinador, por exemplo – e de torcedores na hora de contar vantagem nos
bares e nas redes sociais.
Há derivações para quase todo
time de futebol brasileiro que se considera "grande".
Pare para refletir.
A torcida de seu clube é mesmo
tão numerosa assim?
Ou melhor: ela é tão apaixonada
quanto as afirmações de grandeza fazem parecer?
O modo como o mercado conta
torcedores é conhecido: institutos como Datafolha e Ibope fazem pesquisas
amostrais e determinam que, de toda população, 18% torcem para o Flamengo e 16%
para o Corinthians.
Esses percentuais em um país com
mais de 200 milhões de habitantes fazem qualquer um parecer gigante.
Mas a conta não deveria ser tão
simples assim.
Afinal, se há tantos milhões de
torcedores no Brasil, como conceber que o Campeonato Brasileiro tenha uma média
de público em torno de 17 mil pagantes por jogo?
A resposta está em quão
apaixonados são esses milhões.
As torcidas de futebol podem ser
colocadas em réguas de engajamento.
O fulano que está lá no topo é
aquele que lê as notícias do clube, vai ao estádio, viaja para ver o time jogar
fora de casa, paga mensalidades de sócio-torcedor e assina pacotes de
pay-per-view.
Sente-se mal quando o time perde
e gasta mais do que poderia com seus produtos.
É o fanático.
O fã.
O sujeito que fica na outra ponta
simpatiza pelo clube, diz que torce por ele, mas não faz nada disso com tanta
frequência.
Assiste aos jogos e compra
produtos eventualmente.
Não tem tanto envolvimento
emocional assim.
Na teoria, tudo certo. Na prática
é que o problema engrossa.
A medição do engajamento de cada
torcedor é rara dentro dos próprios clubes – os departamentos de marketing,
quando têm equipe, investem seus esforços mais em tarefas comerciais, como
buscar patrocinadores, do que efetivamente de marketing, algo que envolve
pesquisa.
No mercado, de modo conjuntural,
as pesquisas são ainda mais raras.
A boa-nova é que o Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC), aquele órgão reconhecido por cobrar dívidas, fez uma
pesquisa que levou em conta as diferenças entre fanáticos e simpatizantes.
Os torcedores brasileiros acham
ser mais fanáticos do que realmente são.
Ao responder ao questionário do
SPC, metade dos entrevistados, 50%, afirmou ser “aficionada”, o mais elevado
nível de engajamento. Só 13% se identificaram como “simpatizantes”.
O órgão então fez perguntas mais
direcionadas para “checar” se aquela impressão era real.
Com que frequência você lê
notícias sobre seu time?
A quantos jogos assistiu no
último mês?
Assim em diante o SPC identificou
que a prática está distante do discurso.
Na régua da entidade, só 8% são
“aficionados” e 43% são “simpatizantes”.
Não amamos tanto assim.
O SPC também montou uma tabela
que divide os torcedores por time em “aficionados”, “médios” e “simpatizantes”.
Prepare-se para a polêmica.
O São Paulo, campeoníssimo na década
de 2000, tem uma proporção maior de simpatizantes do que de aficionados.
O Palmeiras, pelo contrário, tem
mais aficionados do que simpatizantes.
Na prática, isso quer dizer que,
apesar de os são-paulinos aparecerem à frente dos palmeirenses em pesquisas de
tamanho de torcida tradicionais, como a do Datafolha, os palmeirenses consomem
o clube com mais intensidade.
Se você lembrar que o Palmeiras
teve uma média de 29.633 pagantes por jogo no Brasileiro de 2015 enquanto o São
Paulo ficou em 20.562, a conclusão do SPC ganha mais um indicador que a
corrobora.
É claro que as conclusões merecem
um paragrafão de ressalvas.
A pesquisa do SPC, como as do
Ibope e da Datafolha, é amostral e, portanto, não deve ser considerada como
definitiva.
Uma coisa é entrevistar os 200
milhões de brasileiros para ter certezas, mas aí haja custo.
Outra é entrevistar 620 pessoas
em 27 capitais e estimar o comportamento de grupos maiores a partir da amostra.
O método é sério, embasa
pesquisas no esporte, na política e na economia, mas tem uma margem de erro.
No caso são 3,5 pontos
percentuais que podem mudar os resultados de figura.
Mais: a pesquisa do SPC descartou
entrevistados que não gostam de futebol.
Isso porque o valor que elas
gastam com futebol, por exemplo, quase nada, puxaria a média toda para baixo, e
o intuito do órgão era entender padrões de consumo do torcedor, não da
população.
Tenha em mente: a pesquisa tem
limitações.
Mas é um bom ponto de partida
para qualificar o debate sobre os milhões de apaixonados por futebol.
O vice-presidente do América não gosta em clichês e nem tão pouco tem mais paciência...
O vice-presidente do América,
José Medeiros, em seu blog, o “Mecão Voz e Vez”, deixou claro duas coisas:
A primeira é que não gosta de
clichês...
“Sem essa de eu acredito... Tenho horror à esta frase. Para mim é
sinônimo de mau presságio”.
E a segunda é que sua paciência
já se foi faz tempo...
“Impossível acreditar que nossos atletas sejam perdedores assumidos,
fracos e sem vergonha na cara. Impossível aceitar que 101 anos de glórias
possam descer ralo a baixo por absoluta falta de compromisso com nossa
história. Está na hora de reagir, de honrar nosso escudo, nossa torcida e,
acima de tudo, seus próprios nomes. Viu, senhor treinador e demais atletas?
Estão cientes, né? ”
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