Imagem: Bob Thomas Sports Photography via Getty Images
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quarta-feira, abril 22, 2020
Peter Schmeichel e duas histórias do tempo em que jogou no Sporting de Portugal...
Imagem: Autor Desconhecido
Augusto Inácio, Iordanov, Vidigal e Nuno Santos fizeram parte da equipe
do Sporting que, em 1999/00, conquistou o título nacional...
O quarteto em conversa com jornalistas, compartilharam algumas histórias
daquele período, algumas delas relacionadas com Peter Schmeichel, goleiro da
seleção da Dinamarca, vindo do Manchester United da Inglaterra.
Nuno Santos, na época terceiro goleiro, atrás de Schmeichel e Nélson
Pereira, recordou um momento em que Giuseppe Materazzi, técnico que iniciou a temporada
e que mais tarde foi substituído por Augusto Inácio, deu ordens aos jogadores
para irem correr... no mato...
"A pré-temporada foi muito dura. No primeiro dia
corremos 12 km, depois baixámos para 8km, e depois 4km. Eu era o tradutor e o
Peter pediu-me para avisar o Materazzi que não ia correr, que podia
cair no mato e machucar-se seriamente. 'Diz ao homem que não vou correr,
ele que veja o meu currículo. Fui campeão da Europa, campeão no Manchester
United e nunca corri no mato, vou correr agora?!'. Um quilómetro depois,
disse que estava lesionado e saiu da corrida, nunca mais correu!", contou Nuno Santos, na Sport TV.
Já no em relação aos jogos, o rigor do dinamarquês não era
muito diferente...
"Eu e o Silvano fazíamos o aquecimento. O Peter
sempre foi muito rigoroso. Se uma bola fosse uns centímetros ao lado, ele
exigia que o exercício fosse refeito e começava a dizer palavrões, o Silvano
ficava branco! No final, abraçava-nos, dava-nos um beijo e ia-se embora. O jogo
era às 21 horas, ele aquecia às 20 horas. Quando o time ia para o gramado, às
20h30, ele descia para no túnel. No vestiário treinador dizia-lhe: 'Ó Peter,
vamos lá que o árbitro já apitou'. E ele respondia: 'Míster, já viu algum jogo
começar sem goleiro? Calma...".
O esporte deve perder bilhões em 2020...
Mesclagem: Fernando Amaral
61,6 bilhões de dólares deve ser a perda de arrecadação do
esporte em 2020, segundo estudo da agência de marketing esportivo Two Circles...
Fonte: Máquina do Esporte
terça-feira, abril 21, 2020
Ibrahimović sendo Ibrahimović...
Imagem: Autor Desconhecido
João Pedro é um jogador português que atualmente joga no Tondela...
Esteve no Los Angeles Galaxy, nos Estados Unidos e foi companheiro de Zlatan
Ibrahimović.
Numa entrevista ao jornal Record, contou algumas histórias protagonizadas pelo atacante sueco...
Record – “Como era ser colega de equipe e compartilhar o vestiário com
alguém de tanto relevo como Zlatan Ibrahimović?”
João Pedro – “Histórias do ‘Ibra’ há muitas [risos]… Fomos jogar na
casa do Houston Dynamo. Fizemos o 1 a 0, eles viraram, fizemos 2 a 2 nos
últimos minutos e eles respondem e fazem o 3 a 2. No final do jogo, no
vestiário, ele nos dá uma ‘dura’ incrível, mas que ao mesmo tempo foi um motivo
de risos. Um momento tipicamente ‘Ibra’! Virou-se para nós e disse mais ou
menos isto: ‘Se for para vir para aqui passear na praia, passear em Hollywood,
digam, mas digam mesmo! Eu tenho 300 milhões na minha conta, tenho uma ilha,
não preciso disto para nada. E o primeiro que me disser alguma coisa eu mato,
mas mato mesmo!’ Ele é outro nível, tem uma personalidade muito forte, muito
vincada”, contou João Pedro...
Prosseguindo, João Pedro emendou mais uma:
“Ainda há outra história, que se passou no meu aniversário. Marcamos uma
‘pelada’, 11 contra 11. Antes de começar alguém perguntou: ‘A bola sai com
quem?’ O nosso treinador auxiliar disse: ‘A bola vai sair com João porque ele
faz anos hoje.’ O Ibrahimović virou-se para ele e disse: ‘O meu aniversário é
todos os dias. Passa a bola!’ E começou com a bola (risos).
Morte do jogador russo: Médico afirma que o Lokomotiv Moscou sabia dos problemas coronários do atleta.
Imagem: Autor Desconhecido
Innokentiy Samokhvalov perdeu a vida durante um treino... O Lokomotiv
sabia dos problemas de coração
O Lokomotiv de Moscou sabia que Innokentiy Samokhvalov, o jogador que
morreu nesta segunda-feira durante um treino, sofria de doença cardíaca,
afirmou um dos treinadores do clube, da Liga russa de futebol...
O jogador de apenas 22 anos, sentiu-se mal durante um treino individual,
em casa e acabou morrendo.
"Tenho pena pelo rapaz, é uma tragédia. O Lokomotiv sabia dos seus
problemas de coração. A algumas concentrações nem sequer ia", disse o
treinador Andréi Talaláev ao canal desportivo MatchTV...
Talaláev entretanto, diz que a culpa foi do jogador e não do clube.
“Nos treinos em grupo tudo estava sob o controle dos médicos”...
“O jogador chegou a assinar uma declaração assumindo todos os riscos e
consequências”, concluiu.
Samokhvalov era uma pessoa "gentil e boa, um bom amigo, e a sua
morte deixa o Lokomotiv em estado de choque", declarou o clube na nota
divulgada sobre morte do atleta...
O jogador vinha das bases do Lokomotiv, por quem foi campeão júnior em
2016.
Atualmente jogava o campeonato da terceira divisão pelo Kazanka, filial
do Lokomotiv...
As competições na Rússia estão suspensas até 31 de maio e a Federação do
país espera reiniciar o calendário entre a segunda metade de junho e a primeira
de julho.
Pandemia deixa em modo de espera investimento milionário no Six Nations, um dos torneios mais tradicionais do rúgbi mundial...
Pandemia suspende acordo entre empresa e rúgbi no Reino Unido
CVC Capital Partners aportaria US$ 375 milhões para ter 14% do Six
Nations
Por Redação do Máquina do Esporte
A CVC Capital Partners, empresa de consultoria em investimentos e
participações privadas (private equity), terá que esperar para investir cerca
de US$ 375 milhões para ter 14% do Six Nations, um dos torneios mais
tradicionais do rúgbi mundial.
O motivo?
A pandemia do coronavírus.
De acordo com o jornal britânico Financial Times, as negociações entre a
empresa e o torneio estão acontecendo desde setembro do ano passado.
Tudo estava se encaminhando para um final feliz quando a Covid-19 surgiu,
começou a se espalhar e fez com que o acordo entrasse em um status de
suspensão.
Ainda segundo a publicação, os seis sindicatos participantes do Six
Nations, principal torneio continental de rúgbi disputado no Hemisfério Norte,
estão relutantes em aprovar o acordo por conta de "incerteza sobre o
impacto financeiro do adiamento da competição".
A edição 2020 teve início em 1º de fevereiro e iria até 14 de março, mas
acabou sendo paralisada e teve quatro jogos adiados, o que gerou prejuízo com
direitos de transmissão e ingressos.
Ainda não se sabe se e quando as partidas iriam acontecer.
"Não concordamos em fazer uma pausa nem em aprovar um acordo
concluído.
As conversas estão simplesmente em andamento e, obviamente, levam em
conta o novo ambiente criado pela atual pandemia", afirmou a organização
do torneio, em entrevista ao Financial Times.
O campeonato existe desde 1871, quando tinha apenas duas seleções
(Inglaterra e Escócia).
Em 1883, somaram-se a elas a Irlanda e o País de Gales.
Depois, em 1910, foi a vez de a França entrar, com o torneio ganhando o
nome de Five Nations.
Bem mais à frente, em 2000, a Itália passou a disputar também e, desde
então, a competição passou a ter o nome atual.
A CVC Capital Partners, que chegou a ter ações focadas na Fórmula 1, está
se esforçando para se tornar um dos maiores players comerciais do rúgbi, já
tendo adquirido uma participação de 27% na Premiership Rugby, a principal
competição nacional da modalidade na Inglaterra.
Além disso, também fechou um acordo para pagar cerca de US$ 148 milhões
por uma parcela idêntica Pro14 League, uma das três maiores da modalidade na
Europa, com os melhores classificados por temporada ganhando o direito de
disputar a Champions League de Rúgbi.
segunda-feira, abril 20, 2020
Wayne Rooney... Ronaldo é implacável na zona de ataque, um assassino, mas Messi tortura antes de te mantar.
Imagem: Autor Desconhecido
Wayne Rooney provocado pelo repórter do The Sunday Times comparou Lionel
Messi e Cristiano Ronaldo...
Ex-companheiro de Ronaldo no Manchester United, Rooney disse que prefere
o estilo de Messi.
"Apesar da minha relação de amizade com Ronaldo, escolheria Messi. É
diferente, simplesmente faz circular a bola e tudo parece fácil com ele.
Ronaldo é implacável na zona de ataque, um assassino, mas Messi tortura antes
de te mantar. Com Messi há a sensação de que ele se diverte mais", disse ao "The Sunday Times".
Atualmente no Derby County, Rooney reafirmou que nunca foi um "goleador
nato"...
"Nunca fui um Gary Lineker, ou um Van Nistelrooy. Houve melhores
nove que eu e não creio que Kane tarde a bater o meu recorde em jogos pela Inglaterra".
Rooney que tem 53 gols marcados pela seleção...
Já o atacante do Tottenham tem 32 tentos.
Oblak, goleiro do Atlético de Madrid é o melhor do mundo, segundo a "For For Two"...
Imagem: Autor Desconhecido
Para a revista "Four Four Two", o goleiro do Atlético de
Madrid, Jan Oblak, foi aquele que mais se destacou nos últimos 10 anos...
"Oblak é o melhor goleiro do mundo neste momento e poderá manter-se
no topo por um largo período", afirma a publicação.
Completando a lista estão Alisson (Liverpool), Ter Stegen (Barcelona), Courtois (Real Madrid), Keylor Navas (PSG), Gulácsi (Leipzig), Handanovic
(Inter), Neuer (Bayern), Ederson (Manchester City) e De Gea (Manchester
United).
domingo, abril 19, 2020
Transmissão em casas de apostas renderá US$ 15,6 mi a clubes...
Transmissão em casas de apostas renderá US$ 15,6 mi a clubes
Proposta de consórcio de empresas britânicas fica com direitos até 2023
Por Erich Beting para o Máquina do Esporte
O consórcio formado pela agência Zeus Sports Marketing e pela empresa
especializada no mercado de apostas Stats Perform saiu como vencedor do
processo de concorrência montado pelos clubes para a venda dos direitos de
transmissão do Campeonato Brasileiro para sites e casas de aposta no exterior.
A oferta de garantia mínima oferecida, segundo apurou a Máquina do
Esporte, foi de US$ 15,6 milhões pelo prazo de comercialização dos direitos
entre 2020 e 2023.
Ela não chegou a ser a proposta de maior valor recebida pelos clubes para
essa propriedade.
Agora, o consórcio terá de detalhar o plano de ação para comercialização
dos direitos nas casas de apostas.
No documento de licitação enviado às agências, os clubes exigiam que os
proponentes arcassem com todos os custos de produção do material.
Até 2022, porém, a Globo é quem fornecerá as imagens dos jogos, o que
reduziria o custo de produção.
Além disso, será necessário agora a apresentação das datas de entrega do
projeto, a definição da estratégia de comercialização, e uma meta global de
faturamento.
Os clubes terão uma participação em cima do lucro da operação.
Diferentemente da licitação para os direitos de transmissão ao exterior,
não existe das empresas que venceram a concorrência para as casas de aposta a
obrigatoriedade de investir em promoção do campeonato.
Elas vão pegar carona no que for feito pela Global Sports Rights
Management (GSRM), que venceu a outra concorrência.
Essa é uma das razões para que a garantia mínima dada pelas empresas aos
clubes pelo período de quatro anos seja maior na de apostas (US$ 15,6 milhões)
do que na de direitos internacionais (US$ 10 milhões).
Karren Brady, vice-presidente do West Ham em artigo publicado no jornal The Sun fez uma pergunta bastante pertinente, caso a Premier League retorne, mesmo com jogos a porta fechada...
Imagem: Autor Desconhecido
Karren Brady (na foto com a filha Sophia) explicou, num artigo publicado no jornal The Sun, que os
vinte clubes da primeira divisão do futebol inglês estão de acordo em terminar
a temporada, que foi suspensa devido à pandemia, mas alertou que um jogo
envolve muitas pessoas...
"Todos os que estão no estádio - mesmo num jogo à porta fechada
serão entre 300 a 500 pessoas - têm de responder a questionários de saúde,
medir a temperatura e manter a distância social. Tudo isto se pode organizar,
mas caso um jogador se lesione para onde o enviamos? Não pode ser para o
sistema nacional de saúde que já está sob pressão", afirmou.
A vice-presidente do clube da Premier League disse que num estádio têm de
estar agentes da polícia, segurança, "staff" de apoio, equipes
médicas, treinadores, jogadores e a imprensa...
"A polícia é necessária, mesmo com jogos à porta fechada. Alguns torcedores
vão se deslocar para o estádio, mesmo que não possam entrar. Mas temos que ter
em mente que a polícia vai tentar que os jogos não retirem os efetivos
necessários para outras situações, neste momento", disse.
A Liga inglesa foi suspensa no dia 13 de março, quando 29 rodadas já
tinham sido jogadas...
O governo britânico já anunciou que vai prolongar por pelo menos mais
três semanas o regime de confinamento obrigatório, que só permite às pessoas
saírem de casa para a compra de bens essenciais, como alimentos ou
medicamentos, fazer exercício, ajudar pessoas vulneráveis ou trabalhar, se não
for possível fazê-lo remotamente.
Karren Brady disse ainda que não sabe quanto tempo será necessário para
que os jogadores estejam em condições de competir, tendo em conta o tempo parado...
"Os jogadores têm conseguido manter alguma atividade física em casa,
mas com as regras de confinamento, os treinos não estão autorizados. Por isso
não sei em que condições podem estar caso a liga seja retomada, como desejamos,
em junho", acrescentou.
sábado, abril 18, 2020
Não é sobre futebol, é sobre amor...
Não é sobre
futebol...
É sobre amor.
Entre as
histórias humanas que acompanham a crise do coronavírus, a de Nick Avtges é comovente...
Nick, 88
anos, usou um guindaste para visitar sua esposa, 85 anos, isolada em um apartamento
num centro de tratamento perto de Boston devido ao coronavírus.
Marion, a
esposa de Nick, testou positivo e, por essa razão, foi transferida para o
centro, onde ela recebe cuidados médicos adequados...
Nick
continuou a morar em sua casa, mas passava o dia com ela.
Foi assim,
dia após dia, até março passado, quando o centro foi isolado para impedir a
disseminação do coronavírus...
Nick foi muito
abalado e foi então que sua família traçou um plano.
Na última
quarta-feira, segundo o Boston Globe, a família estacionou uma empilhadeira no
estacionamento perto do quarto de Marion.
Nick não
titubeou...
Foi suspenso
cerca de 20 metros, até a altura do apartamento de Marion.
Sem hesitar,
Nick subiu no elevador usando uma máscara facial e luvas do New England
Patriots...
A conversa
entre os dois, que estão casados há mais de 60 anos, durou cerca de 20 minutos.
Ele mostrou a
ela uma folha de papel que dizia "eu te amo, querida"...
No final, todo
feliz, agradeceu e disse: "Eu teria escalado 10 andares. Eu não teria
me importado".
Norman Hunter - 1943 - 2020...
Imagem: A Jones/Getty Images
No dia 11 da abril,
Norman Hunter, campeão do mundo pela Inglaterra em 1966 foi internado depois de
testar positivo para Covid-19...
Infelizmente,
nesta sexta-feira, aos 76 anos, Hunter morreu.
Títulos
conquistados
Leeds United
Campeonato
Inglês Segunda Divisão: 1964
Copa da Liga
Inglesa: 1968
Copa das
Cidades: 1968, 1971
Campeonato
Inglês: 1969, 1974
Supercopa da
Inglaterra: 1969
Copa da Inglaterra:
1972
Inglaterra
Copa do
Mundo: 1966
Dinamo Tbilisi, o maior time da Geórgia...
Não conheço,
mas já vi! #6
A história de
vida do Dinamo Tbilisi
Por Dyego
Lima/Universidade do Esporte
Fundado em
1925, o Dinamo é pertencente à cidade de Tbilisi, capital da Geórgia.
Antes de o
país se tornar independente, o clube foi uma das principais instituições
futebolísticas da antiga União Soviética, estando quase sempre competindo na
principal divisão, a Top League, estabelecida em 1936.
Fez parte de
uma das principais sociedades esportivas da URSS: a All-Union Dynamo.
Ela abrigava
outros esportes além do futebol, sendo patrocinada pelo Ministério Soviético de
Assuntos Internos.
Foi uma das
equipes mais bem-sucedidas da extinta Liga Soviética.
Ao lado dos
Dynamos de Kiev e Moscou, nunca foram rebaixados.
Seu técnico
mais famoso foi Nodar Akhalkatsi, que liderou o clube nos títulos da Liga da
URSS de 1978, as Copas do país em 76 e 79, além do título da Cup Winner's Cup
de 81.
Ele também
foi um dos assistentes-técnicos da Seleção Soviética na Copa do Mundo de 1982.
O Tbilisi é o
único clube da Geórgia que conquistou um título europeu.
Foi também um
dos responsáveis por desenvolver alguns dos principais jogadores soviéticos,
como Boris Paitchadze, Slava Metreveli, David Kipiani e Vladimir Gutsaev.
Após a
dissolução da União Soviética, com a Geórgia tornando-se independente, também
produziu alguns dos grandes nomes do país, tais como Temur Ketsbaia, Kakhaber
Kaladze e Levan Kobiashvili.
O time é o
maior campeão da Liga Georgiana, com 17 conquistas, e da Copa, com 13. Possui
treze e nove troféus, respectivamente, à frente do Torpedo Kutaisi, segundo
maior vencedor.
A casa do
Tbilisi é a Boris Paitchadze Dinamo Arena, inaugurada em 1976 e com capacidade
para pouco mais de 54 mil torcedores, sendo um dos maiores estádios da Europa
Oriental.
Maior palco
da Geórgia, também é utilizado pelas seleções de futebol e rugby.
Enquanto o
país ainda era parte da URSS, a arena levava o nome de Vladimir Ilyich Lenin
Dinamo Stadium.
Após a
independência, recebeu o atual nome.
Um
grande "start"
O Dinamo
Tbilisi surgiu do desejo da Dinamo Sports Society de criar um clube de futebol,
mesma época em que o esporte se tornava um dos mais populares do mundo.
No começo,
sem uma Liga dentro do território que hoje se conhece por Geórgia, os times
apenas disputavam amistosos entre si.
Com o sucesso
do clube na metade dos anos 1930, a Federação de Futebol da URSS decidiu
colocar o Tbilisi na First League, a segunda divisão do país.
Vitórias
contra o Dynamo Moscou e o Dinamo Leningrad credenciaram o time a disputar a
elite.
Já em 1936, a
equipe acabou sendo vice da Copa Soviética após perder para o Lokomotiv Moscou
por 2 a 0.
O primeiro
grande sucesso veio em 1964, com a conquista da Liga depois de a equipe passar
as últimas 14 partidas invicta, com nove vitórias e cinco empates.
Ao final do
campeonato, o Tbilisi estava empatado em pontos com o Torpedo Moscou.
Um jogo extra
foi realizado entre os clubes em Toshkent, capital do Uzbequistão.
Após vitória
do Dinamo por 4 a 1, a torcida apelidou os jogadores de "Golden
Guys".
Na época, a
France Football, renomada revista francesa, escreveu:
"Dinamo
tem grandes jogadores. A sua técnica, competência e intelecto de jogo
permitem-nos nomeá-los os melhores representantes orientais das 'tradições do
futebol sul-americano'. Se o Dinamo fosse capaz de participar da Taça dos
Campeões Europeus, nós temos certeza, ele traria ao fim a hegemonia dos clubes
hispano-italianos".
No entanto,
nenhuma equipe soviética apareceu na competição naquele tempo.
O despontar
europeu
A primeira
aparição europeia do clube aconteceu na Copa Uefa de 1972, contra o Twente, da
Holanda.
Na partida de
ida, em casa, vitória por 3 a 2.
Na volta,
derrota por 2 a 0 e desclassificação na bagagem.
Em 76, Nodar
Akhalkatsi foi escolhido para ser técnico da equipe.
Foi sob seu
comando que o Tbilisi conquistou seus melhores resultados.
A equipe
ficou conhecida como "The Great Team" entre 76 e 82 pelo estilo de
jogo caracterizado pela mobilidade, velocidade e técnica.
Foi ainda em
76 que o time venceu a sua primeira Copa Soviética.
Uma vitória
por 3 a 0 contra o Ararat Yerevan, da Armênia, com gols de David Kipiani, Piruz
Kanteladze e Revaz Chelebadze.
Em 78, a Liga
foi vencida pela segunda vez.
No ano
seguinte, vitória contra o Dynamo Moscou e mais um título da Copa.
Em 79, o
Tbilisi jogou sua primeira Copa dos Campeões.
Na primeira
rodada de eliminatórias, o adversário foi o Liverpool, uma das equipes mais
fortes da Europa à época.
Depois de perder em Anfield por 2 a 1, uma vitória
confortável em casa por 3 a 0, garantiu a "zebra" e a classificação.
O adeus veio
na fase seguinte para o Hamburgo, então campeão alemão.
Naquela
década, o Dinamo eliminou algumas fortes equipes em competições europeias, como
Internazionale de Milão e Napoli.
O grande
momento do Tbilisi aconteceu no início da década de 80, com a conquista do
título da Cup Winner's Cup de 81.
Eliminando
Kastoria, da Grécia, Waterford, da Irlanda, West Ham e Feyenoord, o clube
ganhou o direito de disputar o título contra o Carl Zeiss Jena, da Alemanha
Ocidental.
Em final
disputada no dia 13 de maio, no Rheinstadion, em Düsseldorf, o Dinamo venceu
por 2 a 1, com gols de Gutsaev e Daraselia, e levou a taça.
A formação
titular era composta por: Gabelia; Kostava, Chivadze, Khizanishvili e Tavadze;
Svanadze, Sulakvelidze e Daraselia; Gutsaev, Kipiani e Shengelia.
Na temporada
seguinte, a equipe chegou à semi da mesma competição, mas foi eliminada pelo
Standard Liège, da Bélgica.
A
"seca" antes do domínio
Em 1983, a
crise chegou ao clube. Campanhas ruins na Liga e na Copa aconteceram.
Até 89, a
Copa da Uefa de 87–88 foi a única aparição do clube no cenário europeu.
No dia 27 de
outubro de 89, o Tbilisi jogou sua última partida na Top League Soviética.
O adversário
foi o Dynamo de Kiev, o mesmo de seu primeiro jogo.
Curiosamente,
o resultado foi igual em ambas as partidas: 2 a 2.
Em 1990, a
Federação de Futebol da Geórgia recusou a participação de seus clubes no
campeonato soviético.
Foi nesse
período que o Dinamo mudou seu nome para Iberia Tbilisi.
Isso não
agradou aos torcedores, e a antiga nomenclatura voltou já em 92.
No dia 30 de
março de 90, o clube jogou a sua primeira partida no Campeonato Nacional da
Geórgia, a Erovnuli Liga.
A estreia foi
ruim: derrota por 1 a 0 para o Kolkheti Poti.
Apesar do
revés, a equipe se recuperou e foi campeã com apenas quatro derrotas e 78
pontos somados.
O Tbilisi
estabeleceria uma hegemonia impressionante, conquistando os próximos nove
campeonatos nacionais.
Em 1993,
jogou a sua primeira partida internacional oficial representando a Geórgia
independente.
Na fase prévia da Champions League, o clube venceu por 2 a 1, em
casa, o Linfield, da Irlanda do Norte.
Arveladze e
Inalishvili marcaram.
Na volta em
Belfast, empate por 1 a 1.
Entretanto, o
Tbilisi acabou sendo desclassificado por tentativa de suborno ao árbitro na
partida de ida.
O clube acabou sendo suspenso das competições da Uefa por dois
anos.
No início dos
anos 2000, Badri Patarkatsishvili, famoso empresário georgiano, comprou o
clube.
Em 2003, Copa e Liga foram conquistadas.
No ano
seguinte, sob comando do croata Ivo Susak, o Dinamo venceu a Commonwealth of
Independent States Cup (CIS Cup), um torneio entre os campeões nacionais dos
países que formavam a antiga União Soviética.
Vitória por 3
a 1 na final contra o Skonto, da Letônia.
A equipe
ainda venceria a Liga da Geórgia em 2005 e 2008, e a Copa em 2009.
Em janeiro de
2011, o Tbilisi foi comprado pelo empresário Roman Pipia.
O novo dono
logo tratou de modernizar o clube, desde a estrutura do centro de treinamento,
até o estádio.
O Dinamo
conquistaria a dobradinha Liga-Copa nos anos de 2013, 14 e 16.
A equipe é a
atual campeã da Geórgia.
O título veio com a marca de 75 pontos em 36 jogos,
além de Levan Kutalia ter sido o artilheiro com 20 gols.
Qual a razão da braçadeira de capitão nunca ter sido entregue a Cristiano Ronaldo...
Imagem: Autor Desconhecido
Gary Neville
explica por que Alex Ferguson nunca indicou Cristiano Ronaldo como capitão...
O ex-zagueiro
do Manchester United recorda conversa com o treinador numa pré-temporada.
Garry Neville
contou em declarações à Sky Sports que Alex Ferguson chegou a ser questionado sobre
a possibilidade de entregar a braçadeira de capitão a Cristiano Ronaldo, mas
que não o fez para não estragar o ambiente no vestiário...
Neville fez
uma grande carreira no United, mas uma lesão na coxa prejudicou os seus últimos
anos no Old Trafford.
A situação
foi se agravando ao ponto de ter ido falar com o treinador sobre a braçadeira
de capitão, que detinha, mas já pouco envergava...
"Lesionei-me
um ano depois de me terem indicado capitão e isso tornou-se difícil para mim.
Sentia que não estava contribuído. Por isso, numa pré-temporada falei com Sir
Alex sobre o assunto", contou.
"Nós
tínhamos uma equipa incrível: Ronaldo, Rooney, Tevez, Giggs, Scholes, Carrick,
Ferdinand, Vidic, Evra, Van der Sar… Grandes jogadores com grandes
personalidades", prosseguiu...
Depois,
contou como foi a conversa com Ferguson: "Eu disse-lhe 'não me sinto
merecedor desta braçadeira. Esta equipe tem um nível com o qual não consigo
mais competir'... E ele respondeu: 'filho, fica com a braçadeira. reveza com o
Giggs. Se eu a der ao Ronaldo, o Rooney vai espernear; se a der ao Vidic, o
Ferdinand não vai ficar satisfeito'."
Assim, Garry
Neville e Ryan Giggs mantiveram a braçadeira "mais dois ou três anos
por causa da camaradagem no vestiário"...
"Sir
Alex queria ter a certeza de que a equipe vinha primeiro. Mesmo que eu achasse
que não merecia ser capitão..."
World Rugby vai doar dinheiro as entidades ligadas ao rúgbi...
100 milhões de
dólares a World Rugby separou para doar a entidades do rúgbi com o intuito de
minimizar os efeitos da paralisação da modalidade em meio à pandemia...
Fonte:
Máquina do Esporte
sexta-feira, abril 17, 2020
Os bastidores quase sempre feios do futebol...
Imagem: Autor Desconhecido
Mais revelações
colhidas na imprensa europeia...
O ex-diretor do
AC Milan, Paolo Taveggia (na foto com van Basten) fez revelações surpreendentes de como eram os
bastidores do futebol há trinta anos, precisamente quando fez parte da direção de
uma das equipes mais importantes do futebol europeu.
Numa longa entrevista ao portal ‘Milan News’,
Taveggia que foi diretor do clube entre 1986 e 1993, lembrou de vários
episódios...
Porém, três
que sobressaem, e todos envolvem árbitros.
As histórias
vão desde subornos a saídas noturnas com 'meninas' acompanhadas de dirigentes
rivais, Taveggia abriu “a caixa preta” ...
A primeira
história diz respeito ao jogo diante do Real Madrid, pela Copa dos Campeões
Europeus de 1988/89, ganha pelos italianos por 5 a 0.
"Além dos
jogos que nos deram títulos, o jogo que mais desfrutei foi quando batemos o
Real Madrid por 5 a 0. No dia anterior ao jogo, o nosso goleiro disse-nos que
na partida de ida o Sánchez lhe tinha cuspido sempre que tentava se antecipar a
ele e tomar a bola. Por isso, antes desse jogo fui falar com o árbitro e lhe
contei isso. Bem... ao fim da primeira etapa o Sánchez tinha tomado um cartão
amarelo! Depois do jogo, os jogadores do Real Madrid estavam doidos por terem
perdido de goleada. O Berndt Schuster virou-se para mim e disse que eu que
tinha comprado o árbitro. E eu respondi: 'se o tivesse feito não teríamos ganho
por 5 a 0. Não somos como os seus dirigentes, que estão sempre comprando
árbitros'. E fui embora".
Na discoteca
com o árbitro
Taveggia
lembrou uma partida com o Estrela Vermelha, da Taça dos Campeões Europeus de
1988/89...
O jogo
encontro que foi adiado por causa do nevoeiro, mas que teve uma história por
trás.
"O
árbitro suspendeu o jogo e disse-me para esperar 45 minutos para ver o nevoeiro
se dissipava. Fui ao vestiário após fumar um cigarro e vi uns quatro ou cinco
jogadores tomando banho. Eles não tinham percebido que era uma suspensão
temporária! Agi então de forma desesperada e disse ao árbitro que tinha
compreendido mal o seu inglês e que a minha carreira estava arruinada por causa
daquilo. Nesse momento ele olha para mim e me diz: 'bem, então jogamos amanhã'.
Não disse isto a ninguém, só agora", assumiu o dirigente, que nessa mesma noite acabou numa
discoteca de Belgrado... onde também estava o mesmo árbitro.
"Não
conseguia dormir e, por isso, perguntei ao recepcionista qual era a melhor
discoteca da cidade. Entrei num táxi com o assessor de imprensa, que me
convenceu que o árbitro estaria lá também. Curiosamente, uns 30 minutos depois
de lá chegar, aparece um Mercedes branco com o árbitro, os auxiliares e umas
meninas, acompanhados por dirigentes do Estrela Vermelha".
A comida
envenenada
A lista de histórias
de Taveggia é longa...
Entre elas está a que se refere a semifinal
da Copa dos Campeões Europeus de 1990/91, que os milaneses abandonaram o campo
diante do Marselha, devido à queda de energia no estádio.
A decisão resultou
no afastamento do clube das competições da UEFA por um ano e ainda a suspensão por duas temporadas de Adriano Galliani, dirigente máximo do Milan...
O relato de
Taveggia, faz parecer que tudo nessa viagem foi retirado de um filme de
espionagem.
"Nunca
ninguém teve a coragem para contar o que se passou. Uns dias antes do jogo, o
Uli Hoeness, do Bayern Munique, ligou-me para me dizer que o Beckenbauer (naquele
tempo diretor do Marselha) lhe tinha dito que iam aprontar com a gente França,
incluindo até a possibilidade de contaminarem a comida no hotel. Como eu era o
responsável pela logística, decidi mudar o hotel à última hora. Nem o motorista
sabia! Nessa noite fomos ao Velodrome para treinar e as portas estavam
fechadas. Quando entrámos, demorámos uma eternidade para encontrar bolas e ao
mesmo tempo avistamos umas pessoas a fazer algo junto do túnel", recordou...
O Marselha vencia por 1 a 0 e faltavam três minutos para acabar a partida
quando o árbitro foi forçado a suspender o jogo devido a uma invasão de campo.
Taveqqia,
conta o que aconteceu a partir daí...
"Fui ter
com o árbitro e ele disse que sabia que o jogo não tinha acabado. Enquanto
isso, os jogadores estavam a trocar camisas, enquanto tentávamos decidir o que
fazer. Neste momento uma das torres de iluminação apagou. Foi quando o árbitro
disse que as equipes tinham de voltar aos vestiários para que os torcedores
fossem retirados e aí poderíamos recomeçar o jogo".
"A
caminho do vestiário encontramos as portas do túnel fechadas. Foi um caos
absoluto. Estávamos ali presos e o Jean-Pierre Papin começou cuspir em nós. A
iluminação foi voltando aos poucos e o árbitro decidiu que o jogo tinha de
recomeçar. Naquele momento, o Adriano Galliani desceu ao relvado, totalmente
furioso. De repente as portas abrem-se e os jogadores entram para o túnel e correm
para o vestiário. Naquele momento já era muito tarde para voltarmos ao campo,
pois o árbitro tinha colocado a bola ao solo e apenas os jogadores do Marselha
estavam em campo. Daí deu por terminado o jogo e aplicou-nos uma derrota por 3
a 0", relembrou, finalizando com uma
acusação:
“A quebra de
energia foi proposital. Pessoas que estavam junto ao túnel preparando os fogos
de artifício para comemorar a vitória do Marselha deram ordem ao responsável
pela iluminação para apagar os refletores com o intuito de dar maior impacto
aos fogos.”
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