quinta-feira, dezembro 24, 2015

O toque no único espaço possível...

Imagem: Issei Kato/Reuters

Feliz Natal...

Mamãe Noel

Por Luiz Guilherme Piva

Pinçado do blog do Juca Kfouri

Era o que ele mais gostava quando era menino.

Tinha um senhor que morava no fim da rua que no Natal enchia um caminhão-baú de bonecas e bolas, estacionava na praça, formava duas filas, de meninos e meninas, e distribuía tudo pra criançada.

Ele passava a semana anterior ansioso, vigiando da janela, contando horas e dias.

Quando ganhava a dele, vinha correndo eufórico, gargalhando, gritando, feliz como se tivesse ganhado o mundo inteiro.

Era a única coisa que ele ganhava. Viúva, pobre, mesmo tendo só ele de filho, que Natal eu poderia lhe dar?

Foram dez anos seguidos. Sei por causa das bolas que até hoje estão guardadas no quarto dele aqui em casa: em cada uma está escrito o ano em que ele a ganhou.

Nunca jogou com elas. Nem deixou que pegassem. Estão intactas. Passava pano, acariciava, ajeitava no lugar, mas não usava nem pra quicar.

Quando ele era rapazinho, o senhor faleceu e acabou a festa do caminhão-baú.

Meu filho foi estudar, trabalhar, viajou, ganhou algum dinheiro, mora longe, e só vem aqui pra me ver quando é Natal. Talvez porque não tenha ninguém, nem esposa nem filhos.

Ele vai até o quarto, pega as bolas, confere, diz “lembra, mãe?”. Ele, já um senhor, e eu, já bem velha, nos abraçamos. Fingimos não chorar.

Quase quarenta anos já esse ritual. Ele fica ali com as bolas um tempo, depois vai pra rua, anda nas redondezas e, depois de uns dias, logo depois do Natal, vai embora.

Este ano telefonou dizendo que não vem. Não explicou direito por quê. Falou de exames, doença leve, coisa à toa. Eu disse que entendia. Mas senti – mãe não se engana – que é coisa séria. Pela voz dele meu coração vislumbrou o fim de uma longa história.

Dele e minha.

Resolvi que vou abrir a varanda, chamar dez meninos desses que zanzam pela rua, fazê-los formar uma fila e dar a eles as dez bolas, com um beijo e um abraço em cada um.

O que eu mais quero é vê-los correr pela rua gargalhando, gritando, felizes como se tivessem ganhado o mundo inteiro.

Já era...

Imagem: Andy Hall/The Guardian

Paulo Cézar "Caju"...

Paulo Cézar, o genial polêmico craque Caju

Por José Renato

Paulo Cézar Lima nasceu em 16 de junho de 1949 na favela da Cachoeira, em frente ao cemitério São João Batista no tradicional bairro carioca de Botafogo.

Sua roda familiar incluía sua mãe, Dona Esmeralda, conterrânea do Rei Pelé, empregada doméstica, e sua irmã, mais velha, Célia Maria.

Seu pai, marceneiro, morreu quando ele ainda tinha apenas um mês de nascido.

O futebol surgiu em sua vida por meio dos jogos que costumava participar nas quadras do quartel da polícia militar e no campo do Botafogo, onde passou a atuar na equipe infantil, que ficavam perto da sua casa.

Aos 11 anos foi convidado para jogar futebol de salão no Flamengo, onde ganhou o apelido de Pelezinho.

No rubro negro, fez uma grande amizade com Fred, filho de Marinho Rodrigues de Oliveira, ex-jogador e técnico do Botafogo, o que mudaria de forma marcante seu futuro.

A família de Fred praticamente o adotou, e tão logo Marinho foi convidado para treinar a seleção de Honduras, Paulo Cézar, com o consentimento da mãe, se mudou com a nova família para Tegucigalpa.

Marinho logo assumiu o papel de pai adotivo e passou a exercer forte influência em sua educação.

Em meados de 1966, após passar por Colômbia e Peru, onde juntamente com Fred, foi convidado para se naturalizar, Paulo César voltou com a família para o Brasil.

Levado por Marinho ao Flamengo, foi dispensado pelo técnico Flávio Costa.

Na semana seguinte, no entanto, ganhou uma oportunidade no Botafogo do técnico Admildo Chirol.

Logo no primeiro coletivo, em janeiro de 1967, teve atuação soberba, atuando pela equipe titular, deixando boquiaberta toda comissão técnica do time principal, e muito aborrecido o técnico do juvenil, Zagallo, que preferia contar com sua participação na equipe alvinegra que buscava o hexacampeonato da categoria.

Foi necessária a intervenção de Gerson junto à diretoria para que Paulo Cézar fosse mantido na equipe principal.

Jogando como ponta esquerda em um ataque formado também por Rogério, Roberto e Jairzinho, sua habilidade e rara visão de jogo, logo se tornaram imprescindíveis para o Botafogo.

Em sua primeira competição oficial, a Taça Guanabara daquele ano, na partida final frente ao América, em 20 de agosto, marcou três gols, na vitória por 3 a 2, conquistada na prorrogação, após empate em 2 gols durante o tempo regulamentar.

Em seguida voltou a ser campeão, desta vez do campeonato carioca, com o Botafogo que venceu 15 das 18 partidas que disputou.

Ainda naquele ano estreou na seleção brasileira, em 19 de setembro, na vitória por 1 a 0 frente ao Chile, em partida amistosa, realizada em Santiago, que também marcou a estreia do Zagallo como técnico da seleção.

Já o ano seguinte, de 1968, foi de afirmação para Paulo Cézar, que conquistou o bicampeonato da Taça Guanabara e do Campeonato Carioca, bem como a Taça Brasil, cujas finais aconteceram apenas em 4 de outubro de 1969. Sua presença passou a ser constante na seleção brasileira.

Com apenas 20 anos de idade, foi convocado para a seleção brasileira que disputaria a Copa do Mundo de 1970.

Era o décimo segundo jogador daquela equipe espetacular.

Logo na estreia, em 3 de junho, na vitória por 4 a 1 frente a Tchecoslováquia, entrou no lugar de Gerson, que houvera se contundido.

Titular nas vitórias frente a Inglaterra, 1 a 0, e Romênia, 3 a 2, também atuou na partida contra o Peru, 4 a 2.

Campeão mundial continuou brilhando na equipe alvinegra, até que em 1971, se deixou fotografar com a faixa de campeão carioca antes do final da competição.

A surpreendente queda de rendimento da equipe da Estrela Solitária e a ascensão do Fluminense, fez com que o título ficasse com a equipe das Laranjeiras e Paulo Cézar, embora tivesse sido artilheiro da competição com 11 gols, passasse a ser criticado pelos dirigentes alvinegros, sobretudo pelo presidente do clube, Altemar Dutra de Castilho que o culpou pela perda do título.

Ainda disputou pelo Botafogo a primeira edição do campeonato brasileiro em 1971, quando a equipe chegou ao triangular final com o Atlético Mineiro, que foi o campeão, e o São Paulo, o vice.

O clima pesado no Botafogo, o levou a mudar de ares e no começo de 1972 estava de volta ao Flamengo, desta vez como atleta profissional.

Sua estreia com a camisa rubro negra aconteceu em 8 de janeiro, justamente frente ao antigo clube, seu time do coração, o Botafogo no empate por 1 a 1 em partida amistosa.

Viveu um grande ano na Gávea, conquistando a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca, no ano do Sesquicentenário da Independência.

Além do sucesso em campo, Paulo Cézar costumava chamar a atenção por seu estilo de vida.

Gostava de sair à noite, embora não bebesse e fumasse, e costumeiramente se apresentava com carros luxuosos e roupas bem extravagantes.

Também não fugia de uma boa polemica, cobrando dirigentes e se posicionando sobre quaisquer assuntos.

Além disso, passou a pintar o cabelo de caju, segundo ele apenas um efeito do sol carioca, o que fez com que passasse a ser conhecido como Paulo Cézar Caju.

Já em 1973, conquistou novamente a Taça Guanabara e foi vice-campeão carioca, perdendo a final para o Fluminense em 22 de agosto por 4 a 2.

Durante o campeonato brasileiro, no entanto, sofreu com a má campanha da equipe rubro negra, até que na derrota por 2 a 1 para o Grêmio, em 28 de outubro, no estádio do Maracanã, quase foi agredido pela torcida, que destruiu seu carro.

Aborrecido, deixou acertada sua contratação pela equipe francesa do Olympique de Marseille, antes da Copa do Mundo de 1974, deixando sua apresentação oficial apenas após o termino da competição.

Por conta disso, a imprensa alegou que Paulo Cézar tivesse evitado entrar em bolas divididas durante a Copa do Mundo disputada na Alemanha.

O fato é que Paulo Cézar, com 25 anos, titularíssimo daquela seleção, atuou muito mal nos dois empates sem gols, contra Iugoslávia e Escócia, e perdeu a posição de titular.

Deslocado para o meio campo, voltou à equipe na segunda fase, no entanto, ficou muito aquém daquilo que se esperava dele.

Atuou no futebol francês, juntamente com Jairzinho, por pouco mais de um ano, sendo vice-campeão francês da temporada 1974/1975 e campeão da Copa da França em 1975.

Ainda na França foi assistir a uma partida do Fluminense que disputava um torneio em Nice, quando acabou conhecendo o presidente tricolor Francisco Horta, que não perdeu a chance de convidá-lo para voltar ao Brasil e fazer parte da Máquina Tricolor, uma das maiores equipes da história do clube, liderada por Rivellino.

Com a camisa tricolor, foi bicampeão carioca, duas vezes semifinalista do campeonato brasileiro e voltou a ser convocado para a seleção brasileira que se preparava para as eliminatórias da Copa do Mundo de 1978.

As confusões, no entanto, não foram deixadas de lado.

Em 17 de setembro de 1976, a delegação carioca que estava na Paraíba para enfrentar o Treze, em partida válida pelo campeonato brasileiro, acabou se envolvendo em uma confusão com os torcedores paraibanos e no meio do tumulto, Paulo Cézar aplicou uma rasteira em um jovem.

O atacante acabou sendo preso e passando a noite no II Batalhão de Polícia Militar, sendo posto em liberdade na manhã seguinte, após o pagamento de fiança.

Embora estivesse muito bem nas Laranjeiras, no começo de 1977, Caju acabou sendo envolvido juntamente com Gil e Rodrigues Neto em uma troca pelo lateral esquerdo botafoguense Marinho Chagas.

De volta ao time de seu coração, Paulo Cézar fez parte da equipe que alcançou a incrível marca de 52 jogos sem perder, uma das maiores invencibilidades da história do futebol brasileiro.

Apesar disso, as conquistas não vieram e após brigar com o presidente Charles Borer, preferiu permanecer os últimos três meses de seu contrato sem atuar, nem receber, do que voltar a vestir a camisa alvinegra.

Já seu sonho de disputar sua terceira Copa do Mundo acabou ainda nos vestiários da vitória brasileira por 1 a 0 frente a seleção peruana em 10 de julho de 1977, em partida realizada na cidade colombiana de Cali, que praticamente garantiu a vaga brasileira para a Copa da Argentina.

Aproveitando a presença do presidente da CBD, atual CBF, o almirante Heleno Nunes, Paulo Cézar passou a reivindicar uma premiação maior aos jogadores.

Ao ser ignorado pelo dirigente, se dirigiu a ele afirmando que ele deveria estar cuidando de seus navios e armas, pois de futebol não entendia nada.

Oficialmente foi afastado por problema no joelho direito, mas de fato, jamais voltou a vestir a camisa da seleção brasileira.

O ano de 1979 começou em um novo clube, o Grêmio de Porto Alegre, onde foi recepcionado de forma calorosa pelos torcedores gaúchos que lotaram o aeroporto em sua chegada as terras gaúchas.

Em campo correspondeu com as expectativas, sendo campeão gaúcho com uma campanha espetacular, com 10 pontos à frente do rival Internacional que acabou na terceira colocação, atrás ainda do Esportivo de Bento Gonçalves.

Aos 30 anos, embora os torcedores e dirigentes quisessem mantê-lo por lá, a saudade das praias cariocas acabou sendo maior, e ele acabou sendo envolvido em uma troca com o goleiro Leão, indo para o Vasco da Gama, o único grande carioca onde ainda não tinha atuado.

Não foi bem na equipe da Cruz de Malta, muito embora tenha sido vice-campeão carioca de 1980.

Durante sua estadia em São Januário, chegou a ser negociado como o Barcelona de Guayaquil, mas não aguentou mais de dois dias na Colômbia.

Cansado de jogar futebol, resolveu passar férias, longe da bola, na França.

No segundo semestre de 1981, aceitou o desafio de atuar no futebol paulista, cuja imprensa costumava criticá-lo de forma impiedosa.

Contratado pelo Corinthians, estreou no clássico frente ao São Paulo em 25 de outubro, na derrota por 2 a 0.

Atuaria apenas mais três vezes pela equipe paulista, sem grande destaque. 

No começo de 1982, recebeu a ligação de seu amigo Carlos Alberto Torres para atuar na equipe norte-americana do Califórnia Surf.

Apenas passeou pelas terras de Tio Sam e logo estaria de volta à França, onde passou a atuar, a pedido de um amigo, em uma equipe da terceira divisão, o AS Aix.

Tinha a certeza de que tinha parado de jogar futebol e seguiu por novos caminhos, não tão promissores, o das bebidas e das drogas, mais especificamente cocaína.

Em julho de 1983, no entanto, recebeu a ligação de Antônio Verardi, supervisor do Grêmio, o convidando para disputar a final do Mundial Interclubes no final do ano frente à equipe alemã do Hamburgo.

Ciente de seus problemas, os dirigentes gremistas prepararam Paulo Cézar para esta partida.

Deu certo, em 11 de dezembro de 1983, a equipe gaúcha conquistou o Mundial ao vencer os alemães por 2 a 1, com dois gols de Renato Gaúcho.

Esta foi sua última partida como profissional.

Paulo Cézar Caju foi um jogador genial, um dos maiores talentos da história do futebol brasileiro e que não deixou de aproveitar a vida da forma que quis, ignorando as críticas e sempre deixando claro suas posições frente a dirigentes e jornalistas.


O futebol de hoje sente muito a falta de jogadores como ele.

quarta-feira, dezembro 23, 2015

Futebol e cerveja... América do México.

Arte: Pablo Canépa

Corintians de Caicó está fora do Campeonato Potiguar de 2016... é a segunda desistência em pouco mais de um mês.

Lobão decidiu...

O Corintians de Caicó está fora do estadual de 2016.

O dirigente bem que tentou, mas acabou derrotado por uma nova e cruel realidade...

A crise que assola o país e uma maior vigilância dos órgãos fiscalizadores do dinheiro público acabaram por inviabilizar o maior patrocínio do clube – a verba da prefeitura de Caicó.

Sem a grana da prefeitura, sem o apoio do Conselho Deliberativo e sem nenhuma perspectiva de conseguir junto a iniciativa privada recursos, Lobão não teve alternativa...

Jogou a toalha.

Pertinho, pertinho...

Imagem: Getty Images

Torcedor que escreve o que quer, acaba lendo o que não quer...

Imagem: Twitter de Adil Rami


Adil Rami, zagueiro do Sevilha, ao responder a um torcedor no Twitter que o acusou de estar gordo e de por isso não ter o rendimento esperado, postou também no Twitter, a resposta.

O francês que já disputou 16 jogos esta temporada, respondeu publicando uma foto sem camisa e com a seguinte mensagem:

"Sou gordo? Mostra esta foto à tua mulher e pergunta a ela se estou gordo."


A torcida do Aston Villa Birmingham em Wembley...

Imagem: PA and Jim Powell for the Guardian

CONMEBOL aumenta a premiação da Copa Bridgestone Libertadores...

Depois que o Corinthians ameaçou não disputar a Libertadores e o São Paulo fez coro, a CONMEBOL, para evitar que a revolta se alastrasse, agiu rápido...

Anunciou a nova premiação para a Copa Bridgestone Libertadores.

O campeão de 2016 levará mais de US$ 7 milhões, cerca de R$ 30 milhões, valor 40% superior ao que foi oferecido no torneio de 2015...

E mais:

Em 2017, haverá um novo aumento.

Segundo o presidente da Conmebol, Wilmar Valdéz, que é candidato à presidência da CONMEBOL nas eleições marcadas para janeiro, os novos contratos de televisão, assinados neste ano, permitirão que se pague mais aos clubes participantes...

Contudo, os prêmios distribuídos pela CONMEBOL ainda estão bem longe de satisfazer os clubes.

Capa do Marca sobre o banimento de Blatter e Platini...

Imagem: Diário AS. Com

Joseph Blatter esperneia e Michel Platini choraminga...

Joseph Blatter em entrevista coletiva disse que está sendo vítima do revanchismo americano...

“Se os Estados Unidos fosse sede da Copa de 2022, nós não estaríamos aqui. Não acho que o Comitê de Ética tenha conexões com os Estados Unidos; eles não são bons de conexão, como vimos”.

Blatter insistiu que tem sido o “saco de pancadas” da Fifa...

O dirigente argumenta que a rede de corrupção divulgada neste ano envolvendo membros da entidade está ligada a confederações locais, especificamente a CONCACAF e a CONMEBOL.

Outro que também se defendeu foi o francês Michel Platini...

“Minha suspensão foi uma verdadeira fraude. Esse veredito não é mais do que o revestimento patético de uma vontade de me eliminar do mundo do futebol”, disse.

Oficialmente, a UEFA também saiu em defesa de seu presidente...

Em nota, a entidade que controla o futebol europeu afirmou apoiar o dirigente, “nesse processo e na oportunidade de limpar seu nome”...

Platini era um dos favoritos para ocupar o cargo de Blatter.

Musculatura em forma...

Imagens: Victor Lerena/EFE

CONMEBOL define os Grupos da Libertadores da América de 2016...

Excesso de homenagens e “preenchimento de linguiça” marcaram o sorteio dos grupos da Libertadores da América de 2016.

Após divulgar seu novo ranking e através dele definir quem seriam os cabeça de chave, a CONMEBOL, dividiu as equipes participantes em oito grupos...

Cada grupo conterá quatro equipes.

No mesmo evento, foram sorteados os seis confrontos da fase preliminar, os vencedores irão participar da fase de grupos.

Fase preliminar

G1: Oriente Petrolero (Bolívia) x Independiente Santa Fé (Colômbia)
G2: Huracán (Argentina) x Caracas (Venezuela)
G3: Puebla (México) x Racing (Argentina)
G4: River Plate (Uruguai) x Universidad de Chile (Chile)
G5: Independiente Del Valle (Equador) x Guaraní (Paraguai)
G6: Universidad Cesar Vallejo (Peru) x São Paulo (Brasil)

Os Grupos

Grupo 1: River Plate (Aragentina), The Strongest (Bolívia), Trujillanos (Venezuela) e o vencedor do G6 (Universidad Cesar Vallejo ou São Paulo)

Grupo 2: Nacional (Uruguai), Palmeiras (Brasil), Rosário Central (Argentina) e o vencedor do G4 (River Plate, do Uruguai, ou Universidad de Chile)

Grupo 3: Boca Juniors (Argentina), Bolívar (Bolívia), Deportivo Cali (Colômbia) e o vencedor do G3 (Puebla ou Racing)

Grupo 4: Peñarol (Uruguai), Atlético Nacional (Colômbia), Sporting Cristal (Peru), e o vencedor do G2 (Huracán ou Caracas)

Grupo 5: Atlético Mineiro (Brasil), Colo-Colo (Chile), Mariano Melgar (Peru) e o vencedor do G5 (Independiente Del Valle ou Guaraní)

Grupo 6: San Lorenzo (Argentina), Grêmio (Brasil), LDU (Equador), Toluca (México)

Grupo 7: Olimpia (Paraguai), Emelec (Equador), Deportivo Táchira (Venezuela), Pumas (México)

Grupo 8: Corinthians (Brasil), Cerro Porteño (Paraguai), Cobresal (Chile), G1 (Oriente Petrolero ou Santa Fé)

terça-feira, dezembro 22, 2015

Sem eles você não veria o show...

Imagem: Fernando Amaral

O Corintians de Caicó, decide hoje, se joga ou não joga o campeonato estadual de 2016...

Mais um capítulo da novela “O Corintians de Caicó, joga ou não joga o campeonato estadual de 2016”...

Lobão, presidente, superintendente, conselheiro, patrocinador, chefe, subchefe e guia espiritual do clube caicoense, disse que de hoje não passa.

Entretanto, ainda espera um milagre...

O nome do milagre é grana.

Ontem, Lobão triste e decepcionado informou a imprensa de Caicó que após ver fracassar o contrato que de parceria que assinaria com a empresa "Ravena Assessoria" por divergências contratuais, o caminho era desistir de disputar o campeonato...

Me permitam um parêntesis:

Pensem comigo...

Se Lobão está encurralado pelas circunstâncias, sem patrocínio e sem perspectiva, que divergências seriam estas que foram arrumar na hora de assinar o tal contrato?

O que poderia ter pedido ou exigido a “Ravena Assessoria” para assustar tanto assim, o Lobão?

Essa mania que a turma do futebol tem de contar os causos sem apontar as causas, sempre acabam deixando mais dúvidas na cabeça de quem ouve e não é informado sobre quem disse o que...

Custava dizer o que aconteceu?

Tipo assim:

Olha pessoal, não assinamos a parceria em virtude de os parceiros terem exigido mundos, fundos e até um meu CD dos Raimundos...

Simples assim.

Portanto, nos resta esperar o fim do dia e ver se Lobão envia ou não envia o ofício informando a FNF que desistiu...

Algo como:

The dream is over!

Isso, curtinho e em inglês mesmo...

Assim, o presidente da federação ao anunciar cabisbaixo e macambuzio a desistência de mais um clube do sensacional campeonato estadual de 2016, poderá apelar para o seu otimismo inabalável e dizer:

A notícia é triste, mas o futebol potiguar está em evolução... nossos dirigentes já escrevem ofícios sucintos e em inglês.

Futebol e cerveja... River Plate.

Arte: Pablo Canépa

O futebol brasileiro, arrogante, se fecha para o mundo... pouco inteligente, perde espaço e projeção.

Ivan Rizzo, especialista em gestão desportiva fez um levantamento que mostra que o futebol brasileiro, como as velhas nações, em tempos idos, está praticamente fechado para o mundo...

Houve cerca de 3 mil amistosos no mundo em 2015, disputados por 1.837 times de 80 países.

Os ingleses são os que mais jogam fora da temporada regular, com 10,7% sobre o total, seguidos pelos alemães, com 10,4%...

A seguir, República Tcheca (7,5%), Espanha (6,1%), Áustria (5,2%), Polônia (4%), Bélgica (3,8%), Noruega (3,5%), Itália (3,3%) e Suécia (3,3%).

O Brasil ocupa a 30ª posição, com 0,5% dos amistosos.

Rodrigo Capelo, jornalista de revista Época e responsável pela coluna Época Esporte Clube, define de forma clara o enorme prejuízo que é estar de costas para o mundo...

“Ao jogar menos amistosos do que Estônia e Israel e fazer menos confrontos com estrangeiros do que a República Checa, o Brasil desperdiça dinheiro e preparação técnica. Ir a outro país ou, pelo menos, jogar um amistoso internacional permite vender direitos de transmissão e patrocínios, talvez, mas certamente aparecer e formar simpatizantes entre outro público. A tal da internacionalização. No campo, possibilita encarar filosofias e estilos de jogo diferentes. Ainda que o adversário não vá ser um Real Madrid, dificilmente agregará menos do que um Estadual com times do interior do estado que, em três quartos da temporada, nem equipe têm”.

Argentinos! Peguem esse argentino.

Imagem: Issei Kato/Reuters

Um campeão do mundo é acusado de ligação com a Ndrangheta...

O campeão do mundo pela seleção italiana em 2006, o ex-jogador Iaquinta está sendo acusado de ligação com a máfia do país, junto como outras 139 pessoas...

Seu pai inclusive.

O processo contra Iaquinta será aberto no dia 23 de março de 2016.

Segundo a justiça italiana, o ex-jogador da Juventus será julgado pelo suposto envolvimento com o crime organizado...

Iaquinta também responderá por porte ilegal de armas de fogo.

As investigações apontam que o ex-jogador teria relações estreitas com a "Ndrangheta", grupo criminoso que atua no Sudeste da Itália...

Iaquinta encerrou sua carreira em 2013, depois de atuar por Reggiolo, Padova, Castel di Sangro, Udinese, Juventus e Cesena.

segunda-feira, dezembro 21, 2015

Futebol e cerveja... Barcelona.

Arte: Pablo Canépa

A melhor frase do domingo...

A melhor frase que li ontem:

“Cristiano Ronaldo, em má fase, faz mais gols que a Volkswagen”.

De um anônimo em um comentário na matéria sobre o jogo, Real Madrid 10 x 2 Rayo Vallecano, escrita em um site de esportes.


Tá bom, tá bom, eu sei que sou lindo, mas sai de cima, por favor...

Imagem: Jornal Record

Narciso, o novo técnico do ABC, já coleciona frases...

A passagem de Narciso por grandes equipes e o habito de estar próximo aos grandes veículos lhe deram a habilidade de dizer o que os dirigentes querem ouvir e o que os torcedores se extasiam em escutar...

"A presença da torcida faz o time jogar. O bom desempenho do time fará a torcida vibrar."

Narciso, treinador do ABC em coletiva.

Os doze gols da partida entre o Real Madrid e o Rayo Vallecano....

Morreu aos 87 anos, Jimmy Hill - Na foto, de branco, quando jogava pelo Fulham...

Imagem: Colorsport - REX - Shutterstock

Mundial de Clubes da FIFA: o Barcelona, o melhor do mundo venceu o o River Plate, o melhor da América do Sul...

Você não gosta do Messi, desculpe, azar o seu...

Não gosta do Neymar... azar o meu...

Faz críticas a Luis Suarez, perdoe, mas deve revê-las – na história dos mundiais, se juntou a Pelé (Santos), Delgado (Monterrey) e Messi (Barcelona), todos com cinco gols no torneio.

Sobre o Mundial de Clubes apenas algumas observações:

O River Plate chegou no Japão como o melhor da América, não era o bastante para quem acabaria se defrontando com o melhor do mundo.

Já o Barcelona chegou manso e rugiu quando precisou rugir...

Seus 26 títulos em 10 anos (2005/2015) não são fruto do acaso.

O Sanfrecce Hiroshima surpreendeu...

Acabou em terceiro lugar e mostrou que o futebol no Japão avança.

Felipão chegou a pensar que seu esquadrão de brasileiros, seria capaz de causar...

Não causou.

O Guangzhou Evergrande ganhou de quem tinha obrigação de ganhar e depois, nada fez...

Mas, não deixa de ser interessante essa investida que o futebol chinês está fazendo em busca de um lugar ao sol no futebol.

Que emergência poderia ter acontecido?

Imagem: Reuters

Brasil conquista a Copa Caixa de Futebol Internacional ao vencer o Canadá por 3 a 1, na partida final...

Em Natal, sem surpresas – esse torneio não é feito para surpreender – a seleção brasileira feminina invicta, faturou o sexto título do Torneio Internacional Feminino...

Na partida decisiva – aliás, nem precisava, pois na pontuação geral a taça já era brasileira – a seleção do Brasil derrotou as canadenses por 3 a 1.

Na decisão pelo terceiro lugar, o México, venceu Trinidad e Tobago por 2 a 1, numa partida duríssima, de ver...

Enfim, no final, deu o que tinha que dar.

Entretanto é bom registrar a excelente organização do evento...

O cuidado com os detalhes, a simpatia das equipes convidadas e o zelo para que tudo desse certo.

Tentou evitar, mas não deu...

Imagem: Luis Acosta/AFP

"Esportes 21"... um site para quem gosta de saber mais.

O debate que ainda nos falta

Por José Cruz

No país do futebol discute-se sobre o gol impedido, a bola que não entrou, a falha da arbitragem, a goleada de 7 a 1, enfim.

Mas nem na arquibancada do basquete, do vôlei à beira da piscina ou da pista de atletismo discute-se sobre o dinheiro público do esporte, sobre a legislação ultrapassada, a ausência de política de governo de um “esporte para todos” e por aí vai.

Por isso, as boas iniciativas editoriais que abordem temas ainda escondidos do bom debate devem ser aplaudidas com entusiasmo.

É o que faço com a chegada do “Esportes´21”, que hoje lança seu portal.

É importante que essa iniciativa do professor Aldemir Teles, parceiro do bom debate na rede, ocorra no Nordeste, pois, apesar da contribuição dessa região para a história do país e dos talentos esportivos aí já revelados, é um recanto brasileiro ainda distante das principais fontes de financiamento do esporte.

Para que se tenha ideia, só as regiões Sudeste e Sul captam 92% dos recursos aprovados na Lei de Incentivo ao Esporte, com os restantes 8% distribuídos pelo Norte, Centro-Oeste e Nordeste.

Fica este exemplo como sugestão, para que o Esportes´21 mergulhe no debate acadêmico-político-esportivo, ponto de partida para ajudar a construir um Brasil esportivo economicamente mais equilibrado.

Em frente!

Confira

domingo, dezembro 20, 2015

Isso não pode ficar para depois?

Imagem: Andrew Boyers/Reuters

Uma ideia para os marqueteiros da Federação Norte-rio-grandense de Futebol...

O que o futebol de Gana tem a ver com o futebol potiguar?

Falta de público.

A liga do país sofre com a baixa média de público...

Porém, se depender do presidente da federação, por pouco tempo.

Na temporada 2016, Kwesi Nyantakyi pretende contratar “belas garotas” para ir aos estádios...

“Temos que fazer de tudo para atrair a atenção dos homens”.

Olha aí, marqueteiros da FNF...

Que tal levar a ideia ao nosso presidente?

Nem tudo que cai com a chuva, é água...

Imagem: Carl Recine/Reuters

Frases óbvias sempre fazem sucesso...

"O ABC é o maior clube do Estado, sei da cobrança, vamos colocar o ABC onde merece".

Narciso, novo treinador do ABC.

Momento delicado...

Imagem: Colin McLatchie LRPS

Marco Polo Del Nero, ataca outra vez... ele tem um estoque imenso de pérolas.

Marco Polo Del Nero em breve poderá se tornar ainda mais rico ao publicar seu livro de pérolas...

A mais nova, aliás, nem dele foi, partiu de seu advogado, mas merece estar no livreto.

Segundo o advogado de Marco Polo Del Nero, seu cliente quer ir aos Estados Unidos para se defender, mas infelizmente não tem dinheiro para pagar a fiança e as taxas exigidas pela Justiça americana...

Presidentes de federação, clubes, empresários e deputados, deviam se solidarizar e através de uma generosa vaquinha arcar com os gastos de quem ajudaram a estar onde está.

Chuta forte... desse jeito ele se consagra.

Imagem: Daniel Bearham/Colorsport/Corbis

Estádio Mané Garincha: nunca antes na história desse país, tão poucos furtaram tanto de tantos, não é, mesmo, Agnelo Queiroz?

O MPDF (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) ajuizou ação penal contra os ex-diretores da Novacap, empresa gestoras das obras do Estádio Nacional de Brasília...

O preço do metro quadrado da grama plantada passou de R$ 12,44 para R$ 82,60.

R$ 1,6 milhão, só no quesito “plantio de grama''...

O custo geral do contrato foi elevado de R$ 5,9 milhões para R$ 6,6 milhões.

sábado, dezembro 19, 2015

Calma, calma.. sejam educados. Peçam, por favor!

Imagem: Tom Jenkins for the Guardian

Mensagem do Borussia Dormund... Frohe Weihnachten/Merry Christmas/Feliz Natal.

Com uma pequena ajuda do braço...

Imagem: Jason Cairnduff/Reuters

Marco Polo Del Nero vs Senador Randolfe Rodrigues...

Imagem: Autor Desconhecido


O diálogo entre o senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) e Marco Polo Del Nero, na CPI da CBF...

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – Obrigado, Presidente. Sr. Del Nero, o senhor estava acompanhado do Sr. José Maria Marin, na Suíça, quando ele foi preso, no mesmo hotel, em 27 de maio passado. Pessoas próximas de José Maria Marin dizem que ele não o perdoa por ter deixado sozinha a sua mulher, Neusa Marin, na ocasião da prisão do Sr. José Maria Marin em Zurique.

O senhor tem conhecimento desse ressentimento do Sr. Marin com o senhor?

O SR. MARCO POLO DEL NERO – Não. Não tenho conhecimento.

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – O senhor tinha prometido ao Sr. Marin que daria assistência a ela, à esposa do Sr. Marin, no entanto, imediatamente, logo após a prisão dele, o senhor tomou um avião de volta ao Brasil.

Eu lhe pergunto: por que o senhor abandonou a Srª Marin no hotel após a prisão do marido?

O SR. MARCO POLO DEL NERO – Eu tinha que voltar ao Brasil. Era um fato grave que acontecera na Suíça, eu estava lá. Não vi a prisão dele, porque provavelmente foi num quarto, às 6h da manhã. Eu acordei mais tarde, fui tomar café, quando soube que isso aconteceu.

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – Mas o senhor assumiu com ele o compromisso de garantir proteção à Srª Neusa?

O SR. MARCO POLO DEL NERO – Não, de jeito nenhum. Em hipótese alguma, em nenhum momento, nem conversei com ele, nem conversei com ela.

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – O senhor não recebeu um telefonema dela pedindo a sua ajuda e dizendo que o senhor tinha prometido ajudá-la? Sim ou não?

O SR. MARCO POLO DEL NERO – Não me lembro de ter recebido telefonema dela.

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – O senhor não se lembra?

O SR. MARCO POLO DEL NERO – Eu não me lembro se eu recebi algum telefonema dela.

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – Deixe-me ver se eu entendi…

O SR. PRESIDENTE (Romário. Bloco Socialismo e Democracia/PSB – RJ) – Faz muitos anos já. Faz dez anos.

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – O senhor estava em Zurique.

O SR. MARCO POLO DEL NERO – Sim.

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – Há um episódio da prisão do senhor na CBF…

O SR. PRESIDENTE (Romário. Bloco Socialismo e Democracia/PSB – RJ) – Ano passado, ou melhor, este ano.

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – … do qual o senhor é o sucessor, isso este ano, um episódio dessa gravidade, que foi amplamente divulgado pela imprensa mundial, e o senhor não se lembra dos acontecimentos desse episódio? Alguma memória seletiva neste momento?

O SR. MARCO POLO DEL NERO – Eu não me lembro de ter recebido telefonema dela sobre esse fato. Eu não me lembro, mesmo porque nós não falamos sobre isso.

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – O senhor se lembra do fato?

O SR. MARCO POLO DEL NERO – Do fato da prisão dele sim.

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – Entre os fatos, o senhor não lembra se houve ou não um telefonema.

O SR. MARCO POLO DEL NERO – A Conmebol…

O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE – AP) – É só uma resposta: houve o telefonema, ou não houve o telefonema.

O SR. MARCO POLO DEL NERO – Eu não me lembro, Exª.

Como eu vou me lembrar de um telefonema ou não, se tantas pessoas ligaram para mim nesse dia?

Por um futebol melhor... Assine.


O mais rápido...

Imagem: Matteo Bottanelli/NurPhoto/Corbis

O jogo de interesses...

As Ações dos EUA na FIFA.

Por Alberto Murray Neto

O que se comenta, de fontes muito confiáveis na Europa, ligadíssimas ao futebol é que os EUA, há muito, vinham advertindo a Justiça Suíça que os cartolões do futebol se refastelavam com dinheiro da corrupção, hoje sabida e comprovada.

E que a Suíça agia muito lentamente para coibir tudo aquilo, de forma que havia prática de crime continuado e que dava aos cartolas e à sociedade a impressão de impunidade.

Cheios do assunto, teriam os EUA dado um ultimato aos suíços, tipo, “já que Vocês não fazem nada, nós vamos agir. ”

E a aí deflagrou-se esse processo que temos acompanhado pela imprensa mundial.

Claro que o que os EUA fizeram na FIFA foi excelente. Já que ninguém mais agiu, foi lá a “polícia do mundo” e começou a dar um jeito na coisa.

Mas também é evidente que o interesse dos EUA pelo futebol não se resume à luta pela dignidade na FIFA.

Há dois fatores muito relevantes que devem ser observados: (a) A FIFA é o único organismo internacional importante que os EUA tinham pouquíssima influência, perto de zero; e (b) O futebol passou a ser, cada vez mais, um mercado muito importante nos EUA, com movimentação de milhões, sendo o esporte mais praticado entre os jovens.

E potências mundiais como a Rússia e a China estavam entrando firmemente nesse mercado.

Os EUA têm que garantir sua fatia nesse segmento.

Esses dois fatores acima contribuíram, muito, para que os EUA interferissem com firmeza no futebol mundial.

Se fosse a FIFA uma organização mundial corrupta, mas cujo objetivo fosse administrar plantações de brócolis, talvez o empenho dos EUA fosse diferente.

Acredito, ainda, que faz parte dos planos dos EUA, aumentar seu poder político na FIFA.

Não nessas eleições que se avizinham, mas nas seguintes, não estranhem se houver um forte candidato norte-americano à presidência da entidade.

Mais dois pontos curiosos.

A eleição de Atlanta para sede dos Jogos Olímpicos de verão em 1.996 foi permeada de ações nebulosas e acusações de compra de votos de membros do Comitê Olímpico Internacional.

O mesmo ocorreu quando Salt Lake City foi escolhida para sede dos Jogos Olímpicos de inverno, em 2.002.

As acusações foram tantas que, após a escolha de Salt Lake City, o próprio Comitê Olímpico Internacional fez suas próprias mudanças e expurgos.

Mas o Governo a Justiça e as democráticas instituições dos EUA não fizeram rigorosamente nada.

Deveriam investigar, também, esses dois fatos.

sexta-feira, dezembro 18, 2015

Hugo Lloris...

Imagem: TGSPhoto/REX Shutterstock

A posse do presidente do América, Beto Santos...

Ontem participei da solenidade de posse do novo presidente do América, Beto Santos...

Quem me conhece sabe que não é habito meu ir a festas ou encontros em clubes – pode parecer uma bobagem, as vezes até penso que é mesmo, mas sou assim.

Contudo, ontem, não recebi só um convite, foi mais que isso...

Meu amigo e médico – sim, sim... também fico doente –, José Medeiros, iria assumir a vice-presidência e aí, deixou de ser um convite, passou a ser algo bem maior.

Medeiros, me “abraçou” como amigo, me acolheu no seio de sua família, me apresentou sua esposa, seus irmãos, cunhadas e filhos e disse aos seus amigos, que eu era seu amigo...

Para muitos, isso não significa nada, mas para mim, muito.

Em sua casa, me fez me sentir em casa, me acolheu de braços abertos e sorriso largo – logo ele, que visto de longe parece sisudo e pouco afeito a maneirismos...

Bobagem – Medeiros, por trás daquela expressão fechada, carrega um coração imenso.

Por isso fui e faço questão de dizer que fui.

Sobre a festa, foi sim uma festa bonita, bem organizada e que exalou esperança...

Os americanos estavam felizes.

Beto Santos fez um discurso elegante, ponderado, sóbrio, mas não deixou de falar de sonhos e de sua crença que mesmo agora, diante de tantos desafios e dificuldades, há um futuro e é para lá que pretende caminhar.

Hermano Morais, se despediu do cargo, afirmando que se sentia honrado por ter podido estar à frente do América...

Relacionou o que foi feito em sua gestão e lamentou não ter podido evitar os momentos ruins.

Gustavo Carvalho, reconheceu que nem tudo saiu como ele imaginou, mas fez questão de se colocar a serviço da nova direção, sem nenhuma condição ou pedido...

Como um soldado.

Medeiros foi eloquente e firme em sua fala...

Deixou claro que a Arena América é seu objetivo, sua obsessão.

Mas, o que seu discurso não disse, ficou bem claro para quem o conhece...

Cerrou fileiras com o grupo que assume e fará valer o seu direito de voz e vez.

Forget Me... Goodbye Abby Wambach.

Mundial de Clubes da FIFA... Barcelona e River Plate são finalistas.

Imagem: Fernando Zueras/Diário AS


Pelo Mundial de Clubes da FIFA que está sendo disputado no Japão, o River Plate que eliminou o Sanfrecce Hiroshima e o Barcelona que despachou o Guangzhou Evergrande, vão disputar a finalíssima...

O River Plate não teve vida fácil diante dos japoneses e o Barcelona, não suou além do necessário para liquidar os chineses.

No caso do River, não foi o gol marcado por Alario aos 26 minutos do segundo tempo que garantiu a passagem para a final...

Quem garantiu a ida dos argentinos para o último confronto foi o goleiro Marcelo Barovero, que em três ocasiões evitou que os japoneses marcassem.

Já o Guangzhou, segundo seu treinador, o brasileiro Felipe Scolari, estava pronto para criar problemas para o Barcelona...

Não estava.

Porém, o uruguaio Luis Suarez, estava...

Marcou os três gols que eliminaram Scolari e sua trupe.

A perna quebrada de Zou Zheng, na partida contra o Barcelona...

 Imagem: Fernando Zueras/Diário AS


Imagem: Fernando Zueras/Diário AS

Marco Polo Del Nero não sabe o que disse saber...

Marco Polo Del Nero, talvez por ser mal assessorado, talvez por ser arrogante ou talvez até por engolir certas falácias da nossa imprensa esportiva, sempre ufanista, repetiu da CPI da CBF, na Câmara do Deputados, uma baboseira que virou “verdade” no futebol brasileiro...

“A Copa do Brasil é hoje o campeonato de futebol mais democrático do Planeta, com 88 clubes representando todos os Estados do País”.

Del Nero, Del Nero...

Nos poupe.

A Copa da Inglaterra na temporada passada foi disputada por 737 clubes...

Os números referentes a temporada passada, tem uma razão: a Copa da Inglaterra é disputada por quem se inscreve e, portanto, seu número varia de ano para ano – lá até clubes amadores disputam.

A Copa da França é a mesma coisa, segue o mesmo roteiro...

A única diferença é que os clubes das colônias também podem se inscrever – inclusos, amadores.

Pasmem...

Na temporada passada, foram 7422, inscritos.

A Copa da Liga da Inglaterra que reúne todas as equipes profissionais da primeira à quarta divisão, tem 92 participantes.

A Copa de Portugal tem 160 participantes...

A Copa do Rei, na Espanha, reúne 83 participantes – Primeira Divisão, Segunda Divisão, os melhores colocados da Segunda B e os campeões dos grupos da Terceira Divisão.

Está vendo seu Del Nero...

Ser mal assessorado, pensar que sabe tudo e seguir conversinha de jornalista “Pacheco”, da nisso...

O senhor acaba afirmando besteira.

Vai explodir, Cavani?

Imagem: Franck Fife/AFP/Getty Images

Dr. Vital volta ao ABC... Uma injustiça reparada.

O retorno do médico Roberto Vital ao ABC é antes de tudo, um ato de justiça, mas também, não deixa de ser um pedido de desculpas...

Não vou ficar remoendo o caso, quem acompanha o futebol do Rio Grande do Norte, sabe exatamente o que aconteceu.

Vital, o médico, é um profissional respeitado e reconhecido por seus pares...

Vital, o homem, não está acima do bem ou do mal, porém, não conheço ninguém que não o queira bem e não o admire.

Não vai passar... fiquei com a bola.

Imagem: EFE/Leonardo Muñoz

O consórcio que administra o Maracanã, liderado pela Odebrecht, vai demitir todos os funcionários no início do ano...

O presente de ano novo que os 48 empregados que escaparam das demissões de outubro, quando a Odebrecht, dispensou, 32 servidores, dos 80 funcionários do Maracanã, será mesmo, o olho da rua...

A empresa que é dona de 95% do consócio que administra o estádio, vai manter apenas um diretor responsável, um financeiro e uma advogado.

Demitir os demais e congelar a operação para cortar gastos, tem como objetivo pressionar o governo do Rio de Janeiro na renegociação do contrato de concessão que se arrasta há meses...

O estádio caminha para mais um prejuízo em 2015, após perdas de R$ 77 milhões em 2014 e R$ 48 milhões em 2013.

O pepino é gigante...

A Odebrecht não quer mais arcar sozinha com os prejuízos e o governo do Rio de Janeiro não quer nem pensar em gastar com o Maracanã.

"O estado não quer ser sócio da concessionária. O estado quer se desonerar dessas obrigações. O lucro e o prejuízo são riscos do negócio, que devem ser refletidos pela concessionária. O estado não quer ser sócio da operação", disse Leonardo Espíndola, secretário de estado, a Revista Época.

quinta-feira, dezembro 17, 2015

Não vai não...

Imagem: Glyn Kirk/AFP/Getty Images

Quem é o Coronel Nunes...

Juca Kfouri publicou em seu blog um relato sobre que é o coronel Nunes, o novo vice da CBF...

O relato escrito por Lúcio de Castro é bastante educativo e muito elucidativo.

Mas antes me permitam...

Como afirmei em postagem anterior, as federações nordestinas, se reuniram, fizeram jogo de cena, se fingiram de brabas e no fim, como falei, votaram em que Del Nero Mandou...

Aliás, para ser justo, duas federações nordestinas se abstiveram – isto é, nem sim e nem não – Bahia e Alagoas.

Quem também ficou em cima do muro foi o Bahia e o CRB, que se abstiveram...

Até mesmo a Federação de Santa Catarina, comandada por Delfim Peixoto, desafeto de Del Nero, pipocou – ou melhor, absteve-se.

Pois bem, entenda como é composto o colégio eleitoral e como foi a eleição:

O colégio eleitoral é formado pelos presidentes das 27 federações mais os 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro...

No total, 50 representantes dos 67 aptos a votar participaram do pleito.

Outros cinco compareceram, mas se abstiveram de votar...

Dos 50, 44 deles votaram pelo "sim", três pelo "não" e outros três votaram em branco.

Dinheiro público

Por outro lado, ao ler a postagem pinçada do blog do Juca Kfouri, o leitor irá entender as razões pelas quais sou e serei, sempre contrário a injeção de dinheiro público no futebol.

Vamos lá, então...

Quem é o coronel Nunes

Por Lúcio de Castro

O que era para ser um golpe de mestre pode virar um enorme pesadelo.

Quando imaginaram que transformar Antonio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, 79 anos, em vice-presidente era a solução perfeita para não ferir o estatuto e ao mesmo tempo manter o poder, o comando da CBF não pensou em um detalhe fundamental: a biografia do presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF) tem elementos comuns as histórias dos três antecessores enredados com a lei.

Alçado ao comando e transformado em vidraça, pode se juntar a Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, forçados a deixar o poder.

Uma sucessão de acusações e histórias nebulosas cercam os anos do coronel da Polícia Militar no comando do futebol paraense.

Uma agência de viagens favorita da entidade é apenas uma das semelhanças.

Há também um relatório financeiro anual da instituição que dirige envolto em sombras e dúvidas com a assinatura de um relator suspenso pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suas “auditorias ineptas”.

Para completar, tem ainda outro traço dos antecessores: nenhuma ideia conhecida sobre futebol.

Imagine a pequena agência de viagens Rocha Romano concorrendo com a supremacia do poderoso Grupo Águia.

Certamente não será para tanto, e a ascensão do Coronel Nunes não deve ameaçar o longo reinado e hegemonia da agência de viagens de Wagner Abrahão, parceiro preferencial da CBF desde os tempos de Ricardo Teixeira e responsável por todas as viagens que envolvem a entidade.

Mas Nunes também tem uma agência para chamar de amiga.

As relações estreitas da FPF com a Rocha Romano, aberta em 2004, de propriedade de Paulo César da Rocha Romano, diretor do departamento de futebol profissional da FPF, foram citadas na “CPI do Futebol Paraense”, instalada em 2013 na Assembleia Legislativa daquele estado.

De acordo com a acusação que serviu como base para instalação da CPI, o esquema era coordenado pelo presidente da FPF.

Uma comissão externa, ou seja, de fora da assembleia, formada pelos senadores Mário Couto (PSDB-PA), como presidente, Ivo Cassol (PP-RO) como relator Ataídes Oliveira (PSDB-TO) chegou a ouvir depoimento do dono da agência e diretor da FPF no dia 18 de abril de 2013 sobre o tema.

Apesar de instalada, do teor das acusações e da repercussão local que teve, a CPI não chegou a resultados significativos, ocupada por vários deputados relacionados com a FPF.

Há um ponto que eventualmente pode vir a ser um fator complicador para o Coronel Nunes no comando da CBF.

Ao contrário dos antecessores, que sempre prezaram evitar dinheiro público nos negócios, fugindo assim de controle maior dos órgãos de fiscalização do estado, como Polícia Federal e Ministério Público, (embora exista a jurisprudência de que, ainda que privada, uma entidade como a CBF, por ser de interesse público, estaria sim sujeita a tais regras), o provável novo mandatário teve relações estreitas com o estado e foi beneficiário, através da FPF, de farta distribuição de dinheiro público.

O próprio negócio das viagens denunciado pela CPI foi amplamente regado por verba estatal, de acordo com a comissão de inquérito parlamentar.

Tiveram um impulso significativo com a entrada em cena do governador Simão Jatene (PSDB), novamente no poder na atualidade.

No primeiro mandato, de 2003 a 2007, o governador criou o programa que visava “interiorizar o futebol no Pará”.

Com verba saindo da Secretaria Executiva de Esporte e Lazer (SEEL) para as passagens e hospedagens das equipes.

A secretaria era comandada por José Angelo Souza de Miranda, ligado historicamente com a FPF e atualmente vice-presidente da entidade.

Na ocasião, por exemplo, sete jogos do São Raimundo foram levados para Santarém.

Embora em resultados concretos do duradouro programa de interiorização do futebol do estado não sejam perceptíveis nas divisões do campeonato nacional, a verba seguiu generosa para viagens com o intuito de cumprir tal intento.


Em 2011, a Secretaria de Esporte e Lazer determinou aporte de R$ 1.105.810,00 (um milhão, cento e cinco mil e oitocentos e dez reais para levar o futebol aos diversos rincões do Pará.

Consumidos em passagens e hospedagens.

No ano anterior, R$ 720.000,00 (setecentos e vinte mil reais) foram destinados.

O balanço financeiro da FPF, tanto nos últimos anos como o atual, tem pontos cegos.

O mais evidente é talvez o principal ponto do relatório: o auditor financeiro que assina tem currículo controverso.

No momento, o contador Tadeu Manoel Rodrigues de Araújo, registrado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC) do Pará, está suspenso e impedido de assinar relatórios pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda que fiscaliza tal tipo de atividade.

A suspensão é por cinco anos, tendo começado no dia 9 de outubro de 2010 e indo até 8 de outubro de 2017.

De acordo com a CVM, consultada pela reportagem, a punição da entidade é válida para relatórios de companhias abertas, o que não inclui a FPF.

A CVM já acusou o auditor da FPF em diferentes ocasiões.

Por “auditoria inepta”, (“Possíveis irregularidades praticadas pelo Sr. Tadeu Manoel Rodrigues Araújo, Auditor Independente – Pessoa Física, ao realizar trabalhos de auditoria em diversas empresas beneficiárias de incentivos fiscais”, processo RJ2001/7661) e ainda “Não realização de trabalhos de auditoria dentro dos padrões requeridos pelas normas profissionais, processo RJ2003/11503).

Suspenso, não cumpriu a pena e por fim tomou o gancho de 5 anos, já transitado em julgado e uma multa de quinhentos mil reais, a qual ainda cabe recurso.

Invariavelmente, ano após ano, o auditor suspenso pela CVM encerra o relatório da federação paraense repetindo que “em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Associação FPF – Federação Paraense de Futebol em 31 de dezembro de ____, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil”, mudando apenas o ano corrente.

A reportagem tentou contato com o Coronel Nunes através da FPF, sem resposta.
Tentou também via CBF, que da mesma forma não respondeu.

Procurou Paulo César da Rocha Romano, vice-presidente da FPF e dono da agência de viagens Rocha Romano na federação e na empresa, sem sucesso.

Enviou questões para o contador Tadeu Manoel Rodrigues de Araújo e não obteve resposta.