Imagem: Marcos Arboés/Universidade do Esporte
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
terça-feira, janeiro 14, 2020
América e ABC vão reinar no estadual... os outros, que outros?
Imagem: Marcos Arboés/Universidade do Esporte
Este ano ao
que parece todas as “emoções” ficarão por conta de América e ABC...
Diante do que
mostraram até aqui, Santa Cruz, Potiguar, Globo, ASSU, Palmeira e Força e Luz,
não farão outra coisa a não ser brigar contra o rebaixamento.
Kimia Alizadeh, medalha de bronze no taekwondo, nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, deixou o Irã e está em Eindhoven, nos Países Baixos...
Imagem: Autor Desconhecido
A iraniana
Kimia Alizadeh, medalha de bronze no taekwondo, nos Jogos Olímpicos do Rio
2016, deixou o Irã e está em Eindhoven, nos Países Baixos, há quase um mês...
"Estava
de férias na Europa, mas decidiu com o seu companheiro não regressar ao Irão, e
ela é bem-vinda aqui. Conhecemos as suas qualidades e é uma vantagem para o
taekwondo dos Países Baixos", afirmou o
treinador Mimoun El Boujjoufi a emissora de TV pública holandesa NOS.
A atleta
participou no último fim de semana de uma vigília que aconteceu no aeroporto de
Eindhoven em homenagem das 176 vítimas do avião da Ukranian International
Airlines abatido por um míssil iraniano...
A lutadora,
cuja fuga para os Países Baixos tinha sido noticiada recentemente pela agência
semiestatal Isna, disse que é "uma entre os milhões de mulheres
oprimidas no Irão, com as quais as autoridades lidaram sempre como quiseram.
Levaram-me sempre para onde queriam, vesti-me sempre como eles quiseram e
repeti as frases que me ordenaram, manipularam as minhas medalhas".
segunda-feira, janeiro 13, 2020
América... 7 a 0: um massacre em vermelho e branco.
Imagem: Marcos Arboés/Universidade do Esporte
7 a 0: um
massacre em vermelho e branco
Por Pedro
Henrique Lopes Brandão/Universidade do Esporte
Tudo deu
certo para o América, na tarde deste domingo, na Arena das Dunas.
Pior para o ASSU,
que sofreu uma sonora goleada por 7 a 0 e não demonstrou nenhum poder de reação
Logo aos 2
minutos de jogo, o América perdeu uma bola no ataque e Walber, lateral-direito
do ASSU, escapou com a bola dominada contra a desarrumada defesa alvirrubra.
O lateral
avançou até dentro da área americana e decidiu chutar forte e alto no canto de
Everton. O goleiro do América conseguiu espalmar e evitou um gol quase certo
dos visitantes.
Daí em
diante, o Camaleão do Oeste se juntou aos mais de 4.400 torcedores americanos
na Arena das Dunas e foi um mero espectador do espetáculo proporcionado pelo
América.
O bom público
presente ao estádio assistiu à melhor exibição de um clube potiguar em 2020.
De longe, o
melhor jogo do campeonato que chegou a terceira rodada com o América liderando
pelo saldo de gols, e de que maneira soberana o clube da Rodrigues Alves
constituiu seu farto saldo na competição.
É bem verdade
que Everton ainda fez uma defesa no chute de longe de Álvaro, mas a verdade é
que o ASSU não incomodou o roupeiro responsável por lavar o uniforme do goleiro
americano.
No lance
seguinte a empolgante arrancada de Walber, um pênalti assinalado e convertido
por Romarinho, inaugurou o marcador e mudou o rumo da partida.
O time do
interior, treinado por Joacir Bento, evitou os chutões e saiu jogando com a
bola no chão.
A primeira
impressão era de coragem e treinamento, mas os lances seguintes provaram que
era apenas inconsequência.
Numa dessas
saídas do ASSU, Thiago Orobó roubou a bola e bateu no ângulo do goleiro Agenor,
que nada pôde fazer.
Um golaço!
Minutos
depois Wallace Pernambucano fez com excelência seu trabalho de pivô e deixou
Orobó na cara do goleiro para ampliar o placar.
Thiago Orobó
foi o nome do jogo, mas podia ter sido expulso antes dos gols, depois de
cometer falta dura e com um cartão por toque de mão ainda nos primeiros
minutos.
O placar
final do primeiro tempo deu a dica do famoso "3 vira e 6 acaba", mas
também deu a sensação que se o América tivesse apertado teríamos mais gols.
Foi
justamente apertando o ASSU por todos os lados, que o América encontrou com
Adriano Alves, o quarto gol depois de um escanteio.
E daí em
diante, em ritmo de treino de luxo, o América fez do Camaleão do Oeste um
passageiro do desespero na tarde farta da Arena das Dunas.
Se fosse
boxe, Joacir Bento teria jogado a toalha do ASSU antes dos 30 minutos da
segunda etapa, quando o gol de Wallace Pernambucano completou o 7 a 0 no
placar.
Com o ASSU
atordoado nas cordas, Felipe Pará e Diego Costa completaram o massacre.
O sexto gol
foi uma pintura com direito a passe de calcanhar, troca de posições e chagada
para a finalização à la Alemanha no 7 a 1.
A calmaria
pelos lados do América foi aproveitada por Waguinho Dias para dar rodagem ao
elenco e as entradas de Adílio, Felipe Pará e Leandro Melo, além de renovar o
fôlego alvirrubro, deram mais minutos em campo aos reservas e ajudam na
preparação para a temporada em que o América terá duros desafios em que
precisará contar com todo seu elenco.
Por enquanto,
o América só tem motivos para comemorar já que conta com uma campanha invicta
para alcançar a liderança com três vitórias em 3 jogos, que tem ainda 14 gols
marcados e apenas 2 sofridos.
Ao ASSU restou
anotar a placa do caminhão alvirrubro que atropelou e massacrou o modesto
Camaleão do Oeste.
ABC vence o Palmeira nos acréscimos por 1 a 0...
Imagem: Luciano Marcos/ABC FC
Neste domingo
o ABC escapou por pouco...
Não fosse o
gol marcado aos 50 minutos pelo lateral Cedric, dois pontos teriam ficado em
Goianinha, diante do Palmeira, num 0 a 0 insosso.
Valderrama (foto) sofreu uma contusão no ombro...
O volante vai passar por cirurgia.
Vandalismo
O árbitro da partida, Leandro Sales Barchz, teve
seu carro vandalizado...
Segundo o repórter Mallyk Nagib, Barchz registrou
Boletim de Ocorrência.
Na conversa com Nagib, disse que a ação não foi coisa de torcedor...
Segundo o
árbitro o carro estava na área destinada as comissões e a arbitragem.
Abaixo as imagens do veículo de Leandro Sales Barchz...
Imagem: WhatsApp
Imagem: WhatsApp
Campeonato Potiguar... Em Mossoró o Potiguar derrota o Globo.
Em Mossoró, o
Potiguar derrotou o Globo por 2 a 1...
O resultado
deixa provisoriamente o Potiguar na terceira posição, distante cinco pontos de
América e ABC, respectivamente.
Seleção da Inglaterra - Campeã do Mundo em 1966...
Imagem: Hulton Archive/Getty Images
Em pé:
Auxiliar Técnico Harold Shepherdson, Nobby Stiles, Roger Hunt, Gordon Banks, Jack Charlton, George Cohen, Ray Wilson e o Treinador Alf Ramsey.
Sentados:
Peters, Geoff Hurst, Bobby Moore, Alan Ball e Bobby Charlton.
Piloto português Paulo Gonçalves morre no Rally Dakar...
Imagem: Autor Desconhecido
Paulo
Gonçalves morreu num acidente durante sua participação na 7.ª etapa do Rally
Dakar neste domingo, aos 40 anos...
Gonçalves
sofreu o acidente fatal no quilômetro 276 da prova que se realiza na Arábia
Saudita.
De acordo com
a informação da Amaury Sport Organization (ASO), o alerta foi dado às 10h08
horário local...
De imediato
foi enviado um helicóptero que chegou ao local do acidente às 10h16 – oito minutos
após o alerta.
Paulo
Gonçalves foi encontrado inconsciente e com parada cardiorrespiratória.
Depois de
várias tentativas de reanimação no local, o piloto foi transportado para o
hospital de Layla, onde foi confirmada a morte...
O piloto
português participava pela 13.ª vez da prova todo-o-terreno e ocupava o 46.º
lugar geral depois de seis etapas.
Paulo
Gonçalves estreou no Dakar em 2006, tendo terminado por quatro vezes no top 10...
Na edição de
2015 ficou em segundo lugar e, em 2013, conquistou o título mundial de
motociclismo todo-o-terreno.
Copa São Paulo de Juniores... ABC perde para o Atlético Mineiro e está fora da copinha.
E tudo
terminou em goleada...
Afinal, era
possível esperar outra coisa?
Claro que
não...
O ABC fez o
que podia.
Os
campeonatos das categorias de base no Rio Grande do Norte não competitivos, não
são disputados por equipes fortes e, por isso, os riscos de vexame sempre rondam
nossas participações em competições nacionais...
A goleada de
4 a 0 imposta pelo Atlético Mineiro aconteceu com naturalidade.
Mesmo beneficiados
pela arbitragem, que não anulou o lance do segundo gol, marcado em flagrante
impedimento, os atleticanos não suaram e não sofreram...
Venceram de
forma incontestável.
domingo, janeiro 12, 2020
Morreu Valdir de Morais... Um grande goleiro que revolucionou o treinamento dos goleiros no Brasil.
Imagem: Acervo Gazeta/Reprodução
Valdir
Joaquim de Morais, uma lenda das metas
Morreu, aos
88 anos, o lendário goleiro palmeirense Valdir Joaquim de Morais. Em campo,
Valdir inovou na posição com movimentos acrobáticos para suprir sua baixa
estatura. Depois de aposentado, Seu Valdir revolucionou a preparação de
goleiros
Pedro
Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte
Ser goleiro
não é para um ser humano normal.
É preciso
muito preparo emocional para ser o responsável por frustrar um estádio lotado,
sempre na corda bamba entre ser o anti-herói do espetáculo ou o frangueiro que
entregou o jogo mais uma vez.
No esporte em
que o objetivo máximo é o gol, o dever do goleiro é justamente evitar que os
gols aconteçam.
Por isso, a
escolha pelo gol, raramente acontece por livre espontânea vontade, mas sim,
como certa vez disse o pentacampeão Marcos: “o goleiro começa lá na frente,
aí não faz gol e recuam ele para o meio. Aí o cara não acerta o passe e colocam
ele para jogar na zaga. Daí percebem que o cara é grande e não sabe jogar com
os pés, aí o que sobra é o gol. Dali é para fora!”.
Então como
explicar a carreira de Valdir de Morais?
Com apenas
1,72 de altura, mas que, inexplicavelmente, virava um gigante para defender o
gol palmeirense.
Inovador nos
movimentos acrobáticos para suprir sua baixa estatura, o goleiro jogou por 10
anos no Renner de Porto Alegre.
“Não adianta
ser alto e não ser inteligente. Eu sempre soube fazer a leitura do jogo,
antecipar a jogada”.
Em 1958,
chegou ao Palmeiras e passou mais 10 anos no clube que o projetou no futebol
nacional.
A estreia
aconteceu em 28 de setembro de 1958, num Palmeiras 7 a 1 Ituano.
Foram 480
jogos pelo Palmeiras, com 291 vitórias 96 empates e apenas 93 derrotas.
Pelo time de
Parque Antártica, Valdir de Morais venceu a Taça Brasil de 1960, quando era o
primeiro nome a ser escalado no time que entrou para a história como a Academia
de Futebol de Filpo Nuñes.
A galeria de
troféus do Palmeiras teve muitas taças carregadas pelas mãos de Valdir Joaquim
de Morais.
Como atleta,
conquistou o Campeonato Paulista em 1959, 1963 e 1966;
Campeonato
Brasileiro em 1960, 1967 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa) e 1967 (Taça Brasil);
Torneio Rio-São Paulo em 1965.
A última vez
que entrou em campo para defender o Verdão, foi no dia 16 de maio de 1968, no
estádio Centenário de Montevidéu, pela finalíssima da Libertadores daquele ano.
Depois de
perder a primeira partida por 2 a 1, o Palmeiras venceu o segundo jogo por 3 a
1, mas como não havia saldo de gols, a decisão foi para o terceiro jogo em
campo neutro e a derrota marcou a perda do título inédito e do goleiro que
marcou uma era no clube.
Quando deixou
o Palmeiras, o goleiro defendeu o Cruzeiro do Rio Grande do Sul por uma
temporada e se aposentou definitivamente em 1970.
No estado em
que nasceu, o goleiro com quase 40 anos poderia aproveitar sua aposentadoria.
Porém um
chamado para ser auxiliar de Oswaldo Brandão, mudou os rumos da vida de Valdir
e do futebol brasileiro.
Um convite de
Oswaldo Brandão não se recusava e o ex-goleiro voltou a São Paulo para ser
auxiliar do lendário treinador, mas decidiu fazer um pouco além do que lhe foi
pedido.
Além de
ajudar nos treinamentos do time, Valdir passou a fazer treinos específicos com
os goleiros para aperfeiçoar os fundamentos e passar o conhecimento que
adquiriu em mais de duas décadas nas metas.
Estava criada
a função de preparador de goleiros.
“Eu não sei
se fui que inventei a profissão, mas eu nunca tinha visto ninguém fazendo esse
trabalho nos clubes do Brasil. Eu mesmo sempre treinei junto com os demais
atletas”.
Os resultados
começaram a acontecer ainda no Palmeiras, com Leão.
Depois de
trabalhar com Telê Santana, acompanhou o técnico e no São Paulo, com Zetti e
Rogério Ceni, repetiu os bons resultados.
No
Corinthians trabalhou com Dida e Ronaldo, mas foi numa das voltas ao Palmeiras
que conseguiu lapidar Veloso e revelou dois dos grandes nomes da famosa
academia de goleiros do Palmeiras: Sérgio e Marcos.
Enquanto
Sérgio garantiu paz na reserva do gol alviverde durante anos, Marcos virou
Santo, ganhou a América com o Palmeiras, e o mundo com a Seleção Brasileira.
Entrou para a
história como um dos maiores ídolos do Palmeiras e deve tudo o que sabe sobre
defender a Valdir Joaquim de Morais, ou o Seu Valdir, o Mestre.
Com a saúde
debilitada desde 2012, quando teve um AVC que deixou sequelas, um ano antes
Valdir deixou o cargo de observador técnico do Palmeiras.
Desde então
vivia em Porto Alegre, sua cidade natal, e mesmo com a idade avançada,
acompanhava futebol até morrer, hoje, em decorrência de uma falência múltipla
de órgãos, aos 88 anos.
Baixo na
estatura, mas um gigante na profissão.
Conhecido no
meio do futebol pela retidão de caráter, Valdir de Morais passou a vida
defendendo com garra todos os clubes que o contrataram para a comissão técnica.
Mas sempre
que lhe perguntavam o que significava o Palmeiras, Seu Valdir respondia:
“Uma vida!”
Há um dito
popular no futebol sobre a vocação necessária para ser goleiro, diz que a “posição
é tão ingrata que onde um goleiro pisa não nasce grama”.
Onde Seu
Valdir pisou, semeou e fez nascer um dos maiores times da história do futebol,
quando ele foi o camisa 1 da primeira Academia; além de brotar os grandes
goleiros brasileiros dos últimos 30 anos, como Marcos, Veloso, Zetti, Dida e
Rogério Ceni, todos pupilos do Seu Valdir.
Seu Valdir de
Morais deixou um legado ímpar ao futebol brasileiro.
A idolatria
talvez nunca tenha sido sua meta, mas poucos defenderam suas metas como ele.
Valdir
Joaquim de Morais fez de sua vida um tributo ao futebol, como goleiro quase um
sacerdócio, por isso, será lembrado todas as vezes que um goleiro brasileiro
fechar o gol em algum lugar do mundo.
Vá em paz,
Valdir Joaquim de Morais.
Imagem: Fabio Braga/Folhapress
Jogadores do Norwich bridam a memória do torcedor que deixou em testamento £100 para uma rodada de bebidas...
Imagem: Twitter do Norwich City FC
Barrie
Greaves morreu no último dia 28 aos 83 anos...
Torcedor do
Norwich City, emocionou muita gente ao destinou em seu testamento £100, aos
jogadores, para que comprassem uma rodada de bebidas e fizessem um brinde em
sua memória.
Nesta sexta-feira, aconteceu a homenagem...
Os jogadores
do Norwich ergueram seus copos em agradecimento a Greaves.
Barrie Greaves
levado pelo avô, passou a frequentar o Estádio Carrow Road aos 10 anos...
Na adolescência
adquiriu um carnê de temporada e com ele compareceu a todos os jogos do Norwich
até 2018, quando problemas renais o afastaram das partidas.
Porém seguiu
acompanhando no rádio seu time...
Percebendo a
gravidade de seu estado de saúde, decidiu incluir seu clube em seu testamento.
Com informações do Twitter do Norwich e do Trivela
Drible no amadorismo e o surgimento do "time da virada" em 1923...
Imagem: Acervo do CR Vasco da Gama *
Drible no
amadorismo e o surgimento do "time da virada" em 1923
Para
conseguir levantar o troféu, o Vasco da Gama contou com a ajuda de funcionários
fantasmas e de um segundo tempo devastador
Por Marcos
Vinícius/Universidade do Esporte
Em 1923, o
futebol no Brasil era amador e qualquer movimento na direção do profissionalismo era
coibida.
Um exemplo
disso, é que os jogadores do Campeonato Carioca, daquele ano, não podiam ser
remunerados pelos clubes.
Naquele
tempo, o futebol era praticado pela elite.
Portanto, os únicos
jogadores que podiam viver uma vida totalmente dedicada ao futebol eram os
atletas que desfrutavam de uma família bem estabelecida financeiramente, grupo
praticamente formado por homens brancos.
Aos negros
e miscigenados, que não tinham "berço de ouro" e que haviam acabado
de sair da escravidão, só restava uma única opção: trabalhar para poder
sobreviver.
Para eles o
futebol era apenas um sonho distante de sua realidade.
Porém.aqui e ali, surgiam aqueles que percebiam que essa regra era prejudicial para competitividade
dos campeonatos, já que muitos trabalhadores "bons de bola" ficavam
fora dos torneios.
Sendo assim, esses visionários tentaram colocar os "bons de bola" em suas
equipes...
A ideia não era a inclusão social, mas sim beneficiar suas equipes.
Foi então que criaram um truque...
Contratavam aqueles
que julgavam úteis para suas equipes para uma função que nunca seria exercida e os
colocavam a disposição do time.
O primeiro
caso registrado aconteceu em 1905, no time do Bangu.
Tal
acontecimento foi relatado no livro "Guia Politicamente Incorreto do
Futebol", escrito por Jones Rossi e Leonardo Mendes Jr no ano de 2014.
"Na
prática, foi esse o caminho usado pelo Bangu para ter no seu time, em 14 de
maio de 1905, Francisco Carregal, um tecelão negro da Companhia Progresso
Industrial do Brasil – Fábrica de Bangu. Trata-se do primeiro registro que se
tem de um negro em um time de futebol do Brasil."
18 anos
depois, o Vasco da Gama também a artimanha no Campeonato Carioca.
Antonio da
Silva Campos, então presidente cruzmaltino, com o apoio fundamental de comerciantes
e empresários, torcedores do clube, passou a utilizar negros e mestiços contratados
como comerciários ou operários e os colocando à disposição da equipe de futebol.
Recebendo
salários, esses homens passaram a se dedicar integralmente ao esporte...
O resultado
foi o aprimoramento da técnica e, principalmente, da forma física, já que naquela
época a sessões de treinamento podiam se estender diariamente até por três períodos
Com os jogos
acontecendo somente aos domingos, os atletas das equipes adversárias que não
tinham rotina tão intensa de treinos, mesmo que habilidosos, sentiam o peso da
melhor preparação dos vascaínos...
Os primeiros
45 minutos eram parelhos, mas na etapa final, o vigor dos atletas
do Vasco desequilibrava.
Não raras
vezes os cruzmaltinos viravam placares desfavoráveis, transformando derrotas em
vitórias importantes.
A penúltima
rodada do Campeonato Carioca de 1923 é um exemplo disso...
O Vasco enfrentou
o São Cristóvão, no Estádio General Severiano, precisando vencer para
conquistar com uma rodada de antecedência o título de campeão carioca...
Como em quase
todas as partidas daquele ano o Vasco saiu em desvantagem no primeiro tempo,
com o São Cristóvão vencendo por 2 a 0.
Porém nos 45
minutos finais, o time conseguiu a virada e consequentemente o título inédito
do estadual – os gols do Vasco foram marcados por Negrito (2) e Ceci.
A partir
desse momento, o Clube Regatas Vasco da Gama foi intitulado pelos torcedores
que acompanhavam os jogos de "time da virada", por conta da força do
time para virar os jogos no segundo tempo.
* Na foto...
Em pé:
Nicolino, Mingote, Nelson, Leitão, Artur, Claudionor;
Agachados:
Paschoal,
Torterolli, Arlindo, Ceci e Negrito
sexta-feira, janeiro 10, 2020
Fato grave... racismo entre os jogadores de ABC e Força e Luz.
Imagem: Marcos Arboés/Universidade do Esporte
Imagem: Marcos Arboés/Universidade do Esporte
O atacante
Wallyson disse ter sido vítima de racismo por parte do goleiro Ferreira, do Foça
e Luz (na foto Wallyson mostra toda a sua indignação) ...
Teria sido
chamado de macaco pelo adversário.
Porém, tem
mais...
Ao término da
partida, o repórter Rodrigo Ferreira postou em seu Twitter que Murici, do Força
e Luz, afirmou também ter sido chamado de macaco por Wallyson.
Campeonato Potiguar... Noite divertida no Frasqueirão.
Imagem: Marcos Arboés/Universidade do Esporte
Noite
divertida no Frasqueirão
Com o bom
placar de 4 a 2, o time Alvinegro venceu o Força e Luz, manteve o 100% de
aproveitamento no Estadual, mas ainda precisa de alguns ajustes para a
sequência da temporada
Pedro
Henrique Brandão Lopes
Pela primeira
vez em 2020, o ABC recebeu sua torcida para uma partida oficial.
A punição de
jogar com portões fechados, imposta ao clube após a confusão na decisão
estadual do ano passado, terminou no último jogo contra o Globo e a torcida
alvinegra pôde tomar as arquibancadas do Maria Lamas Farache para apoiar e
matar a saudade do ABC.
Com a
atmosfera favorável criada pela presença de seus torcedores, o ABC tomou o
controle da partida logo nos primeiros minutos e empurrou o Força e Luz para o
campo de defesa.
Sem chances,
o Time Elétrico conseguiu ameaçar a meta alvinegra apenas aos 11 minutos de
bola rolando.
Mesmo
ocupando o campo adversário, o time dirigido por Francisco Diá, errou muito nos
passes decisivos.
Não fossem
tantas jogadas desperdiçadas no último passe, o ABC teria aberto o placar antes
dos 20 minutos de jogo.
Boas
triangulações, primeiro pelo lado direito com Igor Goulart e Cedric; e depois
pelo lado esquerdo com Berguinho e Jaílson, amadureceram o gol abecedista, mas
o último passe sempre falhava e as boas jogadas não acabavam nas redes do Força
e Luz.
Foi assim até
que aos 42 minutos, Berguinho se aventurou pelo lado direito e ajudou Cedric a
ganhar da marcação, o lateral foi ao fundo e cruzou perfeitamente para Jaílson,
que se apresentou dentro da área com tranquilidade e bateu no canto baixo do
goleiro Severino, que nada pôde fazer.
A vantagem no
placar era justa por tudo que o ABC fez a mais que o time visitante.
Porém o gol
parece ter tirado a atenção dos alvinegros e numa vacilada da defesa
abecedista, Felipe Moreira recebeu sozinho dentro da área e bateu bem na saída
do goleiro Erivelton.
Durante o
primeiro tempo, o Força e Luz mostrou suas armas para picar o jogo: o goleiro
Severino pediu um sem número de atendimentos médicos para quebrar o ritmo do
jogo.
Com o empate,
o Time Elétrico voltou decidido a não jogar e nem deixar jogar no segundo
tempo.
Porém, Cosmo,
zagueiro do Força e Luz, facilitou a tarefa abecedista logo nos primeiros
minutos da segunda etapa.
Já com um
cartão amarelo do primeiro tempo, o zagueiro derrubou Jaílson dentro da área,
foi expulso pelo segundo amarelo e permitiu a penalidade máxima ao time da
casa.
Wallyson foi
para a cobrança com extrema tranquilidade e apenas deslocou o goleiro
adversário.
O 2 a 1 com
um homem a mais parecia que garantiria a vitória fácil para o ABC, mas no lance
seguinte, o zagueiro alvinegro Vitor Salvador, vacilou num recuo de bola e
entregou a bola ao ataque tricolor.
Restou a
Cedric parar o contragolpe com falta, dentro da área é pênalti e Felipe Moreira
converteu o empate.
Ainda assim,
o ABC tinha mais de 30 minutos para buscar a vitória contra um visitante que
jogava com um homem a menos.
Francisco Diá
mandou a campo Núbio Flávio no lugar de Felipe Manoel e Richardson no lugar de
Vitor Salvador.
Com mais gente
no ataque, logo um pênalti saiu para o Alvinegro, mas Jaílson desperdiçou,
bateu fraco, no meio do gol e o goleiro Severino defendeu com a perna esquerda.
A decisão de
Diá, que mandou o time para frente acabou por despovoar o meio-campo e a
superioridade numérica não se converteu em gols para o ABC.
Até que na
base da bola alçada na área, Joécio se esticou todo e conseguiu balançar as
redes do Força e Luz.
Com menos de
10 minutos para o apito final, o ABC precisava apenas administrar o resultado
contra um Força e Luz com um homem a menos e que havia sentido o gol.
Diá exigiu
que o time continuasse atacando e conseguiu que o Alvinegro chegasse ao quarto
gol com Wallyson.
Depois do 4 a
2, pouco sobrou de força ou de luz ao Time Elétrico.
Recém
promovido da segundona, o Força e Luz precisa acertar seu sistema defensivo,
que sofreu 8 gols em dois jogos, para tentar permanecer na primeira divisão do
próximo ano.
Pelo lado do
ABC, Francisco Diá parece ter encontrado o fio da meada no ataque, que consegue
boas triangulações nos dois lados do campo, tem jogadores rápidos e que
conseguem vencer a defesa adversária, mas o treinador ainda precisa trabalhar
muito para corrigir o sistema defensivo, que mesmo contra um ataque pouco
eficiente tomou sustos e sofreu dois gols.
Muita coisa
vai mudar até a decisão do campeonato, mas com ABC e América invictos, o
Potiguar 2020 começa a tomar forma e, ao que tudo indica, sem surpresas.
Campeonato Potiguar: ASSU empata com o Potiguar, em noite histórica para o futebol... Mariana Regina de Paiva é a primeira mulher a apitar uma partida de futebol profissional no RN.
Em Açu, no
Estádio Edgarzão o ASSU empatou com o Potiguar em 0 a 0...
O resultado
foi péssimo para os dois.
O melhor
momento do jogo ficou por conta da árbitra Mariana Regina de Paiva, primeira
mulher a apitar uma partida de futebol profissional no Rio Grande do Norte...
Mai uma
vitória contra o preconceito e discriminação.
Copa São Paulo de Juniores... A classificação do ABC e o mico do Visão Celeste.
ABC x Manthiqueira
Em Guaratinguetá,
pela Copa São Paulo de Juniores, o ABC goleou o Manthiqueira por 4 a 0...
Depois de uma
partida tranquila diante dos paulistas e com total domínio das ações, o
alvinegro avançou para a segunda fase da competição e vai encarar o Atlético
Mineiro.
Visão Celeste x Noroeste
Pelo Grupo 4,
o Visão Celeste foi atropelado pelo Noroeste...
Goleado por 8
a 3 a equipe de Parnamirim repetiu o fiasco do Palmeira de Goianinha que levou
9 gols do São Paulo e acabou eliminada da competição.
quinta-feira, janeiro 09, 2020
Campeonato Potiguar... América vence o Santa Cruz por 3 a 1 e segue tranquilo na competição.
Imagem: Canindé Pereira
De virada,
América vence Santa Cruz e mantém liderança no Potiguar
Wallace
Pernambucano, Tiago Orobó e Daniel Costa marcaram para o América. Anthony
descontou para o Santa Cruz
Por Kevin Muniz/Universidade
do Esporte
O equilíbrio
marcava o encontro entre América e Santa Cruz de Natal pela segunda rodada do
Campeonato Potiguar.
Foi isso que
pudemos perceber na Arena América, em Parnamirim, na tarde de hoje.
Um jogo muito
parelho, com as duas equipes criando jogadas perigosas, mas que no final saiu
como vencedor a equipe que foi mais cirúrgica.
A equipe
alvirrubra aproveitou suas chances, ganhou por 3 a 1 e conquista a sua segunda
vitória consecutiva no estadual.
Os gols do
jogo foram anotados por Wallace Pernambucano, Tiago Orobó e Daniel Costa.
Por outro
lado, o Santa Cruz que abriu o placar, mas levou a virada, teve o tento
assinalado por Anthony, ex-jogador do América.
Durante todo
o confronto, Dione, Orobó e Wallace ditaram o ritmo dos ataques do Alvirrubro,
enquanto Anthony tentava encarar mesmo que solitário a defensiva do América.
Era um duelo
muito importante para ambas as equipes.
O América
buscava se consolidar no certame e garantir o 100% de aproveitamento em sua
nova casa.
Enquanto o
Santa Cruz de Natal tentava continuar somando pontos fora de casa, visto que
havia vencido o Potiguar de Mossoró nos domínios do adversário.
Desta forma,
o América chega aos seis pontos no certame, com sete gols marcados, dois
sofridos e é o líder momentâneo do campeonato.
No próximo
desafio, o Alvirrubro encara o ASSU, na Arena das Dunas, neste domingo (12), às
15h.
Com os mesmos
três pontos que iniciou a partida, o Santa Cruz vai em busca da recuperação na
próxima segunda-feira (13) contra a equipe do Força e Luz, às 15h, na Arena das
Dunas.
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