sábado, agosto 31, 2019

A história do Anfield Road e o Arquibancada Móvel - a série de podcasts que conta a história dos estádios de futebol do mundo.

Imagem: SWNS.com

Anfield Road

O terceiro episódio do Arquibancada Móvel vai contar a história de Anfield Road, estádio do Liverpool inaugurado há mais de 130 anos que conserva as características tradicionais de um estádio do século XIX e guarda a mística e a voz das arquibancadas que nunca deixam o time caminhar sozinho.

Pedro Henrique Brandão Lopes

Como quase tudo no futebol inglês, Anfield Road também tem muita tradição adquirida por longos anos de existência.

Desde 28 de setembro de 1884, quando foi inaugurado, o estádio acumula histórias que justificam o apelido de Fortaleza de Anfield, já que o estádio ajudou a fazer do Liverpool uma das maiores potências do futebol mundial.

A história de Anfield e Liverpool se entrelaçam e em muitos momentos são a mesma, porém no exato dia da estreia e pelos oito anos seguintes, foi o arquirrival do Reds que dominou o estádio.

O Everton fez o jogo inaugural de Anfield contra o Earlstown e venceu por 5 a 0.

Somente em 1892, com a fundação do Liverpool numa espécie de dissidência do Everton, é que a diretoria vermelha entrou em atrito com a diretoria azul pelo controle do estádio.

Como John Houlding, dono de Anfield, ficou do lado vermelho da história, o Liverpool venceu a disputa e passou a chamar de casa o estádio que até então era do arquirrival, enquanto o Everton começou a construção do Goodisson Park.

Em 1° de setembro de 1892, o Liverpool fez sua estreia em Anfield enquanto o Everton inaugurou Goodisson Park. Logo na estreia, o Liverpool provou a grandeza e força que o Anfield lhe empresta e goleou o Rotherham Town por 7 a 1 (brasileiros arrepiados lendo esse placar).

São longínquos 135 anos desde a inauguração e o mundo era completamente diferente deste dos dias atuais. A Revolução Russa não era nem projeto, o Brasil era um Império escravocrata e até o cinema dos irmãos Lumière ainda levaria mais 10 anos para ser inventado.

Com a chegada do século XX, Anfield foi se tornando cada vez mais importante para a grandeza do Liverpool.

Em 1º de setembro de 1906, como forma de comemorar os 14 anos do primeiro jogo do Liverpool no estádio, a diretoria inaugurou uma nova arquibancada para atender a demanda crescente de torcedores que iam assistir o time vermelho da cidade.

No jogo da inauguração da nova arquibancada de Anfield, vitória dos donos da casa pelo placar mínimo sobre o Stoke City. Joe Hewitt foi o responsável por anotar o primeiro tento frente a nova arquibancada que em pouco tempo se tornaria uma das mais famosas do futebol europeu.

A mística estava criada logo no primeiro jogo da arquibancada nova. Com o passar dos anos a tradição foi aumentando e aquela estrutura atrás do gol da rua Walton Breck, se tornou a parte mais vibrante do estádio.

Talvez porque ali estavam as classes mais populares que podiam pagar apenas o ingresso que os colocaria de frente para os ventos gelados vindos de Stanley Park.

Como os preços daquele setor eram mais acessíveis, os torcedores precisavam chegar com bastante antecedência ao estádio para garantir a entrada (não existia venda on line e nem sócio torcedor).

Sem muito o que fazer dentro do estádio antes da bola rolar, o jeito era acompanhar na cantoria as músicas reproduzidas nos alto-falantes do estádio.

Em 1928, a diretoria construiu uma cobertura na arquibancada para poupar seus torcedores dos ventos mais intensos.

A medida amenizou os ventos, mas potencializou os gritos como se fosse uma concha acústica virada para o gramado.

Estava cristalizada a aura mágica de Spion Kop.

Até aquele momento não havia nome para a arquibancada com seus 100 degraus e capacidade para abrigar os 25 mil mais loucos torcedores vermelhos.

Quem tratou de batizar a estrutura, que a essa altura já tinha vida própria, foi o jornalista Ernest Jones, editor do Liverpool Daily Post and Echo, que decidiu homenagear soldados britânicos mortos numa guerra na África do Sul, no ano de 1900.

A guerra foi a Segunda Guerra Boer, conflito na Cidade do Cabo que colocou em lados opostos colonos franceses e holandeses contra o exército britânico pelo domínio das minas de diamante.

Em 23 de janeiro de 1900, mais de 1500 homens do exército da Rainha, em grande parte advindos do condado de Lancashire, próximo a Liverpool, marcharam em direção ao interior da África do Sul para enfrentar a resistência dos rebeldes.

A mais de 350 km de Joanesburgo, a tropa chegou aos pés de uma montanha de 1,4 km de altura conhecida como Spion Kop. Lá aconteceu uma leve batalha que conduziu os britânicos a um grave erro estratégico.

Como enfrentaram poucos homens, acreditaram que poderiam cavar as trincheiras ali para segurar o avanço dos rebeldes.

Porém estavam numa espécie de cordilheira e mais a frente havia montanhas mais altas.

A tropa ficou encurralada nas trincheiras que os próprios soldados cavaram e foi dizimada ao final do dia.

Mais de 1000 feridos, 400 mortos e um sem número exato de desaparecidos.

Por tudo isso, quando Ernest Jones sugeriu o nome, logo caiu na graça de todos, muitos que perderam parentes na batalha, passaram a frequentar o estádio com um gosto a mais e quando gritavam pelo Liverpool, redobravam o grito para suprir a ausência dos que se foram.

Assim a história do Campo dos Milagres foi escrita.

A partir de tradições cultivadas, vitórias bem comemoradas e derrotas sofridas.

Mas sempre com a companhia inseparável da torcida.

Estádios com tradição existem vários, estádio que tenham voz só existe Anfield Road.

O terceiro episódio do Arquibancada Móvel conta a história de Anfield, não por acaso, carrega os apelidos de Campo dos Milagres e Fortaleza de Anfield e guarda tradições da torcida e do clube que há muitas gerações passam pela Spion Kop, pelo portão Bill Shankly e pela eterna voz que nunca deixará o Liverpool caminhar só.

Imagem: Autor Desconhecido


Nota do blogue:

O Universidade do Esporte lança primeiro podcast brasileiro sobre estádios de futebol.

O Arquibancada Móvel, primeiro podcast brasileiro sobre estádios de futebol, vai falar com descontração e trazer muita informação curiosidades e fatos históricos dos principais estádios de futebol do mundo.

A cada episódio, o ouvinte terá acesso às histórias esportivas e, também a um papo que vai muito além do futebol.

Você imagina o que Getúlio Vargas e o Estádio do Pacaembu têm em comum?

Ou que foi o arquirrival do Liverpool que inaugurou o Anfield?

Pois é isso que o Arquibancada Móvel vai contar.

Em seu primeiro episódio, o Arquibancada Móvel contou a história do Stade de France, no segundo foi a vez do Monumental de Nuñez, casa do River Plate.

Hoje, sábado, já está no ar tudo sobre o Anfield Road, estádio do Liverpool.

Sob o comando de Anthony Medeiros, Dyego Lima, Gustavo Sousa, Kevin Muniz e Pedro Henrique Brandão, o Arquibancada Móvel estreia neste sábado (17) em todas as plataformas de streaming.

É um podcast desenvolvido no programa Universidade do Esporte, projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e produzido na rádio Universitária FM 88,9 e dirigido por Fernando Amaral...

Todo sábado vai ao ar um novo episódio do Arquibancada Móvel.

Arte: Marcos Arboés





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É para lá, David Luiz..

Imagem: PA

O faturamento do Real Madrid na temporada 2018/2019...

Imagem: AP

830 milhões de dólares faturou o Real Madrid na temporada 2018/2019...

Número não contabiliza receita gerada com negociações de atletas.

Fonte: Máquina do Esporte

sexta-feira, agosto 30, 2019

Morreu Xana, a filha do treinador espanhol Luis Henrique... Nada pode ser mais doloroso.

Imagem: Autor Desconhecido

O treinador espanhol Luis Henrique que a pouco mais de seis meses deixou o comando da seleção espanhola alegando problemas particulares, revelou por meio das redes sociais a morte de sua filha Xana, de 9 anos, vítima de um câncer ósseo...

“Nossa filha Xana faleceu esta tarde com 9 anos, depois de lutar durante cinco intensos meses contra o osteosarcoma. Agradecemos por todas as manifestações de carinho recebidas durante estes meses e agradecemos a compreensão e discrição de todos”, diz um trecho da nota.

Por fim, Luis Henrique escreve uma pequena mensagem de despedida...

"Sentiremos muito a sua falta, mas nos lembraremos de você todos os dias de nossas vidas, na esperança de que no futuro nos encontremos novamente. Você será a estrela que guia nossa família. Descanse Xanita."

Imagem: Autor Desconhecido

Espectadores privilegiados...

Imagem: PA

A estreia de gala da treinadora Pia Sundhage no comando da seleção feminina... Brasil 5x0 Argentina.

Imagem: Twitter CBF/Reprodução

Estreia de gala

A treinadora Pia Sundhage dirigiu a Seleção Brasileira pela primeira vez na noite desta quarta-feira no Pacaembu em jogo contra a Argentina. O resultado final com a goleada de 5 a 0 coroou a ótima partida das brasileiras e mostrou um time diferente e mais organizado.

Pedro Henrique Brandão Lopes

A estreia da treinadora Pia Sundhage no comando da Seleção Brasileira não poderia ter sido melhor.

Mais 13 mil pessoas foram ao Pacaembu para acompanhar o primeiro jogo da Copa Uber que colocaria a histórica rivalidade Brasil x Argentina no gramado em um grande teste para treinadora e atletas.

Logo na entrada dos times em campo, ficou evidente que o público presente estava disposto a incentivar a Seleção.

Tanto que ao sair do túnel que dá acesso ao campo, a treinadora sueca ouviu do público presente um coro que dizia:

“Pia!Pia! Pia”.

A treinadora não deixou a desejar e mandou à campo um time que não era tão diferente daquele que disputou a Copa do Mundo, mas que teria 90 minutos para provar que evoluiu.

E provou, aos 17 minutos da primeira etapa, quando Ludmila bateu com categoria na saída da goleira e inaugurou o placar.

Até os 35 minutos, o Brasil faria mais dois gols.

Primeiro, Andressa levantou a bola na área e encontrou a cabeça de Formiga que ampliou a diferença no placar.

Depois, numa jogada muito bonita pela esquerda, Tamires cruzou e Debinha arrematou com perfeição para anotar o 3 a 0.

Uma nova postura pôde ser vista nas atletas e mesmo com o placar de 3 a 0 na primeira etapa, o Brasil continuou a pressionar a saída de bola das hermanas.

Nessa blitz as comandadas de Sundhage aproveitaram para encerrar qualquer possibilidade de reação das argentinas.

Aos 13 minutos, Erika subiu mais alto que a zaga e ampliou a vantagem no placar.

Defensivamente a Seleção também foi segura e pouco ou nada sofreu nos ataques da argentina.

No final da partida, aos 37 minutos, depois de uma falta batida pelo o Brasil, uma zagueira argentina cabeceou contra o patrimônio e definiu o placar.

Um ótimo resultado no início do trabalho de Pia Sundhage, que mesmo sem falar português, parece ter feito bem seu trabalho e deu cara de time a desarrumada Seleção Brasileira.

Pia Sundhage no comando técnico é muito vantajoso pois traz uma visão diferente de jogo, é representativa por ser mulher e abre as portas para uma estrangeira dirigir nosso futebol.

Momento decepção...

 Imagem: Manchester United via Getty Images

 Imagem: Manchester United via Getty Images

Virgil van Dijk supera Messi e Cristiano Ronaldo e é escolhido o melhor jogador da UEFA... Lucy Bronze, vence Ada Hegerberg e Amandine Henry na disputa de melhor jogadora da UEFA.

Imagem: The Independent

Virgil van Dijk foi eleito o jogador do ano da UEFA, tornando-se no primeiro zagueiro a conquistar o prêmio...

O zagueiro-central do Liverpool e da seleção holandesa acabou superando Messi e Cristiano Ronaldo, seus os dois concorrentes por suas brilhantes exibições na conquista da Liga dos Campeões e na campanha na Premiere League, quando o clube terminou atrás do campeão Manchester City.

Abaixo o número de votos que cada um recebeu:

1 Van Dijk, 305 votos
2 Messi, 207 votos
3 Ronaldo, 74 votos

A escolhida como a melhor jogadora do ano da UEFA foi a lateral-direita inglesa Lucy Bronze, que atua no Olympique Lyon...

Bronze superou suas companheiras de equipe, a norueguesa Ada Hegerberg e a francesa Amandine Henry.

Caça ao atacante...

Imagem: AFP/Getty Images 

O Bolton Wanderers foi salvo no apagar das luzes...

Imagem: Peter Byrne/PA

O Bolton anunciou a conclusão das negociações para a venda do clube à Football Ventures Limited...

"Esta foi uma das negociações mais complicadas em que estive envolvido, mas estou orgulhoso por dizer que finalmente chegamos a uma conclusão satisfatória com a venda à Football Ventures Limited", começou por dizer Paul Appleton um dos sócios do escritório de advogados, David Rubin & Partners, que tratou do processo.

Na declaração publicada no site oficial do Bolton, o advogado ainda deixou uma mensagem para os torcedores do clube...

"Claro que vão ser tempos difíceis, a luta para recuperar o clube não será fácil, mas há muitas pessoas com o Bolton no coração e que certamente irão colaborar para que possam ser bem-sucedidos mais uma vez", disse.

Logo depois concluiu a entrevista afirmando:

"Agora têm um novo começo com donos que, acredito eu, vão dirigir o clube para benefício dos adeptos e da comunidade como um todo." 

O valor acordado no negócio não foi revelado...


Porém para os torcedores do Bolton Wanderers que atua na terceira divisão da Liga Inglesa de Futebol, no momento, o que importa é que o clube permanece vivo e com perspectivas de sair da crise que por muito pouco não encerrou uma história secular.

quinta-feira, agosto 29, 2019

Owen Wright derrota Gabriel Medina em Teahupo'o, no Taiti...

Imagem: Brian Bielmann/AFP/Getty Images

Armando Marques o árbitro que errou a contagem dos pênaltis e título paulista de 1973 acabou dividido entre Santos e Portuguesa de Desportos...

Imagem: Acervo/Estadão

A armação de Armando Marques

Num jogo que contava com estrelas como Edu, Carlos Alberto Torres, Pelé, Enéas, Basílio, Pepe e Otto Glória, foi um árbitro quem mais “brilhou” e por um erro de matemática. A curiosa história de quando Armando Marques errou a contagem dos pênaltis e o título Paulista de 1973 acabou dividido entre Santos e Portuguesa.

Pedro Henrique Brandão Lopes

O futebol brasileiro é berço de muitas histórias que parecem saídas de uma ficção qualquer.

Partidas com roteiros tão bem-acabados que parecem planejados para despertar emoção, enquanto outras de tão estapafúrdias parecem ter sido escritas por alunos do primário.

Uma dessas histórias completou nesta semana 46 anos. Foi no dia 26 de agosto de 1973, um domingo em que o Morumbi recebeu mais de 116 mil torcedores para acompanhar a decisão do Campeonato Paulista.

O consagrado time de Pelé e companhia que havia dominado o futebol brasileiro nos anos 1960, enfrentaria a Portuguesa que, apesar de modesta, tinha naquele ano um ótimo time com grandes jogadores e Enéas, talvez o maior jogador da história lusitana.

Depois de uma partida muito equilibrada e mesmo depois da prorrogação, o empate sem gols permaneceu no placar e a decisão do campeão foi parar na marca da cal.

Na primeira cobrança santista, Zé Carlos parou em Zecão, goleiro da Lusa.

Mesmo assim, o Santos conseguiu abrir 2 a 0 em três cobranças. E é aí que o problema começa.

Sem perceber que a Lusa ainda poderia chegar ao empate e forçar as cobranças alternadas, Armando Marques simplesmente encerrou a disputa declarando o Santos como campeão.

Quem estava acompanhado a partida, logo notou o erro do árbitro.

Pepe que era treinador santista na época disse em entrevista para O Estado de São Paulo:

“Senti que tinha algo errado, mas pensei que o errado devia ser eu. O Armando Marques apitava todas as decisões naquela época, ninguém imaginava que ele cometeria um erro desses.”

Os dirigentes da Portuguesa viram no erro matemático de Armando Marques, a chance de tentar o tapetão para conquistar o título.

Logo tiraram os atletas do gramado e não permitiram sequer o banho nos vestiários do Morumbi.

A delegação lusitana só conseguiu tomar uma ducha ao chegar no Canindé.

Armando Marques ainda tentou, sem sucesso, obrigar os jogadores da Portuguesa a voltarem ao gramado para terminar a disputa por penalidades.

Nada feito e enquanto a Lusa fazia o caminho de volta ao Canindé, o árbitro admitiu:

“Foi um simples erro de matemática. A culpa é toda minha”.

Sem acordo para um novo jogo como queria a Portuguesa ou para a manutenção do título como queria o Santos, a Federação Paulista de Futebol (FPF) decidiu dividir o título do Campeonato Paulista de 1973 e declarou os dois clubes como campeões estaduais daquele ano.

Mesmo dividido, aquele título acabou com um impensável jejum do Santos que estava há quatro anos sem faturar o Estadual, coroou o já veterano time Alvinegro que marcou época e foi também o último troféu de Campeonato Paulista conquistado por Pelé que marcou 11 gols na competição e foi o artilheiro.

Pelo lado lusitano, aquele foi o terceiro e último título Paulista da história da Portuguesa, que não voltou a repetir os dias de glória.

Armando Marques morreu em julho de 2014 e deixou como legado uma história ambígua de respeitado árbitro de futebol e, ao mesmo tempo, de juiz que se envolvia em confusões, mas justamente por conta dessa mistura produziu histórias tão ímpares como o dia em que o Campeonato Paulista foi dividido entre Santos e Portuguesa por um erro de aritmética do homem de preto que assoprava o apito.

O pé alto tenta indimidar...

Imagem: Toby Melville/Reuters

Morreu a piloto norte-americana Jessi Combs ao tentar bater o recorde mundial de velocidade...

Imagem: Newsweek

Morreu na última terça-feira (27), após sofrer um acidente em alta velocidade, a piloto norte-americana Jessi Combs, segundo comunicou a sua família esta tarde...

O acidente fatal aconteceu em Alvord Desert, no Oregon, quando Combs de 36 anos tentava garantir um novo recorde mundial de velocidade ao volante um protótipo (o recorde anterior era de 824 km/h, fixado em 1976).

"Lamentavelmente perdemos a Jessi ontem devido a um horrível acidente. Fui a primeira pessoa a chegar ao local e, confiem em mim, fizemos tudo o que era humanamente possível para salvá-la"...

A mensagem foi escrita por Terry Madden, membro da equipe do projeto no qual Jessi Combs estava envolvida, e que tinha por objetivo superar o recorde de velocidade no comando de um veículo com 52.000 cv.

A imagem congelada do golaço de Anduriz contra o Barcelona...

Imagem: Javier Zorrilla/EPA

PSG rechaça oferta do Barcelona por Neymar...

Imagem: Autor Desconhecido

Quem diria, o Barcelona por dois dias tentou barganhar com o PSG os valores referentes a negociação envolvendo Neymar...

Fracassou.

A proposta do Barcelona era incluir Dembelé e Rakitic na operação e dividir o pagamento dos 150 milhões de euros em duas vezes...

Segundo a imprensa espanhola, em resposta os catalães ouviram dos dirigentes do clube francês a seguinte resposta:

O PSG quer 170 milhões de euros em um único pagamento...

Além de Dembelé e Rakitic.

Porém, persiste um problema...

Os dois principais atletas envolvidos na negociação não mostraram nenhuma empolgação com a possibilidade de trocar Barcelona por Paris.

Aquecimento com música...

Imagem: Reuters

Coritiba fatura alto com venda de camisas de marca própria...



2 milhões de reais foi quanto o Coritiba disse que faturou durante o primeiro ano de funcionamento da venda de camisas com a 1909, marca própria do clube...

Fonte: Máquina do Esporte

quarta-feira, agosto 28, 2019

Feliz(idade)...

Imagem: Carl Recine/Action Images via Reuters

Assim "morrem" os clubes ingleses... O Bolton Wanderers ganhou mais alguns dias. Porém, o Bury FC, 134 anos depois, acabou...

Imagem: Carl Recine/Action Images via Reuters

O prazo dado ao Bolton Wanderes FC terminou como previsto às 17 horas desta terça-feira, mas English Football League (EFL), não determinou a exclusão da equipe conforme era o esperado...

Voltaram atrás?

Não...

Foi uma proposta de última hora da 'Football Ventures' para comprar a equipe que adiou a decisão do Conselho da Liga.

A presidente executiva da Liga, Debbie Jevans, informou que o Bolton terá mais 14 dias para fechar o acordo com a 'Football Ventures'...

"Estamos extremamente desapontados por ainda não estarmos em posição de alcançar uma resolução com a venda do Bolton Wanderers. Agora há 14 dias para garantir o futuro a longo prazo do clube, e espero sinceramente que possamos encontrar um caminho para a satisfação de todos aqueles que têm uma ligação com o clube", declarou Jevans.


Imagem: Peter Byrne - PA 

Porém, se para o Bolton ainda há esperança, para o Bury FC, equipe com mais de 134 anos de existência e, também fundadora de Liga da Inglaterra, o fim chegou...


"O Conselho da EFL reuniu-se no início desta noite e, após uma longa e detalhada discussão, determinou que a afiliação do Bury FC à Liga Inglesa de Futebol fosse retirada após o prazo expirar sem uma resolução", informou a nota oficial emitida pelo Conselho.

Posteriormente, Debbie Jevans, voltou a se pronunciar...

"Hoje é, sem dúvida, um dos dias mais sombrios da história recente da Liga. A EFL trabalhou com determinação e incansavelmente para evitar este resultado. E, é com o coração pesado que diante da situação que nos foi imposta, tomamos a dolorosa decisão. A EFL tem que colocar a integridade de nossas competições no centro de todas as decisões que tomamos, e nós simplesmente não podemos permitir que essa situação inaceitável continue nem podemos tolerar a possibilidade de adiar outros jogos".

O Bury FC foi fundado em 1885 e competia na terceira divisão – a mesma que o Bolton...

A equipe participou da criação da Liga da Inglaterra em 1888 e conquistou por duas vezes a FA Cup (1900 e 1903).

Ontem, terça-feira (27), alguns torcedores se reuniram diante do Estádio Gigg Lane a espera de alguma boa notícia...

Esperaram em vão.

O cenário não poderia ter sido pior...

Um dos mais antigos estádios do mundo, palco da primeira partida do Bury, no mesmo ano de sua fundação, certamente não merecia um final tão doloroso.


Imagem: Peter Byrne/PA

Enquanto Kyler Walker e Nathan Ake se engalfinhavam, Kevin De Bruyne escapava com a bola...

Imagem: Adam Davy/PA 

O premio pelo gol marcado... o beijo da mulher amada.


Depois de marcar o gol da vitória do Ludogorets sobre Slavia Sófia, o brasileiro Wanderson correu para as arquibancadas e recebeu um beijo de sua mulher.

O faturamento dos clubes italianos da Série A com patrocínio máster...



O jornal Gazzetta dello Sport publicou o valor que os clubes italianos da Série A faturam com patrocínio máster...

115,9 milhões euros.

Fonte: Máquina do Esporte

terça-feira, agosto 27, 2019

Você acha mesmo que dá para jogar com a gente?

Imagem:  Kai Oliver Pfaffenbach

Assim "morrem" os clubes ingleses...

Imagem: Autor Desconhecido

Histórico Bolton pode desaparecer... hoje

O triste destino do clube inglês

Escrevo por volta das 2 horas da madrugada, porém, quando sol se firmar em Londres – agora, por lá, surgem os primeiros raios de sol – o histórico Bolton Wanderers, clube fundador da liga inglesa ainda estará vivo – “ligado a aparelhos e esperança” –, mas não longe do fim...

O prazo para que “os aparelhos sejam desligados” se encerra as 17 horas (14 horas, horário de Brasília).

Fundado em 1874, o Bolton fez parte do grupo de equipes que em 1888 fundaram a principal liga inglesa e em 73 ocasiões esteve no primeiro escalão...

A última vez se deu entre as temporadas de 2001 e 2012.

Atualmente o clube disputa a League One (a terceira divisão inglesa), onde começou com menos 12 pontos, assim como o Bury, e se não encontrar comprador até esta terça-feira, será excluído da competição e, muito provavelmente, será extinto...

O atual administrador, Paul Appleton, disse que se nada mudar, hoje, quarta-feira, dia 28 de agosto, dará início ao processo de liquidação:

"Isto vai levar ao fechamento e a desfiliação do clube da English Football League (EFL) e, por consequência, 150 postos de trabalho serão fechados. Vai devastar uma comunidade para a qual o clube é um sinal de esperança"...

Resta agora esperar até às 17 horas e torcer para que alguém chegue a assuma o controle do clube.

Joelinton supera Davinson Sanchez e marca o gol da vitória do Newcastle sobre o Tottenham...

Imagem: Catherine Ivill/Getty Images

Não vem de garfo que hoje é dia de sopa... O cantor Wilson Simonal, a seleção brasileira e a mentira que o destruiu.

Imagem: Capa da Revista Fatos e Fotos de 1970/Reprodução

Não vem de garfo que hoje é dia de sopa

Wilson Simonal integrou a delegação brasileira na Copa do Mundo de 1970 para garantir o lazer dos jogadores. Acabou se entrosando tanto que “quase” entrou em campo.

Pedro Henrique Brandão Lopes

Para muita gente, a Seleção Brasileira de 1970 ficou eternamente gravada como a expressão máxima do futebol arte e da alegria em vestir a Amarelinha.

Zagallo não poupou esforços para encaixar meia dúzia de ‘camisas 10’ no time que encantou o mundo e revolucionou a forma de pensar futebol.

O que quase ninguém sabe é que nos bastidores da concentração daquele timaço transitava um pop star brasileiro que, tal qual o escrete canarinho, arrastava multidões por onde passava.

Wilson Simonal era o artista brasileiro de maior sucesso naquele período, entre o final dos anos 1960 e início dos anos 1970, na cena musical dividia as atenções do público apenas com Roberto Carlos, mas era fã de outro rei, o do futebol, Pelé.

Simonal adorava futebol e como os jogadores o adoravam, a CBD fez o convite para que o cantor seguisse viagem junto à delegação.

Aos 32 anos de idade, Simonal se integrou facilmente ao grupo e estava sempre à frente dos momentos de descontração dos atletas.

Não são raros os registros em vídeo do cantor (des)organizando a resenha dos atletas ao som de suas canções que ganhavam a voz de jogadores como Pelé e Jairzinho animados ao microfone.

O Rei Pelé foi um dos que mais se aproximou de Simonal no período e conta como o célebre intérprete de “Nem vem que não tem” era mais um no elenco:

“A gente chegava ao aeroporto e todo mundo vinha pedir autógrafo, parecia que ele era jogador também”.

O entrosamento chegou a tal ponto que os jogadores resolveram pregar uma peça no amigo músico.

Zagallo teria que cortar um jogador e a boleirada convenceu Simonal que ele poderia ser o substituto, mas Pelé conta que nem tudo foi resolvido como imaginava o cantor, para a diversão de todos no time:

“Ele (Wilson Simonal) achava que estava bem, que era atleta. Aí a gente falou assim: ‘pô vamos fazer os dois toques’. Porque a gente sempre fazia a brincadeira de dois toques. Arrumamos uniforme pro Simonal, aí tome 15 minutos de aquecimento e ele acompanhando tudo. Daqui a pouco passou mal, aquele calor e altitude do México, deu um piripaque nele. Teve que ir o doutor dar oxigênio nele”.

Recorda às gargalhadas o Rei Pelé.

O filho de Wilson Simonal, o também músico Simoninha, destaca o bom clima entre o pai e os amigos jogadores:

“Não sei quem era mais louco, os jogadores, por chamarem o Simonal para jogar ou o Simonal, por acreditar que poderia jogar com aqueles gênios”.

Neste sábado, 23 de fevereiro, Simonal completaria 81 anos de idade se estivesse vivo.

Porém as páginas divertidas da história do músico acabaram logo no início dos anos 1970.

Wilson Simonal que viveu o apogeu como artista, viveria a partir de 1971 o limbo da execração pública e a queda no fosso do esquecimento.

Não sem antes passar pelo achincalhe da classe artística por um suposto envolvimento com o regime militar, o boato que correu era que Simonal seria o “dedo-duro da ditadura”.

Foi essa a fama que o perseguiu até sua morte, no total ostracismo, no ano 2000.

Tudo por conta de um episódio obscuro de 1971, no auge da repressão militar no Brasil, e que só seria esclarecido em 2009, ano que ficou conhecido como “ano Simonal”, pois contou com os lançamentos de uma caixa comemorativa com 9 álbuns do artista, a biografia Nem Vem Que Não Tem — A Vida e o Veneno de Wilson Simonal, escrita pelo jornalista Ricardo Alexandre e o documentário Simonal — Ninguém sabe o duro que dei, codirigido por Cláudio Manoel (sim, o “Seu Creysson” de Casseta e Planeta), Micael Langer e Calvito Leal.

O documentário joga luz sobre o acontecimento da noite de 24 de agosto de 1971, que conta com uma surra aplicada por agentes do temível DOPS em Raphael Viviani, contador de Simonal, e de quem o cantor desconfiava estar sendo roubado.

Os agentes chegaram à casa de Raphael no Opala do cantor e a pecha de dedo-duro recaiu sobre Simonal para nunca mais o deixar.

Hoje o que se entende é que Wilson Simonal não tinha envolvimento político algum, nem com a esquerda e nem com a direita, o cantor quis, da pior maneira, resolver um assunto pessoal que o incomodava e para isso contratou conhecidos que trabalhavam no Departamento de Ordem Política e Social, órgão de repressão da ditadura.

Num tempo em que as redes sociais virtuais estavam distantes da realidade, o tribunal de Simonal não foi o do ‘unfollow’ ou de comentários instantâneos de ‘haters’ numa rede qualquer.

Simonal, o mais prestigiado artista brasileiro do momento; aquele que havia regido o Maracanãzinho lotado em um show histórico e digno das estrelas do futebol que ele acompanhara pouco tempo antes, foi julgado no tribunal histórico e banido do cenário artístico brasileiro a ponto de Boni, a cabeça pensante da Globo por mais de 30 anos, admitir no documentário:

“Simonal pegava mal, com o perdão da rima”.

Mesmo com o resgate histórico feito, tanto no documentário quanto na biografia, Simonal permanece ignorado pelas novas gerações e suspeito às gerações anteriores que não consideram os novos relatos.

Wilson Simonal, era mais um brasileiro alienado politicamente, no auge da ditadura estava no México fazendo sua arte como os jogadores que se (con)sagraram tricampeões do mundo.

A passagem de Simonal pelo México ficou registrada no álbum México ’70.

Lançado apenas fora do Brasil, integralmente gravado e produzido no país da Copa do Mundo.

A faixa inicial do disco é “Aqui é o país do futebol”, cujo refrão diz:

“Brasil está vazio na tarde de domingo né, olha o sambão aqui é o país do futebol”.

Wilson Simonal não foi um dedo-duro, não foi santo, errou feio no episódio do contador, mas não merecia morrer no esquecimento pelo artista que era e pelo talento que tinha, além de ser pé quente em Copa do Mundo.

O Brasil não merece esquecer Simonal.