Imagem: Issei Kato/Reuters
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quinta-feira, dezembro 24, 2015
Feliz Natal...
Mamãe Noel
Por Luiz Guilherme Piva
Pinçado do blog do Juca Kfouri
Era o que ele mais gostava quando era menino.
Tinha um senhor que morava no fim da rua que no Natal enchia
um caminhão-baú de bonecas e bolas, estacionava na praça, formava duas filas,
de meninos e meninas, e distribuía tudo pra criançada.
Ele passava a semana anterior ansioso, vigiando da janela,
contando horas e dias.
Quando ganhava a dele, vinha correndo eufórico, gargalhando,
gritando, feliz como se tivesse ganhado o mundo inteiro.
Era a única coisa que ele ganhava. Viúva, pobre, mesmo tendo
só ele de filho, que Natal eu poderia lhe dar?
Foram dez anos seguidos. Sei por causa das bolas que até
hoje estão guardadas no quarto dele aqui em casa: em cada uma está escrito o
ano em que ele a ganhou.
Nunca jogou com elas. Nem deixou que pegassem. Estão
intactas. Passava pano, acariciava, ajeitava no lugar, mas não usava nem pra
quicar.
Quando ele era rapazinho, o senhor faleceu e acabou a festa
do caminhão-baú.
Meu filho foi estudar, trabalhar, viajou, ganhou algum
dinheiro, mora longe, e só vem aqui pra me ver quando é Natal. Talvez porque
não tenha ninguém, nem esposa nem filhos.
Ele vai até o quarto, pega as bolas, confere, diz “lembra,
mãe?”. Ele, já um senhor, e eu, já bem velha, nos abraçamos. Fingimos não
chorar.
Quase quarenta anos já esse ritual. Ele fica ali com as
bolas um tempo, depois vai pra rua, anda nas redondezas e, depois de uns dias,
logo depois do Natal, vai embora.
Este ano telefonou dizendo que não vem. Não explicou direito
por quê. Falou de exames, doença leve, coisa à toa. Eu disse que entendia. Mas
senti – mãe não se engana – que é coisa séria. Pela voz dele meu coração
vislumbrou o fim de uma longa história.
Dele e minha.
Resolvi que vou abrir a varanda, chamar dez meninos desses
que zanzam pela rua, fazê-los formar uma fila e dar a eles as dez bolas, com um
beijo e um abraço em cada um.
O que eu mais quero é vê-los correr pela rua gargalhando,
gritando, felizes como se tivessem ganhado o mundo inteiro.
Paulo Cézar "Caju"...
Paulo Cézar, o genial polêmico craque Caju
Por José Renato
Paulo Cézar Lima nasceu em 16 de junho de 1949 na favela da
Cachoeira, em frente ao cemitério São João Batista no tradicional bairro
carioca de Botafogo.
Sua roda familiar incluía sua mãe, Dona Esmeralda,
conterrânea do Rei Pelé, empregada doméstica, e sua irmã, mais velha, Célia
Maria.
Seu pai, marceneiro, morreu quando ele ainda tinha apenas um
mês de nascido.
O futebol surgiu em sua vida por meio dos jogos que
costumava participar nas quadras do quartel da polícia militar e no campo do
Botafogo, onde passou a atuar na equipe infantil, que ficavam perto da sua
casa.
Aos 11 anos foi convidado para jogar futebol de salão no
Flamengo, onde ganhou o apelido de Pelezinho.
No rubro negro, fez uma grande amizade com Fred, filho de
Marinho Rodrigues de Oliveira, ex-jogador e técnico do Botafogo, o que mudaria
de forma marcante seu futuro.
A família de Fred praticamente o adotou, e tão logo Marinho
foi convidado para treinar a seleção de Honduras, Paulo Cézar, com o
consentimento da mãe, se mudou com a nova família para Tegucigalpa.
Marinho logo assumiu o papel de pai adotivo e passou a
exercer forte influência em sua educação.
Em meados de 1966, após passar por Colômbia e Peru, onde
juntamente com Fred, foi convidado para se naturalizar, Paulo César voltou com
a família para o Brasil.
Levado por Marinho ao Flamengo, foi dispensado pelo técnico
Flávio Costa.
Na semana seguinte, no entanto, ganhou uma oportunidade no
Botafogo do técnico Admildo Chirol.
Logo no primeiro coletivo, em janeiro de 1967, teve atuação
soberba, atuando pela equipe titular, deixando boquiaberta toda comissão
técnica do time principal, e muito aborrecido o técnico do juvenil, Zagallo,
que preferia contar com sua participação na equipe alvinegra que buscava o
hexacampeonato da categoria.
Foi necessária a intervenção de Gerson junto à diretoria
para que Paulo Cézar fosse mantido na equipe principal.
Jogando como ponta esquerda em um ataque formado também por
Rogério, Roberto e Jairzinho, sua habilidade e rara visão de jogo, logo se
tornaram imprescindíveis para o Botafogo.
Em sua primeira competição oficial, a Taça Guanabara daquele
ano, na partida final frente ao América, em 20 de agosto, marcou três gols, na
vitória por 3 a 2, conquistada na prorrogação, após empate em 2 gols durante o
tempo regulamentar.
Em seguida voltou a ser campeão, desta vez do campeonato
carioca, com o Botafogo que venceu 15 das 18 partidas que disputou.
Ainda naquele ano estreou na seleção brasileira, em 19 de
setembro, na vitória por 1 a 0 frente ao Chile, em partida amistosa, realizada
em Santiago, que também marcou a estreia do Zagallo como técnico da seleção.
Já o ano seguinte, de 1968, foi de afirmação para Paulo
Cézar, que conquistou o bicampeonato da Taça Guanabara e do Campeonato Carioca,
bem como a Taça Brasil, cujas finais aconteceram apenas em 4 de outubro de
1969. Sua presença passou a ser constante na seleção brasileira.
Com apenas 20 anos de idade, foi convocado para a seleção
brasileira que disputaria a Copa do Mundo de 1970.
Era o décimo segundo jogador daquela equipe espetacular.
Logo na estreia, em 3 de junho, na vitória por 4 a 1 frente
a Tchecoslováquia, entrou no lugar de Gerson, que houvera se contundido.
Titular nas vitórias frente a Inglaterra, 1 a 0, e Romênia,
3 a 2, também atuou na partida contra o Peru, 4 a 2.
Campeão mundial continuou brilhando na equipe alvinegra, até
que em 1971, se deixou fotografar com a faixa de campeão carioca antes do final
da competição.
A surpreendente queda de rendimento da equipe da Estrela
Solitária e a ascensão do Fluminense, fez com que o título ficasse com a equipe
das Laranjeiras e Paulo Cézar, embora tivesse sido artilheiro da competição com
11 gols, passasse a ser criticado pelos dirigentes alvinegros, sobretudo pelo
presidente do clube, Altemar Dutra de Castilho que o culpou pela perda do
título.
Ainda disputou pelo Botafogo a primeira edição do campeonato
brasileiro em 1971, quando a equipe chegou ao triangular final com o Atlético
Mineiro, que foi o campeão, e o São Paulo, o vice.
O clima pesado no Botafogo, o levou a mudar de ares e no
começo de 1972 estava de volta ao Flamengo, desta vez como atleta profissional.
Sua estreia com a camisa rubro negra aconteceu em 8 de
janeiro, justamente frente ao antigo clube, seu time do coração, o Botafogo no
empate por 1 a 1 em partida amistosa.
Viveu um grande ano na Gávea, conquistando a Taça Guanabara
e o Campeonato Carioca, no ano do Sesquicentenário da Independência.
Além do sucesso em campo, Paulo Cézar costumava chamar a
atenção por seu estilo de vida.
Gostava de sair à noite, embora não bebesse e fumasse, e
costumeiramente se apresentava com carros luxuosos e roupas bem extravagantes.
Também não fugia de uma boa polemica, cobrando dirigentes e
se posicionando sobre quaisquer assuntos.
Além disso, passou a pintar o cabelo de caju, segundo ele
apenas um efeito do sol carioca, o que fez com que passasse a ser conhecido
como Paulo Cézar Caju.
Já em 1973, conquistou novamente a Taça Guanabara e foi
vice-campeão carioca, perdendo a final para o Fluminense em 22 de agosto por 4
a 2.
Durante o campeonato brasileiro, no entanto, sofreu com a má
campanha da equipe rubro negra, até que na derrota por 2 a 1 para o Grêmio, em
28 de outubro, no estádio do Maracanã, quase foi agredido pela torcida, que
destruiu seu carro.
Aborrecido, deixou acertada sua contratação pela equipe
francesa do Olympique de Marseille, antes da Copa do Mundo de 1974, deixando
sua apresentação oficial apenas após o termino da competição.
Por conta disso, a imprensa alegou que Paulo Cézar tivesse
evitado entrar em bolas divididas durante a Copa do Mundo disputada na
Alemanha.
O fato é que Paulo Cézar, com 25 anos, titularíssimo daquela
seleção, atuou muito mal nos dois empates sem gols, contra Iugoslávia e
Escócia, e perdeu a posição de titular.
Deslocado para o meio campo, voltou à equipe na segunda
fase, no entanto, ficou muito aquém daquilo que se esperava dele.
Atuou no futebol francês, juntamente com Jairzinho, por
pouco mais de um ano, sendo vice-campeão francês da temporada 1974/1975 e
campeão da Copa da França em 1975.
Ainda na França foi assistir a uma partida do Fluminense que
disputava um torneio em Nice, quando acabou conhecendo o presidente tricolor
Francisco Horta, que não perdeu a chance de convidá-lo para voltar ao Brasil e
fazer parte da Máquina Tricolor, uma das maiores equipes da história do clube,
liderada por Rivellino.
Com a camisa tricolor, foi bicampeão carioca, duas vezes
semifinalista do campeonato brasileiro e voltou a ser convocado para a seleção
brasileira que se preparava para as eliminatórias da Copa do Mundo de 1978.
As confusões, no entanto, não foram deixadas de lado.
Em 17 de setembro de 1976, a delegação carioca que estava na
Paraíba para enfrentar o Treze, em partida válida pelo campeonato brasileiro,
acabou se envolvendo em uma confusão com os torcedores paraibanos e no meio do
tumulto, Paulo Cézar aplicou uma rasteira em um jovem.
O atacante acabou sendo preso e passando a noite no II
Batalhão de Polícia Militar, sendo posto em liberdade na manhã seguinte, após o
pagamento de fiança.
Embora estivesse muito bem nas Laranjeiras, no começo de
1977, Caju acabou sendo envolvido juntamente com Gil e Rodrigues Neto em uma
troca pelo lateral esquerdo botafoguense Marinho Chagas.
De volta ao time de seu coração, Paulo Cézar fez parte da
equipe que alcançou a incrível marca de 52 jogos sem perder, uma das maiores
invencibilidades da história do futebol brasileiro.
Apesar disso, as conquistas não vieram e após brigar com o
presidente Charles Borer, preferiu permanecer os últimos três meses de seu
contrato sem atuar, nem receber, do que voltar a vestir a camisa alvinegra.
Já seu sonho de disputar sua terceira Copa do Mundo acabou
ainda nos vestiários da vitória brasileira por 1 a 0 frente a seleção peruana
em 10 de julho de 1977, em partida realizada na cidade colombiana de Cali, que
praticamente garantiu a vaga brasileira para a Copa da Argentina.
Aproveitando a presença do presidente da CBD, atual CBF, o
almirante Heleno Nunes, Paulo Cézar passou a reivindicar uma premiação maior
aos jogadores.
Ao ser ignorado pelo dirigente, se dirigiu a ele afirmando
que ele deveria estar cuidando de seus navios e armas, pois de futebol não
entendia nada.
Oficialmente foi afastado por problema no joelho direito,
mas de fato, jamais voltou a vestir a camisa da seleção brasileira.
O ano de 1979 começou em um novo clube, o Grêmio de Porto
Alegre, onde foi recepcionado de forma calorosa pelos torcedores gaúchos que
lotaram o aeroporto em sua chegada as terras gaúchas.
Em campo correspondeu com as expectativas, sendo campeão
gaúcho com uma campanha espetacular, com 10 pontos à frente do rival
Internacional que acabou na terceira colocação, atrás ainda do Esportivo de
Bento Gonçalves.
Aos 30 anos, embora os torcedores e dirigentes quisessem
mantê-lo por lá, a saudade das praias cariocas acabou sendo maior, e ele acabou
sendo envolvido em uma troca com o goleiro Leão, indo para o Vasco da Gama, o
único grande carioca onde ainda não tinha atuado.
Não foi bem na equipe da Cruz de Malta, muito embora tenha
sido vice-campeão carioca de 1980.
Durante sua estadia em São Januário, chegou a ser negociado
como o Barcelona de Guayaquil, mas não aguentou mais de dois dias na Colômbia.
Cansado de jogar futebol, resolveu passar férias, longe da
bola, na França.
No segundo semestre de 1981, aceitou o desafio de atuar no
futebol paulista, cuja imprensa costumava criticá-lo de forma impiedosa.
Contratado pelo Corinthians, estreou no clássico frente ao
São Paulo em 25 de outubro, na derrota por 2 a 0.
Atuaria apenas mais três vezes pela equipe paulista, sem
grande destaque.
No começo de 1982, recebeu a ligação de seu amigo Carlos
Alberto Torres para atuar na equipe norte-americana do Califórnia Surf.
Apenas passeou pelas terras de Tio Sam e logo estaria de
volta à França, onde passou a atuar, a pedido de um amigo, em uma equipe da
terceira divisão, o AS Aix.
Tinha a certeza de que tinha parado de jogar futebol e
seguiu por novos caminhos, não tão promissores, o das bebidas e das drogas,
mais especificamente cocaína.
Em julho de 1983, no entanto, recebeu a ligação de Antônio
Verardi, supervisor do Grêmio, o convidando para disputar a final do Mundial
Interclubes no final do ano frente à equipe alemã do Hamburgo.
Ciente de seus problemas, os dirigentes gremistas prepararam
Paulo Cézar para esta partida.
Deu certo, em 11 de dezembro de 1983, a equipe gaúcha
conquistou o Mundial ao vencer os alemães por 2 a 1, com dois gols de Renato
Gaúcho.
Esta foi sua última partida como profissional.
Paulo Cézar Caju foi um jogador genial, um dos maiores
talentos da história do futebol brasileiro e que não deixou de aproveitar a
vida da forma que quis, ignorando as críticas e sempre deixando claro suas
posições frente a dirigentes e jornalistas.
O futebol de hoje sente muito a falta de jogadores como ele.
quarta-feira, dezembro 23, 2015
Corintians de Caicó está fora do Campeonato Potiguar de 2016... é a segunda desistência em pouco mais de um mês.
Lobão decidiu...
O Corintians de Caicó está fora
do estadual de 2016.
O dirigente bem que tentou, mas
acabou derrotado por uma nova e cruel realidade...
A crise que assola o país e uma
maior vigilância dos órgãos fiscalizadores do dinheiro público acabaram por
inviabilizar o maior patrocínio do clube – a verba da prefeitura de Caicó.
Sem a grana da prefeitura, sem o
apoio do Conselho Deliberativo e sem nenhuma perspectiva de conseguir junto a
iniciativa privada recursos, Lobão não teve alternativa...
Jogou a toalha.
Torcedor que escreve o que quer, acaba lendo o que não quer...
Imagem: Twitter de Adil Rami
Adil Rami, zagueiro do Sevilha,
ao responder a um torcedor no Twitter que o acusou de estar gordo e de por isso
não ter o rendimento esperado, postou também no Twitter, a resposta.
O francês que já disputou 16 jogos esta temporada, respondeu
publicando uma foto sem camisa e com a seguinte mensagem:
"Sou gordo? Mostra esta foto à tua mulher e
pergunta a ela se estou gordo."
CONMEBOL aumenta a premiação da Copa Bridgestone Libertadores...
Depois que o Corinthians ameaçou
não disputar a Libertadores e o São Paulo fez coro, a CONMEBOL, para evitar que
a revolta se alastrasse, agiu rápido...
Anunciou a nova premiação para a
Copa Bridgestone Libertadores.
O campeão de 2016 levará mais de
US$ 7 milhões, cerca de R$ 30 milhões, valor 40% superior ao que foi oferecido
no torneio de 2015...
E mais:
Em 2017, haverá um novo aumento.
Segundo o presidente da Conmebol,
Wilmar Valdéz, que é candidato à presidência da CONMEBOL nas eleições marcadas
para janeiro, os novos contratos de televisão, assinados neste ano, permitirão
que se pague mais aos clubes participantes...
Contudo, os prêmios distribuídos pela CONMEBOL ainda estão bem longe de satisfazer os clubes.
Joseph Blatter esperneia e Michel Platini choraminga...
Joseph Blatter em entrevista
coletiva disse que está sendo vítima do revanchismo americano...
“Se os Estados Unidos fosse sede da Copa de 2022, nós não estaríamos
aqui. Não acho que o Comitê de Ética tenha conexões com os Estados Unidos; eles
não são bons de conexão, como vimos”.
Blatter insistiu que tem sido o
“saco de pancadas” da Fifa...
O dirigente argumenta que a rede
de corrupção divulgada neste ano envolvendo membros da entidade está ligada a
confederações locais, especificamente a CONCACAF e a CONMEBOL.
Outro que também se defendeu foi
o francês Michel Platini...
“Minha suspensão foi uma
verdadeira fraude. Esse veredito não é mais do que o revestimento patético de
uma vontade de me eliminar do mundo do futebol”, disse.
Oficialmente, a UEFA também saiu
em defesa de seu presidente...
Em nota, a entidade que controla
o futebol europeu afirmou apoiar o dirigente, “nesse processo e na oportunidade
de limpar seu nome”...
Platini era um dos favoritos para
ocupar o cargo de Blatter.
CONMEBOL define os Grupos da Libertadores da América de 2016...
Excesso de homenagens e “preenchimento
de linguiça” marcaram o sorteio dos grupos da Libertadores da América de 2016.
Após divulgar seu novo ranking e
através dele definir quem seriam os cabeça de chave, a CONMEBOL, dividiu as
equipes participantes em oito grupos...
Cada grupo conterá quatro
equipes.
No mesmo evento, foram sorteados
os seis confrontos da fase preliminar, os vencedores irão participar da
fase de grupos.
Fase preliminar
G1: Oriente Petrolero (Bolívia) x
Independiente Santa Fé (Colômbia)
G2: Huracán (Argentina) x Caracas
(Venezuela)
G3: Puebla (México) x Racing
(Argentina)
G4: River Plate (Uruguai) x
Universidad de Chile (Chile)
G5: Independiente Del Valle
(Equador) x Guaraní (Paraguai)
G6: Universidad Cesar Vallejo
(Peru) x São Paulo (Brasil)
Os Grupos
Grupo 1: River Plate
(Aragentina), The Strongest (Bolívia), Trujillanos (Venezuela) e o vencedor do
G6 (Universidad Cesar Vallejo ou São Paulo)
Grupo 2: Nacional (Uruguai),
Palmeiras (Brasil), Rosário Central (Argentina) e o vencedor do G4 (River
Plate, do Uruguai, ou Universidad de Chile)
Grupo 3: Boca Juniors
(Argentina), Bolívar (Bolívia), Deportivo Cali (Colômbia) e o vencedor do G3
(Puebla ou Racing)
Grupo 4: Peñarol (Uruguai),
Atlético Nacional (Colômbia), Sporting Cristal (Peru), e o vencedor do G2
(Huracán ou Caracas)
Grupo 5: Atlético Mineiro
(Brasil), Colo-Colo (Chile), Mariano Melgar (Peru) e o vencedor do G5
(Independiente Del Valle ou Guaraní)
Grupo 6: San Lorenzo (Argentina),
Grêmio (Brasil), LDU (Equador), Toluca (México)
Grupo 7: Olimpia (Paraguai),
Emelec (Equador), Deportivo Táchira (Venezuela), Pumas (México)
Grupo 8: Corinthians (Brasil),
Cerro Porteño (Paraguai), Cobresal (Chile), G1 (Oriente Petrolero ou Santa Fé)
terça-feira, dezembro 22, 2015
O Corintians de Caicó, decide hoje, se joga ou não joga o campeonato estadual de 2016...
Mais um capítulo da novela “O
Corintians de Caicó, joga ou não joga o campeonato estadual de 2016”...
Lobão, presidente,
superintendente, conselheiro, patrocinador, chefe, subchefe e guia espiritual do
clube caicoense, disse que de hoje não passa.
Entretanto, ainda espera um
milagre...
O nome do milagre é grana.
Ontem, Lobão triste e
decepcionado informou a imprensa de Caicó que após ver fracassar o contrato que
de parceria que assinaria com a empresa "Ravena Assessoria" por
divergências contratuais, o caminho era desistir de disputar o campeonato...
Me permitam um parêntesis:
Pensem comigo...
Se Lobão está encurralado pelas circunstâncias,
sem patrocínio e sem perspectiva, que divergências seriam estas que foram
arrumar na hora de assinar o tal contrato?
O que poderia ter pedido ou
exigido a “Ravena Assessoria” para assustar tanto assim, o Lobão?
Essa mania que a turma do futebol
tem de contar os causos sem apontar as causas, sempre acabam deixando mais
dúvidas na cabeça de quem ouve e não é informado sobre quem disse o que...
Custava dizer o que aconteceu?
Tipo assim:
Olha pessoal, não assinamos a
parceria em virtude de os parceiros terem exigido mundos, fundos e até um meu
CD dos Raimundos...
Simples assim.
Portanto, nos resta esperar o fim
do dia e ver se Lobão envia ou não envia o ofício informando a FNF que
desistiu...
Algo como:
The dream is over!
Isso, curtinho e em inglês
mesmo...
Assim, o presidente da federação ao
anunciar cabisbaixo e macambuzio a desistência de mais um clube do sensacional
campeonato estadual de 2016, poderá apelar para o seu otimismo inabalável e
dizer:
A notícia é triste, mas o futebol
potiguar está em evolução... nossos dirigentes já escrevem ofícios sucintos e
em inglês.
O futebol brasileiro, arrogante, se fecha para o mundo... pouco inteligente, perde espaço e projeção.
Ivan Rizzo, especialista em
gestão desportiva fez um levantamento que mostra que o futebol brasileiro, como
as velhas nações, em tempos idos, está praticamente fechado para o mundo...
Houve cerca de 3 mil amistosos no
mundo em 2015, disputados por 1.837 times de 80 países.
Os ingleses são os que mais jogam
fora da temporada regular, com 10,7% sobre o total, seguidos pelos alemães, com
10,4%...
A seguir, República Tcheca
(7,5%), Espanha (6,1%), Áustria (5,2%), Polônia (4%), Bélgica (3,8%), Noruega
(3,5%), Itália (3,3%) e Suécia (3,3%).
O Brasil ocupa a 30ª posição, com
0,5% dos amistosos.
Rodrigo Capelo, jornalista de
revista Época e responsável pela coluna Época Esporte Clube, define de forma
clara o enorme prejuízo que é estar de costas para o mundo...
“Ao jogar menos amistosos do que Estônia e Israel e fazer menos
confrontos com estrangeiros do que a República Checa, o Brasil desperdiça
dinheiro e preparação técnica. Ir a outro país ou, pelo menos, jogar um
amistoso internacional permite vender direitos de transmissão e patrocínios,
talvez, mas certamente aparecer e formar simpatizantes entre outro público. A
tal da internacionalização. No campo, possibilita encarar filosofias e estilos
de jogo diferentes. Ainda que o adversário não vá ser um Real Madrid,
dificilmente agregará menos do que um Estadual com times do interior do estado
que, em três quartos da temporada, nem equipe têm”.
Um campeão do mundo é acusado de ligação com a Ndrangheta...
O campeão do mundo pela seleção
italiana em 2006, o ex-jogador Iaquinta está sendo acusado de ligação com a
máfia do país, junto como outras 139 pessoas...
Seu pai inclusive.
O processo contra Iaquinta será
aberto no dia 23 de março de 2016.
Segundo a justiça italiana, o ex-jogador
da Juventus será julgado pelo suposto envolvimento com o crime organizado...
Iaquinta também responderá por
porte ilegal de armas de fogo.
As investigações apontam que o
ex-jogador teria relações estreitas com a "Ndrangheta", grupo
criminoso que atua no Sudeste da Itália...
Iaquinta encerrou sua carreira em
2013, depois de atuar por Reggiolo, Padova, Castel di Sangro, Udinese, Juventus
e Cesena.
segunda-feira, dezembro 21, 2015
A melhor frase do domingo...
A melhor frase que li ontem:
“Cristiano Ronaldo, em má fase,
faz mais gols que a Volkswagen”.
De um anônimo em um comentário na
matéria sobre o jogo, Real Madrid 10 x 2 Rayo Vallecano, escrita em um site de esportes.
Narciso, o novo técnico do ABC, já coleciona frases...
A passagem de Narciso por grandes
equipes e o habito de estar próximo aos grandes veículos lhe deram a habilidade
de dizer o que os dirigentes querem ouvir e o que os torcedores se extasiam em
escutar...
"A presença da torcida faz o
time jogar. O bom desempenho do time fará a torcida vibrar."
Narciso, treinador do ABC em
coletiva.
Mundial de Clubes da FIFA: o Barcelona, o melhor do mundo venceu o o River Plate, o melhor da América do Sul...
Você não gosta do Messi,
desculpe, azar o seu...
Não gosta do Neymar... azar o
meu...
Faz críticas a Luis Suarez, perdoe,
mas deve revê-las – na história dos mundiais, se juntou a Pelé (Santos),
Delgado (Monterrey) e Messi (Barcelona), todos com cinco gols no torneio.
Sobre o Mundial de Clubes apenas
algumas observações:
O River Plate chegou no Japão
como o melhor da América, não era o bastante para quem acabaria se defrontando
com o melhor do mundo.
Já o Barcelona chegou manso e
rugiu quando precisou rugir...
Seus 26 títulos em 10 anos
(2005/2015) não são fruto do acaso.
O Sanfrecce Hiroshima surpreendeu...
Acabou em terceiro lugar e
mostrou que o futebol no Japão avança.
Felipão chegou a pensar que seu
esquadrão de brasileiros, seria capaz de causar...
Não causou.
O Guangzhou Evergrande ganhou de
quem tinha obrigação de ganhar e depois, nada fez...
Mas, não deixa de ser interessante
essa investida que o futebol chinês está fazendo em busca de um lugar ao sol no
futebol.
Brasil conquista a Copa Caixa de Futebol Internacional ao vencer o Canadá por 3 a 1, na partida final...
Em Natal, sem surpresas – esse torneio
não é feito para surpreender – a seleção brasileira feminina invicta, faturou o
sexto título do Torneio Internacional Feminino...
Na partida decisiva – aliás, nem
precisava, pois na pontuação geral a taça já era brasileira – a seleção do
Brasil derrotou as canadenses por 3 a 1.
Na decisão pelo terceiro lugar, o
México, venceu Trinidad e Tobago por 2 a 1, numa partida duríssima, de ver...
Enfim, no final, deu o que tinha
que dar.
Entretanto é bom registrar a
excelente organização do evento...
O cuidado com os detalhes, a
simpatia das equipes convidadas e o zelo para que tudo desse certo.
"Esportes 21"... um site para quem gosta de saber mais.
O debate que ainda nos falta
Por José Cruz
No país do futebol discute-se
sobre o gol impedido, a bola que não entrou, a falha da arbitragem, a goleada
de 7 a 1, enfim.
Mas nem na arquibancada do
basquete, do vôlei à beira da piscina ou da pista de atletismo discute-se sobre
o dinheiro público do esporte, sobre a legislação ultrapassada, a ausência de
política de governo de um “esporte para todos” e por aí vai.
Por isso, as boas iniciativas
editoriais que abordem temas ainda escondidos do bom debate devem ser aplaudidas
com entusiasmo.
É o que faço com a chegada do
“Esportes´21”, que hoje lança seu portal.
É importante que essa iniciativa
do professor Aldemir Teles, parceiro do bom debate na rede, ocorra no Nordeste,
pois, apesar da contribuição dessa região para a história do país e dos
talentos esportivos aí já revelados, é um recanto brasileiro ainda distante das
principais fontes de financiamento do esporte.
Para que se tenha ideia, só as
regiões Sudeste e Sul captam 92% dos recursos aprovados na Lei de Incentivo ao
Esporte, com os restantes 8% distribuídos pelo Norte, Centro-Oeste e Nordeste.
Fica este exemplo como sugestão,
para que o Esportes´21 mergulhe no debate acadêmico-político-esportivo, ponto
de partida para ajudar a construir um Brasil esportivo economicamente mais
equilibrado.
Em frente!
Confira
domingo, dezembro 20, 2015
Uma ideia para os marqueteiros da Federação Norte-rio-grandense de Futebol...
O que o futebol de Gana tem a ver
com o futebol potiguar?
Falta de público.
A liga do país sofre com a baixa
média de público...
Porém, se depender do presidente
da federação, por pouco tempo.
Na temporada 2016, Kwesi
Nyantakyi pretende contratar “belas garotas” para ir aos estádios...
“Temos que fazer de tudo para
atrair a atenção dos homens”.
Olha aí, marqueteiros da FNF...
Que tal levar a ideia ao nosso
presidente?
Frases óbvias sempre fazem sucesso...
"O ABC é o maior clube do
Estado, sei da cobrança, vamos colocar o ABC onde merece".
Narciso, novo treinador do ABC.
Marco Polo Del Nero, ataca outra vez... ele tem um estoque imenso de pérolas.
Marco Polo Del Nero em breve
poderá se tornar ainda mais rico ao publicar seu livro de pérolas...
A mais nova, aliás, nem dele foi,
partiu de seu advogado, mas merece estar no livreto.
Segundo o advogado de Marco Polo
Del Nero, seu cliente quer ir aos Estados Unidos para se defender, mas
infelizmente não tem dinheiro para pagar a fiança e as taxas exigidas pela
Justiça americana...
Presidentes de federação, clubes,
empresários e deputados, deviam se solidarizar e através de uma generosa
vaquinha arcar com os gastos de quem ajudaram a estar onde está.
Estádio Mané Garincha: nunca antes na história desse país, tão poucos furtaram tanto de tantos, não é, mesmo, Agnelo Queiroz?
O MPDF (Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios) ajuizou ação penal contra os ex-diretores da
Novacap, empresa gestoras das obras do Estádio Nacional de Brasília...
O preço do metro quadrado da
grama plantada passou de R$ 12,44 para R$ 82,60.
R$ 1,6 milhão, só no quesito
“plantio de grama''...
O custo geral do contrato foi
elevado de R$ 5,9 milhões para R$ 6,6 milhões.
sábado, dezembro 19, 2015
Marco Polo Del Nero vs Senador Randolfe Rodrigues...
Imagem: Autor Desconhecido
O diálogo entre o senador
Randolfe Rodrigues (Rede/AP) e Marco Polo Del Nero, na CPI da CBF...
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – Obrigado, Presidente. Sr. Del Nero, o
senhor estava acompanhado do Sr. José Maria Marin, na Suíça, quando ele foi
preso, no mesmo hotel, em 27 de maio passado. Pessoas próximas de José Maria
Marin dizem que ele não o perdoa por ter deixado sozinha a sua mulher, Neusa
Marin, na ocasião da prisão do Sr. José Maria Marin em Zurique.
O senhor tem conhecimento desse
ressentimento do Sr. Marin com o senhor?
O SR. MARCO POLO DEL NERO – Não.
Não tenho conhecimento.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – O senhor tinha prometido ao Sr. Marin que
daria assistência a ela, à esposa do Sr. Marin, no entanto, imediatamente, logo
após a prisão dele, o senhor tomou um avião de volta ao Brasil.
Eu lhe pergunto: por que o senhor
abandonou a Srª Marin no hotel após a prisão do marido?
O SR. MARCO POLO DEL NERO – Eu
tinha que voltar ao Brasil. Era um fato grave que acontecera na Suíça, eu
estava lá. Não vi a prisão dele, porque provavelmente foi num quarto, às 6h da
manhã. Eu acordei mais tarde, fui tomar café, quando soube que isso aconteceu.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – Mas o senhor assumiu com ele o compromisso
de garantir proteção à Srª Neusa?
O SR. MARCO POLO DEL NERO – Não,
de jeito nenhum. Em hipótese alguma, em nenhum momento, nem conversei com ele,
nem conversei com ela.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – O senhor não recebeu um telefonema dela
pedindo a sua ajuda e dizendo que o senhor tinha prometido ajudá-la? Sim ou
não?
O SR. MARCO POLO DEL NERO – Não
me lembro de ter recebido telefonema dela.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – O senhor não se lembra?
O SR. MARCO POLO DEL NERO – Eu
não me lembro se eu recebi algum telefonema dela.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – Deixe-me ver se eu entendi…
O SR. PRESIDENTE (Romário. Bloco
Socialismo e Democracia/PSB – RJ) – Faz muitos anos já. Faz dez anos.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – O senhor estava em Zurique.
O SR. MARCO POLO DEL NERO – Sim.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – Há um episódio da prisão do senhor na CBF…
O SR. PRESIDENTE (Romário. Bloco
Socialismo e Democracia/PSB – RJ) – Ano passado, ou melhor, este ano.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – … do qual o senhor é o sucessor, isso este
ano, um episódio dessa gravidade, que foi amplamente divulgado pela imprensa
mundial, e o senhor não se lembra dos acontecimentos desse episódio? Alguma
memória seletiva neste momento?
O SR. MARCO POLO DEL NERO – Eu
não me lembro de ter recebido telefonema dela sobre esse fato. Eu não me
lembro, mesmo porque nós não falamos sobre isso.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – O senhor se lembra do fato?
O SR. MARCO POLO DEL NERO – Do
fato da prisão dele sim.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – Entre os fatos, o senhor não lembra se
houve ou não um telefonema.
O SR. MARCO POLO DEL NERO – A
Conmebol…
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco
Socialismo e Democracia/REDE – AP) – É só uma resposta: houve o telefonema, ou
não houve o telefonema.
O SR. MARCO POLO DEL NERO – Eu
não me lembro, Exª.
Como eu vou me lembrar de um telefonema
ou não, se tantas pessoas ligaram para mim nesse dia?
O jogo de interesses...
As Ações dos EUA na FIFA.
Por Alberto Murray Neto
O que se comenta, de fontes muito
confiáveis na Europa, ligadíssimas ao futebol é que os EUA, há muito, vinham
advertindo a Justiça Suíça que os cartolões do futebol se refastelavam com
dinheiro da corrupção, hoje sabida e comprovada.
E que a Suíça agia muito
lentamente para coibir tudo aquilo, de forma que havia prática de crime
continuado e que dava aos cartolas e à sociedade a impressão de impunidade.
Cheios do assunto, teriam os EUA
dado um ultimato aos suíços, tipo, “já que Vocês não fazem nada, nós vamos
agir. ”
E a aí deflagrou-se esse processo
que temos acompanhado pela imprensa mundial.
Claro que o que os EUA fizeram na
FIFA foi excelente. Já que ninguém mais agiu, foi lá a “polícia do mundo” e
começou a dar um jeito na coisa.
Mas também é evidente que o
interesse dos EUA pelo futebol não se resume à luta pela dignidade na FIFA.
Há dois fatores muito relevantes
que devem ser observados: (a) A FIFA é o único organismo internacional
importante que os EUA tinham pouquíssima influência, perto de zero; e (b) O
futebol passou a ser, cada vez mais, um mercado muito importante nos EUA, com
movimentação de milhões, sendo o esporte mais praticado entre os jovens.
E potências mundiais como a
Rússia e a China estavam entrando firmemente nesse mercado.
Os EUA têm que garantir sua fatia
nesse segmento.
Esses dois fatores acima
contribuíram, muito, para que os EUA interferissem com firmeza no futebol
mundial.
Se fosse a FIFA uma organização
mundial corrupta, mas cujo objetivo fosse administrar plantações de brócolis,
talvez o empenho dos EUA fosse diferente.
Acredito, ainda, que faz parte
dos planos dos EUA, aumentar seu poder político na FIFA.
Não nessas eleições que se
avizinham, mas nas seguintes, não estranhem se houver um forte candidato
norte-americano à presidência da entidade.
Mais dois pontos curiosos.
A eleição de Atlanta para sede
dos Jogos Olímpicos de verão em 1.996 foi permeada de ações nebulosas e
acusações de compra de votos de membros do Comitê Olímpico Internacional.
O mesmo ocorreu quando Salt Lake
City foi escolhida para sede dos Jogos Olímpicos de inverno, em 2.002.
As acusações foram tantas que,
após a escolha de Salt Lake City, o próprio Comitê Olímpico Internacional fez
suas próprias mudanças e expurgos.
Mas o Governo a Justiça e as
democráticas instituições dos EUA não fizeram rigorosamente nada.
Deveriam investigar, também,
esses dois fatos.
sexta-feira, dezembro 18, 2015
A posse do presidente do América, Beto Santos...
Ontem participei da solenidade de
posse do novo presidente do América, Beto Santos...
Quem me conhece sabe que não é
habito meu ir a festas ou encontros em clubes – pode parecer uma bobagem, as
vezes até penso que é mesmo, mas sou assim.
Contudo, ontem, não recebi só um
convite, foi mais que isso...
Meu amigo e médico – sim, sim... também
fico doente –, José Medeiros, iria assumir a vice-presidência e aí, deixou de
ser um convite, passou a ser algo bem maior.
Medeiros, me “abraçou” como
amigo, me acolheu no seio de sua família, me apresentou sua esposa, seus
irmãos, cunhadas e filhos e disse aos seus amigos, que eu era seu amigo...
Para muitos, isso não significa
nada, mas para mim, muito.
Em sua casa, me fez me sentir em
casa, me acolheu de braços abertos e sorriso largo – logo ele, que visto de
longe parece sisudo e pouco afeito a maneirismos...
Bobagem – Medeiros, por trás
daquela expressão fechada, carrega um coração imenso.
Por isso fui e faço questão de
dizer que fui.
Sobre a festa, foi sim uma festa
bonita, bem organizada e que exalou esperança...
Os americanos estavam felizes.
Beto Santos fez um discurso
elegante, ponderado, sóbrio, mas não deixou de falar de sonhos e de sua crença
que mesmo agora, diante de tantos desafios e dificuldades, há um futuro e é
para lá que pretende caminhar.
Hermano Morais, se despediu do
cargo, afirmando que se sentia honrado por ter podido estar à frente do
América...
Relacionou o que foi feito em sua
gestão e lamentou não ter podido evitar os momentos ruins.
Gustavo Carvalho, reconheceu que
nem tudo saiu como ele imaginou, mas fez questão de se colocar a serviço da
nova direção, sem nenhuma condição ou pedido...
Como um soldado.
Medeiros foi eloquente e firme em sua fala...
Deixou claro que a Arena América
é seu objetivo, sua obsessão.
Mas, o que seu discurso não
disse, ficou bem claro para quem o conhece...
Cerrou fileiras com o grupo que
assume e fará valer o seu direito de voz e vez.
Mundial de Clubes da FIFA... Barcelona e River Plate são finalistas.
Imagem: Fernando Zueras/Diário AS
Pelo Mundial de Clubes da FIFA
que está sendo disputado no Japão, o River Plate que eliminou o Sanfrecce
Hiroshima e o Barcelona que despachou o Guangzhou Evergrande, vão disputar a finalíssima...
O River Plate não teve vida fácil
diante dos japoneses e o Barcelona, não suou além do necessário para liquidar
os chineses.
No caso do River, não foi o gol
marcado por Alario aos 26 minutos do segundo tempo que garantiu a passagem
para a final...
Quem garantiu a ida dos
argentinos para o último confronto foi o goleiro Marcelo Barovero, que em três
ocasiões evitou que os japoneses marcassem.
Já o Guangzhou, segundo seu
treinador, o brasileiro Felipe Scolari, estava pronto para criar problemas para
o Barcelona...
Não estava.
Porém, o uruguaio Luis Suarez,
estava...
Marcou os três gols que
eliminaram Scolari e sua trupe.
Marco Polo Del Nero não sabe o que disse saber...
Marco Polo Del Nero, talvez por
ser mal assessorado, talvez por ser arrogante ou talvez até por engolir certas
falácias da nossa imprensa esportiva, sempre ufanista, repetiu da CPI da CBF,
na Câmara do Deputados, uma baboseira que virou “verdade” no futebol
brasileiro...
“A Copa do Brasil é hoje o campeonato de futebol mais democrático do
Planeta, com 88 clubes representando todos os Estados do País”.
Del Nero, Del Nero...
Nos poupe.
A Copa da Inglaterra na temporada
passada foi disputada por 737 clubes...
Os números referentes a temporada
passada, tem uma razão: a Copa da Inglaterra é disputada por quem se inscreve
e, portanto, seu número varia de ano para ano – lá até clubes amadores
disputam.
A Copa da França é a mesma coisa,
segue o mesmo roteiro...
A única diferença é que os clubes
das colônias também podem se inscrever – inclusos, amadores.
Pasmem...
Na temporada passada, foram 7422,
inscritos.
A Copa da Liga da Inglaterra que
reúne todas as equipes profissionais da primeira à quarta divisão, tem 92
participantes.
A Copa de Portugal tem 160 participantes...
A Copa do Rei, na Espanha, reúne
83 participantes – Primeira Divisão, Segunda Divisão, os melhores colocados da
Segunda B e os campeões dos grupos da Terceira Divisão.
Está vendo seu Del Nero...
Ser mal assessorado, pensar que
sabe tudo e seguir conversinha de jornalista “Pacheco”, da nisso...
O senhor acaba afirmando
besteira.
Dr. Vital volta ao ABC... Uma injustiça reparada.
O retorno do médico Roberto Vital
ao ABC é antes de tudo, um ato de justiça, mas também, não deixa de ser um
pedido de desculpas...
Não vou ficar remoendo o caso,
quem acompanha o futebol do Rio Grande do Norte, sabe exatamente o que
aconteceu.
Vital, o médico, é um
profissional respeitado e reconhecido por seus pares...
Vital, o homem, não está acima do
bem ou do mal, porém, não conheço ninguém que não o queira bem e não o admire.
O consórcio que administra o Maracanã, liderado pela Odebrecht, vai demitir todos os funcionários no início do ano...
O presente de ano novo que os 48 empregados
que escaparam das demissões de outubro, quando a Odebrecht, dispensou, 32
servidores, dos 80 funcionários do Maracanã, será mesmo, o olho da rua...
A empresa que é dona de 95% do
consócio que administra o estádio, vai manter apenas um diretor responsável, um
financeiro e uma advogado.
Demitir os demais e congelar a operação para
cortar gastos, tem como objetivo pressionar o governo do Rio de Janeiro na
renegociação do contrato de concessão que se arrasta há meses...
O estádio caminha para mais um
prejuízo em 2015, após perdas de R$ 77 milhões em 2014 e R$ 48 milhões em 2013.
O pepino é gigante...
A Odebrecht não quer mais arcar
sozinha com os prejuízos e o governo do Rio de Janeiro não quer nem pensar em
gastar com o Maracanã.
"O estado não quer ser sócio da concessionária. O estado quer se
desonerar dessas obrigações. O lucro e o prejuízo são riscos do negócio, que
devem ser refletidos pela concessionária. O estado não quer ser sócio da
operação", disse Leonardo Espíndola, secretário de estado, a Revista Época.
quinta-feira, dezembro 17, 2015
Quem é o Coronel Nunes...
Juca Kfouri publicou em seu blog
um relato sobre que é o coronel Nunes, o novo vice da CBF...
O relato escrito por Lúcio de
Castro é bastante educativo e muito elucidativo.
Mas antes me permitam...
Como afirmei em postagem
anterior, as federações nordestinas, se reuniram, fizeram jogo de cena, se
fingiram de brabas e no fim, como falei, votaram em que Del Nero Mandou...
Aliás, para ser justo, duas
federações nordestinas se abstiveram – isto é, nem sim e nem não – Bahia e
Alagoas.
Quem também ficou em cima do muro
foi o Bahia e o CRB, que se abstiveram...
Até mesmo a Federação de Santa
Catarina, comandada por Delfim Peixoto, desafeto de Del Nero, pipocou – ou melhor,
absteve-se.
Pois bem, entenda como é composto
o colégio eleitoral e como foi a eleição:
O colégio eleitoral é formado
pelos presidentes das 27 federações mais os 40 clubes das Séries A e B do
Campeonato Brasileiro...
No total, 50 representantes dos
67 aptos a votar participaram do pleito.
Outros cinco compareceram, mas se
abstiveram de votar...
Dos 50, 44 deles votaram pelo
"sim", três pelo "não" e outros três votaram em branco.
Dinheiro público
Por outro lado, ao ler a postagem
pinçada do blog do Juca Kfouri, o leitor irá entender as razões pelas quais sou
e serei, sempre contrário a injeção de dinheiro público no futebol.
Vamos lá, então...
Quem é o coronel Nunes
Por Lúcio de Castro
O que era para ser um golpe de
mestre pode virar um enorme pesadelo.
Quando imaginaram que transformar
Antonio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, 79 anos, em vice-presidente era
a solução perfeita para não ferir o estatuto e ao mesmo tempo manter o poder, o
comando da CBF não pensou em um detalhe fundamental: a biografia do presidente
da Federação Paraense de Futebol (FPF) tem elementos comuns as histórias dos
três antecessores enredados com a lei.
Alçado ao comando e transformado
em vidraça, pode se juntar a Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del
Nero, forçados a deixar o poder.
Uma sucessão de acusações e
histórias nebulosas cercam os anos do coronel da Polícia Militar no comando do
futebol paraense.
Uma agência de viagens favorita
da entidade é apenas uma das semelhanças.
Há também um relatório financeiro
anual da instituição que dirige envolto em sombras e dúvidas com a assinatura
de um relator suspenso pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suas
“auditorias ineptas”.
Para completar, tem ainda outro
traço dos antecessores: nenhuma ideia conhecida sobre futebol.
Imagine a pequena agência de
viagens Rocha Romano concorrendo com a supremacia do poderoso Grupo Águia.
Certamente não será para tanto, e
a ascensão do Coronel Nunes não deve ameaçar o longo reinado e hegemonia da
agência de viagens de Wagner Abrahão, parceiro preferencial da CBF desde os
tempos de Ricardo Teixeira e responsável por todas as viagens que envolvem a
entidade.
Mas Nunes também tem uma agência
para chamar de amiga.
As relações estreitas da FPF com
a Rocha Romano, aberta em 2004, de propriedade de Paulo César da Rocha Romano,
diretor do departamento de futebol profissional da FPF, foram citadas na “CPI
do Futebol Paraense”, instalada em 2013 na Assembleia Legislativa daquele
estado.
De acordo com a acusação que serviu
como base para instalação da CPI, o esquema era coordenado pelo presidente da
FPF.
Uma comissão externa, ou seja, de
fora da assembleia, formada pelos senadores Mário Couto (PSDB-PA), como
presidente, Ivo Cassol (PP-RO) como relator Ataídes Oliveira (PSDB-TO) chegou a
ouvir depoimento do dono da agência e diretor da FPF no dia 18 de abril de 2013
sobre o tema.
Apesar de instalada, do teor das
acusações e da repercussão local que teve, a CPI não chegou a resultados
significativos, ocupada por vários deputados relacionados com a FPF.
Há um ponto que eventualmente
pode vir a ser um fator complicador para o Coronel Nunes no comando da CBF.
Ao contrário dos antecessores,
que sempre prezaram evitar dinheiro público nos negócios, fugindo assim de
controle maior dos órgãos de fiscalização do estado, como Polícia Federal e
Ministério Público, (embora exista a jurisprudência de que, ainda que privada,
uma entidade como a CBF, por ser de interesse público, estaria sim sujeita a
tais regras), o provável novo mandatário teve relações estreitas com o estado e
foi beneficiário, através da FPF, de farta distribuição de dinheiro público.
O próprio negócio das viagens
denunciado pela CPI foi amplamente regado por verba estatal, de acordo com a
comissão de inquérito parlamentar.
Tiveram um impulso significativo
com a entrada em cena do governador Simão Jatene (PSDB), novamente no poder na
atualidade.
No primeiro mandato, de 2003 a
2007, o governador criou o programa que visava “interiorizar o futebol no
Pará”.
Com verba saindo da Secretaria
Executiva de Esporte e Lazer (SEEL) para as passagens e hospedagens das
equipes.
A secretaria era comandada por
José Angelo Souza de Miranda, ligado historicamente com a FPF e atualmente
vice-presidente da entidade.
Na ocasião, por exemplo, sete
jogos do São Raimundo foram levados para Santarém.
Embora em resultados concretos do
duradouro programa de interiorização do futebol do estado não sejam
perceptíveis nas divisões do campeonato nacional, a verba seguiu generosa para
viagens com o intuito de cumprir tal intento.
Em 2011, a Secretaria de Esporte
e Lazer determinou aporte de R$ 1.105.810,00 (um milhão, cento e cinco mil e
oitocentos e dez reais para levar o futebol aos diversos rincões do Pará.
Consumidos em passagens e
hospedagens.
No ano anterior, R$ 720.000,00
(setecentos e vinte mil reais) foram destinados.
O balanço financeiro da FPF,
tanto nos últimos anos como o atual, tem pontos cegos.
O mais evidente é talvez o
principal ponto do relatório: o auditor financeiro que assina tem currículo
controverso.
No momento, o contador Tadeu
Manoel Rodrigues de Araújo, registrado pelo Conselho Regional de Contabilidade
(CRC) do Pará, está suspenso e impedido de assinar relatórios pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda que
fiscaliza tal tipo de atividade.
A suspensão é por cinco anos,
tendo começado no dia 9 de outubro de 2010 e indo até 8 de outubro de 2017.
De acordo com a CVM, consultada
pela reportagem, a punição da entidade é válida para relatórios de companhias
abertas, o que não inclui a FPF.
A CVM já acusou o auditor da FPF
em diferentes ocasiões.
Por “auditoria inepta”,
(“Possíveis irregularidades praticadas pelo Sr. Tadeu Manoel Rodrigues Araújo,
Auditor Independente – Pessoa Física, ao realizar trabalhos de auditoria em
diversas empresas beneficiárias de incentivos fiscais”, processo RJ2001/7661) e
ainda “Não realização de trabalhos de auditoria dentro dos padrões requeridos
pelas normas profissionais, processo RJ2003/11503).
Suspenso, não cumpriu a pena e
por fim tomou o gancho de 5 anos, já transitado em julgado e uma multa de
quinhentos mil reais, a qual ainda cabe recurso.
Invariavelmente, ano após ano, o
auditor suspenso pela CVM encerra o relatório da federação paraense repetindo
que “em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira da Associação FPF – Federação Paraense de Futebol em 31 de dezembro
de ____, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o
exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil”, mudando apenas o ano corrente.
A reportagem tentou contato com o
Coronel Nunes através da FPF, sem resposta.
Tentou também via CBF, que da
mesma forma não respondeu.
Procurou Paulo César da Rocha Romano,
vice-presidente da FPF e dono da agência de viagens Rocha Romano na federação e
na empresa, sem sucesso.
Enviou questões para o contador
Tadeu Manoel Rodrigues de Araújo e não obteve resposta.
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