terça-feira, agosto 27, 2019

Não vem de garfo que hoje é dia de sopa... O cantor Wilson Simonal, a seleção brasileira e a mentira que o destruiu.

Imagem: Capa da Revista Fatos e Fotos de 1970/Reprodução

Não vem de garfo que hoje é dia de sopa

Wilson Simonal integrou a delegação brasileira na Copa do Mundo de 1970 para garantir o lazer dos jogadores. Acabou se entrosando tanto que “quase” entrou em campo.

Pedro Henrique Brandão Lopes

Para muita gente, a Seleção Brasileira de 1970 ficou eternamente gravada como a expressão máxima do futebol arte e da alegria em vestir a Amarelinha.

Zagallo não poupou esforços para encaixar meia dúzia de ‘camisas 10’ no time que encantou o mundo e revolucionou a forma de pensar futebol.

O que quase ninguém sabe é que nos bastidores da concentração daquele timaço transitava um pop star brasileiro que, tal qual o escrete canarinho, arrastava multidões por onde passava.

Wilson Simonal era o artista brasileiro de maior sucesso naquele período, entre o final dos anos 1960 e início dos anos 1970, na cena musical dividia as atenções do público apenas com Roberto Carlos, mas era fã de outro rei, o do futebol, Pelé.

Simonal adorava futebol e como os jogadores o adoravam, a CBD fez o convite para que o cantor seguisse viagem junto à delegação.

Aos 32 anos de idade, Simonal se integrou facilmente ao grupo e estava sempre à frente dos momentos de descontração dos atletas.

Não são raros os registros em vídeo do cantor (des)organizando a resenha dos atletas ao som de suas canções que ganhavam a voz de jogadores como Pelé e Jairzinho animados ao microfone.

O Rei Pelé foi um dos que mais se aproximou de Simonal no período e conta como o célebre intérprete de “Nem vem que não tem” era mais um no elenco:

“A gente chegava ao aeroporto e todo mundo vinha pedir autógrafo, parecia que ele era jogador também”.

O entrosamento chegou a tal ponto que os jogadores resolveram pregar uma peça no amigo músico.

Zagallo teria que cortar um jogador e a boleirada convenceu Simonal que ele poderia ser o substituto, mas Pelé conta que nem tudo foi resolvido como imaginava o cantor, para a diversão de todos no time:

“Ele (Wilson Simonal) achava que estava bem, que era atleta. Aí a gente falou assim: ‘pô vamos fazer os dois toques’. Porque a gente sempre fazia a brincadeira de dois toques. Arrumamos uniforme pro Simonal, aí tome 15 minutos de aquecimento e ele acompanhando tudo. Daqui a pouco passou mal, aquele calor e altitude do México, deu um piripaque nele. Teve que ir o doutor dar oxigênio nele”.

Recorda às gargalhadas o Rei Pelé.

O filho de Wilson Simonal, o também músico Simoninha, destaca o bom clima entre o pai e os amigos jogadores:

“Não sei quem era mais louco, os jogadores, por chamarem o Simonal para jogar ou o Simonal, por acreditar que poderia jogar com aqueles gênios”.

Neste sábado, 23 de fevereiro, Simonal completaria 81 anos de idade se estivesse vivo.

Porém as páginas divertidas da história do músico acabaram logo no início dos anos 1970.

Wilson Simonal que viveu o apogeu como artista, viveria a partir de 1971 o limbo da execração pública e a queda no fosso do esquecimento.

Não sem antes passar pelo achincalhe da classe artística por um suposto envolvimento com o regime militar, o boato que correu era que Simonal seria o “dedo-duro da ditadura”.

Foi essa a fama que o perseguiu até sua morte, no total ostracismo, no ano 2000.

Tudo por conta de um episódio obscuro de 1971, no auge da repressão militar no Brasil, e que só seria esclarecido em 2009, ano que ficou conhecido como “ano Simonal”, pois contou com os lançamentos de uma caixa comemorativa com 9 álbuns do artista, a biografia Nem Vem Que Não Tem — A Vida e o Veneno de Wilson Simonal, escrita pelo jornalista Ricardo Alexandre e o documentário Simonal — Ninguém sabe o duro que dei, codirigido por Cláudio Manoel (sim, o “Seu Creysson” de Casseta e Planeta), Micael Langer e Calvito Leal.

O documentário joga luz sobre o acontecimento da noite de 24 de agosto de 1971, que conta com uma surra aplicada por agentes do temível DOPS em Raphael Viviani, contador de Simonal, e de quem o cantor desconfiava estar sendo roubado.

Os agentes chegaram à casa de Raphael no Opala do cantor e a pecha de dedo-duro recaiu sobre Simonal para nunca mais o deixar.

Hoje o que se entende é que Wilson Simonal não tinha envolvimento político algum, nem com a esquerda e nem com a direita, o cantor quis, da pior maneira, resolver um assunto pessoal que o incomodava e para isso contratou conhecidos que trabalhavam no Departamento de Ordem Política e Social, órgão de repressão da ditadura.

Num tempo em que as redes sociais virtuais estavam distantes da realidade, o tribunal de Simonal não foi o do ‘unfollow’ ou de comentários instantâneos de ‘haters’ numa rede qualquer.

Simonal, o mais prestigiado artista brasileiro do momento; aquele que havia regido o Maracanãzinho lotado em um show histórico e digno das estrelas do futebol que ele acompanhara pouco tempo antes, foi julgado no tribunal histórico e banido do cenário artístico brasileiro a ponto de Boni, a cabeça pensante da Globo por mais de 30 anos, admitir no documentário:

“Simonal pegava mal, com o perdão da rima”.

Mesmo com o resgate histórico feito, tanto no documentário quanto na biografia, Simonal permanece ignorado pelas novas gerações e suspeito às gerações anteriores que não consideram os novos relatos.

Wilson Simonal, era mais um brasileiro alienado politicamente, no auge da ditadura estava no México fazendo sua arte como os jogadores que se (con)sagraram tricampeões do mundo.

A passagem de Simonal pelo México ficou registrada no álbum México ’70.

Lançado apenas fora do Brasil, integralmente gravado e produzido no país da Copa do Mundo.

A faixa inicial do disco é “Aqui é o país do futebol”, cujo refrão diz:

“Brasil está vazio na tarde de domingo né, olha o sambão aqui é o país do futebol”.

Wilson Simonal não foi um dedo-duro, não foi santo, errou feio no episódio do contador, mas não merecia morrer no esquecimento pelo artista que era e pelo talento que tinha, além de ser pé quente em Copa do Mundo.

O Brasil não merece esquecer Simonal.

Todos contra um...

Imagem: Getty Images 

Dwight Howard: o conflito entre a esperança e o ego...

Imagem: NBA

O conflito entre a esperança e o ego de Dwight Howard

Após seis anos da tentativa frustrada em super time, pivô volta para o Los Angeles Lakers

Luiz Gustavo Ribeiro

O Los Angeles Lakers resolveu dar nova chance ao pivô Dwight Howard.

A forte lesão no joelho de DeMarcus Cousins fez a franquia da Califórnia ir em busca do que há de mais extremo na NBA.

E em uma espécie de draft contra Joakim Noah e Marreese Speights, Howard foi o selecionado para disputar vaga com JaVale McGee no garrafão da equipe.

O pivô foi anunciado pelas redes sociais da franquia nesta segunda-feira (26).

Foram cinco times nos últimos três anos: Houston Rockets, Atlanta Hawks, Charlotte Hornets, Washington Wizards e uma breve passagem pelo Memphis Grizzlies.

Mas antes dos sucessivos fracassos, no Orlando Magic, entre 2004 e 2012, o pivô viveu sua melhor fase na carreira.

Primeira escolha do Draft de 2004, Dwight Howard surgiu como uma explosão de esperanças na NBA.

Com médias de 12 pontos e 10 rebotes por jogo, o pivô se tornou o jogador mais jovem a ter média de duplo-duplo na temporada regular da liga.

Com o sucesso e a dominância no garrafão, Howard logo foi comparado ao lendário Shaquille O’Neal, que também ascendeu na franquia de Orlando durante a década de 1990.

Seu ápice com a camisa azulina foi durante a temporada 2008–09.

Liderados por Howard, o Magic chegou pela segunda vez nas finais da NBA (a primeira havia sido em 1995, na era comandada por Shaq e Penny Hardaway).

A franquia despachou o Cleveland Cavaliers de LeBron James, MVP da temporada regular, nas finais da conferência Leste, mas foi derrotado pelo Lakers de Kobe Bryant e Pau Gasol nas finais da NBA, por 4 a 1.

Nos seguintes anos, o Magic foi perdendo sua dominância para Celtics e Heat no Leste e o esforço de Howard não foi o suficiente. Com o objetivo de mudar os ares e alcançar o sonhado título, em agosto de 2012, o pivô foi negociado para o Los Angeles Lakers, onde viveu tempos conturbados.

Temporada nos Lakers

Kobe Bryant e Pau Gasol haviam conquistado dois títulos juntos, mas não estavam satisfeitos, então um “super time” foi criado em busca de mais um troféu.

O Lakers trouxe Dwight Howard, um dos pivôs mais dominantes da liga, e Steve Nash, 2x MVP e lenda do basquete.

O resultado?

Foi pífio.

A guerra de egos contra Kobe Bryant afetou seu jogo.

Dwigth não conseguia ser dominante no garrafão e nem efetivo na defesa.

A constante busca pela excelência fez Kobe se irritar com o companheiro de equipe cada vez mais.

Fazendo com que a displicência de Howard gerasse conflito público com a principal estrela dos Lakers e com o estilo da equipe.

Apesar dos problemas, como as diversas lesões e até uma cirurgia, Howard teve médias de 17,1 pontos (PPJ)e 12,3 rebotes por jogo (RPJ), líder da liga neste quesito na temporada.

Inclusive, 2012–13 foi a última campanha em que o Lakers conseguiu se classificar para os playoffs.

A franquia foi varrida ainda na primeira rodada contra o San Antonio Spurs, com direito a expulsão de Dwigth no jogo 4.

O fim do casamento promissor foi em julho de 2013, quando Howard foi negociado para Houston Rockets (onde também não teve vida fácil com James Harden, por problemas semelhantes aos que teve com Kobe).

O que esperar nesta temporada?

Apesar de não ser mais o jogador dos tempos de Orlando, Dwight Howard, aos 33 anos, tem totais condições de entregar exatamente o que o Lakers pretende receber de seus serviços.

Em meio à crise na posição 5 em toda a liga, Howard segue dominante dentro do garrafão e vai dar a folga física necessária para que Anthony Davis jogue com mais liberdade na quadra e explore o perímetro.

Sem Cousins, seu concorrente direto na posição é JaVale McGee, de 31 anos, que vai para sua segunda temporada com a camisa dourada e roxa. Em 75 jogos e 22.3 minutos por jogo (MPJ), McGee teve médias de 12.0 PPJ, 7.5 RPJ e 2.0 BLK (toco por jogo) na temporada passada.

Pelo Wizards, Howard teve 12.8 PPJ, 9.2 RPJ e 0.4 BLK, em 25.6 minutos de quadra, num total de nove jogos.

Em 15 temporadas na NBA, o pivô tem médias de 17.4 PPJ, 12.6 RPJ e 2.0 BLK em 1,044 jogos (tendo a incrível marca de 1,043 jogos como titular e apenas 1 como reserva).

Além disso, vale ressaltar que em seu currículo Dwight tem: 8x All-Star, 8x All-NBA Team, 3x Defensor do Ano, entre outras premiações.

Em entrevista neste ano para Fair Game, Howard agradeceu a Kobe por ter lhe chamado de “mole” durante a sua primeira passagem por LA e o ódio pela lenda do Lakers não existe mais e sim, um pivô renovado, experiente, concentrado e com menos ego do que da primeira vez.

Com a cabeça renovada, Dwight se junta a um elenco promissor liderado por Lebron James e Anthony Davis, que ainda conta com o talento do jovem Kyle Kuzma e a experiência de Rajon Rondo e Danny Green.

Se continuar saudável, deve fazer um alarde positivo com potencial de reescrever uma nova história em Los Angeles, desta vez com o final feliz.

segunda-feira, agosto 26, 2019

Sheffield United 7x3 Sheffield Wednesday... Torcedor tatua no braço o placar da vitória de seu time.

Imagens: Action Images via Reuters

Série C: Chegou a hora da decisão... Quem sobe para a Série B?

Imagem: RBS

Terminou a fase de grupos de Série C...

Pelo Grupo A, Náutico, Sampaio Correa, Imperatriz e Confiança garantiram classificação para a segunda fase do torneio.

No Grupo B, Ypiranga, Juventude e São José, todos do Rio Grande do Sul, se somam ao Paysandu do Pará e vão medir forças com os nordestinos na fase que decide quem vai ou não para a Série B de 2020.

Os confrontos são os seguintes:

Paysandu x Náutico
São José x Sampaio Correa
Imperatriz e Juventude
Confiança x Ypiranga

As equipes melhor colocadas fazem o último jogo em casa.

Algumas considerações

No Grupo A, ainda resta saber quem cai...

O ABC e o Treze vão ter que esperar a decisão do STJD, sobre a suposta irregularidade cometida pela equipe paraibana ao permitir que o treinador Celso Teixeira estivesse à beira do gramado comandando sua equipe, na partida contra o Confiança, pela décima sétima rodada.

Já no Grupo A, Juventude e Ypiranga empatavam em zero a zero até os 44 minutos do segundo tempo...

Com esse resultado Paysandu e Remo que também empatavam, por 1 a 1, estavam classificados.

Porém, aos 44 minutos, quando todos já sabiam que não haveria nenhum prejuízo para a classificação do Juventude, mesmo ficando em segundo lugar, em caso de derrota – seu adversário será o Imperatriz –, Reinaldo marcou o gol que classificou o Ypiranga e eliminou o Remo...

Mais uma vez se confirma o velho ditado popular: “FARINHA POUCA, MEU PIRÃO PRIMEIRO”

domingo, agosto 25, 2019

Vardy fazendo amigos em Bramal Lane, estádio do Sheffield United...

Image: Ross Kinnaird/Getty Images

ABC e Globo fracassam no campo e são rebaixados... O alvinegro, porém, vai buscar na justiça sua permanência na Série C.



Acabou ontem para o Grupo A da Série C a fase classificatória...

Náutico, Sampaio Correa, Imperatriz e Confiança avançaram e sonham com vaga na Série B de 2020.

Botafogo da Paraíba, Ferroviário do Ceará, Santa Cruz e Treze de Campina Grande, permanecem na terceira divisão...

Enquanto, ABC e Globo, ambos do Rio Grande do Norte despencaram para a Série D.

É aí que começa a “confusão”...

O Globo nada discute, perdeu, dançou, fim de papo.

Mas o ABC ainda esperneia...

Tenta na justiça desportiva limpar a lambança que fez no campo e, quem sabe assim, escapar da queda.

O ABC apresentou no Superior Tribunal de Justiça Desportivo (STJD) uma notícia de infração contra o Treze por uma suposta irregularidade do técnico Celso Teixeira...

O Departamento Jurídico alega junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportivo (STJD) que o Treze de Campina Grande ao permitir a presença do técnico Celso Teixeira no comando da equipe contra o Confiança, na partida válida pela décima sétima rodada cometeu uma irregularidade.

Celso Teixeira supostamente suspenso por três partidas não poderia estar no banco da equipe paraibana...

É o que sobrou, é a esperança que resta.

Se der certo, ótimo, dos males o menor...

Que se lamente o Treze.

Regulamento é para ser cumprido...

Caso tenham errado, aproveitem: a Série D pode ser um bom lugar para se refletir sobre o que deveria ser óbvio...

LER O REGULAMENTO, ENTENDER O QUE ELE DIZ E CUMPRI-LO TAMBÉM É PARTE DO JOGO.

Lloris versus Sterling...

Imagem: Robbie Jay Barratt/AMA/Getty Images 

Liverpool negocia acordo milionário com a Nike...

Imagem: PA

Atual campeão europeu, o Liverpool está bem próximo de alcançar um acordo milionário com a norte-americana Nike que permitirá um aporte anual superior a 83 milhões de euros, segundo publicou a 'Forbes'...

O acordo colocará o Liverpool como a terceira equipe melhor paga no mundo por um fabricante de material esportivo e que também vai representar um acordo histórico na própria Premiere League, já passará a ser o mais alto da história do campeonato inglês. 

Atualmente vinculado à New Balance, num acordo válido até final da atual temporada e no qual recebe cerca de 50 milhões anuais, o Liverpool irá ver os seus ganhos a nível de patrocínios dispararem com este novo acordo, que o colocará apenas atrás de Barcelona e Real Madrid...

Os madrilenos são os líderes, com os 120 milhões que recebem anualmente da Adidas, 10 milhões acima daquilo que o Barcelona ganha da Nike.

Caso o acordo aconteça, a marca norte-americana reforça a sua presença na Premier League, onde já equipa o Brighton, Chelsea e o Tottenham, mas com acordos de valores bem mais baixos...

O Chelsea recebe 65 milhões de euros, enquanto o Tottenham ganha 33 milhões.

Ayew estraga a tarde de Lindelof, Maguire e De Gea...

Imagem: Manchester United via Getty Images

O pesado investimento das emissoras espanholas em direitos esportivos...

Imagem: EPA

2 bilhões de euros por ano é o quanto as emissoras de mídia espanholas investem em direitos esportivos, de acordo com o site Palco23...

Fonte: Máquina do Esporte

sábado, agosto 24, 2019

O pesquisador Ribamar Cavalcanti, Lucia Oliveira e Andre Samora, do Universidade do Esporte, conversando sobre a história do futebol potiguar...

Imagem: Edmo Natan

Nesta sexta-feira (23), o historiador e pesquisador Ribamar Cavalcanti, esteve na redação da rádio 88,9 Universitária FM para um encontro com Lúcia Oliveira e Andre Samora, do Universidade do Esporte...

A conversa foi sobre a ideia de contar a história do futebol potiguar por meio de uma série de podcasts.

Responsáveis pela produção da série produzida pelo Universidade do Esporte, os repórteres se mostraram ansiosos para dar início ao projeto...

Ainda em processo de formatação a série poderá contar com a participação de Ribamar Cavalcanti, reconhecidamente um dos maiores conhecedores do futebol norte-rio-grandense.

 Imagem: Edmo Natan

Nem vem... reclame com o VAR.

Imagem: John Sibley/Action Images via Reuters

Morreu José Luis Brow... Tata Brown: um gol, um gesto, a conquista do mundo e a eternidade de glória.

Imagem: Twitter Gabriel Batistuta

Tata Brown: um gol, um gesto, a conquista do mundo e a eternidade de glória

José Luis Brow, zagueiro argentino campeão do mundo em 1986, faleceu na última semana, aos 62 anos, após lutar contra o Mal de Alzheimer.

Deixou como legado uma história que diz mais sobre a vida do que sobre futebol.

Pedro Henrique Brandão Lopes

Mais conhecido como El Tata Brown, o zagueiro foi convocado para ser reserva de ninguém menos do que Daniel Passarella, o já veterano capitão do Mundial de 1978.

Carlos Billardo foi quem bancou a convocação de Tata Brown, que estava sem clube e sofria com lesões no joelho.

Billardo conhecia a coragem e disposição de Brown desde 1975, quando promoveu o jovem ao time principal do Estudiantes.

Na preparação para a estreia, porém, Passarella teve uma intoxicação alimentar e não pôde jogar.

O questionado Brown assumiu a titularidade e jogou como um veterano.

Titular nos sete jogos da Copa, o zagueiro não comprometeu, mas também estava longe de ser um primor com a bola nos pés.

Tata Brown seguiu questionado até o dia 29 de junho de 1986, quando, aos 23 minutos do primeiro tempo da final contra a Alemanha no Estádio Azsteca, o zagueiro subiu mais alto que a zaga alemã para encontrar a bola cruzada por Burruchaga e testar forte para balançar as redes defendidas por Schumacher.

O gol abriu o marcador da decisão do Mundial que ao final da partida apontou: Argentina 3 a 2 Alemanha.

Em 36 jogos com a camisa Albiceleste, Brown marcou apenas um gol pela Argentina, justamente aquele no Estádio Azteca.

“O destino e Deus quiseram que fosse na final. Esse gol mudou meu documento. Desde então, passei a ser: José Luis Brown, o que fez o gol na final da Copa do Mundo”.

Era o bicampeonato mundial dos hermanos e Brown havia contribuído para o feito.

Porém, o gol foi o primeiro ato que levou Brown à história, o outro aconteceu na etapa final quando o zagueiro luxou o ombro após uma dividida.

Qualquer outro jogador naquele momento pediria a substituição, afinal, ele já havia feito mais do que sua parte: um gol em final de Copa do Mundo.

Tata Brown, não!

No atendimento, disse ao médico: “nem pense em me tirar, não saio nem morto”.

Mesmo com a dor insuportável, permaneceu em campo.

Para imobilizar o ombro machucado e não deixar o gramado, o zagueiro fez um furo no centro de sua camisa, apoiou o polegar, jogou o restante da partida e foi campeão do mundo assim.

Como homenagem, na rodada da Superliga Argentina, no último fim de semana, não houve a repetição do gol de cabeça do zagueiro, o que houve foi um minuto de silêncio antes de todas as partidas e os capitães dos clubes argentinos repetiram o gesto eterno de José Luis “Tata” Brown.


A tentativa do toque salvador...

Imagem: Harriet Lander/Copa via Getty Images

O Rio Grande do Norte não participou do encontro do Fórum Nacional dos Secretários Estaduais do Esporte e do Lazer realizado em São Paulo...

Imagem: Fonseel

Nos dias 21/22 de agosto aconteceu o Fórum Nacional dos Secretários Estaduais do Esporte e do Lazer – FONSEEL, no Salão São Paulo do Palácio dos Bandeirantes, com a presença do governador João Dória, que fez a abertura na presença do General Brasil, atual secretário especial do ministério da cidadania, além de Rogério Sampaio coordenador geral do COB e outras autoridades...

Estranhamente o Rio Grande do Norte não se fez presente.

A razão da ausência?

Ninguém explicou.

Na ocasião foram eleitos os novos dirigentes do FONSEEL e os cinco presidentes regionais e suas respectivas diretorias...

A presidência ficou com São Paulo, a vice-presidência institucional com o Estado de Sergipe e a secretaria executiva com o Mato Grosso do Sul.

De olho no marcador...

Imagem: Lindsey Parnaby/AFP/Getty Images

Rally dos Sertões larga hoje e divulga premiação...

Imagem: Sertões.com

200 mil reais é a premiação total que será distribuída aos atletas que competirão no Rally dos Sertões...

Prova começa hoje.

Fonte: Máquina do Esporte

quinta-feira, agosto 22, 2019

Arena José de Medeiros Lima Junior... NADA MAIS JUSTO!

Imagem: José Medeiros

Os 10 jovens jogadores mais bem pagos do mundo...

Imagem: Evening Standard 

Os 10 jovens jogadores mais bem pagos do mundo...

01 Luka Jovic: Real Madrid - 399 mil euros por semana
02 Kylian Mbappé: Paris Saint-Germain - 355 mil euros por semana
03 João Félix: Atlético Madrid - 278 mil euros por semana
04 Matthijs de Ligt: Juventus - 267 mil euros por semana
05 Christian Pulisic: Chelsea - 251 mil euros por semana
06 Ousmane Dembélé: Barcelona - 229 mil euros por semana
07 Marcus Rashford: Manchester United - 218 mil euros por semana
08 Callum Hudson-Odoi: Chelsea - 218 mil euros por semana
09 Gianluigi Donnarumma: Milan - 213 mil euros por semana
10 Jadon Sancho: Borussia Dortmund - 207 mil euros por semana

Pelo Campeonato Português Sub-17 o Sporting marcou logo aos 13 segundos, sem que nenhum dos seus jogadores tocasse na bola...

José Mourinho, Gerrard e Flanagan "brigam" pela bola...

Imagem: Tom Jenkins/The Guardian

Pesquisa indica Manchester United como "maior time" da Inglaterra... Brigthon & Hove Albion, surpreende e entra na lista...

Imagem: Getty Images

Pesquisa indica Manchester United como "maior time" da Inglaterra

Site Betway Esportes entrevistou mais de 3.500 torcedores e "mediu" tamanhos

Por Redação/Máquina do Esporte

Uma pesquisa feita com torcedores ingleses pelo site de apostas on-line Betway Esportes mostrou que os fãs britânicos consideram o Manchester United como o "maior time" do país.

Reunindo respostas de mais de 3.500 torcedores, o levantamento pediu para que os torcedores determinassem o grau de importância de cada um dos dez critérios para definir a grandeza dos times.

A partir das respostas dos torcedores, foi determinada a ordem de importância de cada um dos itens da pesquisa.

De acordo com os fãs ingleses, o fator mais importante para um time ser considerado grande é o total de títulos conquistados.

Depois, está a presença de torcida nos estádios, a reputação na Europa, o alcance da torcida mundialmente, o número de temporadas na Premier League, o tamanho do estádio, o resultado nos últimos quatro anos, os títulos ganhos recentemente, a presença de jogadores estrangeiros e os gastos com transferências.

No final, o site definiu um ranking que mede a grandeza dos clubes.

Pelas respostas, mais importante do que o passado recente das equipes, é a sua história.

O Manchester United, que não vence a Premier League desde 2013, liderou em 6 dos 10 critérios, sendo que foi o campeão nas duas que concediam mais pontos: número de títulos e presença de torcida nos estádios.

O segundo colocado da lista é o Liverpool, atual campeão da Europa, mas que não vence o Campeonato Inglês desde a temporada 1989/1990, quando a Premier League ainda nem havia sido criada.

O top 5 ainda é composto de Arsenal, Chelsea e Manchester City, que atualmente é o "novo xodó" do futebol europeu, graças ao investimento bilionário que vem sendo feito no clube.

O City, hoje em dia, é o favorito nas casas de apostas britânicas para consagrar-se campeão da Premier League novamente, o que representaria a terceira conquista seguida do time.

Títulos recentes e contratações milionárias, que foram critérios em que o City liderou, porém, são os que geraram menos impacto para determinar a grandeza dos clubes no estudo da Betway.

"Não houve viés de títulos e performances recentes nos resultados. As glórias passadas são claramente mais importantes para os torcedores do que o sucesso recente", revelou o estudo.

Por conta disso, o levantamento mostrou ainda que os clubes tradicionais da Inglaterra seguem prestigiados.

Blackburn Rovers, Leeds e Nottingham Forest figuram na lista, apesar de seus jogadores não disputarem a Premier League há anos.

O maior "jejum" é do Nottingham, ausente há 20 anos da elite do futebol inglês, mas em 18° no ranking dos "grandes" ingleses, graças principalmente à conquista do bicampeonato da Champions League, em 1978/1979 e 1979/1980.

"O sucesso que eles tiveram e os títulos que conquistaram no passado foram suficientes para assegurar seus lugares entre os maiores clubes do país", completou o estudo.

Confira abaixo o ranking completo:




quarta-feira, agosto 21, 2019

Falhou...

Imagem: Matt Bunn/BPI/Rex/Shutterstock

Os jogadores do Figueirense disseram não ao desrespeito...

Imagem: Globoesporte.com

Finalmente jogadores de futebol disseram não ao desrespeito...

Seguiram todo o ritual, mas no último instante, levantaram-se, pegaram suas coisas e retornaram para ônibus que os levaria de volta para o hotel e para bem longe do gramado.

Foi assim que os jogadores do Figueirense de Santa Catarina, em protesto contra o atraso de seus salários revidaram ao nenhum respeito que os dirigentes do clube demonstraram ter por eles...

Sem eles em campo, o árbitro deu por encerrado o prazo de espera, e decretou o WO em favor do Cuiabá.

Nenhuma crítica aos atletas...

Agiram na mais legitima defesa de seus direitos.

Felizes e contentes...

Imagem: EPA

O centenário da National Football League (NFL)... A liga mais próspera do mundo.

Imagem: Bruce Bennett Studios/Getty Images

NFL, uma história centenária

Por Matteus Fernandes/Universidade do Esporte

Muito antes de se estabelecer como a principal liga dos esportes americanos, a NFL começou como APFL (American Professional Football Conference), em 1920.

A inauguração da principal associação de futebol americano completa, nesta terça-feira (20), 99 anos.

Na época, com 14 times, dos quais apenas dois permanecem atualmente, o campeonato fora decidido por votação.

O Chicago Cardinals e o Decatur Staleys são as duas equipes que permanecem até hoje na liga.

A primeira, manteve o nome, mas mudou de cidade, hoje chama-se Arizona Cardinals.

Já a outra, não deixou a cidade mais populosa de Illinois sem time, mudou-se para lá e, atualmente, responde pelo nome de Chicago Bears.

Um detalhe curioso dos primeiros anos de APFL é que não existia o formato de mata-mata, os playoffs.

De acordo com uma seção do regulamento do torneio, o campeão era escolhido pelo que associação julgasse "digno" receber o título.

No fim, o Akon Pros foi anunciado o vencedor do campeonato, com oito vitórias e três empates.

A controvérsia nessa decisão é que o Decatur Staleys (atual Chicago Bears) havia vencido mais jogos, terminou com dez vitórias, dois empates e uma derrota.

Um critério objetivo usado pela APFL para concessão do título foi o de aproveitamento.

Como os empates, na época, não eram contabilizados, o Akon Pros fechou a temporada com 100%.

Enquanto isso, mesmo com duas vitórias a mais, porém com um revés, o Decatur acabou com 90,9%.

Desde o início até agora, a liga de futebol americano passou por algumas mudanças.

Novos times foram incorporados ao longo dos anos, regras foram adicionadas e editadas, mas a grande mudança na NFL foi a fusão com a AFL.

Dois torneios concorrentes que se juntaram e, consequentemente, criaram o SuperBowl, um dos maiores eventos esportivos do mundo.

Liga multibilionária

Para se ter uma ideia da dimensão da NFL, num artigo do site especializado em economia "howmuch.net", em 2016, a liga de futebol americano foi apontada como a mais valiosa do mundo.

Eram 13 bilhões de dólares estimados.

3,5 bilhões a mais do que a MLB (liga de beisebol americana), segunda colocada.

7,7 bilhões a mais do que a Premier League (campeonato inglês de futebol), na terceira posição.

O Dallas Cowboys, cinco vezes campeão na era SuperBowl, é o time, de todos os esportes, mais valioso do mundo, segundo pesquisa deste ano do mesmo site.

O valor de mercado da franquia do Texas é de 5 bilhões de dólares.

O Real Madrid, por exemplo, é a equipe de futebol mais valiosa, valendo 4,24 bilhões de dólares.

A NFL vai para a sua centésima temporada no próximo mês.

A partida de estreia dessa edição é, para muitos, o maior clássico da liga.

O Chicago Bears joga em casa contra o Green Bay Packers, no Soldier Field, no dia 5 de setembro.

Leeds United 1x1 Nottingham Forest... todo mundo chutou até que a bola entrou.

Imagem: The Guardian/Dan Westwell

Um gol de falta marcado de antes do meio campo...


Na última segunda-feira (19) pelo Campeonato Equatoriano, Leonel Quiñónez com a colaboração do goleiro Hernán Galíndez, marcou um gol sensacional...

Quiñónez bateu uma falta ainda em seu campo de defesa e acertou no ângulo, abrindo o placar na vitória por 3 a 1 do Macará sobre o Universidade Católica.

Alexandre Lacazette e os rapazes do Arsenal...

Imagem: Andy Rain/EPA

O Brondby da Dinamarca introduz reconhecimento facial em seu estádio...




Pioneiro, Brondby introduz reconhecimento facial em estádio

Sistema do clube dinamarquês identifica torcedores proibidos de assistir a jogos

Por Redação/Máquina do Esporte

O Brondby, um dos clubes mais tradicionais da Dinamarca, anunciou, nesta terça-feira (20), que usará durante toda a temporada 2019/2020 um sistema de reconhecimento facial em seu estádio, o Brondby Stadion, que tem capacidade para quase 30 mil pessoas.

A equipe é pioneira no uso da tecnologia no futebol mundial.

De acordo com o clube, o reconhecimento facial automatizado (AFR, na sigla em inglês) já está em funcionamento.

O sistema identifica automaticamente pessoas proibidas de frequentar o estádio do time e garante aos funcionários 100% de certeza na hora de barrar os torcedores impedidos antes de entrar no local.

O clube confirmou que somente operadores especialmente treinados com a tecnologia têm acesso e que a polícia não tem nada a ver com o sistema.

O uso do AFR foi aprovado pela autoridade dinamarquesa de proteção de dados, por considerar um passo importante para aumentar a segurança nos estádios.

Outras equipes do futebol mundial já divulgaram que pretendem utilizar a tecnologia, mas ainda não colocaram em prática.

Um deles é o Manchester City, que chegou a contratar uma empresa de tecnologia americana para conduzir um projeto piloto.

O esquema, no entanto, ainda não foi adiante.

Para o ano que vem, espera-se que a tecnologia de reconhecimento facial seja bastante utilizada nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio.

A edição de 2020 será a primeira da história olímpica a ter a ajuda de um sistema do tipo para aumentar a segurança em torno da competição.

Vale lembrar ainda que o reconhecimento facial também já está sendo usado para fins de entretenimento em eventos esportivos.

No ano passado, a NBA assinou um contrato com o 15 Seconds of Fame (15SOF) para que o aplicativo de mídias sociais forneça aos fãs do basquete americano as imagens das aparições em vídeo dos torcedores nos jogos da liga.